Meninos, eu vi: “Corteo”, o novo espetáculo do Cirque du Soleil

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 05 de abril de 2013

Se você conseguir despregar, por alguns momentos, os olhos do impressionante palco giratório que dá à plateia uma visão de 360° de Corteo, novo espetáculo do Cirque du Soleil que recém-entrou em cartaz no Parque Villa Lobos, em São Paulo, verá ao seu redor dezenas de olhares magnetizados e sorrisos boquiabertos. Pudera: Corteo é uma superprodução que envolve 136 pessoas de 25 nacionalidades diferentes, utilizando mais de 260 peças de figurinos e mais de 1.000 toneladas da estrutura do espetáculo, que foram trazidos ao Brasil em cerca de 100 containers. O resultado final é a imersão em uma experiência artística que se torna quase indescritível: você precisa conferir com seus olhos e sentidos. E entenderá perfeitamente porque Corteo, show que estreou em Montreal, Canadá, em 2005, já passou por 48 cidades antes de chegar em São Paulo, tendo sendo visto por mais de 6,5 milhões de espectadores ao longo destes anos.

É impressionante constatar o ponto a que chegou o Cirque du Soleil, criado por um grupo de artistas de rua de Baie-Saint-Paul, um vilarejo próximo da cidade de Quebec, Canadá, em 1984. E que, hoje em dia, emprega mais de 5 mil funcionários que trabalham em 19 diferentes espetáculos que estão sendo encenados atualmente em diversos lugares do mundo. Mais de 100 milhões de pessoas já assistiram a um espetáculo do Cirque. Dentre os 1.300 artistas, de 50 países diferentes, que atuam nesses shows, um deles é a ex-ginasta Camila Comin, que representou o Brasil em duas olimpíadas. Em Corteo, Camila faz um dos papéis principais: ela é a Anjinha, que vela o Palhaço Sonhador sobre sua cama, e que o ensina a voar.

Corteo, que significa “cortejo” em italiano, é um espetáculo que traz todas as características que consolidaram o Cirque du Soleil como uma das marcas mais relevantes e valiosas do show business mundial: performances acrobáticas, emoções em movimento na forma de coreografias ousadas, e artistas desafiando constantemente a lei da gravidade (voando a até 12 metros de altura), amalgamando graça, beleza, riscos e superações. Corteo, que narra a história de um funeral criado na imaginação de um palhaço, é apresentado num palco de 360 graus, em uma grande tenda com capacidade para 2.775 espectadores.

O espetáculo estará em cartaz em São Paulo, no Parque Villa Lobos, até julho. Depois, percorrerá as cidades de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Tickets For Fun. Corteo tem duração de 150 minutos, com intervalo de meia hora. Trata-se de um show para toda a família, indubitavelmente. De crianças a idosos, é possível encontrar olhos fascinados e rostos resplandescentes de todas as idades na plateia.

* * *

P.S.: Aos poucos vou organizando melhor este recanto virtual. Toda sexta-feira pretendo postar resenhas por aqui: de filmes, livros, peças, shows. Espero conseguir me disciplinar e voltar a alimentar regularmente este tamagotchi. :)

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • Diana

    Assisti ao espetáculo ontem em Brasília. Comprei o pacote premium + tapis rouge onde você fica uma hora antes do show num ambiente decorado, com comes e bebes. O espaço fica muito cheio, e quase não tinha local para sentar, portanto ficou difícil comer com o copo na mão e ainda os pertences pessoais (bolsas, etc). A comida estava ótima, e as bebidas são de boa qualidade, porém achei desnecessário pagar 190,00 por este serviço. Em relação ao espetáculo, fiquei bastante decepcionada.
    Não há quase nada que surpreenda durante o show. E não passa nem perto dos espetáculos que vemos nos dvds do próprio circo em outros países. Poucas cenas impressionam, e são feitas apenas por uma pessoa no palco, na maioria das vezes. Não era nada do que esperava, não sai de lá deslumbrada! No ingresso mais barato, eu iria novamente numa próxima oportunidade, mas jamais pagarei o valor que paguei, para assistir uma próxima vez.

    • SANDRO

      Não paguei tanto quanto vc Diana, mas aqui em Brasília, tive a mesmíssima impressão. Nada me impressionou, me decepcionei! Eu assisti o Alegria aqui em Brasília e outro espetáculo em NYC e foi completamente diferente, saí impressionado. Além disso acho um absurdo pagar 44 reais em duas latas de refrigerante e uma pipoca. Uma pena.

  • marcos

    Fantástico!!!!! isso é que é espetáculo circense de verdade, paguei, assisti e o faria quantas vezes fosse possível. o ar estava impregnado de magia beleza e arte. um verdadeiro alimento para alma sensibilizada pela arte. amei

    • ELAINE

      EU SAÍ DO CIRCO MARAVILHADA E ESTOU ATÉ AGORA. É FANTÁSTICO! PAGARIA QNTAS VEZES FOSSEM NECESSÁRIO. NÃO TEM PREÇO QUE PAGUE POR PESSOAS PONDO A VIDA EM PERIGO PARA TE FAZER SORRIR. MEU QUEIXO AINDA ESTÁ LA NO CHÃO DO CIRCO. TIVE Q SEGURAR A BOCA O TEMPO TODO. ACHEI AS MÚSICAS MARAVILHOSAS E ATO TBM.

  • Pingback: Cirque du Soleil: Corteo | O PapodeHomem assistiu | PapodeHomem

  • Fernando

    Vi hoje e não gostei. Custo benefício péssimo. Qualquer circo do interior vc se diverte mais.

  • sandra

    Espetáculo imperdível, pelo que descreveu. http://www.projetandopessoas.com.br

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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