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Doar não é um tabu

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 29 de outubro de 2012

Informação é a arma mais eficiente no combate a qualquer tipo de tabu. Doação de órgãos, por exemplo, é um assunto que não deveria ser tabu. Assim, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e a Novartis uniram-se a fim de promover uma campanha estimulando conversas sobre o tema. Afinal de contas, para que uma pessoa se torne um doador de órgãos e tecidos, ela só precisa informar a sua família. Seus parentes são os únicos que podem autorizar a operação, não sendo necessário deixar nenhum documento por escrito.

Pois bem: a fim de divulgar a campanha deste ano, intitulada Doar Não é um Tabu, foram enviados bonequinhos personalizados para alguns blogueiros feito eu (e, ôpa, agora já posso gravar vídeos da série Inagakinho Lendo Contos Eróticos).

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(fdp), a nova série da HBO

Por Alexandre Inagakidomingo, 26 de agosto de 2012

Poucos são os ofícios mais ingratos que o de árbitro de futebol, uma profissão na qual receber xingamentos e ofensas é algo tão cotidiano quanto beber um copo d’água. Atividade mais esculachada que essa, ao que me consta só as de atendente de telemarketing, entregador de folhetos e olhe lá. Mas dá pra ser mais vilipendiado ainda: você poderia ser a mãe de um juiz de futebol.

Taí uma ideia que me surpreende por ainda não ter sido realizada antes: no país do futebol, creio que (fdp) é a primeira produção dramatúrgica que tem um árbitro como protagonista. O nome deste novo seriado da HBO que estreia no domingo, dia 26, remete obviamente à sigla do xingamento catártico destinado aos rebentos de progenitoras habituadas a cobrar por suas práticas sexuais. Ou às incautas mulheres que deram a luz a filhos que optaram por seguir uma atividade que é bem exercida justamente quando ninguém presta atenção nela. Afinal, boa arbitragem de um jogo é aquela que passa desapercebida, sem pênaltis mal marcados, expulsões injustas ou partidas sem tretas e porradarias comendo soltas ao fim de 90 minutos.

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Conheça o eFácil e concorra a um livro (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 05 de julho de 2011

PhotobucketPor mais que a gente esteja cada vez mais se habituando a ler textos na internet, o fato é que livros ainda têm um charme imbatível. Tenho um carinho especial pelos livros nos quais há algum manuscrito em suas páginas: uma dedicatória carinhosa, o autógrafo de um autor querido, as anotações que não resisti em fazer em alguma passagem específica.

Quem folheia algum livro meu vai se deparar com diversas divagações, questionamentos, dúvidas e insights que costumo fazer, e que acabam por ser o testemunho de minha passagem pelas páginas de um livro. Mais de uma vez já me peguei relendo algum volume e, me deparando com anotações anteriores que escrevi, acabei por fazer novos apontamentos. Como se travasse uma espécie de diálogo com o leitor que fui em minha primeira jornada por aquelas palavras e entrelinhas. Continue Lendo

Acompanhe a Campus Party Brasil 2011

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hoje começam as palestras, oficinas e debates da edição 2011 da Campus Party Brasil. E eu, que pelo terceiro ano consecutivo trabalhei junto com Edney Souza na montagem da programação da área de social media, estarei no Centro Imigrantes durante toda a semana. A Campus Party BR é sucesso inquestionável: os ingressos para a Arena foram todos vendidos em novembro. Ainda assim, os retardatários poderão aproveitar a programação da área Expo, gratuita e aberta a todos os visitantes. Além disso, quem quiser acompanhar as palestras da área Arena poderá assisti-las em streaming ao vivo, bastando visitar este site ou ativando o player abaixo.

A agenda oficial da Campus Party informa os dias e horários de todos os debates, oficinas e palestras. Mas, além disso, haverá diversos outros eventos como desconferências, as atrações da AMD Brasil (que trouxe um motorhome para o evento) e o Cubo de Conteúdo, capitaneado por Bia Granja e a galera da youPIX, localizado na área aberta da Campus Party. Estarei no Cubo no dia 20 de janeiro, participando ao lado de Cris Dias e Maurício Stycer de um bate-papo sobre o tema “Mamãe, Quero Ser Relevante”, a partir das 17:30. Fiquem ligadinhos!

* * *

P.S. 1: Vale a pena conferir o recado da organização da #cpbr4 sobre um movimento de conscientização que busca engajar os campuseiros em prol de um mundo melhor: o #somethingbetter.


A Campus Party nasceu em 1997 com o imenso porém necessário objetivo de reunir, uma vez ao ano, os melhores talentos de Internet para dividir experiências, aprender e poder construir, juntos, um melhor amanhã.

Com a popularização da tecnologia e da Internet ao longo dos últimos anos, temos observado que a rede é usada tanto para fins legítimos como para outros nem tanto assim. Uma mesma tecnologia pode dar acesso a uma grande fonte de conhecimento e conteúdos compartilhados como também pode ser utilizada para causar danos, já seja de maneira consciente ou como parte de um jogo.

Por isto, cada vez mais, o uso cívico e respeitoso da rede torna-se uma questão prioritária. Além da diversão e do aprendizado proporcionados durante a semana de celebração da Campus Party, este é o momento de agir e sermos responsáveis, fazendo nossa colaboração para que a tecnologia seja usada em benefício da humanidade e demonstrando que Internet não é apenas uma rede de computadores, e sim, de pessoas.

É o momento de iniciar um movimento de conscientização e de iniciar e impulsionar #somethingbetter.

Durante meses, a equipe da Campus Party, junto a colaboradores e amigos de todo o mundo, desenvolveram um manifesto fundacional no qual acordamos em prol de um objetivo concreto e em prol da criação de um projeto maravilhoso, o programa de voluntariado tecnológico #GeekSemFronteiras. Este projeto atuará em países realmente necessitados. Estamos construindo este ambicioso projeto com organizações amigas.

Como campuseiros podemos ser um coletivo chave para a mudança. Temos o conhecimento, a vontade e um grande alcance, algo que traduz-se em uma grande responsabilidade para conseguir mudar o mundo para o bem. Isto é dito constantemente mas, poucas vezes, temos a chance de transformá-lo em ações concretas. Em outras palavras, esta é uma oportunidade única.

Através do #somethingbetter, unidos, poderemos marcar a diferença na vida de muitas pessoas de forma positiva e a longo prazo. Durante as próximas semanas, por meio do manifesto fundacional, iniciaremos um processo aberto para determinar ações em conjunto, para levá-las ao cabo e fazer deste mundo um lugar melhor.

P.S. 2: Agradeço à Chico Rei pelas graças (e camisetas) concedidas!

P.S. 3: O prazo final para a promoção @Na_Kombi é a quinta, dia 20. Na sexta divulgarei o resultado e no sábado enviarei o livro via Sedex para quem mandar a melhor resposta a esta pergunta: qual o livro que você recomenda para pessoas que nunca cumprem promessas de ano novo, e por quê?

Mixtape do SWU Festival - Urbanaque

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 22 de setembro de 2010

Clique aqui para conferir minha mixtape.A esta altura do campeonato você já deve ter ouvido falar sobre o SWU, que trará para o Brasil alguns dos shows mais aguardados dos últimos, além de promover um Fórum Global de Sustentabilidade, certo? Pois bem: a fim de divulgar o movimento, eu e mais alguns parceiros insiders do SWU criamos mixtapes com as atrações musicais do festival que rolará em Itu. Mandei a minha mixtape para meus camaradas do Puro Pop, e agora publico aqui a seleta musical preza que me foi enviada pelo Cirilo Dias, do Urbanaque. Ouçam no volume máximo. :)

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O Urbanaque sempre se preocupou em buscar as novas bandas direto da fonte. Já são oito anos viajando o Brasil, cobrindo festivais no Acre, Rondônia, Paraná, Cuiabá e São Paulo também, por que não?

Mas como a ocasião é especial e o festival está trazendo várias bandas prediletas nossas, a seleção ficou assim: bandas nacionais que o pessoal não pode perder e bandas internacionais que nós não vamos perder.

Bora ouvir a coleta?

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Nevilton – “Pressuposto”

Gosto muito do Nevilton. Independente se o show é na Funhouse, em SP, ou em Porto Velho (RO) eles sempre incendeiam o palco.

Tulipa Ruiz – “Às Vezes”

É bom ver cantoras realmente talentosas. E a voz, a música e as letras da Tulipa são deliciosas;

Queens of The Stone Age – “Regular John”

Sempre que ouço essa música lembro da histórica apresentação do Queens com Dave Grohl do Foo Fighters espancando a bateria.

Rage Against The Machine – “Renegades of Funk”

Com certeza um dos melhores covers que eu já ouvi. É ouvir a música e se achar o mestre do Break Dance!

Josh Rouse – “Directions”

Já vi o Josh duas vezes no Brasil. E essa música é aquela “bonitinha” da trilha de Vanilla Sky.

Mombojó – “O Céu, o Sol e o Mar”

Uma levada gostosa, clima de praia, ritmo gostoso. Aquela música preguiçosa para o fim de tarde.

The Mars Volta – “Roulletes Dare”

Intensa, insana e cheia de nuances que dão aquele nó na sua cabeça. Um ataque epilético sonoro.

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P.S. 1: Hoje, no Dia Mundial sem Carro, tem reunião da galera às 18h, na Praça do Ciclista. Mais infos neste link.

P.S. 2: Fiquem ligadinhos. Em breve vai ter promoção de ingressos para o SWU aqui no Pensar Enlouquece! o/

Desafio Rayovac (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 18 de maio de 2010

Em meio ao dilúvio de informações que nos bombardeiam diariamente, a gente acaba deixando de prestar atenção em coisas que fazem parte do nosso dia-a-dia. É até natural: atos cotidianos como abrir uma porta, ligar o computador, tomar um copo d’água são realizados de forma mecânica e corriqueira. O perigo, porém, reside na hora em que deixamos de prestar mínima atenção em certas atitudes que cometemos sem atentarmos para as possíveis consequências. Nessas horas, sempre lembro daquela história da Teoria do Caos e do Efeito Borboleta (sim, aquele filme com o Ashton Kutcher foi baseado nessa tese) que diz que o bater de asas de uma borboleta no Oceano Pacífico catalisa uma série de pequenos grandes eventos que pode resultar no surgimento de um tufão do outro lado do planeta. Quem já leu o conto “Um Som de Trovão”, de Ray Bradbury, também está familiarizado com essa teoria.

Pois bem: foi preciso que eu fosse contatado por uma agência para que eu buscasse por mais informações a respeito de algo tão trivial quanto uma pilha. Dê uma olhada ao seu redor e note cada objeto que está no seu campo de visão. Eu, por exemplo, vejo neste exato momento um copo, um toy art de um bonequinho ninja, uma caneta, um estojo com CDs, um dicionário, meu smartphone. Quais foram os caminhos trilhados por cada um dos objetos que vejo à minha frente? Quantos anos de pesquisas foram gastos no desenvolvimento de cada peça que compõe o meu celular? Como será a fábrica que produziu este boneco ninja que minha namorada comprou porque o olhar sério dele fez com que ela se lembrasse de mim? Onde ficam as árvores que deram origem às páginas deste dicionário? Quantas pessoas devem tê-lo folheado na livraria antes que viesse parar na minha casa? Enfim, são as viagens maionésicas, ao melhor estilo “Ilha das Flores”, que começaram a se passar na minha cabeça quando pesquisei um pouco mais sobre as pilhas Rayovac, sobre as quais fui contratado para falar. Deverá ser a última vez em que me chamam pra fazer isso, aliás: estou tergiversando e enrolando tanto quanto nas vezes em que comecei a puxar papos antes de convidar alguma mulher bonita para sair. :)

Pilhas Rayovac vs DuracellMas o caso é que fiquei besta ao descobrir que, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, nada menos que 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular são vendidas anualmente no Brasil, movimentando mais de R$ 900 milhões. E, ao ler o release da campanha, outras informações interessantes me chamaram a atenção. O leigo aqui sempre comprou pilhas alcalinas levado pelo (des)conhecimento comum de que elas são melhores porque duram mais. E não sabia, por exemplo, que em equipamentos que requerem descargas leves e contínuas, como controles remotos, relógios de parede e rádios portáteis, pilhas comuns são as mais recomendadas. Pois as alcalinas são a melhor opção apenas no caso de aparelhos que exigem descargas de energia rápidas e fortes, como aparelhos de som e brinquedos. Ou seja: por causa da minha falta de curiosidade em me informar decentemente sobre o assunto, por décadas tenho gasto dinheiro com pilhas mais caras sem necessidade.

Outro dado relevante: cerca de 40% das pilhas vendidas no Brasil são falsificadas, produzidas e vendidas sem o controle das autoridades. Ou seja, ao contrário das pilhas Rayovac, que atendem às normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente e não contêm metais pesados como mercúrio e cádmio, esses produtos piratas que você encontra em qualquer barraca de camelô, além de serem contrabandeados e não gerarem impostos, contaminam a natureza com uma série de matérias-primas cujos efeitos colaterais são de tirar o sono de qualquer consumidor desavisado.

A opção ideal é, sem dúvida, o uso de pilhas recarregáveis, que podem ser reutilizadas centenas de vezes. No Brasil, elas ocupam ainda um nicho pequeno. Segundo dados do Instituto Akatu, as recarregáveis, indicadas para aparelhos de alta tecnologia como câmeras digitais e tocadores de Mp3, representam não mais do que 5% do mercado. Aproximadamente 65% das vendas são de pilhas comuns; e as demais, de alcalinas.

Por desconhecimento, acabamos por adquirir produtos inadequados. Sem um consumo devidamente consciente, gastamos dinheiro com produtos mais caros e desnecessários. E aí cito uma declaração de Thiago Melo, gerente de produtos da Rayovac, que afirmou: “Do ponto de vista do consumidor, ainda há muito que se esclarecer em relação à categoria de pilhas. Algumas indústrias costumam divulgar informações desencontradas em campanhas publicitárias. Assim, ao contrário do que se pensa, as pilhas alcalinas nem sempre são a melhor opção”. É nessa hora que meneiei a cabeça, pensando em todos esses anos gastando mais e de forma errada.

Visite o site de Rayovac para ver a tabela completa de comparação entre pilhas comuns e alcalinas

Há um mês a Rayovac lançou uma campanha ousada, intitulada Desafio Rayovac, que foi parar na Justiça (vide matéria do jornal O Globo) por reclamações feitas pelo seu concorrente direto, a Duracell. Pudera: a campanha foi baseada em testes realizados pelo laboratório sueco Intertek (e devidamente reconhecidos pelo Inmetro), que comprovam que as pilhas alcalinas Rayovac duram tanto quanto as da Duracell. Porém, com um singelo detalhe: cada pilha Rayovac, em média, custa R$ 0,50 a menos. A campanha segue à toda. Pois, segundo decisão da 6ª Vara Civil do Rio de Janeiro, “a propaganda comparativa é, na realidade, um instrumento do consumidor, pois através dela terá opções de decisão”.

Eu, que antes de aceitar fazer este publieditorial pesquisei por informações disponibilizadas em todos os links deste post, não poderia concordar mais com a decisão judicial que aprovou a continuidade da campanha Desafio Rayovac. Informação é poder. Principalmente nestes tempos em que você, que lê este texto, tem condições de fazer suas próprias apurações graças a todo um mundo de informações, podendo contestar o que lê, vê e ouve por aí baseado em dados disponíveis nestes tempos de blogs e redes sociais. Navegue pelos links deste texto, faça suas próprias pesquisas em outras fontes, conteste este post ou a Rayovac à vontade. Mas, principalmente, não faça de seus atos de consumo algo automático, movido unicamente por impulsos primários ou campanhas publicitárias. Citando uma música antiga dos Engenheiros: “Ouça o que digo, não ouça ninguém”.

* * *

P.S.: Informe-se melhor sobre a questão do lixo eletrônico neste site: http://www.lixoeletronico.org.

Editorial de Páscoa

Por Alexandre Inagakidomingo, 04 de abril de 2010

“1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 - então o 11, e você começa tudo outra vez”. Onze, a renovação da dezena: assim interpreta Joseph Campbell em O Poder do Mito. Viver é começar de novo, e de novo, e de novo. Nada mais apropriado, pois, do que uma edição número onze no dia em que se celebra a ressurreição de Cristo: morte e renovação.

Toda mudança carrega em si um pouco de morte e mais um tanto de renascimento. Como o adulto de hoje, que precisou matar muitas atitudes e ilusões da infância para se tornar o que é. Como eu, que assassinei, a sangue frio, muitos dos mitos que carreguei comigo em meus “wonder years“: o Papai Noel, o coelhinho da Páscoa, o “bom selvagem” de Rousseau, a minha futura carreira de cantor de rock, os amores que um dia se foram (sempre me identifiquei com o Charlie Brown, em seus constantes desencontros com a garotinha ruiva).

Hoje sou um homem mais cínico e cético do que gostaria, mas acredito que dentro da dosagem necessária para sobreviver a um mundo que vem sem manuais de instrução ou botes salva-vidas. Sei um pouco a respeito das engrenagens sujas que movem o teatro da vida, o bastante para acreditar que um pouco de ignorância é pressuposto fundamental para ser feliz no mundo em que vivemos. Mas, acima de tudo, tenho esperanças.

Sim, tenho esperanças. Não que eu seja um daqueles caras que acreditam que basta juntarmos nossas mãos e cantar “Imagine” para mudar o mundo: meu lado cínico não resiste a fazer piadas sobre hippies emaconhados (não aqueles mauricinhos da novela das seis, assépticos e domesticados como o som de uma boy band), ou esquerdistas que guardam suas camisetas com a foto do Che Guevara penduradas ao lado de suas calças Fórum e t-shirts Nike.

Minhas esperanças não estão atreladas a nenhum credo ou religião. Não tenho ídolos nem líderes a seguir, que pudessem me guiar em meio à alienação, ao tédio e ao torpor de um mundo devastado por guerras estúpidas, preconceitos acéfalos, desigualdade social e falta de amor. Não leio livros de autoajuda, não sigo paradas de sucesso, não faço doações à LBV, não sei qual é o sentido de nossa passagem por aqui e, por favor, não desejo receber nenhum anexo de Power Point com mensagens edificantes sobre a humanidade.

Tampouco sei porque fui acometido com estas reflexões. Talvez seja porque não ganhei nenhum ovo de Páscoa.

* * *

P.S. 1: O texto acima foi publicado originalmente na edição 011 do SpamZine, em 15 de abril de 2001. À guisa de contextualização: o SZ foi um fanzine, distribuído semanalmente por e-mail para mais de 3.500 assinantes previamente cadastrados, que durou 93 edições e circulou de fevereiro de 2001 a novembro de 2003. Criação minha e do cumpadi Ricardo Sabbag, o SpamZine surgiu na esteira do seminal CardosOnline, mailzine criado por André Czarnobai, a.k.a. Cardoso, que influenciou toda uma geração de novos autores que encontrou na internet o espaço ideal para divulgar seus trabalhos e achar novos comparsas.

Ao longo de pouco mais de dois anos, o SpamZine publicou textos de autores do naipe de Orlando Tosetto Junior, Nicole Lima, José Vicente, Eduardo Fernandes, Suzi Hong, Cecilia Giannetti, Índigo, André Machado, Ian Black, Mateus Potumati, Ione Yoshida de Moraes, Fábio Fernandes e Daniela Abade. Porém, como tudo que está na internet é volátil feito fama de ex-participantes de reality show, o site do Spam Zine saiu do ar, deixando poucos vestígios na web. Do mesmo modo, diga-se de passagem, que outros ezines contemporâneos daqueles tempos pré-blogs, como o Tijolão, o Alfinete, o MOL e o Ogden (o Givago é um dos raros que ainda mantém um site).

Mas enfim, como diz aquele clichê amarfanhado, recordar é viver. Citei o SpamZine em uma entrevista que dei a Augusto Nunes para o site da Veja. Bom pretexto para resgatar este texto sobre a Páscoa e lembrar dos bons tempos em que fui editor de um fanzine rodado em um mimeógrafo virtual. B)

P.S. 2: Sobre a época dos fanzines por e-mail, vale a pena ler este artigo do Pedro Doria: “Quando Cardoso inventou a internet”.

P.S. 3: Minhas opiniões sobre a Páscoa, escritas há nove anos, são essencialmente as mesmas. Mas houve ao menos uma diferença essencial neste ano de 2010: ganhei um ovo de Páscoa. ;)

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Jé plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantêm este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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