O mistério da bolha do IED

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Quando fui contatado para escrever um post sobre o Istituto Europeo di Design, a primeira coisa que fiz, logicamente, foi buscar mais informações a respeito. Nada mal saber que o IED, criado em Milão em 1966, é uma rede internacional de ensino com unidades em sete cidades (Milão, Roma, Turim, Madri, Barcelona, Veneza e São Paulo), atuando nas áreas de design, comunicação, artes visuais e moda, e que promove constantemente intercâmbios entre suas escolas. Facilitou mais ainda a minha vida saber que nomes como Costanza Pascolato, Paulo Borges e Washington Olivetto fazem parte de seu Comitê Científico, assim como ver o respeitável rol de empresas parceiras que oferecem aos alunos do Istituto Europeo di Design estágios, workshops formativos e participação em eventos.

A parte divertida, na real, foi ver A Bolha, site criado para a divulgação do próximo processo seletivo para os cursos trienais ministrados pelo IED. Foram criados dois vídeos para os quais ainda não encontrei o adjetivo mais preciso para qualificá-los. Toscoerentelúricos? Duchampizzabumbásticos? Ou, parafraseando Mary Poppins, supercalifragilisticoespialidosos?

Enfim, tergiverso. O fato é que o próximo processo seletivo do IED oferece cursos em áreas como fashion design, digital e virtual design e industrial design. Me atenho, pois, a admirar os talentos daqueles que são capazes de criar jóias, móveis e roupas originais, enquanto eu mal consigo desenhar direito um bonequinho de palito ou casinhas com chaminé. C’est la vie: no mundo há espaço tanto para os Irmãos Campana quanto para os Irmãos Cara-de-Pau. ;)

Em tempo: a próxima unidade do Istituto Europeo di Design será instalada no Rio de Janeiro, cuja prefeitura cedeu o antigo prédio do Cassino da Urca para servir de sede à escola. Nada mal ter aulas sobre artes visuais e comunicação no mesmo local que já sediou os shows mais marcantes de Carmen Miranda no Brasil, huh?

* * * * *

P.S. 1: Este é um post patrocinado. Caso você queira ter seu produto comentado e avaliado por aqui, escreva para [email protected]. Mas, por favor, certifique-se de que seja algo coerente com os textos que costumo publicar neste blog. Outro dia me procuraram querendo que eu escrevesse algo sobre uma linha de lingeries de uma ex-Big Brother. Habla sério, hermano!

P.S. 2: Por falar em bolhas, confiram o trailer do filme A Bolha Assassina, de 1958. Sensacional, não apenas pelo típico clima dos trailers daqueles filmes de ficção científica toscos dos anos 50, como pela aparição de Steve McQueen, em seu primeiro papel como ator principal na carreira, interpretando um jovem lutando para salvar sua cidade de uma bolha extraterrestre que come tudo que encontra pela frente (incluindo em seu eclético cardápio uma enfermeira, um médico, um mecânico, um projetista de cinema e um dono de supermercado).

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

Categorias:

Tags:

Comentários do Facebook

Comentários do Blog

  • http://acesdesign.com.br/ Eduardo Inácio

    Este vídeo é muito bom mesmo.

  • http://empresa-de-design.com.br/ Eduardo Inácio

    Preciso investir em material de divulgação.

  • http://empresa-de-design.com.br/ Eduardo

    Muitos artigos para leitura.
    http://empresa-de-design.com.br/

  • http://www.astrabeds.com tempurpedic mattress

    As an audience, we would like to see more good movies.

  • http://www.bicicletaselectricas.pro/ Tucano Bikes

    Tucano Bikes
    Si te gustan las bicicletas electricas, visita mi pagina.

  • http://www.henriquecoutinho.blogspot.com Henrique Coutinho

    Caro Alexandre, estava procurando informações sobre o IED e tive uma boa impressão sobre a grade curricular dos cursos por ele oferecidos. Na verdade me entusiasmei com a possibilidade de estudar lá. Na busca de informações extra-oficiais e sobre valores dos cursos, cheguei ao seu blog. A partir do que li, já estaciono algumas pulgas atrás de minha orelha ao ver o instituto enroscado em mais essa questão estranha envolvendo o prefeito César Maia. Não compreendo como um importante patrimônio público, como o Cassino da Urca, que deveria ser de acesso livre para todo mundo, um local que adquiriu uma vocação para difusão de história e cultura para todas as classes, transforme-se numa escola que vai ser freqüentada apenas por poucos e privilegiados endinheirados. E, de lambuja, gerar problemas urbanos, como engarrafamentos, para servir a um tiquinho de gente. Estranha a mudança repentina de planos, aparentemente a contra-gosto da comunidade, que já aprovara a criação do museu. Esquisita, ainda, a “contrapartida” da realização de shows populares, como forma de compensação pelo uso daquele espaço que deveria ser de todo mundo. Para completar, só está faltando a farta distribuição de pão para o povo – assim ficaria todo mundo satisfeito, com a consciência tranqüila. Não, acho que é só impressão minha. Não há nada de estranho nessa história.

  • Anônimo

    Só hoje, por causa de um comment de um integrante do movimento IED NÃO, é que vi esta resposta ao meu comment - e acho que me expressei mal no meu comment original. Segue a resposta ao comment.

    Gustavo, o post pode até ser patrocinado, mas a opinião não é comprada. E, do mesmo modo que já recusei outras ofertas de posts por crer que elas não tinham absolutamente nada a ver com as temáticas deste blog, ou por divulgarem produtos que não aceito anunciar, como automóveis, libero este seu comentário para publicação a fim de que meus leitores tenham mais informações sobre a criação de uma nova filial do IED no Rio. Mas faço a devida ponderação: o IED, salvo informações contrárias que até o presente momento desconheço, não pode ser “responsabilizado” pela decisão do prefeito César Maia de destinar-lhe as instalações do antigo Cassino da Urca. Um jornalista precisaria averiguar, por exemplo, de onde viriam as verbas para a criação desse museu (como todos sabem, vide o caso recente do Masp, museus precisam ter dinheiro, e não é pouco, e administradores competentes) antes de imputar qualquer espécie de responsabilidade ao Istituto. É bom recordar, diga-se de passagem, as polêmicas em torno da possível criação de uma filial do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, que também orbitariam em torno da administração César Maia e de generosas subvenções às custas do erário público. Sobre o valor das mensalidades, bem, creio que cada um sabe o que faz com seu dinheiro. Eu não vou criticar a FAAP, a Harvard ou a Anhembi-Morumbi porque cobram valores acima da média por seus cursos. Porque uma pessoa tem condições de arcar com uma mensalidade alta, necessariamente torna-se menos digna do que outras? Creio ser essa uma observação generalizante e infeliz, que nivela os alienados da Barra que jogam ovos de suas sacadas a cidadãos que efetivamente engajam-se em atividades políticas e sociais. Devagar com o andor, Gustavo. De qualquer modo, valeu por acrescentar informações sobre o caso. Um abraço.

    Opa, hold on.
    Antes de tudo, quando fiz o comment, não quis criticar o blog ou o post, e sim o IED em si.
    Se eu achasse em algum momento que meu comment seria censurado em função de “opinião” ou “notícia” ser patrocinada, jamais o faria. Tinha certeza o tempo todo o que não.
    Me desculpo antecipadamente (na verdade, retardadamente) se o meu comment pareceu tão agressivo ao post assim. Na verdade, me pareceu uma oportunidade de abrir um debate sobre o tema. E, claro, de pichar o Cesar Maia, que abandonou a cidade e virou blogueiro de vez.
    Agora, devo objetar que sua resposta ao comment tem duas afirmações que eu não fiz…
    A primeira, a de que eu teria responsabilizado o IED por alguma coisa - na verdade, estou o tempo todo atacando a prefeitura por sua falta de compromisso (para mais detalhes, ver http://urca-sim.blogspot.com); o IED pode no máximo fazer o papel de “catalisador” da situação. Eu, pessoalmente, nunca vi uma decisão tomada durante um evento oficial mudar assim tão na encolha quanto esta. De museu do Rio a IED em um piscar de olhos.
    Um jornalista que acompanha o dia a dia da cidade normalmente estranha.E este jornalista já averiguou a contrapartida do poder público, só não tenho os documentos em mãos, por isso não vou me estender sobre o assunto. Deixarei para a Câmara dos Vereadores e sua comissão de Orçamento entrar no caso (a Câmara é dominada pelo Cesar Maia).
    Outra afirmação que eu não fiz foi a de que quem tem dinheiro é menos digno do que quem não tem.
    Só se eu estivesse louco para dizer algo deste calão.
    E só de supor que eu disse isso, noto que o amigo já não me considera uma pessoa tão razoável assim.
    O que eu disse é pensamento distrital e urbanista: uma obra que vai causar impacto ambiental e no trânsito deve dar sua contrapartida à comunidade onde este impacto acontece. Ou seja, o museu serviria a todos, o IED no máximo a quem pode pagar suas caras mensalidades. O restante que não pode (e não é preciso ser pobre para não poder, basta ser classe média - mesmo atirando ovos da janela), fica só com o impacto.

    Como eu disse, me desculpo publica e retardadamente e deixo bem claro que não quis de modo algum “patrulhar” o post patrocinado. Vossos olhos lêem o que escrevo (desde o longínquo Spam Zine) há bastante tempo para saber que eu jamais faria um ataque a sua pessoa - que não se nivela com a pessoa do Cesar Maia em nenhum campo da vida mundana.

    Gustavo, tudo zen. Acho que este post patrocinado teve o mérito de abrir mais um campo de discussão sobre este assunto. Coisas de publicidade 2.0 que jamais seriam possibilitadas nos formatos tradicionais utilizados pela propaganda.

  • http://urca-sim.blogspot.com/ Dani

    Agradeço, em nome de todos os moradores da Urca, o comentário do Gustavo de Almeida (http://pensarenlouquece.com/2008/01/17/o_misterio_da_bolha_do_ied/#c52168) que conta umas boas verdades sobre o caráter ilícito da implantação do IED na Urca, como o comprovam os documentos que todos podem consultar no blog do movimento dos moradores do Urca:
    http://urca-sim.blogspot.com/
    Qual é a credibilidade de uma escola que se comporta desprezando a lei brasileira ao mesmo tempo que prega em seu site: “O objetivo final é formar pessoas e profissionais críticos, … que saibam usar eticamente seus conhecimentos” (http://www.iedbrasil.com.br/historico.php)
    É o cúmulo!!!!
    Atenciosamente,
    Daniel

  • http://www.pcrestrainer.com.br Odilon

    Sistema de Monitoramento de Ambiente PC Restrainer

    Organize e torne mais seguro o acesso à Internet em seu Escritório e/ou Residência:

    - Impedindo a carga e a utilização de quaisquer programas e comandos indesejados.
    - Oferecendo Listas Positivas e Listas Negativas para restrição de acesso à Internet.
    - Possibilitando a definição de horários e de tempo máximo de navegação na Internet.
    - Gerando Relatórios de Uso dos PC’s, organizados por Data, Hora e Usuário, que relacionam
    todos os comandos, funções e programas utilizados.
    - Gerenciando individualmente os usuários através de até 16 tipos de perfil distintos.

    O PC Restrainer é uma ferramenta poderosa, completa e simples de utilizar e de baixo custo, que será de enorme auxílio na organização e disciplina do uso de seus recursos de
    informática.

    Disponível nas versões DOMÉSTICA, PROFISSIONAL E CORPORATIVA (Rede Local).

    SIMPLES E FÁCIL DE SER INSTALADO E CONFIGURADO.
    TOTALMENTE TRANSPARENTE DURANTE O USO !

    NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE CONHECER ESTA SOLUÇÃO !

    CÓPIA DE AVALIAÇÂO GRATUITA .

    Catzo. Bizarro constatar o tipo de spam que aparece de vez em quando nos comentários. :P

  • http://www.bricabraque.com Elesbão

    Cliquei para comentar, e já fiquei aliviado com a postagem do Gustavo de Almeida.

    O problema grave, resumindo, é a cessão de um local público para a tal escola – que, nas palavras de quem já a cursou na Europa, inclusive, não passa de caça níqueis. Claro que o caráter da instituição fica a critério de cada um, mas a Prefeitura há de responder pela irresponsabilidade para com um bairro que merece tudo, menos engarrafamentos. Já existe uma polêmica relativa ao projeto que prevê novas edificações como estacionamento, até.

    Oremos e vigiemos.

    Vê se “huba” aí, Ina! ;)

    Elesbão, tô cheio de fotos acumuladas pra enviar pro Hub. O problema é que eu esqueci o endereço do e-mail de envio. :P Ah, obrigado pelas informações adicionais. []‘s!

  • bianca

    Muito legal esse video.
    A IED é uma facu muito boa, conheço algumas pessoas que fazem lá…

  • Renata V.N.

    Gostei do “confesso”,rs.!Faz como eu(isso se não gosta,é claro):se começarem esse assunto, simples//diga que não ‘tá nem aí pra coisa!”Te”garanto que o tempo gasto assistindo essa coisa contaminada pode ser super-útil pra (outros)assuntos atrasados e -sem dúvida- mais importantes/relevantes.”Pense nisso”com carinho. Abraço,Renata.

    Renata, mas vou te falar que assistir ao aquário humano que é o BBB dá boas idéias para posts, he he! Eis um deles: “Você gosta de espiar?”. Um beijabraço!

  • Renata V.N.

    Que gente mais “sem-noção” essa! Pretender alugar o tempo de um gênio pra que postasse sobre qualquer idiotice que fôsse alusiva àquela gentalha que participa daquela abjeção do BBB???
    Ohhh, gente espaçosa…
    ***
    Já sobre o I.E.D.no Cassino,acho que será uma locação bem legal e compatível com a filosofia de criatividade da escola…

    Renata, devo lhe confessar que até assisto ao BBB de vez em quando, ao menos pra não ficar totalmente por fora das conversas… XX(

  • Eduardo Okuda

    Tosquice à parte, a idéia central do filme é o preconceito de que sofriam os chamados “jovens transviados” no tocante à credibilidade, que era diretamente proporcional ao comportamento “normal” vigente à época. Explico: Steve Andrews, o personagem de Steve Mcqueen, era um dos jovens “arruaceiros”, daqueles que pegavam escondido o conversível do pai, para fazer uns rachas de marcha-à-ré e dar uns amassos na namorada no matinho, sob a luz do luar, e por esses e outros comportamentos, as autoridades policiais e os próprios pais não acreditaram numa só palavra de Steve sobre o monstro que engolia as pessoas, pensando que fosse outra estrepolia do jovem, até que… Por outo lado, foi o primeiro filme com som estereofônico (embora o site do IMDB diga que é mono), e com um solo de saxofone do tema do filme, que gruda no ouvido, gravado pelo conjunto “The five blobs” (!!!!) e, surpresa ! escrito por Burt Bacharah e Mack David, tendo Bacharah feito sucesso nos anos 70 com muitas composições de sucesso, principalmente na voz de Dione Warwick, e outras que foram temas de filmes como o “Raindrops keep fallin´ on my head” música perfeita para o passeio de bicicleta de Paul Newman e Katharine Ross no filme “Butch Cassidy and the Sundance Kid”. Parabéns Inagaki, pelo blog, que visito sempre com prazer, não só pela maneira como os assuntos são abordados - e também pelos próprios assuntos, que devem render bons brainstorms antes de serem teclados -, mas também por ser uma prova de que, ao contrário do estereótipo de nós nikkeys, conseguimos falar e escrever em bom português.

    Eduardo, sou eu quem devo parabenizá-lo pela pequena aula que você me deu a respeito de “A Bolha Assassina”! Um abraço.

  • http://www.quicadesign.com.br Raphael

    Puxa, pelo menos você deixa bem claro que o ‘post’ é patrocinado.
    A maioria dos blogueiros e jornalistas não tem ‘cojones’ de admitir isso.
    Parabéns.

    Pois é, Raphael. Poderia perfeitamente ter escondido a natureza deste post, mas creio que é muito melhor agir às claras e não ocultando o fato de meus leitores, como muito jornalista, diga-se de passagem, faz em seus artigos e colunas. Um abraço.

  • http://paremomundo.comopiniao.com Evandro

    IED também significa Improvised Explosive Device que são aquelas armadilhas que explodem os hummers e até tanques no Iraque :) Se não liberar o comentário vou entender ok ;) Abraços!

    Evandro, desconhecia o outro significado dessa sigla. Valeu pela informação! B)

  • Anônimo

    Como este é um post patrocinado, é natural que o texto se encerre com a notícia do IED na Urca em tom otimista - o IED não se cansa de fazer proselitismo em torno de sua ida para a Urca. Mas acho que cabe registrar algumas coisas.
    Em primeiro lugar, o prédio da antiga TV Tupi recebeu, em setembro ou outubro de 2004 o prefeito Cesar Maia, acompanhado do então secretário de Urbanismo Alfredo Sirkis, para uma cerimônia: finalmente, mais de 20 anos após o encerramento das transmissões da Tupi, iriam dar um uso ao velho prédio, até então apenas usado por produtoras de vídeo e, em algumas partes, sem-teto.
    Ali haveria o Museu do Rio. Com poucos funcionários. Com acervo que não demandasse uma corrida de carros e ônibus ao local - como acontece com instituições de ensino - e com os previsíveis impactos sobre o trânsito. Teria um pequeno cinema (de poucos lugares) e um café. A comunidade foi consultada e todos deram parecer favorável - inclusive comissão da Câmara.
    “De repente”, mudou tudo. Sem nenhuma consulta prévia, sem nada, nada, nada, o projeto do Museu do Rio se transformou no IED.
    Quem conhece a Urca minimamente sabe que não há vagas para estacionamento - a maior parte dos prédios é antiga e não previa o boom automobilístico dos dias pós-década de 60. Ônibus? Hoje em dia, saem do bairro completamente lotados. Não sei se o IED vai ajudar nisto.
    No contrato há a previsão de “shows populares” como contrapartida do concessionário. O bairro não comporta. Um show devastaria o bairro.
    Agora, ninguém até hoje explicou o que aconteceu na cabeça do nosso prefeito (do partido DEMOCRATAS) para tomar uma decisão sem NENHUMA conversa com os moradores.
    Claro, é de bom tom frisar que a Associação de Moradores, que é bem elitista, apóia e dá apoio à vereadora Leila Maywald, do mesmo partido que o prefeito (mas essa entra para qualquer partido que está ganhando), ou seja, BEM-FEITO.
    Nenhuma das mensalidades do IED fica abaixo dos quatro dígitos, o que significa que passamos de uma obra de um museu gratuito para, evidentemente, uma obra de elite, que servirá apenas àqueles que têm tempo de sobra para estudar design, sem a pressão do aluguel ou do custo de vida em cima. Quem tem dinheiro para a mensalidade do IED não deve se preocupar muito com dinheiro.
    Não sou totalmente contra o IED - mas sou contra a arbitrariedade do Cesar Maia e seus cesarinhos. É mais ou menos por causa desse tipo de atitude que a cidade hoje pressiona a classe média com IPTU e “ordem urbana” enquanto, de outro lado, faz vista-grossa para a favelização eleitoreira e os camelôs que tomam conta de cada pedaço das ruas.
    Quanto ao Sirkis, que veio ao “lançamento da pedra fundamental do museu”, hoje é adversário do Cesar Maia e tem silenciado sobre a questão. Nada de surpresa: afinal, como “carbonário”, hoje ele mantém uma coluna num jornal que explora trabalhadores, não paga FGTS ou 13º e a todo instante promove demissões. Que pena, Sirkis.

    Gustavo, o post pode até ser patrocinado, mas a opinião não é comprada. E, do mesmo modo que já recusei outras ofertas de posts por crer que elas não tinham absolutamente nada a ver com as temáticas deste blog, ou por divulgarem produtos que não aceito anunciar, como automóveis, libero este seu comentário para publicação a fim de que meus leitores tenham mais informações sobre a criação de uma nova filial do IED no Rio. Mas faço a devida ponderação: o IED, salvo informações contrárias que até o presente momento desconheço, não pode ser “responsabilizado” pela decisão do prefeito César Maia de destinar-lhe as instalações do antigo Cassino da Urca. Um jornalista precisaria averiguar, por exemplo, de onde viriam as verbas para a criação desse museu (como todos sabem, vide o caso recente do Masp, museus precisam ter dinheiro, e não é pouco, e administradores competentes) antes de imputar qualquer espécie de responsabilidade ao Istituto. É bom recordar, diga-se de passagem, as polêmicas em torno da possível criação de uma filial do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, que também orbitariam em torno da administração César Maia e de generosas subvenções às custas do erário público. Sobre o valor das mensalidades, bem, creio que cada um sabe o que faz com seu dinheiro. Eu não vou criticar a FAAP, a Harvard ou a Anhembi-Morumbi porque cobram valores acima da média por seus cursos. Porque uma pessoa tem condições de arcar com uma mensalidade alta, necessariamente torna-se menos digna do que outras? Creio ser essa uma observação generalizante e infeliz, que nivela os alienados da Barra que jogam ovos de suas sacadas a cidadãos que efetivamente engajam-se em atividades políticas e sociais. Devagar com o andor, Gustavo. De qualquer modo, valeu por acrescentar informações sobre o caso. Um abraço.

  • http://www.viniciuskmax.com Vinícius K-Max

    Boas dicas de cursos!
    E nossa, eu aqui achando que “A Coisa” (1985) que era um clássico…A tosquice vem bem mais de trás haha

    Ah, o melhor do post foi o emoticon ao lado de “Habla sério, hermano!”. So funny! :D

    []‘s

    Mas, Vinícius, pra mim “A Coisa” é um clássico sim. Do saudoso “Cinema em Casa”, a sessão noturna que o SBT criou pra concorrer com a “Tela Quente”. :D

  • http://www.evilasio.blog.br Evilasio

    Hahahahahaah… to vendendo cachorros raceados. Preciso de anuncios… :D

    Sacanagem. É brincadeira… Mas acho engraçado mesmo esses tipos de vídeos, que mesmo toscos conseguem chamar atenção. Tem muita gente q n consegue pensar em algo do tipo…

    Se fosse eu, tava perdido!

    Abracos!

    Evilasio, você me fez lembrar daquela versão da clássica frase: nego, não pago, devo enquanto puder! ;)

  • http://www.asletrasdasopa.blogspot.com marie tourvel

    Adorei o filme. Lembrei de Plan 9, outro clássico do trash. De Verão de 42, que me emocionei e até escrevi um post em meu blogue baseado no que você publicou, até A Bolha Assassina. Muito bom, muito bom.

    Cinema foi fundamental para a minha formação, Marie. Até porque matei muitas aulas de química orgânica em meus tempos de colegial pra ver filmes nas sessões vespertinas do Gazeta…

  • aninha

    Existe um termo em inglês que classifica direitinho os vídeos do IED: “WTF??”

  • Avelino Ignacio Budu Garcia

    Inagaki:
    Viajando melhor pelas suas matérias aprendi que, rrrrrrrrealmente, você não precisa dizer nada ao Tabit-Tati que me indicou a lê-lo: as “percas” de seu tempo explicando a ele por que é que leio seu Blog, ao invés do dele, não valerão um bit.
    Estou muito, mas muito curioso em descobrir o porque de, sendo quem sou, não tê-lo descoberto antes do dedo-duro apontando…
    A culpa é, em parte, sua: se mais tivesses (também tive esses…) aparecido, menos precisaria eu procurá-lo.
    Volto em breve, com mais críticas.
    Budu

    Avelino, não tenho jeito: sempre fui low profile.

  • http://www.circulando.com Cláudio Rúbio

    Putz! Pior que A Bolha Assassina era filme pra sábado à noite, no meu tempo… Caramba! Fiquei 100 anos mais velho assistindo ao trailer agora. :)

  • http://www.mesapratres.zip.net Garçom

    Eu sempre tive uma pontada de inveja de gente com esse tipo de talento. Porque uma coisa é formar médico, advogado, engenheiro, outra, bem diferente, é lapidar um designer, um músico, um estilista. Talento é assim, quem tem tem, quem não tem pede pra sair.

    Exato, Garçom. Eu, que não sei desenhar direito, me atenho a admirar o talento daqueles que têm as manhas. Aliás, outra coisa que sempre quis fazer é assobiar. Nem fiu-fiu faço direito. XX(

  • http://chacinco.blogspot.com stephanie

    posso concorrer à promoção do livro de infância com um post?
    http://chacinco.blogspot.com/2008/01/consolao-paraso.html

    ó lá, sô!

    Sim, Stephanie. Seu texto já está na lista dos concorrentes! ;)

  • http://casadagabi.tabulas.com Gabi

    Linha de lingerie+BBB?? Ixi, se fosse no meu blog ainda podia ser, né?

    E o Instituto é muito bom mesmo…

    Ôpa! Gabi, se os caras do lingerie da BBB me procurarem novamente pó deixá que indicarei o seu blog. ;)

  • http://www.papodehomem.com.br Guilherme Nascimento Valadares

    hahahahahahahha
    Fui lá assistir o vídeo da Bolha. O autor com certeza tava fumando um do bom quando teve a idéia.

  • http://www.papodehomem.com.br Guilherme Nascimento Valadares

    Cara, o que mais me impressiona é a quantidade de referências por cm³ que você consegue colocar em seus artigos.

    Esse supercalifragilisticoespialidosos foi uma viagem no tempo. Assisti Mary Poppins pra caralho. ;D

    Grande Guilherme, isso é que dá ter sido criado em frente à televisão, me abastecendo anos a fio de cultura pop. B)

  • http://dtabach.com.br Durval

    Com assim “post patrocinado”? Matéria paga? Informativo publicitário?

    Sim, Durval. Como fiz questão de avisar na primeira linha deste post e também ao final do texto.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

Parceiros

Mantra

A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.