Masoquista ludopédico

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 27 de novembro de 2006

Amor não se escolhe; simplesmente acontece. Tudo seria muito mais simples se pudéssemos escolher a pessoa por quem nos apaixonamos. Não correríamos o risco de amarmos sem sermos correspondidos, não cairíamos na cilada de oferecer nosso coração a quem não fizesse por merecê-lo… Enfim, esses riscos que todos que já amaram alguma vez sabem muito bem quais são. Mas, como diria Riobaldo, viver é muito perigoso.

Neste final de semana meu time foi rebaixado para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Mais uma dentre tantas decepções que eu, na condição de torcedor do Guarani Futebol Clube, tenho amargado nos últimos anos. Situação desgraçadamente corriqueira a torcedores que amam incondicionalmente o seu clube e que, feito eu, vivem em constante sofrimento: somos um bando de masoquistas ludopédicos. Por vezes me sinto como um marido cuja esposa me chifra inúmeras vezes, com meus melhores amigos, na minha própria cama. Ao chegar em casa, vejo seus amantes refestelados em meu sofá, com os pés na mesa e tomando da minha cerveja. E eu, na condição desgracenta de corno apaixonado, sou incapaz de ensaiar alguma represália, porque continuo amando essa ingrata desgraçada acima de tudo.

É duro acessar diariamente sites e rádios online e tomar conhecimento do amontoado de notícias deprimentes relacionadas ao meu Bugrão. Salários atrasados, jogadores despejados de flats por falta de pagamento, atletas que recorrem à Justiça para abandonar o time, total falta de recursos financeiros fazendo com que falte comida para os jogadores das divisões de base, torcida depredando a sede revoltada com os recentes resultados, etc etc. Faltam perspectivas, faltam alentos, faltam razões cartesianas para que eu possa vislumbrar dias melhores para o Guarani.

Mas o amor fomenta esperanças nos terrenos mais estéreis. Diante disso, abstraio as perspectivas sombrias, as piadas de outros torcedores, as decepções dos últimos campeonatos. É como diz o nosso hino: “Avante, avante meu Bugre/ Que nós vibramos por ti/ Na vitória ou na derrota/ Hoje e sempre Guarani“. Tenho a plena consciência de que meu time de coração não possui a mesma estrutura, muito menos o orçamento ou a quantidade de títulos arrematados por outras “grandes” agremiações. Ainda assim, sou capaz de vislumbrar na escassez de títulos um lado positivo: ao contrário de outros torcedores mal-acostumados, vibro intensamente com cada vitória conquistada, cada gol feito, cada avanço na tabela do campeonato.

Meu Bugrão permanece sendo o único clube do interior que foi campeão brasileiro (1978), além de ter conquistado a Taça de Prata (1981), a Taça dos Invictos (1970), a Taça São Paulo de Júniores (1994) e o bicampeonato da Copa Toyota de Futebol Juvenil no Japão (2001/2002). Também bateu recordes que perduram até hoje, como a de melhor ataque em campeonatos brasileiros (em 1982 o ataque formado por Lúcio, Jorge Mendonça, Ernani Banana e Careca fez 63 gols em 20 jogos - média de 3,15 gols por partida) e vitórias consecutivas (doze, em 1978). Pena que toda essa tradição de nada adianta no momento presente. A vida é assim mesmo: promessas de amor não valem nada, e se dissipam, voláteis, no etéreo território das ilusões.

Neste momento difícil, solidarizo-me com o sofrimento vivido por outros irmãos de sangue alviverde, como Bruno Ribeiro e Delfin, e busco forças em todos os bons momentos proporcionados pelo meu Bugrão, desde o primeiro jogo que assisti em um estádio (Guarani 3 x 2 América-RJ, em jogo válido pelo Brasileiro de 1980).

Afirmou Sergio Fonseca: “amor que não dói não é amor“. Viver é assimilar os socos desferidos na alma e prosseguir combatendo nas batalhas do dia-a-dia. E o amor é como uma lente de aumento que amplifica cada mínimo detalhe do cotidiano. Assim é a minha paixão pelo Guarani: uma profissão de sangue, coisa para poucos e privilegiados iluminados, cujos corações foram tocados por algo maior e inexplicável. Porque o amor desnorteia, e faz com que a lógica cartesiana dance rumba e saia de fininho.

Haja o que houver, eu sempre afirmarei que sou feliz, e muito, por possuir o privilégio de torcer para o Bugrão. Com muito orgulho. Com muito amor.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • Pingback: Aos fiéis, maloqueiros e sofredores | Pensar Enlouquece, Pense Nisso

  • http://masoquismo joana raquel fernades correia

    o que e que quer dizer masoquismo

    Do Dicionário Houaiss:

    “1. Rubrica: psicopatologia. Perversão caracterizada pela obtenção de prazer sexual a partir de sofrimento ou humilhação a que o próprio indivíduo se submete; algolagnia passiva [O termo deriva de cenas descritas em livros de Leopold von Sacher-Masoch].
    2. Derivação: por extensão de sentido. Atitude de uma pessoa que busca o sofrimento, a humilhação, ou que neles se compraz.

    Etimologia
    antr. Barão Leopold von Sacher-Masoch (1836-1895, romancista austríaco) + -ismo, pelo fr. masochisme (1896) ‘id.’; f.hist. 1913 masoquismo, 1913 masochismo”

  • http://www.brazilwatch.com richard foster

    Querido Inagaki,
    Parabens com a sua selecao de covers. Concidentemente vi anteontem um documentario sobre Leonard Cohen “I’m Your Man,” conhecendo pela primeira vez Rufus Wainright e Nick Cave. “Suzanne” de Rufus me poe no chao chorando de empatia. E olha so. Nina Simone tambem gravou esta musica. Estou escutando os seus covers pela terceira vez. Onde e que eu mando o cheque, Alexandre?
    Richard

  • http://digitaldrops.com.br/drops/ Nick

    Oi Inagaki, eu vou comprar a compilação do Nélson Rodrigues que você recomendou.
    Ano que vem estarei na torcida pelo Bugrão aqui do Rio!
    Abraços, Nick.
    Nick, você não vai se arrepender da aquisição. O futebol brasileiro nunca teve um cronista tão magistral quanto Nélson Rodrigues. Um abraço!

  • http://blogdopedrox.blogspot.com/ Pedrox

    Meu amigo. Como bom torcedor do Paysandu, eu compartilho contigo essa dor. A minha mais sofrida por ter levado uma goleada de 9 a 0 e ainda ver o maior rival permanecer na divisão.
    Ano passado meu Paysandu estava na primeira divisão e o Remo na terceira. Nós caímos eles foram campeões. Hoje estou na terceira divisão e eles permaneceram na segunda.
    Amar é isso. É permanecer fiel na derrota ou na vitória.
    Força meu amigo. Subimos juntos para a primeira divisão em 1991. Voltaremos juntos para a segunda em 2007.
    Saudações Alvi-celestes,
    Pedrox
    Que os irônicos e sádicos deuses do futebol ouçam você desta vez, Pedrox. Um abraço!

  • http://quintessencia.wordpress.com Vozes insanas obrigaram o Társis a dizer ao Ina

    Fiquei supreso com o número de gurias que comentaram suas lágrimas, pq as gurias, normalmente não entendem a dor de um torcedor.
    Eu vivi na pele a dor do rebaixamento e o júbilo da redenção tricolor, naquela que ficou para a história do Futebol Mundial como a “Batalha dos Aflitos”.
    Entendo perfeitamente tua dor Alê, mas afinal amor é algo que realmente não escolhemos.
    Há um consolo. As vezes, é melhor o fundo do poço que a beira do abismo. Futebol primeiro se ganha na administração profissional e no planejamento - isso automaticamente reflete no Campo.
    É possível que o grande bugre campineiro aprenda com os erros, aproxime pessoas que tenham competência real e amor para reabilitar o clube e o lance de volta para seu devido lugar que é a elite.
    Até lá, (sem scanagem), espero que pelo menos caia o preço das camisetas. Porque as do Imortal continuaram absurdamente caras mesmo quando o time caiu… (:S
    Um abraço saudoso - e precisamos conversar sobre aquele lance, precisa ser pessoalmente… ;)
    Podiscrer, Társis. Faremos isso em breve!

  • http://vickyvalquiria.blogspot.com/ evelyn

    Oi Alexandre,
    Agradeço pelo espaço em ‘destaques’. Gostei de seu blog!
    Beijos

  • http://objetoabjeto.blogspot.com/ eu mesma, Rê

    “O apego à tristeza é escolha de cada um; minha opção é de manter constantemente um viés otimista sobre as coisas. Porque a vida, como reitera meu mantra pessoal, é boa e cheia de possibilidades.”
    sim, sim.
    e isso é o bom da vida.
    :)

  • http://www.dopiauiparaomundo.cjb.net Chrys

    Tristeza para alguns, alegria para outros. Sao Paulo finalmente campeao depois de tantos anos.
    Sei o que eh sofrer por time rebaixado. Sou torcedora do Fortaleza que vive caindo e (raramente) subindo. Amar eh realmente perigoso.
    Nao fica muito triste, ano que vem o Guarani vai te dar alegrias!!!!
    beijao pra vc
    Espero que alguém lá em cima te ouça, Chrys. :D

  • http://jccbalaperdida.blogspot.com JULIO CESAR CORRÊA

    Relaxa! Ano que vem tem mais e vc sabe…é uma caixinha de surpresas!
    Valeu pelo Blog da semana!
    gd ab e ótimo finde

  • http://digitaldrops.com.br/drops/ Nick Ellis

    Oi, comentei aqui antes, mas não apareceu. Torço pelo Fluminense e sei muito bem o que você está sentindo.
    Abraços, Nick
    Nick, desculpe pela demora em liberar os comentários. Às vezes isso acontece em semanas como a última que passei, extremamente atribulada. Um abraço!

  • http://diarioclandestino.blogspot.com Márcio Hachmann

    Sou solidário a você.;)

  • http://deixoler.blogspot.com Bel

    Ah, não reclama!!!
    Pior sou eu, que torço pelo único time do interior que foi campeão Bahiano (o Tigrão, Colo-colo), quebrando a hegemonia de Bahia-Vitória há mais de 40 anos! Tá, aí depois de botar a mão na taça… o Bahia e o Vitória compram meu time quase todo. E assim, é eliminado de saída na primeira e única vez qu7e disputa o brasileirão da terceirona. Pode???
    Pequeno detalhe: Moro defronte ao estádio, a concentração do time é na minha rua. Os meninos são meus amigos. Dá pra aguentar???
    E quem disse que eu reclamo? Sim, lamento pela situação do meu time. Mas, como o parágrafo final do meu post deixa claro, nada neste mundo me fará lamentar minha condição de bugrino. :)

  • http://digitaldrops.com.br/drops/ Nick Ellis

    Caro Inagaki, eu sou torcedor do Fluminense e neste ano escapamos por pouco, mas eu te digo, vocês vão sair dessa, pois nada como um ano depois do outro!
    Aproveito pra dizer que ler Nélson Rodrigues faz bem pra alma, recomendo o livro Profeta Tricolor para todo mundo que gosta de futebol.
    Abraços, Nick Ellis
    Caro Nick, assino embaixo de sua recomendação: “À Sombra das Chuteiras em Flor” é provavelmente a melhor compilação das crônicas que Mestre Nélson Rodrigues escreveu sobre a tal caixinha de surpresas.

  • BNÊ

    Esqueci de colocar que sou corintiano e por pouco não caímos, mas, como sou de Matão me sinto muito pior que você, afinal, a Matonense subiu meteoricamente e desceu idem, aliás nem está disputando nada.

  • Nilton Dias

    Vc gosta de ser livre?
    Vc gosta da sua liberdade?
    IMAGINE SÓ ENTÃO…
    Se nós pudéssemos escolher por quem se apaixonar a outra pessoa teria que nos escolher tb.MAS E SE ELA(E) NÃO ESCOLHESSE TB?
    LOGO OU SERIA COMO AGORA OU ELA(E) PERDERIA O DIREITO DE LIVRE ESCOLHA. A LIBERDADE…
    VC AINDA PENÇA ASSIM… QUE SER PUDESSEMOS ESOLHER??
    EU TB QUERIA QUE FOSSE ASSIM MAS SÓ SE, AUTOMATICAMENTE A OUTRA PESSOA TB SE APAIXONASSE TB DE IMEDIATO E POR ESCOLHA POR NÓS…
    POR ISSO TE PERGUNTEI..
    VC GOSTA DA SUA LIBERDADE?
    SE, SIM? ENTAO NÃO QUEIRA ESCOLHER POR QUEM SE APAIXONAR!!
    MAS QNTA BOBAGEM NUM É MSM?rsr
    Se puder me resp. Blz!
    Tudo de bom sempre!!
    Nilton.com
    [email protected]
    Nilton, bela viajada na maionese a que você fez. :) Rapaz, o caso é o seguinte: se pudéssemos escolher por quem nos apaixonássemos, é BÓBVIO que a opção seria por alguém que já estivesse a fim da gente, em vez de dispender energias desnecessariamente por pessoas que não estejam interessadas em nós.

  • http://www.talhoseretalhos.blogspot.com Keila Vieira

    Realmente um amor completamente nelsonrodriguiano! Não importa posição ou situação frenética e vergonhosa eu sou Galo..que com seus altos e baixos sempre será o o “campeão do gelo”, rs. Beijao.

  • http://maiani.blogspot.com andre maiani

    ae rapá, acompanho seu blog d longa data, apesar d nunca ter comentado muito….mas adivinha só…virei bloguista.
    passa la. vc tmb foi (ir)responsavel
    Mais um induzido ao vício de blogar. :) Boa sorte!

  • http://engavetado.blogspot.com/ Mau

    Camarada Ina, aceite a solidariedade de quem torceu pelo Burgrão na reta final, só para que pudesses pegar aquela camiseta que te mandei com mais orgulho. Mas não há de ser nada, assim como Flamengo de verdade é o de Zico, Mauricio Neves e Gustavo de Almeida, o Bugrão eterno é o de Zenon, Careca e Inagaki.
    Mr. Neves, obrigado pela força. Você é o cara!

  • http://marrombombom.blogspot.com gisele

    Inagaki, vai lá: http://marrombombom.blogspot.com
    Esse é de um grupo de amigos, só com histórias escatológicas verídicas. Ainda temos muito a postar, mas já dá pra curtir. A proposta é que cada leitor contribua com sua própria história. Todo mundo já fez merda na vida.
    dá uma olhadinha…
    bjs.

  • http://www.essemundodemeudenis.blogspot.com Denis Guimaraes

    Ina, torço para o Rio Branco de Americana, não com a mesma devoção, pois divido o meu coração entre ele e o São Paulo, uma vez que não nasci em Americana e acabei me apaixonando pelo Tigre depois dos 12 anos de idade. Como não tinha como esquecer um time pra ficar com outro, acabei acumulando os dois. Brinco dizendo que o São Paulo teria algo parecido com o amor que tenho pela mãe e o Rio Branco o amor que tenho pela esposa (ou namorada, um dia eu casarei, né?)Dois amores grandiosos e que não necessariamente anula um ao outro. Torço realmente pela retomada do Bugrão, quem é do interior sabe da grandeza e da importância deste time, além de ser uma delícia assistir jogo no Brinco. Relaxa cara, vai dar certo! Abração e parabéns pelo post fantástico (como de costume!)

  • http://fawller.net Fawller

    Torcer por algum time de futebol invariavelmente traz esses desconfortos, principalmente quando o time é pequeno. Sou torcedor do América de Natal, que conseguiu seu primeiro acesso a série A em 96, permanecendo até 97 quando fora rebaixado para a série B. De lá para cá mais uma queda, agora para a série C. Pensávamos ser o fundo do poço, até que o nosso arqui rival, o ABC, ficou de fora da série C (literalmente um time fora de série, nem A, nem B, nem C).
    Com um pouco de organização, mesmo sem muitos recursos financeiros, foi possível montar uma equipe forte para a disputa da série C, que resultou no acesso a série B em 2005, e agora em 2006, com a continuidade do trabalho e a manutenção de uma base da equipe, conseguimos o retorno a série A. Por quanto tempo ficaremos lá? Não sei, mas valeu a conquista, a torcida, e o orgulho de dizer: CONSEGUIMOS! Deixando pra trás equipes como Coritiba, Portuguesa, Paulista, etc…
    Continue torcendo pelo bugre, mas reze para encontrar alguém disposto a mudar a realidade administrativa do clube, só assim será possível reviver um pouco das glórias passadas, mesmo sem tanto dinheiro.
    Abraço

  • http://blog.fabio.resende.cx Fábio Resende

    Olá, meu nome é Fábio e eu também sou um masoquista ludopédico alviverde (só não é o Bugre, mas continua masoquismo do mesmo jeito).
    Espero que as coisas melhores, mas enquanto isso pense que “O doce nunca é tão doce se não fosse o amargo”.

  • Cíntia

    “Viver é assimilar os socos desferidos na alma e prosseguir combatendo nas batalhas do dia-a-dia. E o amor é como uma lente de aumento que amplifica cada mínimo detalhe do cotidiano.”
    Inagaki, essas duas frases sao simplesmente fenomenais.
    Pena que ultimamente a maioria das pessoas nao quer saber de assimilar socos desferidos na alma, nem se responsabiliza por coisa alguma. É tudo fácil demais nao? Brigou com namorado? A fila anda. Perdeu o emprego? Existe relocation ou essas empresas que te prometem emprego rápido se vc poe o currículo na web. Tá mal? Busca um analista.. (porque, entre outras coisas, pega mal contar os seus problemas pros amigos, né?)…
    Por isso ver esse post pseudomasoquista me fez bem ao ver que ainda tem gente com o mesmo mal e me fez lembrar também que ainda tenho amigos que sabem estar do lado pro que der e vier. Torcendo pelo time da gente. E ajudando a pegar ar depois desses socos.
    Ah, e quanto ao futebol… Tem muito mais graça mesmo é torcer pro “azarao”, palavra de juventudista.

  • Marcelo

    Pena que esse sentimento de dor e revolta não se reflitam em outros setores da nossa sociedade.
    Por qualquer coisinha os torcedores do Palmeira invadiram as cabines reservadas.
    O quê seria feito então, se os critérios fossem os mesmos, com a possível aprovação do salário dos nossos nobres deputados?

  • http://www.papeldepao.com.br Sergio Fonseca

    Rapaz, eu falei isso num comentário há mais de um ano! E não mudei de opinião. :)
    Forte abraço!

  • http://www.passeioolhar.blogspot.com Fabby

    Ina, sou palmeirense. Ponto. E Paissandu de coração. Outro ponto.
    Beijos

  • http://esefossevoce.blogspot.com/ Graziela

    E por falar em amor! Estive pensando no tema hoje mesmo! Amor é amor e pronto! Não se discute. Viva seu Bugre. Viva meu Galo! rs

  • http://dezazero.com Dennis Schwartz

    E por acaso você é de Campinas? Bem, moro em Campinas, sou torcedor da Ponte e me vejo em cada linha que vc mandou (muito bem) aqui. Nem me sinto em posição de me gabar porque creio piamente que meu time vai para o mesmo caminho, só questão de tempo e o derbi vai rolar na terceirona! Sad, but true!
    Nasci em Campinas, moro em São Paulo há 29 anos, tenho nacionalidade bugrina. :)

  • http://www.verbeat.org/blogs/miltonribeiro/ Milton Ribeiro

    Como escreveu o Nick Hornby, o futebol é um espetáculo que a gente assiste muitas vezes por ódio - do time ou de nós mesmos. A psicologia do torcedor é esta mesmo; às vezes, a gente detesta nosso time e aceita que nossos colegas de sofrimento o odeiem também. Mas não vá alguém de fora odiá-lo. O masoquismo ludopédico tem suas peculiaridades…
    Sei muito pouco do Guarani atual. Não sei de jogadores chutados de flats, nem de coisa nenhuma. No meu Guarani ainda jogam Zé carlos, Renato e Zenon; Capitão, Careca e Bozó. Não entendo o que pode ter havido. Roubo?
    Bom, eu sei mais ou menos o que tu sentes. Quando o odioso Grêmio ganhava tudo, o mundo dos colorados era tão sem perspectiva quanto o teu. Não sei se sabes, mas a FIFA nos mandou para a segunda divisão até que pagássemos o empresário Juan Figger. Ficamos lá por um dia. Nos concederam um empréstimo… Podes imaginar os juros?
    Bom, deve haver uma solução mais simples do que te dizer para deixar de amar o Bugre.
    Grande abraço.

  • Ângelo

    Sou mais um sofredor torcedor do Bahia. Nos últimos 5 anos, já derramei lágrimas suficientes pra encher uma piscina olímpica. Espero que o Guarani e o Bahia se recuperem logo. Meus filhos, que ainda estão por vir, têm que ser tricolores. E na série C vai ser difícil convencê-los.

  • dra

    Caro Inagaki:
    meu time tb está na C, caímos no ano passado. e esse ano conseguimos não subir (aliás, levamos de SETE a dois do Ferroviário-CE). sexta-feira agora 50 mil pessoas tomaram as ruas de Salvador para pedir q o presidente renuncie…
    nada mais forte, como seu post diz tão bem, do q a paixão de uma torcida pelo time q só a decepciona, derrota após derrota. não queremos admitir, nunca, q uma história de tantos e tantos anos, e de tantas felicidades, possa estar chegando perto do fim…
    enfim, desejo o melhor para o Bugre na terceirona do ano q vem. e q suba pra B junto com o meu Bahia…
    ah, saudades de 1986, quando Guarani e Bahia fizeram uma das quartas-de-final do Brasileirão… e eram dois belos times! mas os tempos parece q são outros, cara…
    abs,
    Pois é. Pra você ver até que ponto a incompetência administrativa é capaz de levar dois campeões brasileiros da série A como o Guarani e o Bahia…

  • Ricardo Lazarotto

    Descobri você pelo “Balípodo” e achei sensacional sua crônica sobre a queda bugrina. Sei o que sentes, pois quase morri no jogo decisivo de meu time contra o Náutico em 2005. O que seria de nós se não houvesse o imponderável?
    Pois é, Ricardo. Aquele jogo de 2005 foi antológico, típica história para contar aos netos e convencê-los a se tornarem gremistas!

  • Christian

    lembro do Bugre no ano de 94 tinha uma máquina, foi o último bom time do guarani, amoroso, luizão, hj o guarani tá virando time amador perto de sua grande história.
    Ano que vem vcs vem jogar em Chapecó (se deus quiser) jogo decisivo contra a minha Chapecoense.
    Pior é que nem tenho como contestar suas palavras, Christian. Bela equipe mesmo a de 1994: Narciso; Marcinho, Cláudio, Jorge Luiz e Guilherme; Fernando, Fábio Augusto, Sandoval e Edu Lima; Amoroso e Luizão. O último time razoável foi o de 1998, 8o. lugar no Brasileiro, que tinha no ataque a dupla “on”: Ailton Queixada (que depois virou artilheiro do Campeonato Alemão) e Gílson. Depois…

  • Claudio

    O pior é que o Bugre tem que subir ano que vem, senão dependerá de subir no Paulistão e fazer uma boa campanha em 2008 para poder participar da série C.
    Que o Bugre precisa subir ano que vem, isso é líquido e certo. Mas, independentemente de campanhas, ao menos lugar na série C ele tem assegurado, por conta da sua posição no ranking da CBF.

  • BNÊ

    Deve ser dureza, ainda bem que a Ponte despencou também, pois as gozações seriam maiores. Em conversa com pessoas com certa idade de Batatais, eles adoraram a caída do Guarani, dizem que o Bugre subiu pra Primeira roubando descaradamente do Batatais FC. Vou averiguar se é verdade.
    Têm que ser de certa idade mesmo, porque o Guarani subiu pela primeira vez para a 1a. divisão do Paulista em 1949. Mas não creio que seja algo tão polêmico quanto o suposto único título de toda a história da Ponte Preta, do Campeonato Paulista da 2a. divisão, vencido no tapetão em cima da Francana.

  • http://dellasnoites.blogspot.com Adilson B. Cápua Jr.

    Futebol é assim mesmo, meu caro! Não se pode ganhar todas e nem ficar bem sempre! Tem seus altos e baixos. É como aquele trecho do famoso vídeo Filtro Solar: “As vezes se está por cima. As vezes por baixo… A peleja é longa…”
    Forte Abraço e sucesso com o seu Bugrão, mesmo na terceira divisão!!! Rimazinha desgraçada essa!!! Foi maus… Não resistir… hehehehe

  • http://www.bion.blogspot.com Bion

    Prezado Ina;
    Parece que segunda-feira é dia de desafogar as mágoas hein?

  • http://baiano.wordpress.com André Julião

    Vc e o Bruno são poetas… Ficaram maravilhosas as crônicas de ambos sobre o Guarani.
    Sou insuspeito para falar, sou sãopaulino e muito feliz.

  • http://subsolo.org/hermenauta Hermenauta

    Rapaz…e eu, que caía na pele de um amigo por ele ser roxo pelo América (do Rio)…
    :)

  • http://terapiazero.blogspot.com anna v.

    Ah, eu sempre me emociono com os textos verdeiros sobre a paixão do futebol. Uma vez vi um programa (ou talvez um documentário, não lembro) sobre a Fiorentina, aquele time italiano que acabou por incompetência dos dirigentes. Faliu o time, acabou o clube. Aí os torcedores se organizaram e criaram um novo time (com outro nome), que teve que começar do zero, das últimas divisões do campeonato italiano. Durou um ano essa reformulação, mais ou menos. Só sei que no primeiro jogo, pela ziolionésima divisão, no dia em que os ingressos foram postos à venda, a fila para comprar dava voltas e mais voltas no estádio. Eu fico arrepiada só de lembrar. Aqui no Rio a torcida do Fluminense nunca compareceu tanto quanto na época da terceirona, pra ver jogos como Fluminense X Corpo de Bombeiros. O que se pode dizer? É o amor.

  • http://azedumevisceral.blogspot.com/ Renato

    Caro Alexandre,
    Só de imaginar meu time rebaixado, corinthiano que sou, quase tive um treco. Fico imaginando o teu sentimento! Agravado ainda por ser a terceira divisão. Não quero sentir o mesmo!! Meus sinceros sentimentos!!

  • http://www.contraditorium.com cardoso

    Eu não gosto de futebol, não acompanho e não sei recitar a escalação do flamengo que ganhou a taça Corporação em 1964, mas do geral tenho noção, e devo dizer que você é o PRIMEIRO torcedor do Guarani que conheço. Estatisticamente estranho.
    Citei em meu post mais dois blogueiros que também torcem para o Guarani. É que há muito pouca gente de bom gosto neste mundo… :D

  • euro

    eu me lembrei de você quando vi a notícia do rebaixamento, até antecipei o post.

  • Sandro

    Oi Ina,
    “condição desgracenta de corno apaixonado”……
    esta é a frase do ano!
    Brincadeiras a parte, você supera esta fase. Como não dá pra trocar de time, como se troca de mulher, espero que o Bugre volte a ser o Grande Time que sempre foi (em 78, eu com meus 13 anos, torci para o Bugre contra o Palmeiras).
    Abraços,
    Sandro.

  • http://www.slothsam.wordpress.com SlothSam

    Força, caro.
    Sei, em alguma medida, o que está sentindo.
    Abs.

  • http://www.ignoranciaefogo.blogspot.com Felipe

    Bem, por um logro muito bem-recebido do destino, estou livre desse sofrimento ludopédico.
    Explica-se:odeio futebol, o que é quase uma abominação, morando no chamado país do futebol.Por isso mesmo, não sofro por derrotas de times, mas isso não impede que eu seja execrado pelos meus amigos que gastam suas lágrimas em frente à TV.

  • Cris

    Oi, Alexandre!
    Futebol é a mais incompreendida das paixões. Sou solidária a sua dor…como “corinthiana sofredora com muito orgulho”, sei bem o que vc sente…Aguardo o dia em que o Guarani superará a má fase, para poder jogar com o Timão e perder de goleada.E daí vou repetir como um mantra que meu time é melhor que o seu.
    Bjinho

  • Daniel

    Alexandre,
    acabo de ver na tv reportagem sobre a conquista do meu time (Criciuma Esporte Clube) da serie C. Te digo o seguinte para não ficares tão pra baixo: se o Guarani se organizar e houver união de forças como houve no caso do Criciuma (que estava na A, caiu pra B, e ano passado caiu pra C), a serie C pode ser apenas uma fase de “depuração”. Se o Guarani conseguir bons resultados na serie C, começa a acontecer uma certa admiração impressionante por parte da torcida gerando uma motivação aos jogadores com os estadios cheios, independente de serie B, C, ou Z. E com a boa torcida que o Bugre tem, a subida para a serie B é consequência natural. Lembre-se que agora são 4 times que sobem, o que torna a tarefa de subir para a B não tão desesperadora. E lembre-se também que a experiência de ser campeão brasileiro da serie C, como aconteceu ontem com o meu time, é uma sensação boa, não é de se jogar fora…
    Fundamental: montar uma equipe (com reservas à altura dos titulares) com jogadores com talentos diferenciados para que as vitórias não dependam de 1 ou 2 desempenhos individuais, tornando o time regular e equilibrado. Pois foi isso com certeza que aconteceu com o Criciuma.
    Grande abraço, e tenho certeza que o Bugre ano que vem estará levantando a taça da serie C.
    Deus te ouça, Daniel. Um abraço!

  • http://lynwilliams.multiply.com Aline Rodrigues

    Não é só o futebol, não. Eu me solidarizo contigo e me identifico com cada linha.

  • http://www.cintaliga.wordpress.com Luciana

    Alexandre, querido, até nisto nós somos parecidos: meu time do coração também caiu pra série C. E é o mesmo sentimento: mesmo que ele vire time de várzea, é o time pelo qual sempre vou torcer.
    Um beijo bicolor.
    Subiremos ano que vem, Lu. :)

  • http://fudeblog.zyakannazio.eti.br Cesar Cardoso

    Tem coisas que só o futebol é capaz de fazer. Uma delas é declarações de amor bandido a um clube que desce a ladeira.
    O futebol, definitivamente, não é um caso de vida ou morte. É muito mais que isso. E pobre de quem não entende.

  • http://dearprudence7.blogspot.com tainá

    Oie, eu postei no texto anterior:”A porta”, meu niver é dois de agosto, esqueci de mencionar, é a data no final! hahhwhawhaw
    mas valeu de qualquer forma.

  • http://www.morroida.com.br Fabião Morroida

    HAHAAHAHAHAHAHAHAAHAHA
    po ina, eu rezando pra ponte cair (desculpa esfarrapada) só pra gente fazer um derbi de segunda divisão, e o seu time me cai pra terceira?
    assim não tem condições!!!

  • http://www.patriafc.blogspot.com Bruno Ribeiro

    Perfeito, Inagaki. É como diz o Simas, citando o Sobrenatural de Almeida:
    “Só os homens e os times que chegaram ao covil das catacumbas são merecedores do amor das mulheres e das torcidas”
    Na vitória ou na derrota!

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.