[S
p a m Z i n e]
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: 08 de julho de 2001
: são paulo, curitiba, florianópolis, goiânia, rio de janeiro,
jundiaí
:::
e d i t o r i a l
::: Alexandre Inagaki <[email protected]>
A VIDA, O AMOR E AS VACAS
Semana passada, escrevi
um comentário na seção P.S. a respeito dos infelizes títulos que os filmes
estrangeiros recebem aqui no Brasil, dando como exemplo The Sound of Music,
que, graças a uma liberdade "poética" foi rebatizado como A
Noviça Rebelde. Pois bem, esta semana recebi alguns e-mails citando outros
casos de traduções livres. E bota liberdade nisso. A Luciana
Naomi, por exemplo, me mandou uma bela lista de títulos, dos quais destaco:
Annie Hall (a
obra-prima do Woody Allen) - Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
Shane - Os Brutos Também Amam
Chains of Gold - Correntes Alucinantes
Giant - Assim Caminha a Humanidade
Grease - Nos Tempos da Brilhantina
Blade Runner - O Caçador de Andróides
The Front - Testa de Ferro por Acaso
Outro leitor atento,
Nemo Nox, recorda traduções estilo "monopólio
exclusivo", ou seja, as pleonásticas, como Hurricane - o Furacão,
ou O Pequeno Stuart Little. E lembra que, em Portugal, o clássico
hitchcockiano Vertigo, traduzido por aqui como Um Corpo que Cai,
ganhou o infeliz título de A Mulher que Viveu Duas Vezes, ou seja,
entregando o final logo de cara. Fico pensando: já imaginaram se a moda pega
aqui no Brasil? É de se imaginar que aberrações poderiam vir: Sexto Sentido
ganharia o título de Um Médico do Outro Mundo, Édipo Rei
seria conhecido como O Filho que Comeu a Mãe, Os Suspeitos
poderia ser rebatizado para O Perneta Mentiroso, e Cidadão
Kane receberia o subtítulo Um Trenó Chamado Rosebud. By the
way, o clássico de Orson Welles ganhou em Portugal a tradução O Mundo
a Seus Pés.
O assunto rende boas
piadas. Mario AV lembrou de
uma segundo a qual Apocalypse Now teria sido lançado em Portugal
como O Carabineiro Valentão; pura maldade. Mas melhores são as pérolas
da vida real. Fazendo uma pesquisa no site português Cinedie,
me deliciei com as traduções de nossos amigos lusitanos, que em matéria de
títulos de filmes, não ficam atrás dos brasileiros. Exemplos?
Do The Right Thing,
filme de Spike Lee traduzido literalmente no Brasil como Faça a Coisa
Certa, recebeu em além-mar o nome Não Dês Bronca. Speed,
ou Velocidade Máxima no Brasil, é conhecido por lá como Perigo
a Alta Velocidade. Die Hard (Duro de Matar) virou Assalto
ao Arranha Céus (e Duro de Matar II, coerentemente, é conhecido
em Portugal como Assalto ao Aeroporto). Outros exemplos? Ghost
= O Espírito do Amor. Ou The French Connection (Operação
França) = Os Incorruptíveis Contra a Droga.
Mas há casos em que
fica difícil dizer se Brasil ou Portugal são, digamos assim, mais "criativos".
Vejam Ferris Bueller Day's Off, por exemplo. Enquanto o Brasil o
conhece como Curtindo a Vida Adoidado, os portugueses o chamam de
O Rei dos Gazeteiros. City Slickers, comédia sobre três
homens da cidade perdidos no velho oeste com Billy Crystal e Jack Palance,
é chamado pelos brasileiros de Amigos, Sempre Amigos, mas os lusitanos
foram mais longe, e tascaram: A Vida, o Amor e as Vacas. E Big
Trouble in Little China, clássico da Sessão da Tarde com Kurt Russell?
No Brasil, é Os Aventureiros do Bairro Proibido. Em Portugal... As
Aventuras de Jack Burton nas Garras do Mandarim.
Uma última observação:
por que as distribuidoras insistem em colocar subtítulos que explicam a trama
dos filmes? Exemplos: Trainspotting - Sem Limites, Erin Brockovich
- Uma Mulher de Talento, e Atlantis - O Reino Perdido? Imaginem
se a moda pegasse na época de Shakespeare, os títulos que ele não teria dado:
Romeu & Julieta - Um Amor Mortal, Hamlet - Um Príncipe Muito
Louco, Macbeth - Loucuras de uma Esposa...
ENCANTAMENTO
Morreu, na quarta-feira,
Maria Lúcia Pereira, bacharel em letras, professora e diretora de teatro.
Só soube do fato por meio do texto do Ricardo Sabbag, postado no final desta
edição. Não a conhecia bem: o pouco contato que tivemos foi por meio de uma
lista de discussões, a mesma em que tive a oportunidade de encontrar a Luciana
Naomi e Mr. Sabbag. Parei lá graças a uma amiga de chat, no tempo em que eu
ainda tinha saco para chats: a Érika,
apelidada por mim de Absolute Beginner por causa do seu amor pelas canções
do Bowie.
É estranha essa sensação
de saber que alguém que você conhece, mesmo que apenas por meio de alguns
e-mails espaçados, morreu. Do pouco que sei dela, lamento por não ter tido
a sorte de conhecê-la tão bem quanto o Sabbag. Se não fosse pelo seu texto,
talvez nem soubesse de seu falecimento, e a vida prosseguiria, como de costume.
Nossas vidas tangenciam
outras, a toda momento. Chamem de destino, acaso, sincronicidade ou o que
quer que seja, o que faz com que tenhamos mais contato com alguns do que com
outras pessoas com quem esbarramos em um elevador, um guichê de atendimento,
uma sala de chat. Acabei me tornando mais próximo do Sabbag, mas poderia ter
sido a Maria Lúcia a me fazer companhia no Spam. E aí, fico matutando cá com
meus botões. Penso que talvez jamais soubesse da morte dela, penso nas engrenagens
do tal do destino, e em como eu poderia ter passado incólume às coisas belas
que ela fez, como quase todos nós passaríamos. Viver é um grande mistério.
E agora, só tenho a dizer, citando Guimarães Rosa, que "as pessoas não
morrem; ficam encantadas".
A
EDIÇÃO DE HOJE...
... é uma das melhores
que já tive o prazer de editar. Leiam-na do começo ao fim. E se for o caso,
me acusem de propaganda enganosa. Eu cubro as apostas. =^)
E de repente, aquele
amor que parecia ser eterno acaba, como tudo na vida. Mas os relacionamentos
dificilmente terminam, eles apenas se transformam, em amizade (muito difícil),
em ódio (num piscar de olhos) e até mesmo naquela saudade que insiste em aparecer
toda vez que toca aquela música do U2 que você cantava pra ela. Alguém já
falou que "saudade é algo que ficou de alguém que não ficou".
E o que era já não
é mais. Aí você descobre que precisa de uma nova paixão, percebe que falou
palavras que não deviam ser ditas, cometeu erros que não precisavam ser cometidos
e agiu da forma que parecia a melhor no momento, mas não era, nunca foi. Percebe
ainda que sentiu coisas que seria melhor esquecer.
Aquele sorriso que
te encantava, as covinhas fofas, o olhar que iluminava a sua vida e a voz
que te fazia esquecer de tudo agora não fazem mais sentido. E você então se
pergunta o que tinha visto nele... só que a resposta não chega nunca. Nem
vai chegar.
E você se encontra
andando na chuva fria de novembro, ouvindo a versão do U2 para Baby, Please
Come Home. E nem é Natal ainda, e nem vai ser mais. E você se dá conta de
que Curitiba é uma cidade fria mesmo no verão, mas que as pessoas podem ser
amigáveis, nada mais que isso.
Tudo acabou, tudo,
e você o encontra por acaso na universidade, meio sem querer querendo. E percebe
o quanto ele ainda está bonito, e ele olha para você com aquele mesmo olhar
de medo. O medo que era de lhe perder agora mudou, é medo de ter uma recaída.
Porque ele já lhe perdeu uma vez, e não quer arriscar perder a segunda...
Só que ele não sabe que você não quer mais ir embora.
Mas vocês nem conversam
direito, trocam formalidades que parecem convenientes na hora. E você relembra
de como ele não tinha conhecimento de várias coisas e se diverte com isso.
A conversa acaba e vai cada um pro seu lado; sem um beijo, sem um abraço ou
ao menos um sorriso. Apenas um "a gente se esbarra por aí", sem
a menor vontade de esbarrar.
::: A Vida Moderna
::: Orlando Tosetto Junior <[email protected]>
Toca o telefone. O desavisado atende.
- Alô.
- Alôu! É da casa do seu fulano?
- Isso.
- É ele quem fala?
- É.
- Tudo bem, seu fulano??
- Tudo. Quem está falando?
- Ah, o meu nome é Sicrana, e eu sou da Promotora Telefonica de Vendas, tudo
bem?
- Não.
- Não? Ah, mas eu tenho certeza de que até o fim da nossa conversa tudo vai
melhorar. O senhor já ouviu falar na nossa empresa?
- Não.
- Bom, olha, seu Fulano, nós somos uma companhia que "está atuando"
junto com a Telefonica "no sentido de disponibilizar" uma facilidade
de compra aos clientes da Telefonica.
- Certo.
- Para isso, nós "estamos monitorando" alguns "clientes em
potencial" para...
- Vocês estão o quê?
- Monitorando os clientes que...
- Como assim, monitorando?
- Ah, vejo que o senhor não está a par do nosso sistema de monitoração...
- Não, não estou.
- Então deixa eu explicar. É assim: nós temos uma Central de Monitoração,
com um pessoal altamente especializado que faz assim uma "filtragem",
entendeu?, de certas ligações feitas por algumas pessoas escolhidas para receber...
- Filtragem de ligações?
- Exatamente, uma coleta de informações de...
- Peraí, vocês estão me espionando?
- Claro que não, seu Fulano. Como eu ia explicando, nós apenas filtramos ligações
feitas para tentar identificar certos "hábitos de consumo" seus,
e a partir disso poder "estar oferecendo" uns produtos, umas facilidades
de compra mais de acordo com os seus hábitos, entendeu?
- Mais ou menos.
- Faz assim: eu vou lhe "expondo" as nossas facilidades, e, em caso
de dúvida, o senhor pergunta o que quiser saber. Tá bom assim?
- Tá.
- Pois bem, seu fulano. Nosso sistema de monitoração, através de um exame
cuidadoso das suas ligações, descobriu que o senhor tem uma amante. O senhor
sabia que o Motel Nossa Senhora de Fátima tem uma...
- Peraí, peraí! Que negócio de amante é esse?
- A sua amante, ora. Dona Beltrana, fone 6666-6666, que trabalha na Papel
Metalúrgico S/A e mora na...
- ISSO É INVASÃO DE PRIVACIDADE!
- Não, seu fulano, é pesquisa de consumo. Nós...
- EU VOU PROCESSAR VOCÊS!
- Calma, não é bem por aí que...
- CALMA O QUÊ! ISSO É UM ABSURDO!
- Olha, seu fulano, não tenho nada com isso, mas na minha opinião um absurdo
é o senhor, homem casado, filhos adolescentes, ficar chifrando uma mulher
tão bacana quanto a dona Fulana, que inclusive liga muito pra...
- NÃO INTERESSA O QUE VOCÊ ACHA! EU VOU PROCESSAR A SUA EMPRESA!
- Pois faz muito bem. Uma vergonha o que o pessoal daqui faz. Até gravam as
conversas, sabia? E as suas são especialmente indecentes... imagine o constrangimento
do júri ouvindo seu papo de Príncipe Charles dizendo à Dona Beltrana que quer
ser o...
- ISSO É CHANTAGEM!
- O manual chama de estratégia de negociação, seu fulano. Continuando, eu
também não acho que o marido dela gostará de saber que o senhor o chama de...
- NÃO OUSE!
- Ousadia não é comigo, seu fulano, quem sou eu? Ousado - e BEM ousado - é
o senhor. Olha, eu pessoalmente acho tudo isso normal, sabe? Quer dizer, eu,
se tivesse um amante - felizmente sou uma mulher decente - também ia querer
ouvir todos aqueles palavrões e gemidos e tal, mas o caso é que...
- Estou chocado.
- Claro, é compreensível, mas estamos fugindo um pouquinho do assunto, né?
A razão de eu estar ligando pro senhor é que qualquer amante tem que aproveitar
a promoção "Número 1 Por Uma Noite" que o Motel Nossa Senhora de
Fátima oferece exclusivamente para casais adúlteros. Nessa promoção, eles...
- Isso é de um cinismo revoltante.
- Cinismo? Bobagem, seu Fulano. Todo mundo sabe que as pessoas traem seus
cônjuges na boa. E agora por causa de um ataque de hipocrisia o senhor vai
perder uma promoção que dá direito a...
- Você me chamou de hipócrita?
- Será que algum dia o senhor vai deixar eu terminar uma frase? É, chamei.
- Então você liga aqui na minha casa, diz que me espiona, que sabe tudo sobre
minha hipotética amante...
- Hipotética, é? Tá.
- HIPOTÉTICA AMANTE, e ainda joga na minha cara que eu sou hipócrita porque
acho essa promoçãozinha aí o fim da picada?
- Isso. O fato do senhor ser hipócrita ou não simplesmente não me diz respeito.
O problema é que o senhor está prejudicando a si mesmo, já que a promoção
do Motel é voltada exclusivamente pras carências dos assim chamados "Número
2". O que eles oferecem é justamente uma noite onde a sua amante...
- Eu não acredito que ainda estou ouvindo isso.
- ...será tratada como a "oficial", com direito a jantar, fac-símile
de certidão de casamento e, por um extra, até crianças para serem postas para
dormir. Ou seja: por uma noite vocês serão uma família de verdade. E tudo
isso por um preço inacreditável, que pode ser parcelado em...
- Chega.
- Como?
- Eu disse chega. Não quero saber dessa promoção aí.
- Tem certeza? Pode ser uma boa alternativa para...
- Tenho certeza.
- Bom, nesse caso talvez o senhor goste de saber que temos muitos outros produtos
para embalos de adultério, inclusive uma linha revolucionária de afrodisíacos
especialmente desenvolvidos na Suécia...
- Não.
- Não?
- Não.
Silêncio.
- Bom, seu fulano, eu deveria me despedir com um cordial "até logo",
mas eu não sou uma máquina nem um monstro de insensibilidade. Posso ver perfeitamente
que o senhor está abalado com essa história toda da sua amante. Quero que
saiba que nossas informações são sigilosas, e não são veiculadas por aí, para
uso de qualquer um.
- Tudo bem.
- E tem mais uma coisa. Esta ligação...
- Sim?
- É a cobrar.
- Como, "a cobrar"? Não tocou a musiquinha.
- Temos estatísticas que dizem que 70% das pessoas acham aquela musiquinha
profundamente irritante.
- E é mesmo, mas sem ela como é que eu vou saber que é a cobrar?
- Esperamos que as pessoas que ligam a cobrar façam a fineza de avisar. Como
eu estou fazendo.
- Tá, e se não forem tão finas assim?
- Aí o senhor vê na conta depois.
- Mas aí eu tenho que pagar!
- É, o sistema precisa ser aperfeiçoado. Vou anotar sua sugestão. Até logo,
e tenha uma boa tarde.
- Escuta aqui, moça...
PU-PU-PU-PU-PU
::: N a v e g a r I m p r e c i
s o
K
- fanzine via e-mail
http://kzine.cjb.net
E-zine capitaneado por Patrick Brock, um dos remanescentes do extinto (e saudoso)
Ogden Zine. Contos, artigos e crônicas de algumas das melhores cabeças da
Web tupiniquim, como Marcelo Benvenutti, Manuela Colla, Mariana Messias e
Leonardo Lins, nossos companheiros de crime.
Manual
de Sobrevivência do Novo Escritor
http://www.marchioro.com.br/fabio
Fábio Marchioro é um escritor paranaense, batalhando pela sobrevivência no
oásis editorial tupiniquim. Vale a pena conferir esta verdadeira bula para
aqueles que teimam na quase-utopia de sobreviver com literatura sem apelar
para as auto-ajudices da vida.
histórico:
- tenho uma coleção
de caixinhas de fósforos de vários tamanhos e de várias nacionalidades;
- álbum do chaves completo e mais de 200 figurinhas repetidas para troca ou
venda;
- campeão do torneio inter-classes de futebol de mesa da 5 série do primeiro
grau;
- imitação e performace de sete bichos selvagens;
- consigo chegar correndo de um lado ao outro de um estacionamento de 10 vagas
em 3.56 segundos;
- assisti 8 vezes ao filme "eu vi o que você fez e sei quem você é";
- 2 anos de experiência na máquina de fazer churros com recheio de caramelo;
- campeão da classe de dobraduras;
- técnico em colagem de lantejoulas coloridas sem deixar marca de cola;
- curso avançado de mímicas;
- terceiro estágio de dança de salão na escola pássaro de fogo;
- campeão de pescaria da festa junina de 1985 do bairro;
- salto mais alto na gincana de comemoração do dia de cosme e damião;
- pego 5 sabonetes em um minuto na banheira de meu primo enquanto meu tio
canta "uba uba uba ê"!;
- curso superior de "que mão está" e vídeoaula de "aprenda
a jogar truco";
- cinco anos de experiência na fábrica de chocolates wonka;
- campeão de "gato mia";
- curso mais do que superior em cortar rocamboles seven boys com aquela faquinha
de plástico que vem na embalagem;
- pós-graduação e mestrado em "como colocar o canudinho dentro do pacote
de toddynho sem dobrar o mesmo" - duração 2 anos;
- curso sobrenatural de imitação dos sons da natureza;
- curso de seqüestro relâmpago na favela do jardim elba;
- faço 6 cambalhotas sem parar.
gostos
e preferências:
ídolos: sérgio malandro
e téo josé;
mitos: sílvio santos e plácido manaya nunes;
música preferida: we are the world e florentina;
políticos: paulo maluf;
frases: "eu sei que errei, mas vou trabalhar em dobro para consertar
o meu erro" (paulo maluf), "estupra mas não mata!" (paulo maluf),
"se o seu dia estiver escuro, não fique triste, ao contrário, fique feliz,
pois quanto mais o seu dia estiver escuro mais está próximo do amanhecer"
(sérgio mallandro), "oh louco meu!" (faustão);
produtos preferidos: rotoflex, amber vision, facas ginsu, meias vivarina,
auri shine e a flanelinha que vem de brinde;
chocolate preferido: cigarrinhos de chocolate da pan;
hobbie: fazer bolinhos de chuva com meu primo e ir no bingo do rancho da pamonha
de mobilette.
apresentações
artísticas:
- participação especial
no quadro "me ajude, sofro por amor" no programa do sérgio mallandro;
- figurante da praça é nossa do sbt;
- participação da gincana da bola no programa bambalalão da rede cultura de
televisão;
- participação da prova "rola o rolo" das olimpíadas do faustão;
- almocei com o avallone do mesa redonda da gazeta;
- disco autografado dos palhaços atchim e espirro;
- passei correndo na frente da câmera que estava fazendo uma entrevista na
rua;
- fui pego na pegadinha do joão kléber da redetv;
- câmera man do programa "fala que eu te escuto";
- consegui ligar para o bozo e ganhei uma bola;
- participação do programa domingo no parque, onde ganhei um tênis montreal.
estilo:
- ando com um walkman
tijolão amarelo pendurado no braço, na minha cintura possuo um telefone sem
fio que finjo ser meu celular e um walk talk bege com botões laranjas que
tenho desde minha infância;
- óculos escuro highbanzão (acho que é assim que escreve) espelhado;
- tênis com amortecedor e breaklights, aquele que pisca sabe?;
- anel folhado a ouro em todos os dedos da mão direita;
- caneta 20 cores com cheiro no bolso esquerdo da camisa;
- pochete tamanho maior que tiver pendurada na cintura e virada para trás;
- meião azul de jogador de futebol de salão.
experiência
profissional:
- 2 anos como dançarino
do ab-shaper;
- 1 ano em turnê fazendo apresentações como "mogli o menino da selva"
no holiday on ice;
- 6 meses como cambista de ingressos dos campeonatos do bairro de comer pizza
sem usar as mãos;
- 1 ano como lutador do gigantes do ringue;
- 2 meses na av. paulista pintando quadros;
- 5 meses como domador de animais selvagens no beto carrero world;
- 3 dias no parque de diversões all star fazendo maçãs do amor.
trabalhos
realizados:
- trilha sonora da
vitória na fórmula 1 da rede globo, foi um trabalho muito difícil pois fiz
os sons com a boca;
- fiz a dublagem do personagem charlie no filme férias frustradas;
- no filme 3 solteirões e um bebê, aquela polêmica cena do quarto que aparece
a criança espírita na janela, eu sou a criança;
- colei lantejoulas em um trabalho de escola para meu irmão de 5 anos;
- sugeri a cor laranja numa das capas da revista capricho;
- ajudei a escolher uma fonte para escrever uma frase em uma revista;
- achei melhor escrever "clique aqui" em um banner de internet.
NOTA DO EDITOR:
encontrei este texto em um dos weblogs mais originais da Web brasileira, o
Amnésia, criado por um cara extremamente
talentoso, o Renato di Giorgio. Depois de rir avassaladoramente, não dava
pra deixar de compartilhar as groselhaiadas acima com vocês. Renato ainda
aproveita para avisar: "temos muitas outras besteiras como essa que estarei
publicando no Amnésia!". Promessa é dívida, cumpadi!
::: L i s t a s A b o b r o l
::
5 Formas de Matar o Alexandre Inagaki
:: Luis Gustavo Claumann <[email protected]>
1. Colocando o Inagaki
a ouvir caminhões de gás assassinando a "Pour Elise" de Beethoven,
em versão remix. Uma semana inteira, claro.
2. Gritando, e aproveitando para treinar formas de matar cachorro a grito.
3. Convidando o Inagaki para um casamento no interior, com direito a muita
maionese.
4. Oferecendo uma viagem de férias pro Inagaki, para Kosovo ou Bogotá.
5. Alimentando o Inagaki depois da meia-noite.
NOTA DO EDITOR:
O Claumann é dono de um senso de humor mui peculiar. Portanto, que
fique registrado aqui o devido esclarecimento, além do alerta: crianças, NÃO
façam isso em casa!
Meu sorriso é sério
Bolero
Eu não gosto dela
Balela
Em mim mora um velho
Bolero
Eu vivo na espera
Amarela
E já fui um cactos
Intactus
E já fui um cego
Mistério!
Hoje invento mistérios
Abraços
Hoje dou mais abraços
Palhaços
Hoje sou um palhaço
É sério
Em mim mora um velho
Bolero
::: R á p i d a s R a s t e i r
a s
"Da última vez,
as rãs ficaram estressadas".
(JUSTIFICATIVA dada pelos funcionários do ranário da esposa de Jader Barbalho,
para barrar a entrada de jornalistas no recinto. Não ouvia melhor prosopopéia
desde a antológica frase do ex-ministro do Trabalho Antônio Magri, que, ao
comentar as peripécias de sua cadela Mila, declarou que "cachorros também
são seres humanos".)
O que dói mais: amor não correspondido ou sexo anal?
Qual a verdadeira causa de espinhas: chocolate ou masturbação?
Já descobriram o Brasil ou ele está para ser descoberto?
Espirrar é sintoma de gripe ou resfriado? (Se alergia especificar.)
Ser traído é um problema do traído ou do traidor?
O Mundo gira para a esquerda ou para a direita?
Leste, oeste, norte e sul são só uma convenção de direção?
Deus criou tudo sozinho ou deram algum palpite?
Loucura é coisa da nossa cabeça?
Amigos transam com nossa mulher?
Qual o maior pecado do mundo?
Errar é humano?
Ter coragem de enviar estas perguntas é coisa de gente normal?
Tudo que se escreve
é porcaria! Teriam mesmo Rimbaud e Artaud trocado essas palavras num improvável
encontro durante as andanças dos dois? Permito-me corroborar da afirmação
hipotética do poeta com algumas ressalvas. A literatura, instância transgressora
e sonhadora de nossos heróis Kafka e kafkianos só nos permite transgredir
dentro dela. Nos faz sonhar, mas, de certa forma, para isso não precisamos
dela.
O que é a literatura
senão o sonho de liberdade de Castorp e Sidarta, e, principalmente, o nosso?
Mas essa companheira e confidente literatura, que xinga como nós em Joyce,
que procura e nunca acha na Temporada no Inferno, seria mais um amor, que
vai e volta, depois de nos sacanear e nos fazer sofrer quando sem ela estaríamos
intumescidos dentro de casa na frente da TV e pensando o quanto tudo é tedioso.
Invejando até mesmo o velhinho que se senta num banco de praça e pensa no
mal-estar de existir.
Se apegar à literatura
quando pequeno e sofredor (como se fosse só no começo assim) é regozijante!
Me lembro lendo Nietzsche pela primeira vez e me ver bem longe, como na Torre
de Marfim, de meus coleguinhas de colegial, sem saber que precisaria muito
deles alguns anos depois para matar todos os ídolos e idéias instáveis pelas
quais havia atravessado. Fui o leitor normal, mas que leu Hesse ao contrário,
se identificando primeiro terrificado com o Lobo da Estepe para depois se
deparar com o Demian. Nevermind, é tudo uma questão de oportunidade.
São muitas as razões
que nos levam a buscar amparo na literatura, até mesmo para procurar sarna
para se coçar. Talvez quem se problematize mais, quem tenha o porque de se
auto-questionar o tempo todo, quem tenha uma vida fodida, ou tenha uma vida
tranqüila e queira mais ação ache na literatura a razão de ser de seus demônios.
Quem acha a vida simples e alegre talvez também ache graça.
O problema é o de sempre. Literatura e morte. Literatura para romper o que
não se pode transgredir. Escrever para morrer ou morrer para escrever, abandonar
a literatura ou permanecer fiel a um instrumento que modifica pouco?
Escrever tem sido um
ato de vaidade, pois poucos escrevem para si, como Kafka. A escrita tem sido
o reflexo do absurdo, do assassinato do árabe de Camus até a virgem louca
de Rimbaud, e nessa ordem. Pra quê então levantar a bandeira de uma instância
institucionalizada, já que nossos heróis póstumos não são nada mais do que
figuras em quadros, nomes no tombo dos livros e na listas dos “imortais”?
Escreva pra morrer,
desabafar, soltar os demônios sobre o leitor que segura o livro comprado numa
loja de conveniências e espera que o ajude em algo, que mude alguma coisa.
Espero um novo poeta maldito que reinvente a língua dos sentidos e nos dê
a alegria de vê-lo jogar tudo fora de novo. Essa porcaria...
::: D i á l o g o s I n e s q u
e c í v e i s
De
"Fulaninha", dirigido por David Neves:
Roberto Bonfim está de camiseta sem manga, colar no peito, meio melado de
suor, em uma cozinha de quinta categoria. Olha desconfiado para a mulher dele,
a Zaira Zambelli, que frita um bife para um amigo do casal que passou mal.
Intrigada com o olhar do marido, Zaira diz, "Que que é?". Segue-se
uma breve pausa e Roberto Bomfim pergunta: "Que que é? Que que é? Que
que é é o CARALHO!". Dito isto, acerta uma porrada na mulher. Todos aparecem
para separar, Bomfim se desvencilha de todo mundo e começa o show: "AGORA
EU É QUE SOU O ESCROTO AQUI, NÉ? EU QUE FAÇO FILME DE SACANAGEM, EU QUE DOU
PORRADA EM MULHER? E VOCÊ, SEU BABACA QUE TÁ APAIXONADO POR GAROTINHA QUE
NÃO TEM NEM PENTELHO? E VOCÊ, AÍ, SEU BROCHA, VAI FAZER TUA MULHER GOZAR,
RAPÁ! E ESSE AÍ, BABACÃO, METIDO A INTELECTUAL? INTELECTUAL DE MEEEEEERRRRRRRRDA
É O QUE TU É". Pano rápido ao fim da metralhadora giratória.
NOTA DO EDITOR:
A descrição acima foi feita por Gustavo de Almeida, jornalista carioca e um
dos colaboradores mais profícuos e brilhantes do Falaê.
Ao conversar por e-mail com sua prima sobre cinema nacional, Gustavo começou
a recordar cenas bizarras, presentes principalmente em adaptações de Nélson
Rodrigues e pérolas dos tempos da Embrafilme. A compilação com as Cenas Mais
Bizarras do Cinema Brasileiro em breve estará em cartaz, num Falaê
próximo da sua casa. Como diria aquele locutor das chamadas da Rede Globo,
"é ação do começo ao fim". NÃO PERCAM!
quando ele acordou
e abriu os olhos não viu nada.
ficou parado buscando entender tamanha escuridão e levou as mãos aos olhos.
esfregou-os até aparecerem aqueles caleidoscópios.
abriu-os novamente. escuro. apenas alguns vestígios de imagens(?) desconexas.
tateou em busca do isqueiro e derrubou a jarra d'água. porra. achou o isqueiro
acionou-o não acendeu. molhado.
sentou-se na cama e tentou imaginar as horas.
de repente sentiu-se como se estivesse num lugar que não conhecia.
um formigamento subiu-lhe e espalhou fogo na sua nuca.
calma pensou.
não tinha bebido. não tinha gosto de tábua de chiqueiro na boca. não entendia.
buscou a poça no chão molhando a mão e passando na testa. ouviu um sussurro.
uma quase voz:
...Lucas...
era um sussurro feminino?
uma brisa de mar no outono? uma porta entreabrindo?
nenhum vento mas uma respiração era possível.
prendeu a sua o seu chiado de cigarro. havia outra respiração na cama.
Lucas nunca fora seu
nome.
mas como ele poderia ter certeza de que era quem imaginava ser?
onde estava?
morreu? morri riu. só faltava essa riu.
se tivesse morrido essa dor de cabeça não existiria. ou sim?
levou a mão de leve pelos lençóis e descobriu pele.
um braço uma pele de axila levemente irritada úmida não gelada.
uma axila.
tocou-lhe os ombros e o pescoço e a vida móvel metrô-veias invadiu a ponta
dos seus dedos.
...Lucas eu vim para você...
...eu sou quem tanto você esperava...
...eu sou ... (não conseguiu entender o resto da frase).
...eu sou só sua...
era voz ou imaginação
ou sonho ou loucura?
o tempo estava como que suspenso o pensamento estava como que dormente o coração
estava sim estava ali sim estranhamente lúcido.
meu Deus pensou meu deus lembrou que não acreditava Nele mas o que é essa
miragem?
a respiração muito certinha o perfume quase nenhum talvez seu próprio desodorante
talvez um perfume parecido com o seu para disfarçar o choque
de se descobrir numa situação da qual não se sai mais.
Lucas eu vim para você
era a frase que corria na sua cabeça.
Lucas eu vim para você era uma frase de alguém que possivelmente pode-se amar
pois pode ser muito forte o sentimento que impulsiona essa fala.
ele sentiu então que ali havia terreno para a verdade e como ele não se chamava
Lucas quem seria ele?
naquele quarto havia isso.
aos poucos ou imediatamente
quanto tempo durou o que ele lembrou ele lembrou
da mulher que um dia pensou amar:
olhou para ela um dia e tentou dizer primeiro para si mesmo que a amava.
ela olhava para ele falando para ele mesmo que a amava e ela perguntou
o
que ele pensava.
estou falando comigo mesmo assim olhando para você faz algum tempo
que
estamos juntos eu acho que amo você ele então falou.
acha? franziu ela narizes e sobrancelhas .
sim. ele meio que decepcionado.
estamos juntos há um bom tempo. achar para mim não é o bastante. ela.
percebeu então que não a amava e que não amaria ninguém assim.
quando ela foi embora e não voltou ele sentiu alguma coisa.
olhou o quarto e chorou na cozinha e viu desaparecerem pela janela
os
filhos que não teve.
(quanto há de mentira
num corpo ao lado que se toca que se engole que se violenta e esfrega no grosso
do colchão para gozar e parar?
lenitivo da dor? ah ah o mundo espreita volta e atravessa seu cérebro.
movimento preferido: presto.
quanto há de mentira em consentir deixar pensar que se é como a outra pessoa
quer mas no fundo não ser.
no fundo não ser no fundo não ser.
apenas... conviver?)
agora ali naquele momento
quanto há de realidade nesses olhos que não se podem ver?
quanto há de consistência nessa profusão de esperma que ela arranca de mim
eu sinto dor mas gosto estou sendo violentado mas como é então que é ela quem
verte a primeira lágrima e é ela quem primeiro risca o silêncio com um grito
breve?
algo não funcionou.
e ela chora em mim.
pragueja balbucia com uma voz longe em mim.
ela salga os meus cabelos e cavalga em mim rumo ao nada.
percebendo morde meus lábios com uma boca amarga e canino afiado.
no gosto do meu sangue
esta inspiração errante alucinante finalmente percebe que se materializou
no quarto do poeta errado.
papel amassado.
Não foi somente o teatro
brasileiro que perdeu uma de suas grandes mulheres na última quarta. Mais
do que uma profissional, Maria Lúcia Pereira foi - e sempre será - uma pessoa
da maior importância na vida de muita gente que soube desfrutar a sua companhia
agradável, inteligente, desafiadora e marcante.
Quando a conheci, não
passávamos de dois apelidos de uma sala de chat com uma paixão em comum -
o teatro. Aos poucos, me deixei levar por sua cativante personalidade e fomos
nos tornando amigos. Sua amabilidade me deixou entrar em sua casa, conhecer
sua família e descansar de uma cansativa jornada - sem nunca termos nos olhado
nos olhos.
Maria Lúcia foi, para
mim, sempre uma amiga inquieta, que não se deixava levar pelas mediocridades,
que rosnava ao menor sinal de complacência com o óbvio. Me ensinou coisas
e coisas, desde a deixar de lado a conhecida frieza do meu comportamento (que
eu sempre creditei à descendência alemã e à criação curitibana), como a não
renegar minha paixão pela arte. "Que Deus te dê alguma coisa além do
cinismo, menino!", ela me gritou um dia, irritada com alguma de minhas
boçalidades.
Não, Lu, eu nunca fiquei
triste das tuas broncas. Eram brigas maternais, de quem queria ver o melhor
extraído de alguém. Das horas em que convivemos, a absoluta maioria foi a
mais agradável possível.
Da última vez que a
vi, foi aqui na minha cidade, por ocasião do Festival de Teatro. Entediada
com os chiliques dos atores do grupo em que ela era assistente de direção,
achou o telefone da redação por conta própria e me ligou. Saímos eu, ela e
outros amigos em comum. Horas de risadas sobre um monte de coisas. E é essa
imagem que ficará guardada em mim.
Não há como descrever
cada bom momento que se passa ao lado de um amigo. Eu posso dizer que tive
vários bons momentos ao lado da Lúcia, tanto quando estivemos por perto, quanto
das inúmeras vezes que nos encontramos em salas de bate-papo. Maria Lúcia
não fosse, talvez, uma pessoa fácil de se amar. Mas ela amava, sim. E muito.
Foram, na ocasião, e serão minhas últimas palavras a Maria Lúcia: "Beijo,
Lu."
Saudades, de hoje -
e para sempre
Ricardo.
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u t e E s c u t o
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"Meninos; muito
boa a edição do Spam da semana passada, confesso que foi a única que li até
o final e tudo. O texto do Ítalo é um daqueles que eu leio e não quero que
acabe nunca; a Suzi também está de parabéns falando sobre os dois personagens
mais reais do que a gente imagina. Também gostei bastante do 'Sonhos sonhos
são' do Renato Aydes. Enfim, parabéns!"
Fernanda Luft
OS EDITORES: Fernanda,
méritos totais para o graaaande Ricardo Sabbag, editor do Spam da semana passada.
E, é claro, para os autores dos textos que publicamos; afinal de contas, eu
e o Sabbag apenas compilamos as boas colaborações que recebemos. Espero que
você também tenha devorado até o final a edição desta semana, com gosto de
"quero mais" na boca. Grande beijo, thanks pelo belo texto que abriu
este Spam, e continue mandando suas colaborações! A.I.
"Eu gostaria de
receber o spamzine... mas, uso o micro do trampo, e se eu clicar naquela paradinha
da pg de vcs, quem receberá será meu patrão... e eu estarei quase "na
rua" (risos), então gostaria de confirmar minha assinatura por esse e-mail.
Ah! Mas que falta de educação, nem me apresentei, eu sou a Malvina, moro em
Curitiba e recebi uma cópia do texto BZZZZZZZZZ, Mosca na Sopa, achei maneiro,
hj conheci a pg, li um pouco e decidi, tô dentro. Escrevo contos, uns indecentes
de uns contos, tipo, só quem lê sou eu e um doido (...) ele gosta, claro,
indecência é com ele mesmo, mas, nem comente, ok!"
Malvina
OS EDITORES: Cara
Mal, espero que a leitura semanal do Spam Zine não bote seu emprego em risco!
E perdoe-me pela indiscrição de publicar seu e-mail, mas é que não deu pra
resistir à tentação de comentar o seguinte: eu TAMBÉM gosto de umas indecências,
portanto se quiser mandar seus contos aqui pra redação, esteja à vontade!
=^) Quanto ao conto "BZZZZZ!", vale lembrar que o autor do mesmo,
Pedro Vitiello, também colabora com outro e-zine muito bom, o Givago.nline,
que completou um ano de atividades esta semana (parabéns, Emílio, Ana, Tanaka,
Mirella & trupe!). Beijins do editor indiscreto e indecente, A.I.
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::: P. S.
1) O Eduardo
Fernandes foi cooptado pela revista Trip, a Cecilia
Giannetti tá assinando matérias no caderno Rio Fanzine de O Globo,
o Mateus Potumati teve a sua banda Espíritos
Zombeteiros citada no caderno Ilustrada
da Folha de S. Paulo. Pessoal de talento de sobra tá aí, parabéns!! Mas os
privilegiados assinantes do Spam Zine podem se gabar: você viu aqui antes.
(Inagaki)
2) Como pode ser considerado
o estado de um ser que coloca Rita Lee pra tocar no Winamp e ainda fica fazendo
coreografia na frente do micro? Como já dizia meu amigo Inagaki, amar emburrece
;) (Claumann)