“Sangue Negro” e “Onde os Fracos Não Têm Vez”

Por Alexandre Inagakidomingo, 24 de fevereiro de 2008

Foi ótimo constatar que os dois filmes com mais indicações ao Oscar deste ano são obras densas, sem concessões às platéias. Não à toa, tanto ao fim das sessões de Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson, quanto de Onde os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Joel e Ethan Coen, pude ouvir gente reclamando dos filmes. Não há terra para homens velhos, nem finais felizes para espectadores mimados.

* * * * *

As cenas iniciais de There Will Be Blood mostram Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) cavoucando poços no meio do deserto norte-americano em busca de petróleo. Para saber se há indícios do óleo negro, Plainview cospe nas pedras do poço a fim de tentar ver sinais de minerais. Da saliva ao sangue dos operários que morrem nos poços de petróleo, paulatinamente imergimos na saga de um misantropo que enriquecerá na mesma medida em que terá seu espírito embrutecido. Tratado ambicioso sobre ganância, Sangue Negro justaposta interesses financeiros e religiosos na figura de dois personagens com sobrenomes simbólicos: Daniel Plainview e o pastor Eli Sunday (Paul Dano), homens que dedicam suas vidas a missões completamente alheias ao restante da humanidade.

O filme de Paul Thomas Anderson é repleto de metáforas. Desde o óleo que brota do fundo da terra e rasga em chamas os céus, até a cena final que se passa na pista de um jogo de boliche, nada é gratuito na história centrada em um prospector de petróleo que também é capaz de desvelar o que há de mais negro na alma dos homens que abomina. Vislumbramos, ao longo do filme, espasmos de humanidade na figura de Plainview. Porém, são réstias de luz que desaparecem à medida que seus laços familiares são explicitados como farsas. Sem religiosidade nem família que o resgatem do processo de desumanização, não à toa o personagem assombrosamente personificado por Day-Lewis surge na seqüência final comendo um pedaço de carne com as próprias mãos. No derradeiro e mais brutal de todos os mesmerizantes duelos entre o capitalista Daniel Plainview e o fanático Eli Sunday ao longo da trama, o desfecho não poderia terminar de outra maneira que não fosse com sangue, com strike, com a frase sintomática do processo de esgotamento metafísico do personagem central: “I’m finished”.

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À primeira vista, Onde os Fracos Não Têm Vez aparenta ser um western pós-moderno centrado na história de Llewelyn Moss (Josh Brolin), um sujeito comum que acidentalmente descobre uma mala repleta de dólares para casa, e que penará com os efeitos colaterais desse achado, personificados na figura de um assassino apocalíptico, Anton Chigurh (Javier Bardem). Porém, creio que a chave para a compreensão deste filme dos irmãos Coen está no personagem de Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), o xerife à beira da aposentadoria, velho homem do título original mal traduzido para o português (No Country For Old Men) que sabe que não é possível parar o que está por vir.

A sanha homicida de Anton Chigurh é comparada, em certa passagem, a uma peste bubônica. Não é uma imagem gratuita: o assassino vivido por Bardem é a Morte em pessoa, quase como a epidemia da Idade Média que foi interpretada como um castigo divino. Simbolicamente, uma das armas que utiliza é uma pistola de ar comprimido que costumeiramente é usada para o abate de gado. Além disso, Anton Chigurh age por vezes como um arauto do Destino, dando a suas vítimas a opção de, por meio do “cara ou coroa”, escaparem da morte por meio de um lance do acaso. Ledo engano: todos nós fazemos escolhas, seja no momento de assassinar um ser humano ou de dar água de beber a um moribundo, e o momento em que Chigurh encontra Carla Jean (Kelly Macdonald), esposa de Llewelyn Moss, mostra exemplarmente isso.

Por mais que o destino pareça ser inexorável, somos produtos de nossas escolhas. O personagem de Tommy Lee Jones sabe disso, e não esconde sua perplexidade diante das manchetes de jornais que descrevem crimes tão absurdos que chegam a provocar sorrisos com gosto de culpa. Constata o velho xerife: “Eu sempre achei que, quando ficasse velho, Deus entraria em minha vida de alguma forma. Mas ele não o fez”. E a seqüência do criticado (porém estupendo) final, quando Lee Jones relata para a mulher um sonho que teve, é o desfecho correto para um filme no qual ficamos sem saber as motivações do assassino, o que realmente aconteceu na cena da morte dos traficantes mexicanos, o que faziam o criminoso do escritório e o personagem de Woody Harrelson. Em um mundo que soa mais inverossímil do que qualquer ficção, de que adiantariam respostas simplificadoras e insatisfatórias? Nada mais adequado, pois, do que encerrar o filme com a descrição de um sonho que fala de um passado perdido e de um mundo no qual o filho é mais velho do que o pai. Apenas na linguagem simbolicamente onírica é que poderemos buscar possíveis explicações para o atual e aterrador estado de coisas descrito por esta obra-prima dos irmãos Coen.

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P.S. 1: Em um bolão dos resultados do Oscar desta noite, palpito que Onde os Fracos Não Têm Vez levará as estatuetas de direção, roteiro adaptado e fotografia. Levado por uma certa intuição, cravarei uma zebra, chutando que Sangue Negro, que injustamente não foi indicado para o Oscar de Trilha Sonora (composta por Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead) será considerado o melhor filme.

Quero muito que Marion Cotillard, por sua atuação irretocável em Piaf - Um Hino ao Amor, repita o caso de Sophia Loren, primeira atriz premiada com o Oscar por uma atuação em um filme não-falado em inglês, o italiano Duas Mulheres, de 1962, embora reconheça que a favorita é Julie Christie. Barbadas mesmo são três: Daniel Day-Lewis, que tomará todo o milkshake na categoria de melhor ator, Javier Bardem, que criou o vilão mais perturbador do cinema desde Hannibal, o Canibal, e será merecidamente premiado como melhor ator coadjuvante, e Ratatouille, a encantadora produção da Disney/Pixar que levará o Oscar de melhor longa animado. Arrisco ainda dizer que Tilda Swinton garantirá a única estatueta para Conduta de Risco na categoria de atriz coadjuvante (que costuma proporcionar as maiores surpresas da cerimônia), e que a blogueira Diablo Cody levará o careca dourado para casa pelos diálogos espertinhos de Juno. Mas eu sei que meus palpites não me fariam ganhar nenhum bolão…

P.S. 2: Eis a constatação visual de que Anton Chigurh e o Beiçola, da Grande Família, são fregueses do mesmo barbeiro.

P.S. 3: Independentemente de premiações, para mim os melhores filmes de 2007 foram O Hospedeiro, de Bong Joon-Ho, e Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho. Mais discussões sobre a sétima arte? Visitem a Liga dos Blogues Cinematográficos e o meu site predileto sobre a premiação da Academia de Hollywood, o espanhol Tío Oscar.

P.S. 4: Observações após a cerimônia de entrega do Oscar: errei no palpite de melhor filme, mas fiquei satisfeito: Onde os Fracos Não Têm Vez era o meu favorito. Porém, achei injusto Roger Deakins, que foi duplamente indicado na categoria de melhor fotografia por dois excepcionais trabalhos em Onde os Fracos Não Têm Vez e O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford, ter perdido a estatueta para Robert Elswit, de Sangue Negro, por mais que a fotografia do filme de PTA seja também muito boa. De resto, a merecidíssima vitória de Marion Cotillard já valeu a noite, e acabei acertando a previsão de uma das categorias mais imprevisíveis, melhor atriz coadjuvante. Até que fui razoavelmente bem no bolão do Oscar. :D

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • http://www.blogdohiroshi.com/2008/03/02/10-posts-que-voce-deveria-ler-essa-semana-4/ Blog do Hiroshi

    10 posts que você deveria ler essa semana #4
    Eis a lista dessa semana dos 10 posts que você não pode deixar de conferir:
    Os Quatro Sudários na Teoria da Conspiração do Sedentário e Hiperativo.
    BOPE x Advogado no Quadrideko.
    Sangue Negro e Onde os fracos não têm vez no Pensar Enlouquece….

  • http://www.cinedemais.blogspot.com Demas

    Inagaki,
    não sabia desse diário de filmagem do Meirelles não. Obrigado pela dica.
    Abração

  • http://senhoritarosa.wordpress.com senhorita rosa

    “Por mais que o destino pareça ser inexorável, somos produtos de nossas escolhas.” Pois é, Ina, tem gente que faz 10 anos de análise e continua culpando o além.

    Fiz coro com você e fiquei muito feliz pela Marion ter ganho o Oscar de melhor atriz. Maravilhoso o filme. E torci pela Diablo Cody também. Juno é uma graça! [Só a roupa da Diablo é que tava o ó... mas tudo bem, faz parte.]

    Bezzos,

    Srta. Rosa, pra mim o melhor da premiação da Diablo Cody foi o trecho do agradecimento em que ela diz: “Quero agradecer à minha família por me amar do jeito que sou”. :D

  • Rosa

    Oi Inagaki, adorei a leitura sobre o Oscar, concordei com a maioria do seu bolao!

    Pergunta, a frase no final de There will be blood e’ “I’m finished” e nao “I’m done”, ou eu estou enganada?

    Rosa, obrigado mesmo pela correção na frase final de “There Will Be Blood”! Isso é que dá confiar na minha memória em vez de recorrer ao IMDB antes de finalizar um post! :oops:

  • http://bit-hunter.net/cafedamanhadoscampeoes Pablo Casado

    Pois é, Alexandre, tinha esquecido da entrevista pra Oprah - que assisti no You Tube há algumas semanas.

    Preciso correr atrás da trilogia do sul. Já li Onde os velhos não têm vez e A Estrada, ambos fenomenais.

    Fiquei apaixonado pela literatura do Cormac.

    Pablo, digo o mesmo sobre o Cormac. É meu escritor americano vivo predileto ao lado do Jeffrey Eugenides, autor dos sensacionais “Virgens Suicidas” e “Middlesex”. Torço pra que Paul Auster, que publicou alguns romances apenas razoáveis recentemente, recupere a boa forma dos tempos de “Palácio da Lua” e a Trilogia de New York, pra fechar um trio.

  • http://www.cinedemais.blogspot.com Demas

    Inagaki,
    é verdade mesmo que existem muitas outras boas atrizes merecendo sua primeira estatueta. Mas não gosto dessa máxima da Academia de que um troféu próximo pode atrapalhar a conquista de outro. Mas isso é o Oscar, né?
    Por falar em “Blindness”, estou curiosíssimo para assistir a essa adaptação do vigoroso romance do Saramago. Ainda mais que tem Juliane Moore no elenco, com Meirelles na direção.
    Abração

    Demas, já que começamos a falar de “Blindness”, você já leu o ótimo blog do Fernando Meirelles relatando o processo de produção do seu próximo filme?

  • Andrea

    Lindas resenhas.
    Adorei a maneira como voce escreveu e descreveu tao bem os filmes.
    E parabens pelos acertados palpites ao Oscar!
    Fiquei muito feliz pela Diablo ter ganhado. :)
    Um beijo.

    Obrigado pelas palavras gentis, Andrea. Um beijabraço!

  • http://fabianopereiradesigner.blogspot.com Fabiano Pereira
  • http://www.cinedemais.blogspot.com Demas

    Inagaki,
    foi uma cerimônia acima da média no que diz respeito aos resultados. Mas ainda assim, há injustiças: Cate Blanchett ter perdido o Oscar de coadjuvante por “I’m not there” é uma delas. Também não acho que o roteiro de “Juno” merecesse o prêmio, muito menos as indicações de filme e diretor.
    Mas como você mesmo disse num comentário anterior, o Oscar tem suas presepadas.

    Abração

    Demas, creio que o fato de a Cate ter vencido o Oscar há pouco tempo, por “O Aviador”, de certa maneira a atrapalhou neste ano. Certamente ela terá outras chances de ganhar uma segunda, uma terceira, uma quarta estatueta. Mas ainda há muitas atrizes que andam fazendo por merecer seu primeiro Oscar ainda. Por exemplo, a Naomi Watts, que esteve ótima em “21 Gramas” e “King Kong”. A Kate Winslet. E a Juliane Moore, que quem sabe estará na cerimônia de 2009 por conta de sua atuação no “Blindness” do Fernando Meirelles, não?

  • http://www.lauravive.blogspot.com laura

    Eu torci pelos atores e acertei e pela francesinha :) acertei.
    Ah! e os dois atores, o Bardem e o Daniel-Day-Lewis, são bonitos e talentosos
    bjs Laura

  • http://www.amenidadesebobajadas.blogspot.com Daniel F. Silva

    Eu achei que o Day-Lewis ficou a cara do Magnum…

    Um prêmio que achei justíssimo (além de melhor filme, dos atores e dos roteiros) foi o de maquiagem para Piaf, um Hino ao Amor. Há bem pouco tempo vi a cara (real) da Marion Cotillard! Pra transformarem uma deusa como ela na Edith Piaf (se bem que foi ela própria que mais colaborou pra isso, pois parece que a cantora “baixou” nela), é porque os maquiadores são bons, mesmo.

    Daniel, fiz um comentário muito parecido com o seu no mailing da lista de cinéfilos do bolão em que participei. Uma maquiagem que fez a maravilhosa Marion ficar tão acabada quanto a Piaf em sua vida conturbada justificou o Oscar com sobras.

  • Rodrigo Santiago

    Inagaki, sinto que os tradutores brasileiros quiseram passar o foco do personagem de Tommy Lee Jones para o de Josh Brolin, já que ele aparece na maior parte de filme. Enfim, acho que três falas resumem mais ou menos a essência do filme, todas ditas pelo personagem Ed Tom: O off inicial; quando ele diz “Quando se pára de escutar ‘senhor’ e ‘senhora’, é um sinal do fim dos tempos.” e o trecho final do sonho: “E, no sonho, eu sabia que ele iria adiante, e que queria fazer uma fogueira no meio daquela escuridão e daquele frio, e eu sabia que, a qualquer momento que eu fosse lá, ele estaria lá.”

    Assisti-o ontem, e, para mim, está sendo uma digestão demorada, pois à medida que as horas avançam, gosto mais do filme e percebo melhor certos subtextos. Mas preciso vê-lo de novo para perceber melhor o roteiro.

    Rodrigo, de fato essas falas que você destacou dão todo o sentido para o preciso título original dos irmãos Coen. Para mim, é um filme que só fez crescer à medida em que penso nele após a sessão, ao contrário de certas obras que você esquece tão logo sai do cinema.

  • http://digitandodeesquerda.blogspot.com André

    Que coisa… há muito tempo eu tinha um blog e me lembro que visitava o seu. Muitas coisas mudaram desde então, mas muitas pessoas continuam postando por aí :-)

    De qualquer forma, eu não gosto de Oscar (na verdade, gosto menos do que “não gosto”, mas não chega a ser “odeio”), mas sou muito fã dos Coen. Aquele “E aí, meu irmão, cadê você?” é genial.

    André, por mais que o Oscar cometa suas presepadas, ainda acompanho fielmente a cerimônia. Quanto à obra dos Coen, meus prediletos, além do filme que acabou de ser merecidamente oscarizado e do “E Aí Meu Irmão, Cadê Você”, a melhor adaptação da “Odisséia” de Ulisses de todos os tempos, destaco também “Gosto de Sangue” e “Ajuste Final”, dois filmaços.

  • Te

    Cara, que mira, acertou quase tudo! Diz só pra mim: com que bicho você sonhou hoje? :-).

    O Javier Bardem me lembra o Raul Julia.
    Onde os fracos não tem vez parece título de faroeste. Juntar numa tradução título atraente para o público e explicativo do enredo é muito complicado, pode dar resultados ou brilhantes e ou desastrosos como A mulher que morreu duas vezes.

    Figuraça é a Diablo Cody, de stripper a roteirista premiada. Que sua carreira prossiga!

    Te, você lembrou bem daquele que talvez seja o título em português mais infeliz da história. O “Vertigo” do Hitchcock não merecia isso. XX(

  • Anônimo

    “Quero muito que Marion Cotillard, por sua atuação irretocável em Piaf - Um Hino ao Amor, repita o caso de Sophia Loren, primeira atriz premiada com o Oscar por uma atuação em um filme não-falado em inglês, o italiano Duas Mulheres, de 1962, embora reconheça que a favorita é Julie Christie.”

    Até a Academia lê o Pensar Enlouquece! ;) Ontem quando ela ganhou, lembrei de você e da Ana contando sobre o filme, da emoção toda. :) Saudade.

    Lu, a Marion Cotillard me fez chorar tanto interpretando a Piaf… :( Atriz realmente maravilhosa! Mas olhe, se a Academia me lesse jamais teria premiado aquela porcaria chamada “Crash” em 2006. Uma das maiores injustiças recentes foi terem escolhido aquele filmeco esquemático em vez do “Segredo de Brokeback Mountain”…

  • mara

    Do que gostei mesmo foi ver dois estrangeiros -um espanhol e uma francesa- levantando o ‘americanoscar’,op´s!oscar.
    Agora quanto ao seu comentario, concordo em parte,pois não acredito que não existem filmes com finais felizes, sem que zombem de nossa inteligencia ou como disse vc dise feito para espectadores mimados?O que há de errado em ‘mimar a plateia’ desde que feito com inteligencia?
    abreijos
    Mára

    Mara, meu comentário se referia especificamente aos espectadores que testemunhei sairem das sessões de “Sangue Negro” e “No Country For Old Men” chiando com os finais dos filmes. Ainda assim, não creio que “mimar”, no sentido de passar a mão na cabeça do espectador com o sentido único de satisfazer suas expectativas, possa ser algo positivo. Grandes obras de arte são aquelas que incomodam de alguma maneira o espectador, fomentando reflexões e obrigando-o a sair de sua condição habitual de passividade. Ademais, filmes que são feitos com o intuito de entreter audiências já existem aos montes, e creio que Hollywood já nos supre bem nesse sentido, não?

  • http://macaenvenenada.zip.net Carla

    Alexandre, concordo plenamente com você: Javier Bardem está impecável no filme (No canal E!, que transmitiu a chegada dos atores, foi perguntado a Bardem porque ele não tinha mantido aquele cabelinho, hahaha) e os Oscars de melhor atriz e ator foram mais do que merecidos!
    Surpresas à parte, só me resta ver Juno!
    Abração.

    Carla, “Juno” é um filme bem bacana. E tem pelo menos duas cenas muito bonitas: o diálogo final de Juno com o pai (interpretado por J.K. Simmons, um cara que mereceria ter sido indicado a melhor a ator coadjuvante) e a música ao final do filme. Recomendo. :D

  • http://www.asletrasdasopa.blogspot.com marie tourvel

    Continua com a cara do Rubens de Falco, Ina.

    Ok. Mas a foto continua sendo do Bardem, Marie. ;)

  • eduardo

    Putz, vc acertou tudo! Joga na sena, que vc tá cagado…:P

    Eduardo, meu índice de acertos ainda está insatisfatório pra quem deseja ganhar um dia na loteria. Mas um dia espero chegar lá. :P

  • Diego Goes

    Opa Inagaki, td blz?
    A trilha de Sangue Negro não estava entre os indicados por que ela se baseava em músicas já existentes, e o Oscar não aceita nem trilha adaptada, digamos assim, nem música sem ser 100% original. Por isso a fantástica trilha do guitarrista do Radiohead não foi indicada.
    Rapaz, e tu acertou ainda mais de 80% das apostas no bolão. Era pra ter feito um bolão de verdade, rapaz…Ia faturar uma grana ou então ter ingressos pelo resto do ano gratuitamente,rsrsrs.
    Abraços!

    Diego, valeu pelo esclarecimento, não sabia dessa informação sobre a trilha de “Sangue Negro”! Quanto ao bolão, derrapei ao achar que, apesar de ter vencido as premiações dos sindicatos de atores, diretores e produtores, o filme dos irmãos Coen não ganharia o prêmio principal. Se desse zebra nessa categoria também, meus ingressos do Cinemark estariam garantidos. :D

  • Ana Paula Polim

    Será que Anton Chigurh e o Beiçola vão ao salão do Sr. Todd?? Pq esse penteado é digno do barbeiro sanguinário!! hehehe

    Ana, creio que não. Mr. Todd costuma fazer cortes de cabelo bem mais rentes. ;)

  • http://bit-hunter.net/cafedamanhadoscampeoes Pablo Casado

    Enfim, alguém que concorda que o “fracos” no título de No Country… foi uma cagada considerando um dos principais pontos de discussão da história; além daquele final, que é fantástico (no livro, as passagens com o xerife Bell embasam ainda mais aquela seqüência onírica).

    Livro que é uma obra-prima.

    Foi legar ver o recluso Cormac McCarthy na platéia da premiação, inclusive se emocionando quando o produtor Scott Rudin o citou.

    Pablo, depois que o Corman McCarthy apareceu no programa da Oprah Winfrey, não creio que o adjetivo “recluso” possa ser aplicado a ele. B) Mas é muito bom, sim, vê-lo merecidamente reconhecido. Dos livros dele, meu predileto ainda é “Meridiano Sangrento”, se bem que ainda não li “No Country for Old Men”.

  • niks

    Deixo aqui o meu protesto: Pizzas Bros divulga na Revista da Folha que vai transmitir o Oscar no telão e expulsa os clientes pouco antes das principais premiações. Lamentável. Foi erro do estabelecimento ou da mídia?

    Niks, creio que de ambos. O negócio é mandar um e-mail reclamando!

  • http://www.dicionarioesporadico.blogspot.com Meiriane Saldanha

    Baixei os filmes, só não tive ainda tempo para vê-los, gostei muito dos seus comentários, assim que der vou assistir… seu blog é muito vibrante, gostei muito dele, vou voltar mais vezes!
    um grande abraço!
    Mei

  • Maaark!

    Caramba, acertou vários! Muito bem, Flipper!

  • Anônimo

    Eu achei “OFNTV” (essas siglas são o máximo! :D) uma porcaria. Juro. Talvez eu seja muito mimado, mesmo. Mas achei dureza.

    Gravata, o Luiz Zanin definiu “No Country for Old Men” como “coisa para adultos”, e não poderia concordar mais com ele. Mas veja, por exemplo, outro crítico que respeito muito, o Bernardo Krivochein, da Zeta Filmes: ele desce a lenha no filme dos Coen. E, como todo crítico sério de cinema deveria fazer, com argumentos muito bem ponderados que eu respeito, embora discorde de sua visão do filme (creio, por exemplo, que “No Country for Old Men” é de um senso de humor extremamente afinado com a obra, vide o diálogo absurdo do personagem de Josh Brolin com a esposa falando da mãe morta, ou a cena em que o assistente de xerife ri de uma história de assassinato). Mas é um cara que tem argumentos para embasar sua crítica, em vez de simplesmente dizer que o filme é “chato” ou tem final ruim, ao contrário dos espectadores do Cinemark.

  • marcelle

    Mto show seu blog!E como devoradora de filmes…adorei seu post!Parabéns!

  • http://pixinxa.blogspot.com/ carlos

    Nossa, dois filmaços!
    No primeiro, o Daniel Day-Lewis, está muito bom, apesar de começar bem silencioso, foi um filme que me prendeu!
    No segundo, nunca vi um assassino tão mórbido quanto o do Javier, não consigo nem imaginar ele num filme, fazendo um menage a trois com Penelope Cruz e Scarlett Johansson(deusas!), mas é um grande ator, com certeza é Oscar!

  • http://quixotando.blogspot.com/ dri

    Nãããão! Agora ficarei traumatizada para toda a eternidade com essa comparação entre o muso-símbolo-sexual-tchananã Javier Bardem e o… Beiçola!
    Inagaki, tu acabou com a minha vida! hehehe

    Dri, um dos momentos mais bacanas da cerimônia foi o Bardem sacaneando o próprio corte de cabelo dele no filme. O que um ator não faz em nome da arte, não? :D

  • http://www.asletrasdasopa.blogspot.com marie tourvel

    Vamos combinar que o Daniel Day-Lewis, nesta foto que você publicou, está a cara do “saudoso” Rubens de Falco, o eterno açoitador da coitada da Lucélia “Isaura” Santos.

    Marie, uma correção: a foto é do Javier Bardem, o Anton Chigurh do filme dos irmãos Coen.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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