Houve uma vez um verão

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Na vida de todos já houve um “verão de 42″. Para compreender essa frase, preciso resgatar a história deste filme. Assisti a Houve uma Vez um Verão pela primeira vez quando eu tinha 14 anos, mesma faixa etária de seus personagens principais, três adolescentes que passam férias em uma pequena ilha durante o verão de 1942, época na qual se desenrolava a Segunda Guerra Mundial. É um típico filme de formação, que narra como esses três amigos, Hermie, Oscy e Benjie, começam a se relacionar com as garotas e a descobrir os mistérios gozosos da vida. Minha identificação com o trio foi imediata: assim como eles, eu já sentia meus hormônios se manifestando em meu corpo juvenil. Porém, era um completo desajeitado que mal sabia como me comunicar com as mulheres, seres que me fascinavam e seduziam, mas que permaneciam sendo absolutamente indecifráveis para mim (bem, o fato é que até hoje ainda me enrosco para decifrar os hieróglifos contidos em um sorriso de mulher, mas prossigamos com o post).

Cena do filme de Robert Mulligan.Houve uma Vez um Verão é narrado em flashback por um Hermie já adulto, que enquanto relembra as trapalhadas que viveu com seus amigos, em episódios como a tentativa de comprar camisinhas em uma farmácia, resgata as lembranças da primeira mulher que amou em sua vida, e que conheceu naquele verão de 42: Dorothy, uma bela jovem de vinte e poucos anos, cujo marido era um militar que havia partido para o front da Segunda Guerra. Apesar de sua timidez, Hermie acaba por fazer amizade com Dorothy ao ajudá-la a carregar suas compras. Hermie nem ousa tentar nada, até porque sabe que Dorothy é uma mulher apaixonada, mas vai nutrindo em silêncio um amor platônico enquanto se distrai acompanhando seus amigos em algumas tentativas atrapalhadas de maior aproximação com o sexo oposto.

Porém, certo dia, ao bater à porta de Dorothy, Hermie encontra a casa aberta, o som de um vinil tocando o inesquecível tema composto por Michel Legrand e a sala vazia. Ao entrar nos aposentos, Hermie encontra um telegrama informando que o marido de Dorothy havia sido morto em combate. Ela, que havia acabado de esvaziar uma garrafa de bebida, encontra Hermie parado na sala. Ainda aos prantos e em visível estado de choque, Dorothy abraça o amigo, e, em silêncio, começam a dançar. Depois…

Sei que, terminada a sessão desta obra-prima dirigida por Robert Mulligan, fiquei apaixonado por Jennifer O’Neill, a atriz que interpreta Dorothy, e sonhando com a mesma sorte daquele garoto que teve sua iniciação sexual com uma mulher tão linda, terna e carinhosa. Não tive a mesma felicidade de Hermie, ao menos aos 14 anos; perderia minha virgindade quatro anos mais tarde. Mas posso dizer que ao menos uma marca esse verão de 42 me trouxe: de lá para cá, meu envolvimento com mulheres mais experientes foi uma constante. É claro que não posso atribuir isso à influência decisiva de um filme ou ao freudiano Complexo de Édipo, mas o fato é que nove entre dez de meus affairs foram com parceiras mais velhas. Não chego a dizer que minha vida amorosa é uma paráfrase daqueles versos do Leoni (“Garotos como eu/ Sempre tão espertos/ Perto de uma mulher/ São só garotos”), mas é quase isso. Sorte a minha, que aprendi muito com as maravilhosas mulheres com quem tive a felicidade de me envolver.

* * * * *

Uma história sensacional da qual só soube ao ler o verbete na Wikipedia sobre Summer of ’42 é a sua origem autobiográfica. Herman Raucher, roterista do filme, de fato passou férias em uma ilha em 1942, teve um amigo chamado Oscy (que veio a falecer no front da Guerra da Coréia) e, vejam só vocês, envolveu-se com uma mulher mais velha chamada Dorothy. Exatamente do mesmo modo que foi mostrado no filme, na manhã seguinte ao encontro amoroso dos dois, Dorothy deixou a ilha (e um bilhete destinado a Herman) e eles não mais se encontraram.

Capa do livro Summer of 42, de Herman Raucher.Em uma entrevista concedida ao site TCPalm, Herman Raucher relembra que, na época em que o filme foi lançado nos cinemas, ele recebeu dezenas de cartas de pessoas que afirmavam ser a sua Dorothy do verão de 42. E afirma: “As correspondências não me assustaram, mas me surpreenderam. E mostraram para mim que há um bocado de mulheres esquisitas lá fora”. Mas o melhor estava por vir: “Uma das cartas era realmente de Dorothy. Eu reconheci sua caligrafia”. Quase 30 anos após aquela noite, Raucher recebeu um sinal de vida da mulher que marcou irremediavelmente sua existência.

Na carta, Dorothy conta que acabou por se casar novamente, e que já era avó. Também relata seus temores de que a noite em que ela e Herman dormiram juntos pudesse ter, de alguma maneira, traumatizado aquele ninfeto de 14 anos. E encerra a correspondência dizendo: “É melhor não perturbar os fantasmas daquela noite de 30 anos atrás”. Herman Raucher nunca soube o sobrenome da primeira mulher que amou, e eles jamais voltaram a se encontrar pessoalmente.

* * * * *

Debra Lafave, a professora que seduziu um aluno de 14 anos.Vejam como são as coisas. A origem deste post foi uma nota no G1 sobre Debra Lafave, ex-professora que foi condenada a sete anos de prisão domiciliar por ter feito sexo com um garoto de 14 anos (mesma idade de Hermie no filme) dentro da sala de aula e em sua casa, em junho de 2004. Correndo o risco de ser politicamente incorreto e um tanto quanto machista, afirmo que eu e a maior parte da população masculina mundial teríamos dado graças aos céus se tivéssemos tido a sorte de possuir uma professora como Debra. Mas esta é uma visão estritamente pessoal: se algo semelhante tivesse ocorrido com o filho que não tenho, talvez me indignasse com o que aconteceu. Ou não.

Na época em que o crime foi cometido, Debra era casada. Hoje, compreensivelmente divorciada, atende pelo nome de Debra Jean Beasley e tem ficha online por ser “criminosa sexual”. Recentemente, quase foi levada de volta à cadeia por supostamente ter violado sua condicional a conversar sobre sua vida com uma garçonete da lanchonete em que trabalha atualmente. Motivo: sua colega de trabalho tem 17 anos e é menor de idade. |-| Ah, o puritanismo americano… Se morasse no Brasil, a ex-professora certamente já teria posado para a Playboy e concedido entrevistas a todos os talk shows existentes.

* * * * *

Houve uma continuação de Houve uma Vez um Verão, produzida dois anos após o filme original, chamada de Class of ’44 (no Brasil, O Verão que Passou. Porém, com outro diretor e sem a Dorothy de Jennifer O’Neill no enredo. Como era de se imaginar, foi um fracasso. Afinal de contas, toda boa história merece terminar do modo apropriado.

Há amores que devem permanecer do jeito que estão, em um lugar especial na memória. Como aconteceu, na vida real, com Herman e Dorothy. Tudo na vida é uma questão de timing.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

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  • Gabisouumaestrela

     que um conselho colo para assistir o filme online que voce vai ter mais assesos que vc tem agora!!!!!!

  • Gabisouumaestrela

    que porkari queria assistir ovilme ai que é legal

  • Levi Gonçalves

    Estava procurando informações e comentário sobre meu amado filme “Verão de 42″ e encontrei seu blog.
    Adorei as informações e curiosidades do filme.
    Me emocionei lendo e lembrando partes do filme como se estivesse vendo-o.
    Fico feliz em saber que tem tanta gente que ama e foi marcado por esse filme que, mesmo sem ter vivido a mesma história, sente essa emoção.
    Obrigado, e continue escrevendo.

  • Luiz

    Tambem vivi uma história como essa,eu tinha 15 anos e ela 30,viví cada capitulo deste filme,a pessoa que conhecí tinha acabado de chegar de Joannesburg/Africa,ela era branca e se mudou para Santo André ,onde eu nasci e morava,hoje tenho 48 anos,ela trouxe 2 filhos,Paul ,Silasessa era a única parte que no filme não tinha,mas acredite foi a priemira relaçaoe que experiencia eu viví,meu pai descobriu tudo e não sei se foi coicidencia ou não ela foi morar em São Paulo,e advinha oque aconteceu,,,,,sai de casa para encontraá-la,,e ainda ficamos juntos(os filhos dela voltaram para Joannesburg com o pai,eles eram separados)ela morava no famoso Ed COPAN na Av.Ipiranga,lembro até o andar e apto,13º andar Apto 1317.
    Seria um prazer enorme se eu a encontrasse novamente,apenas para relembrar,Hoje eu trabalho em serviço secreto aqui em São Paulo e com isso descobri que ela estava morando no Rio de Janeiro,mas não sei qual é a reaçãodela se eu ligar no telefone que consegui ou enviar uma carta,sei que o Ex marido Paulo faleceu.
    O nome dela é Rosália M.R.
    Este filme é simplismente Romantico.
    Abraços a todos.

  • raimundo de assis teixeirA

    este fime é uma grande obra de arte, é simplesmente espetecular.

  • http://[email protected] antoniojansenlima

    eu sou um joven divintianos e quero muito ti conhece

  • Sandra Lemos

    Eu vi este filme adolescente com uns 14 anos e me identifiquei muito com as dúvidas do personagem… que sutileza é usada para contar esta história… mais tarde já adulta vi novamente e foi uma experiência diferente, mais madura podia entender melhor todos os aspectos envolvidos. A música ficou gravada na minha lembrança e hoje em dia sou seguidora do filme participo de comunidade, tenho a trilha, fotos do filme, grupos de debates, participo de tudo e leio tudo sobre ele… e procurando achei o seu texto, uma dos melhores certamente, muito delicado e ao mesmo tempo dando vários detalhes que nem todos conhecem.

    Parabéns!!!

    Sandra Lemos
    Rio de Janeiro

    R: Que bom encontrar mais alguém que gosta tanto deste filme como eu, Sandra. Um abraço!

  • ROBERTO WAGNER ROSA PEREIRA

    Esse filme marcou minha vida. Assisti quando tinha 14 anos de idade e morava no interior de Goiás. O tema do filme é a melodia mais linda que já ouvi.
    O FILME É 10

  • denizar avelino dos santos

    este filme me marcou muito porque me fez voltar aos anos 40 (naci em outubro de 43) me fez recordar os meus amigos daquela epoca. gostaria de saber onde posso comprar este filme
    grato.
    denizar- goiania-goias

  • Nailson Gregório de Carvalho

    O Verão de 42.
    Uma história fantática que simplesmente aconteceu.Em um momento que um casal vivia um grande amor.E houve uma grande perda. É provável que algum fantasma,através do adolescente tenha consolado Dorothy ! Vi esse filme dezenas de vezes e mais de trinta anos após fico sabendo das curiosidades que envolvem sua história. Todo adulto revive sua adolescencia mesmo com história diferente. Até porque uma situação como a relatada apenas se vive e não se inventa. Simplesmente genial.

  • Luiz

    Amigos(as)
    Ja viví uma cena como esta (Houve uma vez um verão comigo tambem, e jamais esquecerei….
    Parabens pelo seu trabalho,mande mais..

  • http://maiortorçidademinasedogalo jean carlos

    claro que a maior e a do galoooooooooooooooooooooooooooooooo

  • http://cacalinks.wordpress.com Andréia

    Muito bom seu post. Tem tudo a ver com minha fase adolescente também. Eu quando adolescente (meados dos anos 80), observava um garoto mais velho e o tinha como algo impossível, o que me levava para uma segunda etapa: um desejo inconsciente, desajeitado… pronto! Bastava um sorriso gentil, uma delicadeza despretenciosa, e lá estava eu platonicamente apaixonada, criando mil situações e sonhos na cabeça. Tornava-se algo físico-químico, que me deixava de “256 mil cores” ao deparar-me com o cidadão, sensações bem engraçadas e próprias da idade. Nada a ver com os dias de hoje, onde o sexo é super comentado e praticado desde muito cedo. Mas a sensação daquela paixão cultivada como uma “caixinha de segredos” era algo especial. Lendo o seu post, me lembrei de um garoto, nem tão mais velho assim, mas que foi alvo dessa minha paixão adolescente. Eu o tinha como um “Deus” e como tal, ele ficou no seu canto e eu no meu, mas eu me dava o direito de sonhar. Uns quase 20 anos mais tarde o vi na rua, de longe, e percebi que o que senti na época era algo tão próprio da idade que tinha, que foi tão legal de sentir pq foi vivido naquela época específica, e nela viverá para sempre. Hoje sim, vivo o melhor do amor… nada melhor que o tempo, não acha? Parabéns pelo blog… um abraço e obrigada!

    Andréia, sou eu quem devo lhe agradecer pelo belo comentário, e por compartilhar esta história comigo e com os leitores deste blog. Um beijabraço!

  • http://www.pirilampiar.blogspot.com lucinha

    Muito bom seu post sobre o Verão de 42. O filme é de uma delicadeza e humanidade infinita… e adorei as informações que você dá sobre os personagens dessa história! E ainda a relação com os acontecimentos quase recentes…que me remeteu a filmes como Lição de Amor, com Lilian Lemmertz [belíssimo] e Ensina-me a Viver [a delicada história de Harold e Maude]. Todos envolvem regras sociais, diferença de idade e lições de amor e humanidade. E, no mais, cada caso é um caso. E deve ser analisado de forma singular como é cada ser humano. Chaplin, por exemplo, aos 54 anos casou com Oona - ela tinha 17! Na época, um escândalo! “o coração tem razões…” Parabéns pelo post, Alexandre. ;)

    Obrigado pelo comentário e por ter resgatado outras referências bacanas ao post, Lucinha. Um abraço!

  • Francisco

    esqueci de comentar..
    em relação ao caso da professora
    talvez minha opinião pareça machista, embora eu não a encare dessa forma.
    Homens e mulheres tem diferenças em várias coisas, no campo da sexualidade e afetividade então nem se fala.
    Eu acho realmente um exagero a pena para essa mulher. A relação não foi forçada, dificilmente seria traumática. Se fosse o oposto, claro, pedofilia. Não vejo nada hipócrita nisso, meninos são meninos, e tem um desejo sexual de meninos, enquanto meninas são meninas, com os desejos de meninas.

    Em quase todas as sociedades, nessa idade a menina quer preservar sua virgindade, e os meninos querem perdê-la o mais rápido possivel. Não vejo motivo pra criminalizar o caso entre o aluno e a professora.

    Francisco, há um porém em suas observações: aos 14 anos, acho difícil que um garoto tenha maturidade suficiente para tomar decisões mais ponderadas sobre sua vida. Nessa questão, eu realmente só posso falar por mim mesmo. Mas, como já foi ponderado nos comentários deste post, se algo semelhante acontecesse com um filho meu, não sei qual seria a minha reação. []‘s!

  • Francisco

    cara… nunca tinha lido a respeito desse filme… mas essa cena é linda… pah.. parece que os filmes hoje não tem tempo para um cena assim, em silencio, reflexão… ainda mais retratando um adolescente…
    acho que não se fazem mais crianças como antigamente… :)

  • Te

    Será que nos tempos atuais, de preocupação com pedofilia, Verão de 42 seria levado às telas? Lolita, versão filmada por Adrian Lyne, só foi liberado para maiores de 18 anos nos EUA.

    Boa pergunta, Te! Não sei se se atreveriam a fazer um remake do Verão de 42 mantendo a idade do protagonista…

  • Thiago

    Longe de querer soar politicamente correto, devo defender a Justiça Americana no caso da professorinha sex-offender…
    Claro que, como quase todo moleque de 14 anos (ou mais!), meu sonho era perder a virgindade como uma professorinha dessas (com 14 anos eu perderia a virgindade até com a Gretchen se ela quisesse!), mas temos que levar em conta que a Justiça não pode tomar como base os hormônios de um moleque de bigode ralo e sim a Lei.
    Imagina se fosse um professor e uma aluninha de 14 anos? Tooooodo mundo iria querer atear fogo no PEDÓFILO!!!, linchar, condenar à prisão perpétua, o escambau, e a Lei tem que ser igual pra todos, fico até contente que a Justiça tenha condenado uma professorinha branquinha e bonitinha dessa, serve como lição pra muita gente! Não condená-la seria a maior de todas as hipocrisias.
    Abraços!

    Thiago, suas ponderações estão absolutamente corretas. Mais uma vez reitero: se EU fosse o aluno da professorinha, não reclamaria nem um pouco. Mas se tivesse sido com meu filho, as coisas seriam bem diferentes. Um abraço!

  • TOTAL ALIEN

    Essa loira peladinha e me fazendo uma belaa chupeta, deve ser uma delíca!!!

  • http://attu.typepad.com/universo_anarquico/ tina oiticica harris

    O mesmo que gargalhei no Enloucrescendo chorei nos primeiros parágrafos deste post. Era bem mais velha que você mas o tema mulher mais velha - rapazes é meu velho conhecido. Tive efebos lindos e inteligentes, desenvolvidos para a escola primária a cujas mães avisei que jamsis queria vê-los na secundária. Não é o Van Halen que cantou “Hot for Teacher”? Meu marido foi meu aluno mas só namoramos depois. Ele é doze anos mais novo que eu. Estamos juntos desde 1986. Final feliz.

    Belíssimo post, Alexandre Inagaki. Tinha-me esquecido do filme e da música. Chorei mmas valeu.

    Tina, bom saber que a sua história tem final feliz! :D

  • Cris

    Que post ótimo. Adorei, parabéns!

  • http://www.observacoescasuais.blogspot.com Laurinha

    Haha, o meu marido so vive dizendo que adoraria ter tido uma professora como Debra

  • Ana Paula Gomes

    Gostei do post. Sobre o polêmico assunto, recomendo um livro excelente: Anotações sobre um escândalo, de Zoe Heller. Virou filme com Cate Blanchett e Judi Dench, mas ainda não vi. Se for tão bom quanto o livro, ainda mais com essas duas atrizes, deve ser fantástico.

    Ótima lembrança, Ana. No Brasil, o filme, que recebeu 4 indicações para o Oscar, foi lançado com o título de Notas Sobre Um Escândalo. Também não vi o filme ainda, mas sei da temática dele, que realmente tem tudo a ver com o caso da Debra Lafave.

  • http://lembrancaeterna.wordpress.com Bruno

    Fiz um post comemorativo à ela em novembro de 2005 também.

    http://lembrancaeterna.wordpress.com/2005/11/23/elderly-love/

    Bela professora essa. Deveria vender um livro sobre suas escapadas sexuais. Venderia mais que ‘Lolita’. Chama de ‘Lolito - história de uma professora e seu pequeno amor’. =)

  • http://leitedecobra.blogspot.com/ Kenia

    “Há amores que devem permanecer do jeito que estão, em um lugar especial na memória.”
    Concordo, concordo e concordo.
    Na memória, eles dificilmente passarão por todas as quebradeiras cotidianas.
    Serão sempre perfeitos e um bom lugar pra se voltar em tempos de solidão.
    Beijo.

  • http://doppelgangerperdido.blogspot.com/ Gisele Amaral

    Que post inspirador… Uma beleza esse texto. Adorei ler isso hoje!
    =*

  • http://bandavoxpop.com.br/durval/blog Durval

    Mais um post sensacional, excelente pauta, com a dose exata de poesia, jornalismo e pesquisa, tudo permeado pela sensiblidade do autor.
    Eu era um pouco mais moleque que você quando vi este filme pela primeira vez. Demorei para entender o que era e para que servia aquilo que eles estavam tentando comprar na farmácia… De fato, não há como um adolescente – pelo menos um adolescente nos anos 70 – não ficar impressionado com o filme. Foi um importante contraponto romântico à abordagem mecanicista e competitiva com que a molecada da época costumava lidar com o tema da iniciação sexual. Meus amigos todos foram iniciados por “Tias Olgas” por volta dos 14 anos. Eu sofri calado e envergonhado até os 19 anos, quando finalmente perdi a virgindade, com minha primeira namorada. Hoje, me considero privilegiado por ter tido minha iniciação de forma muito mais emocionalmente intensa e verdadeira.

    Durval, é verdade. Embora eu tenha vivido minha adolescência nos anos 80, também tenho familiariedade com a expressão Tia Olga. Muitos dos meus colegas de geração iniciaram suas vidas sexuais assim. Em tempo: obrigado pelos elogios. []‘s!

  • http://eugostodeumacoisaerrada.wordpress.com Rachel

    Ina, por mais que eu goste dos seus textos, alguns são realmente sensacionais. Este, por exemplo, entra no meu top 3 dos seus melhores.
    Quem diria: sensibilidade e poesia num ordinário “one night only” ;)
    beejo

  • Davi Lelis

    Concordo com você, gostaria de ter tido uma professora assim! Hahaha.
    Só que no Brasil, a lei penal diz que é crime manter relações sexuais com menores de 14 anos. Passada esta idade o envolvimento deixa de ser criminoso. Conclusão, aqui a Debra não seria sequer uma criminosa.
    Abraços

  • Dalmo

    Belo post, é por coisas assim que vc é e vai continuar sendo o nº 1 da Internet brasileira.

    Valeu pela generosidade, Dalmo. Não chego a tanto, mas me esforço pra chegar um dia lá. :P

  • http://www.blumerangue.wordpress.com Caio Blumer

    Hahah, é Inagaki, com certeza ela iria ganhar uma nota com Playboy’s e entrevistas. Até um blog talvez…hahaha! Ou a publicação de um livro. rsrs

    Nota alta mesmo iriam tirar os alunos dela se fosse aqui né não?

    Ainda não vi esse filme, mas vamo vê se eu acho por aqui.

    Abraço!

    Caio, não sei dos alunos, mas a professora seria aprovada com méritos. :P

  • http://www.oswaldoogink.nl/blog.nsf Maria Bethania (Betha)

    Já ia esquecendo de dizer..rs..sou professora..e fiquei daqui imaginando se eu tivesse me “relacionado” com alguns dos meus alunos!! rs
    Ai ai..rs
    Melhor deixar quieto..rs

  • Maria Bethania (Betha)

    Adorei!!
    Nossa…nem lembrava mais desse filme..acho que vou pegar para um flasback.
    Acho o máximo estes comentários que vc faz sobre nós, mulheres. Será que somos tão complicadas assim!?!?!
    Abraços, Betha

    Betha, o caso é que nós, homens, somos muito complicados também, é bóbvio. Mas mulheres sempre representarão um continente mais misterioso, complexo e sedutor para mim. Um abraço!

  • http://diariodelaoxitocina.blogspot.com Cíntia

    Alexandre,

    Mais um post genial.às vezes tenho a impressao de que desencontros rendem melhores filmes, músicas, contos, etc do que encontros. E talvez por isso seja uma sacanagem fazer continuaçao de certos filmes. Mas reconheço que eu também às vezes nao me dou conta e fico tentando uma versao 2.0 de coisas que nao passaram de desencontros, depois ainda reclamo. Eita.

    Quanto à professora, entendo que o público masculino a ache genial, também tenho a impressao de que os americanos sao, em geral, muito mais puritanos do que eu poderia tolerar, mas acho que tem que existir algum tipo de proteçao sim para os jovens, para poder evitar abusos e manipulaçoes. Agora, obviamente a volta à cadeia por esse tipo de violaçao de condicional…parece exagero.

    Se morasse no Brasil, já teria toda uma linha de merchandising : cadernos, agendas, e uma boneca, pode crer. E roupa para menininhas. (Afinal, depois do “tamanquinho da Tiazinha”, tudo é possível nessa área).

    Se morasse na Espanha, provavelmente já estaria saindo com algum famoso e vendendo exclusiva para programas de fofocas, ou participando de algum “(i)reality”.

    Estou ficando velha, essas coisas começam a me assustar.

    Obrigada por mais um post inquietante.

    Cíntia, lendo suas observações precisas lembrei do caso da Rosenery Mello, a “fogueteira do Maracanã”, que durante um jogo entre Brasil e Chile válido pelas eliminatórias da Copa de 1990 jogou um sinalizador luminoso no gramado do estádio e causou uma confusão que acabou por interromper a partida. Bem, não preciso dizer que ela virou capa da Playboy, né? XX(

  • JackWelch

    Tudo na vida é uma questão de “Timing”, é uma grande verdade. Reconhecer que a melhor parte de nós acontece no tempo é muito gratificante. Uma vez que, a maioria se encontra em constante briga com o que está por vir, e ainda querer apreciar o que já passou. Quero dizer, que se está as voltas com a ansiedade, por não chegar o que se quer no momento que mais nos daria prazer ou simplesmente estamos com algum remorso. Melhor seria deixar as coisas que uma dia foram belas do jeito que são. Como diriam os Beatles:

    All these places had their moments, with lovers and friends I still can recall…

    Diga-se de passagem, “In My Life” é a letra dos Beatles que mais me emociona. Belíssima canção.

  • http://casadagabi.tabulas.com Gabi

    Esse filme é tão fofinho… Lembro de assistir num Supercine ou algo assim durante a Era Paleozóica ou os anos 80, não me lembro bem.
    Não sei se me influenciou ou não, mas fato é que o namorado é 7 anos mais novo que eu. *ui*

  • http://frufru.wordpress.com flavia

    também vi várias vezes esse filme na globo. a música nunca saiu da minha cabeça.
    fui rever há pouco tempo e achei um pouco bobinho, mas agora acho que dei mais valor sabendo que a história é real. :)

  • Alexssandro Duarte

    Grande filme, passva muito naquela antiga sessão de filmes legendados da Rede Globo nas madrugadas de Domingo para Segunda Feira.

    Me lembro de achar a atriz linda demais em especial na cena da escada, quem viu e tinha os fatidicos 14 anos nunca esqueceu.

    Ótima lembrança, Alexssandro! Essa cena da escada, na qual o personagem de Hermie tem a felicidade de espiar as pernas de Dorothy, também faz parte do meu imaginário juvenil.

  • http://metamorfosepensante.wordpress.com _Maga

    Verão é uma boa época para se apaixonar… sem muito mais com o que se preocupar, só muito descanso e diversão (isso para quem sabe tirar férias rs), sobre tempo para curtir uma paixonite, que seja…
    e ai, as possibilidades são quase infinitas…
    um abraço

  • Cesar M

    No caso da professora que transou com o garoto de 14 anos, Alexandre, pergunto-me se minha opinião a respeito do caso (que é a mesma que a sua) seria a mesma se não fosse uma professora, e sim um professor, e o aluno fosse aluno mesmo ou aluna.
    Transar com a professora é fantasia de todo garoto dessa idade, mas isso livra a cara da professora que dá vazão a isso?
    Um professor gay poderia fazer o mesmo com um aluno?

    Pois é, Cesar. No meu caso estritamente pessoal, eu teria adorado encontrar uma professora como a Debra. Mas suas ressalvas têm toda a razão de ser. E por isso fiz a observação, em meu post, a respeito das atitudes que eu teria se o mesmo caso tivesse acontecido com um filho meu. Certamente não seria das mais serenas. Mas enfim, no nebuloso e jamais preciso território das hipóteses, só posso falar com certeza das reações que eu teria tido caso tivesse sido a “vítima” da docente americana…

  • http://eunaosouvirgemmaria.blogspot.com André Cintra

    Oi!
    Eu nunca vi este filme. Acho que vou alugar! (Mentira! Vou baixar na internet!)
    Adoro posts longos.
    Um abraço

  • http://f4lh4critic4.wordpress.com/ Rodrigo

    Confesso que lembro muito pouco deste filme, vi apenas uma vez e faz tanto tempo… e minha memoria nunca foi muito boa, huahaua
    Sobre o “caso das professoras”, eu tive problemas com isso agora na graduação: duas professoras me cantaram e as duas nem se comparam a essa daí… são o oposto em beleza. porém, não sei se é também por machismo, eu não acho problema algum no garoto de 14 anos e a professora, desde que ele não foi forçado e convenhamos, com 14 anos a pessoa sabe decidir muito bem o que quer. acho que o falso moralismo americano, tão satirizado em South Park, provém mais de uma tentativa de tentar ter o padrão excelente de vida que tinham nessa época do que por questão cultural. além disso, vem também como contraponto à falta de atenção que os pais dão para a criança agora, tornando algumas regras antigas como base para esse novo mundo. mal ae se me compliuqie no meio da caminho, hj estou motivo demais p/ transcrever de maneira 100% lógica^^

  • http://www.amenidadesebobajadas.blogspot.com Daniel F. Silva

    Pequena curiosidade sobre Jennifer o’Neill: ela nasceu no Brasil, mais exatamente no Rio de Janeiro, em 20/2/1948, filha de ingleses. Mais detalhes sobre a vida sofrida da atriz:

    http://www.imdb.com/name/nm0642198/bio

  • http://falcatruasonline.blogspot.com tomasmp

    Ah se eu tivesse uma professorinha dessas heim… Aposto que com trauma o guri não ficou (só se ele não gostar de mulher…).
    Esses gringos são tudo uns hipócritas, vêm com esse papo de puritanismo e o escambau, mas quando compram uma passagem pro RJ a primeira coisa que querem fazer é putaria.

  • http://senhoritarosa.wordpress.com senhorita rosa

    Alexandre, adorei teu post. Eu mesma quando era mais novinha (embora nunca tenha sido professora) cheguei a achar a idéia interessante… Mas fica inviável pegar ninfetos porque simplesmente o tempo passa de uma forma estranha, como estranhas são as mulheres, e desvirginar criaturas de 14 (quatorze) anos, não rola. Se eles esperassem ao menos até os 17… (rsss)

    Boa semana, querido, excelente o seu post.

    Bezzos,

  • http://www.cegossurdoseloucos.wordpress.com Eric

    Quem me dera minhas professoras serem tão bonitas quanto essa Debra. Mas aí entra aquela história de que não tem a menor graça ficar com uma mulher bonita e não poder contar pra ninguém.

  • http://www.asletrasdasopa.blogspot.com marie tourvel

    Nossa, Inagaki, você sabe que este foi um dos melhores filmes que eu já assisti? Passava de vez em quando na Sessão de Gala da Globo (nossa, como estou velha). Era adolescente também quando assisti pela primeira vez. Fiz meu pai percorrer um amontoado de lojas até encontrar o dico do Michel Legrand com a música-tema maravilhosa. Tenho o bolachão até hoje. Estava esquecido em um canto qualquer, assim como a memória do filme. Que bom que você conseguiu resgatar, mesmo que inconscientemente, pra mim. Quanta saudade… Beijo e obrigada

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Jé plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantêm este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.
A vida é boa e cheia de possibilidades.