O melhor café que já tomei na vida
Por Alexandre Inagaki ≈ domingo, 17 de março de 2013
A vida é boa e cheia de possibilidades. Estou, neste momento, curtindo alguns dias na Turquia. Quando anunciei minha viagem, piadas envolvendo as tramas de Salve Jorge foram inevitáveis. Mas o fato é que ela já tinha sido planejada antes da novela entrar no ar, graças aos meus amigos da Universo Enfim e Cosmos Turismo, a quem agradeço. Mas tergiverso, tergiverso. Vamos ao que interessa, pois: a história do melhor café que já tomei na vida.
O Grand Bazaar é um lugar mundialmente conhecido pela variedade de lojas. Aberto em 1461, é um mercado fechado com mais de 5.000 lojas que vendem tapetes, joalherias, luminárias, roupas, peças de madrepérola, barras de ouro, temperos, especiarias… E no qual você, na condição de turista, deve estar preparado para ser assediado por vendedores que lhe abordam pronunciando frases em vários idiomas até que você se manifeste. Minhas feições orientais confundiram o pessoal do mercado, que tentou me abordar em japonês até que, ao descobrirem que eu era brasileiro, diziam com sotaque carregado: “Brasil, carnaval, futebol!”. Perderam tempo comigo, já que ao menos em meu primeiro dia visitando o Grand Bazaar, estava só pesquisando preços. Mas eis que parei para tomar um café, e tive uma das mais agradáveis surpresas desta viagem.
O resumo da ópera é este: estando no Grand Bazaar, procure pelo Huzur Cafe & Restaurant, peça o Special Pistachio Cafe tendo como acompanhamento um Kanafeh (doce árabe feito de vermicelli, uma espécie de macarrão fino, com recheio de queijo e coberto por pistaches). Taí uma combinação que catalisou um cataclisma de sabores eclodindo em minha boca, e que faria por merecer um hipotético Prêmio Nobel de Gastronomia.
Este antológico Special Pistachio Cafe é preparado como o tradicional café turco, que é feito cozinhando a borra de café e servindo-o com a mesma, sem filtragem e, por vezes, com a inclusão de temperos como cardamomo. A vantagem é que o segredo especial deste café com pistache pode ser adquirido no Huzur na forma de um pote, vide a imagem abaixo.
Como o Grand Bazaar é um verdadeiro labirinto de estabelecimentos, peguei o cartão do simpático dono do Huzur Cafe a fim de dar o serviço completo neste post. O endereço é este: Yağlıkçılar Caddesi Cebeci Han No 15. Chegando lá, procure pelo Mehmet, um cara simpático que, de quebra, arranha bem o português (no papo que tivemos, ele me disse que eu lembrava um ex-jogador do Besiktas, o Rodrigo Tabata). E, bem, é isso. Se você um dia for a Istambul e experimentar esse café graças a este post, não se esqueça de deixar um comentário aqui. :)
Alexandre Inagaki
Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.
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