Doar não é um tabu

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 29 de outubro de 2012

Informação é a arma mais eficiente no combate a qualquer tipo de tabu. Doação de órgãos, por exemplo, é um assunto que não deveria ser tabu. Assim, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e a Novartis uniram-se a fim de promover uma campanha estimulando conversas sobre o tema. Afinal de contas, para que uma pessoa se torne um doador de órgãos e tecidos, ela só precisa informar a sua família. Seus parentes são os únicos que podem autorizar a operação, não sendo necessário deixar nenhum documento por escrito.

Pois bem: a fim de divulgar a campanha deste ano, intitulada Doar Não é um Tabu, foram enviados bonequinhos personalizados para alguns blogueiros feito eu (e, ôpa, agora já posso gravar vídeos da série Inagakinho Lendo Contos Eróticos).

A campanha deste ano foi inspirada nas histórias que os pais contam para os filhos durante a infância, educando-os sobre os fatos da vida. É aí que entram os fantoches, que protagonizam um vídeo divulgando um concurso cultural estimulando as pessoas a gravarem vídeos mostrando como contariam para suas famílias que são doadores de órgãos. As três melhores respostas ganharão R$ 10 mil em vouchers de compras, e o grande vencedor terá a sua ideia transformada em uma peça oficial da campanha #DoarNãoÉUmTabu. Quer participar do concurso? Visite http://doarnaoeumtabu.com.br.

Vale lembrar também que você também pode declarar que é doador de órgãos usando o Facebook. É uma atitude simples, mas que pode representar uma grande diferença na vida de alguém. Transcrevo aqui as palavras de José O. Medina Pestana, presidente da ABTO:

Estudos mostram que a intenção em ser um doador é muito maior do que o número real de doadores. A principal causa de recusa é o desconhecimento da família sobre a vontade de seu parente. Vencer essa barreira só depende de um gesto simples: fale com sua família. Este ato pode salvar a vida de milhares de pessoas que hoje esperam por uma doação.

P.S.: Há quatro anos esta campanha é divulgada em blogs e redes sociais. Em 2009, escrevi este texto: Filho, árvore, livro… Amor.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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  • Cintia

    Campanha legal e necessária essa, Alexandre. O status no facebook já me pareceu uma boa, considerando que nao exite nenhum documento onde a gente precise formalizar essa vontade aqui no Brasil, agora essa promoçao com os vídeos pode ajudar a desmitificar o assunto, ou pelo menos assim espero.
    Só quem já teve alguém próximo em uma fila de transplante para sentir mesmo o quao importante é aumentar a base de doadores no país. As probabilidades de conseguir órgaos compatíveis, a logística envolvida na operaçao toda, as listas que determinam as prioridades, já sao aspectos bem complicados de administrar. Existem países onde a doaçao é compulsória, e por isso as filas andam mais rapidamente (Estados Unidos, por exemplo), mas parece que por aqui ainda é arriscado determinar algo nesse sentido…
    É importante também salientar que, em caso de doadores, a morte cerebral deve ser certificada por mais de um médico, que neste sentido é um procedimento bastante seguro, pois muita gente ainda tem medo por achar que sua vida pode ser “abreviada” de alguma forma para garantir a doaçao.
    Abraço,
    Cíntia

    • http://www.pensarenlouquece.com/ Alexandre Inagaki

      Obrigado pelo seu comentário com diversas informações importantes e relevantes sobre doação de órgãos, Cintia. Espero que esta campanha, que já é promovida em redes sociais desde 2009, ajude a salvar mais vidas que dependem de um gesto generoso e de pessoas que estejam mais bem informadas sobre a importância deste assunto. Um abraço!

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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