Observações ao léu

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Detesto dirigir. Pedestre convicto, também sou assíduo freqüentador dos ônibus e metrôs de Sampa City. Em vez de me estressar na posição de motorista enfrentando os ziguezagues dos motoboys, os faróis altos ou as agruras dos congestionamentos que pipocam pelas ruas saturadas da metrópole, atenho-me à condição de passageiro que aproveita os olhos livres para ler revistas, tirar breves cochilos ou simplesmente vendo as pessoas que passam por meus olhos.

É claro que nem tudo são louros. No ônibus a caminho para o trabalho invariavelmente viajo de pé, espremido feito os livros nas prateleiras abarrotadas do meu quarto. Mas é nessas horas que percebo o quanto tornou-se fundamental andar com meu iPod, que uso com fones de ouvido comprados em camelô (os fones brancos originais do iPod são tão discretos quanto um ornitorrinco fazendo cambalhotas). Nada como uma boa trilha sonora (no caso, “Everything Flows” do Teenage Fanclub) para tornar uma insípida viagem de busão algo mais palatável.

* * *

O mais poderoso slogan cunhado neste ano não foi criado por nenhum publicitário. O (dúbio) mérito deve ser creditado aos traficantes que mataram os incendiadores do ônibus no Rio, que deixaram um recado do lado de fora do carro em que jaziam os corpos dos quatro bandidos assassinados: “do lado certo da vida errada”. De quebra, arremataram tal frase com o complemento: “fé em Deus”. Não sou ateu, mas às vezes a metralhadora diária das manchetes de jornais me obriga a pensar se não estou enganado quanto às minhas convicções.

* * *

Ainda sobre o Rio de Janeiro: ao observar em meio aos prédios os morros que circundam a cidade, tive a nítida impressão de que o Rio é como um imenso Maracanã cercado de morros-arquibancadas por todos os lados. Meu grande temor é de que chegue o dia em que a torcida perderá de vez a paciência com o jogo a se desenrolar, a arbitragem desastrada, o resultado injusto da partida da vida, e resolva invadir o campo e quebrar tudo que encontrar pela frente.

* * *

Já escrevi isso antes, e volto a repetir: o que mata na vida são os relacionamentos mal-resolvidos. Volta e meia sou invadido pelas lembranças de uma garota em seu sono agitado, de meus olhos embevecidos observando aquela mulher que um dia amei, de tempos em que mergulhava meus olhos naqueles olhos que se assemelhavam a dois peixes castanhos nadando inquietos na tentativa de abarcar tudo que se passava ao seu redor.

Não sou a melhor pessoa do mundo. Aliás, jamais nutri a ambição de ser essa figura. No entanto, quando ela entrou de sopetão em minha vida, trazendo para dentro de mim imagens de tardes que espreguiçavam lascívia, gatos larápios de doces e uma cumplicidade traçada pelos compassos de risos compartilhados e bocas que se encaixavam feito música, eu realmente quis me tornar um cara melhor, menos arrogante, idiossincrático, ciumento. Bem, a história não acabou da maneira que eu gostaria, mas por algum tempo, ainda que breve, conseguimos comungar o espantoso milagre que é um homem e uma mulher estarem juntos e felizes, apesar de suas adversidades e temperamentos.

Desde então beijei outros lábios, provei outros corpos, vivo a cotidiana missão de tentar ser feliz. Toco o barco, enfim, tomando o cuidado de não cair na armadilha do ceticismo amoroso. Entretanto, sei que ainda não cumpri por completo a travessia de desvencilhar meus sentimentos por completo. Enquanto isso, aguardo pela chegada do tempo da delicadeza profetizada pelo Chico.

* * *

Encontrei uma utilidade para o Orkut: escrever testimonials para as pessoas que fazem diferença em minha vida. Em tempos nos quais tornou-se uma luta renhida não se tornar blasé ou cínico frente à humanidade em geral, é praticamente uma terapia o esforço em buscar palavras que façam jus aos meus amigos, resgatando lembranças e gestos bacanas que ilustrem o quanto cada um deles é especial para mim. Esta prática, que não necessariamente depende de Orkut para ser realizada (como provou minha amiga Luciana), recomendo a todos.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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  • http://www.pensarenlouquece.com/ Alexandre Inagaki
  • http://spaceelephant.com/pg/profile/RogerBullockQC Elina Rzasa

    You can definitely see your enthusiasm in the work you write. The world hopes for even more passionate writers like you who are not afraid to say how they believe. Always go after your heart.

  • Cris

    Puxa, tenho um monte de coisas pra fazer, mas não resisti e cá estou novamente.
    Veja bem… Aqui no Mato Grosso (tô em Cuiabá) existe um ditado que diz que “o boi sem o chifre é um animal indefeso”.
    Bom, tenho uma interpretação desse ditado diversa da maioria da população.
    Quando digo chifre, não entenda no sentido literal, pois realmente não significa que a pessoa foi , hum, “corna”.
    Quer dizer que qq fim de relacionamento dói, e deixa um calombo, seja na testa ou no coração. Pq mesmo qdo a gente termina um namoro de forma civilizada, quando não houve traição,ainda assim dói. E continua doendo muito tempo mesmo.Mas é essa dor que nos faz fortes, né, ela é que é o chifre de que fala o ditado.
    Acho que a pior fase é aquela descrita no super manjado (mas não menos lindo) poema “Saudade”, do Miguel Falabella.
    Qq dor de amor é um tipo de chifre.Por isso, quem não sofreu por amor fica indefeso.
    Aiaiai, sou uma poetisa praticamente..rsrs. Ninguém aqui no MT acha isso desse ditado(aqui tem outro ditado que diz “Aqui no MT o sistema é bruto”).
    Bom, mas brincadeiras de lado, acho que minha interpretação é muito melhor mesmo.
    Bjos
    Ah, sim. É como diz aquela música dos Paralamas: “Lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim”. Mas não sei se não sofrer por amor deixa as pessoas indefesas. Conheço muita gente que sofreu a ponto de se tornar cética sobre relacionamentos, criando uma carapaça dificílima de ser perpassada.

  • http://www.estascoisas.zip.net Kathitha

    Fala moço!!! Visitei seu blog através de um link no blog da Lucia (frankamente.blogspot). É difícil mesmo esquecer uma pessoa. Não tenho uma receita testada pelo Inmetro, mas conversar com amigos, sair e ouvir música (isso é bom!) também ajudam!!! Sei que é tudo meio óbvio, mas quando estamos mais sensíveis, conseguimos perceber que as coisas mais simples podem ser maravilhosas!
    bjus

  • http://parafernaliasbizarrescas.zip.net Angela A.

    Chorei com esse texto…
    Por que a gente sabe que tem que esquecer uma pessoa e não esquece?
    Por que a gente sai, faz um monte de coisas, viaja, encontra com amigos, se ocupa e mesmo assim a única coisa que você queria era estar junto daquela pessoa?
    Por que mesmo sabendo que a pessoa não te quis, só te fez sofrer e nunca gostou de você, você continua pensando nela?
    Por que quando a gente está em casa inútil, ficamos imaginando o que a outra pessoa anda fazendo?
    Por que a gente sai e tem a esperança de cruzar com a pessoa só mais uma vez?
    Por que é tão difícil e por que dói tanto?
    E por que demora tanto pra apagar da memória?
    Por que?
    Que injusto…

  • http://www.ritoca.blogspot.com Ritoca

    Oi Alexandre!
    Vim conhecer o seu blog, atraída pelo título, que achei bem bacana. Gostei muito do que vi por aqui. Pretendo voltar sempre.
    Parabéns!
    Um feliz 2006 para vc e os seus leitores.
    Ritoca

  • http://www.bardochico.blogspot.com/ Chic0

    Que bom que voltou, Mestre!
    Acho que o ouvido “estrangeiro” (não necessariamente de outro país) também ajuda a entender tudo errado… Quem sabe o que os yankees pensam quando nos ouvem falar “rápido” e vice-versa.
    Um Abraço!

  • http://finalidade.blogspot.com José Marcos

    Difícil é dizer se gosto mais das coisas que você escreve, ou dos links que você indica…
    Dúvida boa, esta.

  • http://www.gardenal.org/inagaki Inagaki

    Texto publicado originalmente em minha URL no Blogger Brasil em 07/12/2005. Comentários deixados por lá:
    13/12/05 18:45
    Ina,
    fiquei mais uma vez com um sorriso estampado no rosto e uma breve lagriminha a molhar o meu olhar, enquanto te lia. Num misto de admiração e embevecimento pela sua sensibilidade, só posso acreditar que acertei em cheio quando coloquei seu link no meu blog e te nomeei Príncipe.
    E só posso torcer pra esse ceticismo amoroso não te alcançar nunca!
    Bons ventos te cheguem, mon ami!
    Beijo
    Bela
    Bela (@) (w)
    # 12/12/05 08:08
    Tive que chupar um pedaço lá pro meu blog… excepcional, Ina!
    Leandro Siqueira (@) (w)
    # 12/12/05 07:46
    Adoro aqui!
    Luiza Voll (@) (w)
    # 12/12/05 07:02
    Que bonito ‘todo o sentimento’ de suas palavras e da música do Chico! Rosário
    Rosário (@)
    # 10/12/05 19:03
    Oi, Inagaki,
    Perfeita a sua observação do Rio e seus morros. Bem como da possibilidade da descida e tomada das coisas que ficama abaixo.
    Morei em São Conrado, faz tempo, idos de 1970, e sempre imaginei o dia em que a favela desceria e tomaria tudo que quizesse.
    Sai de lá bem antes, mas naquela época achava isso quase viável. Hoje, acho que é só uma questão de tempo.
    Abração
    fernando cals
    fernando cals (@) (w)
    # 10/12/05 17:56
    “O lado certo da vida errada” antes de ser slogan de bandido já era título de música do Charlie Brown Jr, portanto nem esse mérito deve ser creditado aos traficantes do Rio.
    Psiu (@)
    # 10/12/05 12:59
    “meus olhos embevecidos observando aquela mulher que um dia amei, de tempos em que mergulhava meus olhos naqueles olhos que se assemelhavam a dois peixes castanhos nadando inquietos na tentativa de abarcar tudo que se passava ao seu redor” Que lindo Ale!!!
    Cristina
    # 10/12/05 08:14
    Po Inagaki, se existe alma gemea acho que somos nos dois ! Calma, nenhum sentimneto homo no que disse, apenas comungo exatamente dos mesmos sentimentos que vc, principalmente no fato que em minha humilde mente ainda resistem tantos relacionamento mal resolvidos. Ah, e como isso atrapalha nossa busca em ser feliz ! Grande Abraco
    Claudio GS (@)
    # 09/12/05 20:07
    Tão bonito o que diz. vc é um sujeito muito especial, Ina, acredite.
    A gente não esquece quem amamos, virão outros amores, mas este estará lá, talvez esquecido esperando uma imagem , um cheiro, um gosto para ser lembrado.
    Seja feliz!
    Bj laura
    de lauravive.
    laura (@) (w)
    # 08/12/05 22:24
    isso mesmo, alexandre, o Rio é um Maracanã. desde os anos 70 ouço essa conversa de “quando o morro descer, salve-se quem puder”. vai ter madame correndo pra tudo q é lado. “quando derem vez ao morro, toda a cidade vai cantar” tem várias interpretações. é uma merda, mas é a nossa merda. gosto de teus posts melancólicos. muito. pessoalmente tb me pareceste assim, ficamos melancolizados e pouco nos falamos. tb, com tanta gente lá. ontens melhores virão.
    bj
    maira (@) (w)
    # 08/12/05 19:54
    Moço,
    também não sei mais o que é viver sem meu MP3 player. Quem vive dentro de ônibus precisa desses bichos pra não enlouquecer.
    E quanto ao Rio, te digo que enquanto houver céu azul e mar e árvores eu não saio daqui, nem com tiro. Pode parecer loucura, mas me sinto mais segura aqui do que aí, porque aqui o problema é a guerra do tráfico, aí é a bandidagem contra o cidadão. Tanto que aqui ando com meu fone branco, com o MP3 no braço na Lagoa, e nada acontece… e espero que continue assim.
    Bjo.
    Lili (w)
    # 08/12/05 18:46
    e não te falei o quanto admirei tua coragem aí em cima. por isso que você é das pouquíssimas pessoas que tenho a liberdade de me abrir e dizer o que anda passando pela minha cabeça alma coração, mesmo com todas as discordâncias.
    eu te amo.
    Ian.
    # 08/12/05 18:16
    Cara, belo mosaico. Todo admiração - abraços.
    Cláudio Rúbio (@) (w)
    # 08/12/05 16:50
    Ina, tão bom te ler, como sempre! Mesmo contigo desalojado e comigo nessa lonjura dos diabos.
    Sabe que eu andei tendo a mesma idéia sobre os testimonials? Acho que as saudades estão me deixando (mais) xarope. Acho não, tenho certeza.
    Fiquei muito feliz pelo lançamento do “Blog de Papel”, mas triste por não poder ter comparecido. Quando for aí para a minha amada terrinha, quero um exemplar autografado. Pode?
    beijo grande, rapaz!
    Vivi (@) (w)
    # 08/12/05 14:07
    E metonímia… sem acento.
    gabi
    # 08/12/05 14:07
    fantástica a metáfora (é metonímia) maracanã X rio… é realmente assustados, a gente tem medo de tudo, desconfia de tudo. eu tenho medo de chegar ao ponto de ter medo de sair de casa. se um dia esse dia chegar, eu mudo pra são paulo.
    gabi
    # 08/12/05 13:26
    O medo da arquibancada descer é lendário no Rio de Janeiro. Já ouvi vários cariocas dizerem qua amanhã seria o dia em que finalmente eles “desceriam”. Preconceito, não sei. O negócio é que a gente sabe que eles tem motivo para desejar quebrar tudo. E não falo somente da galera errada.
    Grande beijo
    Dos grandes amores sempre ficam cicatrizes.
    Keila (@) (w)
    # 08/12/05 12:21
    Ina, não vivemos no melhor dos mundos e jamais seremos as melhores pessoas, se é que elas existem. Pra mim são lendas urbanas. :)
    Registrar pra algumas pessoas o quanto elas são especiais pra gente e a importância que têm em nossas vidas, realmente faz tão bem a gente quanto a quem recebe o testimonial. Obrigada por me ensinar isso, acabei gostando da idéia.
    Este meu ano de 2005 foi realmente um dos mais traumáticos e turbulentos que já vivi, mas só de lembrar das pessoas mais do que especiais que conheci e pude ter um mínimo de contato, faz boa parte desta angústia passar.
    Espero que este seu ceticismo em relação ao amor passe logo (e ele é justificável em momentos assim, acho que todos passamos por isso), pois, como bem disse nosso maior poeta, “Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar? amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar?”. :)
    Beijos, e fico muito feliz de ter sua amizade.
    Patrícia Köhler (@) (w)
    # 08/12/05 11:32
    Meu japonês preferido…
    Tive vontade de te abraçar, fortão.
    Vc é tão especial…nunca se esqueça disso.
    E ah! Ascendente em câncer, né? Hehehe
    ficou claro como cristal…
    Beijocas
    Gabi (@) (w)
    # 08/12/05 08:48
    Esse seu lado mais pessoal é uma dleicia de ser ler, adorei…
    Beijão Moço!
    Lucila (w)
    # 08/12/05 08:32
    Se voce fizer a conta daquilo que conta, sobra bem pouco. Os momentos são a unica coisa que temos de verdadeiro pra colecionar. Se foram bons, temos muito. Triste é ficar triste porque os momentos se acabaram. Até porque eles se perderiam no tempo inevitavelmente e restam unicamente na nossa coleção. Novos momentos pra voce caro.
    Ps: Se voce puder me visitar na casa nova será um prazer. Pra mim ao menos.
    Flavio Prada (@) (w)
    # 07/12/05 21:10
    Vc sabe o quanto entendo bem algumas das coisas que escreveu aí… Também não sou a melhor pessoa do mundo e achei que poderia ser do lado de uma determinada mocinha. No momento, tb estou lutando para não me tornar blasé ou cínico, e confesso ser bem difícil. Acabei chorando agora, pensando na minha própria vida.
    Donizetti (@) (w)
    # 07/12/05 19:10
    Eu adorei este post! Naturalmente, sendo um post seu, não poderia ser diferente, mas este está repleto de sentimentos e eu gosto disso.
    beijo carinhoso
    Tchela (w)
    # 07/12/05 13:59
    retificando… eu quis dizer Dom Pedro I. De acordo com um livro interessante que eu li chamado: As amantes do imperador, de Assis Cintra.
    Simone (@) (w)
    # 07/12/05 13:56
    O país inteiro está praticamente dominado pela criminalidade. Maus exemplos para todos os lados. Mas o Rio é fascinante! E a governadora afastada por stress! A cidade é terra de ninguém! Quase como quando Dom Pedro II vivia no Rio e as coisas eram bem ruins tb. Mas eram por volta de 300.000 pessoas, máximo, acho. Eu sou carioca e me sinto muito melhor em SP, que tb é uma cidade violenta, mas eu me sinto bem aqui. Como se nem tudo desfuncionasse.
    ****
    Desde que eu te acompanho aqui, acho que esse é o primeiro post que fala um pouco sobre você. A pessoa. Aquela que sente as mesmas coisas que você diz que eu escrevo tão bem sobre. Conheci mais um pouco sobre você. Adorei!
    Simone (@) (w)
    # 07/12/05 11:21
    Delicadeza é a palavra que eu usaria no seu testimonial, se eu tivesse habilidade para escrever um do jeito que você merece. Algunas pessoas se expressam melhor por escrito. Outras, olho no olho. Quando é mesmo que você vem ao Rio de novo?
    Você não é a melhor pessoa do mundo? Que bom! Porque essa pessoa deve ser muito chata.
    Viva (@) (w)
    # 07/12/05 09:57
    bonito, ina.
    é que a gente nunca acredita que o passado é uma coisa morta e continuamos carregando tudo junto com a gente.
    lucia (@) (w)
    # 07/12/05 09:06
    Sim, acho que ter te ligado num dos dias mais felizes desse ano pra mim fica valendo como um “eu te amo”, não? Não foi frente a frente, mas pelo menos você ouvi minha voz eufórica! :)
    Quanto ao testimonial, já que não estou no Orkut, você pode me mandar o meu, aquele de 10 laudas, junto com o cd da Inagaki Records e o Blog de Papel, que aqui eu decifro sua letra que ninguém entende.
    Nossa! Como eu tô pedindo presente hj, né? :)
    Pra ficar nos clichês que eu adoro, você, sua amizade, seu talento, já são grandes presentes. Mesmo.
    Um beijo, querido, da Lu.
    PS - Você esqueceu de dizer que Jesus tb é seu fã, menino!
    Luciana (@) (w)
    # 07/12/05 09:01
    Bem, este é um testimonal muito bonito, apesar de não estar lá no Orkut. :)
    Que sejamos felizes.
    Giu! (@)
    # 07/12/05 09:01
    alê, você com pensamento de classe média carioca? tem dó, cara, descer o morro. primeiro que não vão descer, nunca, o criouléu está mais que domesticado há séculos, e segundo, se descer, é justo, legítimo, só estarão devolvendo o resto da feira que o asfalto jogou lá.
    Ian. (@) (w)
    # 07/12/05 08:05
    - Ulha! Tb sou adepta dos ônibus pelos mesmos motivos que você. Inclusive falei sobre isso dia desses no blog. Será que já nos cruzamos nos chacoalhares da cidade cinza?
    - O Rio…será que algum dia se tornará hobitável novamente? É mesmo uma panela de pressão.
    -ah…o amor. Volta pra ela, alexandre…
    -O orkut é bom pra declarar o amor aos amigos, mas eu ainda sou adepta dos momentos “eu te amo” da bebedeira (e da sobriedade). Nada como os olhos nos olhos.
    thata (@) (w)
    # 07/12/05 05:44
    - Ornitorrincos fazem cambalhotas mesmo?
    - Deus, o grande sádico do universo!
    - Isso pode acontecer não apenas no Rio.
    - Talvez os problemas sejam os RELACIONAMENTOS em si. Mas ainda me atenho À frase do Pe. Vieira.
    - Sim, isso é legal! Mas acho que falar isso para as pessoas ainda vale mais do que usar o famigerado Yorkut, hehe.
    Muta (@) (w)
    # 07/12/05 05:26
    ÊÊÊÊ dilícia que é ler seus textos moço!
    Beijos com muitas saudades da
    Carol
    Carol (@) (w)

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
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