Vanderlei, o grego salvador e o irlandês abilolado. 450 anos de São Paulo. Orkut é uma boa droga. Fernando Sabino nasceu homem, morreu menino. Cida ganhou o Big Brother. Tiraram o visto de Larry Rohter. Lula, quantas você bebeu antes de decidir isso? Luma ficou prenhe, depois desgravidou. Quatro indicações para Cidade de Deus, mas Senhor dos Anéis levou tudo. Blogueiros escorraçados da Globlogger. Cazuza voltou à cena. Sandro Dias fez o 900º. Zeca Pagodinho não agüentava mais tomar sua cerveja escondido. Festa no apê, vai rolar bundalelê. Poeira, levantou poeira! A paixão segundo Mel Gibson. Quem matou o casal Staheli? Yasser Arafat está morto. Magrão perdeu três dentes. Friends e Sex and the City acabaram. Maluf escapou novamente. Grécia, Once Caldas, Santo André e a tal caixinha de surpresas. Luizianne se elegeu apesar do PT. Iarnuou, Solange? Aberta a temporada de caça aos blogs. O peito de Janet Jackson no Superbowl. Os joelhos de Daiane. Luana Piovani sem calcinha na Academia. O dedo médio do piloto da American Airlines. A bunda da Juliana Paes na Playboy. A tal lista dos 100 melhores segundo Pelé. Nasceu Jon Blake Cusack 2.0. Morreu Henri Cartier-Bresson. Quem matou Lineu Vasconcelos? Quem envenenou os animais do zoológico de São Paulo? A propina de Waldomiro Diniz. O Airbus de US$ 57 milhões da Presidência. A tal casa de R$ 1 da Rosinha. Rubinho foi segundo de novo. As fotos não eram de Vladimir Herzog. Clodovil não calçou as sandálias da humildade. Vôlei: Brasil 24 x 19 Rússia. Maria Sharapova ganhou Wimbledon. Roger Federer ganhou tudo. Popó perdeu. Gerald Thomas baixou as calças no Municipal. Marta e Favre viajaram. João Bosco e Aldir Blanc se reencontraram. O que fizeram com o rosto de Yushchenko? O ciclone no litoral de Santa Catarina. O tsunami que matou milhares na Ásia. 11 de março, um trem, Madri. Foto de Sergei Karpukhin/Reuters.A Pietá de Beslan. O PT perdeu Porto Alegre e São Paulo. Morreu o Super-Homem. Don Vito Corleone também. Josi Campos estava na miséria. Rita liberou seu Cadillac. Deborah Soft foi eleita em Fortaleza. O casal das Casas Bahia. Clodoaldo Silva, o Michael Phelps brasileiro. A cerveja do nã-nã-nã-nã. Duda Mendonça na rinha de galos. Zeca Camargo, vá para a… Romário pára ou não pára? Os bingos fecham ou não? Americanos mortos no Iraque. Iraquianos torturados em Abu Ghraib. Reféns degolados em vídeos na Internet. E as tais armas de destruição em massa? A sunga de Silvio Santos. A Seleção no Haiti. A capivara na Lagoa. Dogão é mau, au au. Sou brasileiro, não desisto nunca? Vivianne foi escolhida a Aprendiz. Flip, show de letras. Hilda Hilst faz falta. O PIB cresceu, cadê a minha parte? MSI comprou o Corinthians. Michael Moore ganhou a Palma de Ouro. Teremos mais quatro anos de Bush Júnior. Aprovaram as tais Parcerias Público-Privadas. Quem matou os moradores de rua em São Paulo? Bernardinho para Presidente! Luxemburgo no Real Madrid. Ronaldinho Gaúcho, o melhor do mundo. Nemo Nox também. Iruan Ergui Wu voltou pra cá. O caudilho Brizola morreu. Angélica engravidou. Daniela Cicarelli, futura senhora Ronaldo. Caetano, o ex da Paula Lavigne. Proibiram o Vioxx. O Banco Santos subiu no telhado. Maradona quase foi também. Serginho caiu no meio do jogo. A mãe do Robinho foi libertada a tempo. Cocaína é o demônio ralado. O ano do Firefox. Valentino Rossi, o Schumacher da Moto GP. Lula e Kirchner às turras. O Sexkut era trote. Tarantino voltou. O Gmail surgiu em 1º de abril. Marcello Anthony comprou maconha com cheque. É o Tchan, 10 anos. Chico Buarque, 60. iPod, eu quero um! Revelando, decodificando, quebrando, explorando o tal Código Da Vinci. Tenho medo da Anã Paula Arósio.
Xô, 2004. Seja bem-vindo, 2005! E um Feliz Ano Todo a cada um de nós!
* * *
P.S.: Post resgatado via Internet Archive.
Foi numa terça-feira de março de 1988 a estréia de um dos melhores humorísticos produzidos pela TV brasileira em todos os tempos: TV Pirata. Às vésperas do anunciado lançamento em DVD e das reprises programadas a partir de janeiro no canal por assinatura Multishow, como parte das celebrações de 40 anos da Rede Globo a serem completados em 2005, aproveito a ocasião para relembrar algumas reminiscências do humorístico notabilizado por personagens como Zeca Bordoada, Índio Cleverson (“engraçado praaa caramba”), Super Safo, Cabocla Jupira, Adelaide Catarina (repórter de voz monocórdica que mexia os braços feito um boneco Playmobil), Agronopoulos, Maria Inspiração, Olga (militante do PCCPC: Partido Comunista, Comunista Pra Caramba), Darciley (centroavante do Bom Sucesso que, mesmo com uma perna-de-pau, conseguiu fazer 29 gols em cima do Milan), Barbooooooosa, etc etc. Continue Lendo
Taí um infográfico interessante com curiosidades sobre as origens de tradições natalinas como Papai Noel, a árvore de Natal, guirlandas, presépios, yada yada yada. Não sabia, por exemplo, que a história do amigo secreto começou na Inglaterra, no século XV. Ou que a origem etimológica do termo “panettone” foi por causa do seu criador: um ajudante de padeiro italiano chamado Toni. E que se trata, literalmente, de um “Pane di Toni”. :)
Como diria Fausto Silva, o rei dos chavões: ô loco, meu! Afinal de contas, mais do que nunca é preciso louvar estes monstros sagrados da blogosfera brasileira, respeitados por todo o meio por suas sátiras aos clichês que assolam a língua portuguesa. E que nesta próxima segunda-feira, dia 22, estarão lançando o livro do Homem Chavão na Livraria Cultura do shopping Villa Lobos, em São Paulo (afinal de contas, quem sabe faz ao vivo). Clique aqui, pois, para visualizar o convite oficial do lançamento, desde já agradecendo a sua audiência e a sua paciência! Continue Lendo
Deus é justo, aconteceu no meu programa!!!
(GILBERTO BARROS, apresentador do programa “Boa Noite, Brasil”, incapaz de disfarçar sua alegria quando uma mulher sofreu um ataque cardíaco na platéia justamente no dia em que seu programa explorava o caso da morte do jogador Serginho do São Caetano.)
Senti uma dor física quando vi a minha foto, uma dor misturada com frustração. Se eu quisesse mostrar, já teria feito a Playboy, estaria rica. E o pior, por incrível que pareça, é que eu consumo isso. Eu me lembrei do dia em que a minha amiga me ligou dizendo ‘você não sabe o que eu tenho aqui - uma revista com o Brad Pitt pelado’. Eu falei: ‘mentira’ - e fui para a casa dela ver. E quando isso aconteceu comigo, eu me lembrei desse momento. Eu pensei: ‘meu Deus do céu, onde vai ter um ponto final?’ Depois que inventaram isso, bem depois do Fellini, depois que isso virou alvo de consumo mesmo e que neguinho descobriu que isso é uma máquina de fazer dinheiro, isso só aumenta. A fábrica de celebridades está cada dia maior. É uma foda. É o cachorro correndo atrás do rabo.
(LUANA PIOVANI, comentando o episódio da foto em que apareceu sem calcinha na capa do jornal carioca “O Dia”, em reportagem de Walmor Pamplona para o site No Mínimo sobre paparazzi.)
Quando ficamos completamente nus, puxo-a para a cama, com cuidado para não ir com sede demais ao pote. Mas ela contraria meu prognóstico, movimentando-se com surpreendente desenvoltura. A acoplagem dos corpos processa-se suavemente. Seu sangramento é pequeno, nada que atrapalhe a perfeição deste momento ímpar que estamos tendo o privilégio de usufruir. Permanecemos assim, por um longo tempo abandonados nos braços um do outro, como se de repente o mundo todo se resumisse a nós dois.
(Trecho de “Amizade Sem Fim”, romance de estréia de RENATO ARAGÃO, a.k.a. Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumo, no qual o ex-trapalhão descreve o momento em que o protagonista do livro desvirgina a enfermeira Sofia.)
As que ajeitam os cabelos são as piores. Há as que olham para o chão. Aquelas de peitões sob camisetas translúcidas olham para eles. Talvez para fazer uma rápida checagem ou então como se dissessem: são meus e você os quer, né? As de óculos escuros: há aquelas que olham por cima deles para você, e outras cujo olhar a gente perde completamente e fica apaixonado por elas. A não ser que ajeitem o cabelo. As de óculos de grau geralmente são as que olham para o chão. As mais raras são as que enfrentam o seu olhar, seguram-no, desaceleram o passo e aceleram o meu próprio passo e o meu coração. Destas você, o tímido, tem medo, mas também se apaixona por elas, a não ser que ajeitem os cabelos, claro. Apaixonar-se quer dizer levar o impacto da sua imagem gravado na retina durante um certo tempo.
(Excerto do texto “Como as Mulheres Reagem Quando Você as Encara na Rua: Pequeno Catálogo Desorganizado”, de MARCELO ROTA. Tem mais aqui.)
Um dos melhores filmes baseados em HQs é, sem dúvida nenhuma, Super-Homem, dirigido por Richard Donner em 1978. Desse longa-metragem, retive uma cena em especial na memória: quando o Super-Homem recebe a notícia da morte de sua amada Lois Lane em um terremoto. Desesperado, o super-herói voa várias e várias vezes em torno da Terra na direção inversa à sua rotação, cada vez mais rapidamente, até fazer com que o planeta passe a girar em sentido contrário. E assim, por causa de uma mulher (como diz a canção de Gilberto Gil), o Superman consegue fazer com que o tempo recue, trazendo Lois de volta à vida.
Ok, desconte-se o fato de que a História não é como uma fita cassete na qual se pode dar pause, forward ou rewind, manipulando-a cronologicamente ao gosto do freguês. Mas, liberdades científicas à parte, considero belíssima a concepção filosófica por trás dessa seqüência, na qual o Super-Homem joga todo racionalismo para o alto e usa seus poderes com o intuito egoísta (e por isso mesmo extremamente humano) de ressuscitar sua amada.
Hoje de manhã, quando soube da morte de Christopher Reeve (1952 - 2004), não pude deixar de lembrar dessa cena, em contraste com a inexorabilidade da vida. Por coincidência ou sincronicidade, recebi ontem (antes mesmo de sabermos do falecimento de Reeve) um e-mail do meu amigo Paulo E. Miranda sugerindo que eu comentasse neste blog uma fala de Kill Bill 2 na qual o personagem de David Carradine faz a seguinte observação: “o Super-Homem não se transformou em Super-Homem, ele já nasceu assim. Seu alter ego é Clark Kent. O que Clark veste, os óculos e as roupas de trabalho, aquele é o seu uniforme, é o que o Super-Homem usa para misturar-se conosco. Clark Kent é como Superman nos vê. E quais são as suas características? Ele é fraco, inseguro… é um covarde. Clark Kent é a visão que o Super-Homem possui da raça humana”.
Antes de mais nada, vale a pena ressaltar que o diálogo redigido por Quentin Tarantino foi 99% inspirado por uma tese escrita por Jules Feiffer em seu livro “The Great Comic Book Heroes”, publicado em 1965. Não sei se concordo com a fala de Carradine, mas subscrevo na íntegra a bela sacada de Feiffer: não era Clark Kent quem usava o uniforme de Super-Homem, e sim o super-herói quem se fantasiava sob os trajes de um jornalista tímido e medroso. Quanto à suposta visão crítica que o Superman teria sobre a raça humana, duvido sinceramente que esse baluarte da América fosse capaz de ter um olhar tão cínico a nosso respeito, por mais verdadeiro que possa ser.
E é.
Já escrevi, em ocasiões passadas, sobre as ameaças de processo judicial feitas a blogueiros como Alessandra Félix, Edney Souza e Cristiano Dias. Esses imbróglios foram os primeiros indícios de que a visibilidade crescente dos blogs e a liberdade de expressão exercida por quem os escreve começavam a incomodar.
Pois bem, agora é oficial: surgiu o primeiro caso de um blog brasileiro retirado do ar por conta de um processo judicial. O caso, inédito no país, limou da Web o blog coletivo Imprensa Marrom (disponível para visitação apenas no cache do Google). O aspecto mais surreal desse imbróglio é que a ação foi motivada por um… comentário. O autor do processo sentiu-se ofendido por um comentário deixado no blog, entrou com uma liminar na justiça e o Imprensa Marrom saiu do ar.
O precedente é perigossímo. Em um país que teoricamente defende a liberdade de expressão, ver um site fora do ar por causa de um comentário que sequer foi redigido por seus autores é algo de kafkiano. Fernando Gouveia, que escreve na Internet com o pseudônimo Gravataí Merengue e é o responsável pelo registro do domínio imprensamarrom.com.br, não esconde a angústia com o caso e alerta, sem esconder sua ironia: “muito cuidado com os comments que vão ao ar. Apaguem tudo que pareça minimamente ofensivo, pois alguém pode optar por, em vez de pedir a retirada do comentário, simplesmente processar o blog“.
O aspecto mais aterrador de todo esse caso é constatar que mergulhamos, oficialmente, no território das incertezas. A partir desse precedente, sou obrigado a fazer alguns questionamentos sobre a natureza de meu blog. Até que ponto posso emitir as minhas opiniões sem que algum melindrado ameace tirá-lo do ar por algum critério subjetivo? Chegará o tempo em que necessitaremos de consultoria jurídica prévia para a publicação de um post? Vale a pena permitir a publicação de comentários, ou será mais prudente limitar a interação do meu blog? Devo me limitar a escrever sobre o cardápio do meu café da manhã e as cólicas do meu cachorrinho?
Com a palavra, Fernando Gouveia:
“Esta é a PRIMEIRA AÇÃO JUDICIAL promovida contra um blog por causa de comentário. Vamos criar jurisprudência. Essa causa, desculpe o pieguismo, é ‘de todos nós’. Não podemos deixar que ‘o outro’ ganhe essa ação, porque aí vai ser uma festa contra todos nós. Qualquer assuntinho mais polêmico pode ser alvo de uma medida assim, e os blogs definitivamente se condenam a ser um diarinho bundamole que versa sobre o umbigo do dono (e cuidado para que o umbigo - ou uma aliança do mesmo com o resto do abdômen - não processe o autor)“.
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