“Ditabranda” é o escambau

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 06 de março de 2009

No dia 17 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo cunhou o termo “ditabranda” para se referir ao regime militar brasileiro que ceifou a democracia no Brasil de 1964 a 1985. Definir como “ditabranda” uma época na qual cidadãos como Rubens Paiva, Antônio Henrique Pereira Neto, Stuart e Zuzu Angel, Nilda e Esmeraldina Cunha, Vladimir Herzog e outras centenas de pessoas foram barbaramente perseguidos, torturados e assassinados, é um insulto à memória deste país. E um desastre para a credibilidade de uma empresa jornalística cujo maior compromisso deveria ser com a Verdade.

A charge que ilustra este post, impactante paráfrase visual criada por Carlos Latuff, já foi divulgada por blogs como O Biscoito Fino e a Massa, Maria Frô e O Escriba, mas precisa ser mais divulgada. Mas creio que a questão principal aqui não é de, pela enésima vez, fomentar as repetitivas brigas entre “direitistas” ou “esquerdistas”, que transformam qualquer discussão política em rixa de torcidas organizadas de futebol. O que gostaria de ressaltar é o fato de que um veículo jornalístico, cuja principal matéria-prima é a palavra, não poderia jamais relativizar fatos históricos e fartamente documentados como todos os crimes cometidos pela ditadura brasileira, banalizando tantas mortes e torturas com um trocadilho estúpido e inconsequente.

* * * * *

P.S. 1: Links recomendados: A “ditabranda” da Folha (Igor Ribeiro), De [email protected] para [email protected] (Hipopótamo Zeno), Quem foi Vladimir Herzog (Instituto Vladimir Herzog).

P.S. 2: A quem interessar possa: um ato público de protesto foi marcado neste sábado, dia 7 de março, às 10 da manhã, na Alameda Barão de Limeira, em frente ao prédio da Folha.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • http://amahet.blogspot.com allan mahet

    Para não Esquecermos. Ditabranda é o C…. !
    Allan Mahet
    Dia 31 de Março para Primeiro e Abril de 1964, começava ali umas das mais sombrias páginas de nossa história.
    Quarenta e sete anos depois, vinte e seis do último governo militar e até hoje não conseguimos nos acertar com nosso passado.
    Por isso é preciso romper o silêncio do bom convívio. Retirar o véu que cobre as crueldades. Punir os algozes que ainda caminham livres sobre o mesmo chão de suas vítimas. Responsabilizar os comandantes desse trágico painel pintado com sangue de lutadores, corajosos militantes que sob a chuva de papel picado da burguesia e dos cacetetes do exército lutou contra a barbárie, a injustiça e o entreguismo.
    Não podemos permitir que esse triste capítulo seja chamado do Ditabranda, porque simplesmente nada de branda teve.
    Destaco o forte depoimento abaixo é de Jarbas Marques, militante torturado no DOPS.
    http://amahet.blogspot.com/2011/04/para-nao-esquecermos-ditabranda-e-o-c.html

  • Cavaleiro

    Sim, está bem claro que o autor não é a favor de nenhum tipo de ditadura… E q considera qualquer tipo de relativização sobre ditadura desprezível… Mas amadureçamos um pouco o raciocínio e veremos a infantilidade de se levantar uma bandeira incondicionalmente: Caso a houvesse a eminência de uma derradeira ditadura como a cubana, utilizando-se de meios não convencionais para se instalar, inutilizando assim a maioria dos recursos regulares do Estado para combatê-la, e deixando talvez como último recurso, a decretação de um regime forte… Você, autor, ousaria afirmar que não seria nessário tal medida? Em caso afirmativo, não seria muita presunção de alguém que possivelmente nem se quer viveu à época? Imagine, hoje, um médico que fosse contra o uso de antibióticos?? O caso do autor é parecido…

  • Marc

    Durante os anos de chumbo, a Folha de São Paulo, não só apoiou, como cedeu veículos às equipes de repressão da ditadura. Durante os anos 90, se passou por um jornal de psedo-opsição e agora, reafirma as mesmas características “jornalísticas” da época do regime militar.
    Lamentável.

  • Leonardo Borges

    Ditadura nunca é bom, mas captei o raciocínio do editorial quando comparou-se as ditaduras cubanas e chilenas com a nossa.
    O Brasil, felizmente, não enfrentou a mesma tirania que outros países da América do Sul, isso é fato.
    Realmente a população não estava muito preocupada, até por que o risco do Comunismo bater a nossa porta era muito mais assustador.
    Ditadura é ruim? Não há dúvidas. Mas que a nossa foi branda, ah isso foi.
    O Brasil e seu complexo de mediocridade, não possuímos heróis, tampouco vilões competentes.

  • http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/xtremeatop/ forrozão x-treme a top do forró

    olá,
    somos de maceió alagoas a forrozão x-treme e uma banda com pouco mais de 5 meses de lançada neste
    mundo maravilhoso da musica e através deste anuncio vem disponibilizar ao publico todas as faixas do
    cd promocional da banda.é muito facil é só acessar o nosso orkut e pedir o endereço do nosso cd pro
    mocinal totalmente gratuito.
    http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx?rl=t

  • M.ELIAS DAHER CHEDIER

    SE EM CUBA SE REFERE A GUANTANAMO,CREIO IGUAL ,POIS OS MESTRES DA TORTURA NO BRASIL DA DITABRANDA A PRATICAM NA BASE AMERICANA DE GUANTANAMO.

  • Juliana Barja

    Oi!
    Adoro o blog “Pensar Enlouquece. Pense Nisso!”. Gostaria de indicar esses dois comerciais do Wave Festival Rio produzidos pela agência Loja Comunicação:

    http://www.youtube.com/watch?v=KdoLCVPoNP4&feature=related
    http://www.youtube.com/watch?v=SPdMEG3UoJM&feature=related
    Os dois vídeos além de serem muito engraçados têm uma temática ótima.
    Bjos

    Juliana

    R: Valeu, Juliana. É merchan, mas tudo zen. A propósito: gostei mais do primeiro vídeo; digamos que ele é literalmente mais impactante. B)

  • http://areutopia.blogspot.com Ana

    Pois é, ‘tá tudo dominado’, no país do ‘não vi, não sei, não é comigo’…
    Quem sabe um dia os cidadãos deste pais se tornem sérios…!
    Adoro seu blog, parabéns!

    R: Pois é, Ana. E conhecer a História deste país é uma etapa fundamental para que a cidadania seja exercida com a devida seriedade por aqui. Um abraço!

  • http://www.mentalidade.com MENTALIDADE

    Dizem alguns liberais que a ditadura deixou seus sintomas na sociedade. Apesar disso, a repressão de hoje não se compara ou que se fazia na ditadura.

  • http://diariodelaxitocina.blogspot.com Cíntia

    Olá Alexandre,

    Sabe, eu demorei para comentar esse assunto, porque estava tentando conseguir o artigo que originou a polêmica, e nao consegui. Mesmo assim, depois de reler seu post e de ver alguns comentários postados aqui, nao consigo ficar quieta.

    Sabe, eu cresci numa família onde ninguém foi perseguido na época da ditadura, o que os enquadraria nos 95% da populaçao que, segundo um dos comentaristas aqui, apoiava o regime.

    Mas é curioso que essa nao é a impressao que eu tenho. Me lembro de crescer ouvindo as pessoas cochicharem pelos cantos, e reprimirem qualquer comentário público a uma notícia que desse a entender que o regime estava fazendo as coisas erradas, mas sempre com o argumento de que “era perigoso discordar”. Lembro de algum que outro comentário sarcástico da minha mae quando exibiam aqueles programas de propaganda do governo, mostrando o início de algumas obras faraônicas que nunca chegaram a ser concluídas, lembro de tios meus que alguma vez passavam uma noite na cadeia por estar tocando violao na casa de algum amigo. Será essa a gente pacata que “apoiava” o regime? Difícil quantificar qual é o pior medo: o de sofrer violência ou o de nao poder gritar quando se sofre violência?

    Acho que ditadura é ditadura, seja aqui, na China, em Cuba ou em qualquer outro lugar do mundo. Isso me transforma numa comunista? Acho que nao. Ainda assim, em caso afirmativo: seria eu uma comunista segundo o comunismo russo, cubano ou chinês? Porque, convenhamos, existem diferenças.

    Eu tenho a impressao de que os valores mais nobres acabam servindo de combustível para as maiores atrocidades, e é complicado manter a lucidez. Mas há de se tentar, e por isso é importante discutir esse tipo de artigo. Eu realmente nao imaginava que hoje em dia ainda houvessem pessoas dispostas a defender a ditadura que tivemos a partir de 64, me assusta pensar que tanta gente é capaz de pactar com uma paz fictícia e se eximir da responsabilidade de pensar, de questionar.
    Obrigada por disponibiliazr esse conteúdo e esse espaço para discussao por aqui, quem sabe com o tempo haja uma evoluçao e algum dia possamos discutir de verdade as causas e possíveis soluçoes para a violência e outras mazelas da nossa sociedade, sem que se descambe para o velho e batido debate de “torcidas de futebol” que se contenta em dizer “você é de esquerda, seu comunista” ou “você é de direita, seu ladrao”…

    Abraço

    R: Cíntia, a exposição deste post na página inicial do portal iG fez com que muitos leitores não-habituais do Pensar Enlouquece expusessem suas opiniões aqui. Fiquei estarrecido. E, principalmente, chocado com a quantidade de pessoas que demonstraram sofrer de uma preocupante amnésia seletiva. É sempre um alento ler comentários como o seu, Cíntia, mas a impressão preocupante que tenho é de que você faz parte de uma minoria em meio a uma multidão de gente que não se preocupa, como você, em reservar o tempo necessário para refletir sobre as consequências de uma expressão como “ditabranda”.

  • http://www.noone.com Luca

    Oi estou fazendo trabalho, e preciso falar da interatividade, estou testando!

  • Gean

    como assim?
    vcs esperavam o quê, vindo de onde veio?
    A folha assim como a “nossa” rede globo foram coniventes durante os 21 anos de DITADURA, eram mais ou menos “carne e unha”.
    Não vejo absurdo nenhum na referência do jornal.
    Absurdo é dar credibilidade a uma empresa que tem suas mãos sujas de sangue.
    plim! plim!

  • Antonio Pedro

    Durante os vinte anos de “Ditatura Militar”em torno de quinhentos e oitenta pessoas foram mortas ou desapareceram nos chamados porões da ditadura.Algumas delas nem tiveram contato com orgão de repressão,foram mortas em disputas de terra,ou mortas pelos seus próprios companheiros,porém todas elas tiveram suas famílias amparadas com gordas indenizações pagas por nós através desse governo “amigo”.Agora se compararmos nossa ditadura militar com o regime ideal,idolatrado por muitos dos nossos intelectuais,que é o regime Cubano.podemos concluir facilmente que a nossa “Ditadura”realmente foi uma Ditabranda.

  • Brasília

    Morreu pouco…devia ter morrido mais. Vota na Dilma, guerrilheira sem vergonha, assaltante de banco e terrorista.

    R: Se as próximas eleições forem realizadas no mesmo clima de comentários como este, pobre deste país.

  • Atila

    Olha, acho exagero essa pegada. Parece que ninguém leu o TODO. No contexto “ditaduras da América do Sul”, entende? Outro exemplo seria algo como dizer que as pessoas que, comparadas às bombas atômicas jogadas no Japão, a somatória das vítimas faz da recente guerra no Iraque uma “guerrinha”. Ou que, entre os portais Google e Yahoo!, o UOL é uma “portinha”.

    Vamos esquecer as desgraças do passado. Mais cruel do que a devastação do povo indígena pelos portugueses não houve neste país. E ninguém se ofende dessa forma a toda hora, por qualquer coisa.

    É extremismo e ignorância afirmar “a Folha apoia a ditadura”. Parece que, de repente, partidos de extrema esquerda ganharam milhares de novos militantes…

    Abra os olhos, pondere e use a razão - não a emoção hereditária que carregamos.

    R: Atila, posso até estar enganado, mas me parece que atitude mais ignorante é passar por cima da história. Um político envolveu-se no passado com atos de tortura ou crimes de colarinho branco; deveríamos, pois, “esquecer as desgraças do passado”? Repito suas palavras: leia o todo. Relativizar crimes contra a humanidade por causa do contexto, isso sim me parece ser uma atitude extremista e fundamentalmente ignorante.

  • William

    Gente, o pior é acreditarmos que apenas CENTENAS de pessoas foram vítimas desse regime. CENTENAS são aqueles que a própria repressão e a mídia vendida relatou, como Marighella, Herzog, Lamarca… Se levarmos em conta os desaparecidos, estrangeiros, guerrilha do arraguaia… e aqueles que a família não deu conta, infelismente, chegaremos a casa dos MILHARES.

  • Ana

    Eu diria que o Brasil, além de ser o País da Memória Curta, é também o País sem Esperança.
    Vejo no nostalgismo de alguns comentários aqui, que atribuem a violência à demoracia e choram pelos tempos militarmente “seguros” “que não voltam mais” uma total falta de crença no que podemos fazer no presente e no futuro. Quer dizer que para podermos viver “pontos positivos” que havia à época da ditadura temos que voltar ao passado? Isso é uma ignorância histórica enorme pois não se pode esquecer que o presente é produto de tudo que já aconteceu na história do pais. A violência não poderia ser menor hoje se, enquanto viviamos o terror da ditadura, estivéssemos, ao contrário, investindo em uma sociedade realmente democrática (que está longe de ser alcançada)?

    R: Pois é, Ana. Essa amnésia seletiva e emburrecedora me faz ajudar a entender por que o Brasil é o eterno país de um futuro que nunca chega.

  • http://papodequadrinho.blogspot.com Társis Salvatore

    A Folha estaria tendo um surto de Estadão?

    Olha, não sei se é ranço do Lula, ou problema mental e histórico, mas muita gente acha que Ditadura era o máximo.
    O que se passa na cabeça desse pessoal eu honestamente não sei.

    Processo de “Vejificação” é ótimo, posso usar esse neologismo, Alê?

    Fui!

    R: Ôpa, teje à vontade, Társis!

  • http://www.flickr.com/flaviodemarchi Flávio Demarchi

    Nossa, só hoje fiquei sabendo disso… que vergonha.

  • http://www.butucaligada.com.br Raphael Perret

    É sério que as pessoas acham que o aumento da violência está diretamente ligado ao fim do regime militar?

    R: Pois é, Raphael. A enxurrada de leitores que apareceu por aqui a partir de uma chamada na home-page do iG mostrou que é estarrecedora a quantidade de pessoas que simplesmente desconhecem a história deste país. Triste conviver com uma multidão de desmemoriados.

  • Felipe

    Sinceramente, onde esse povo tá vendo qualquer apologia ao regime cubano no seu texto(mesmo que seja nas entrelinhas), inagaki??

    *Comentário atrasado, desculpa =)

    R: Pois é, Felipe. Pra você ver como essas briguinhas de “esquerdistas” versus “direitistas” distorcem as visões e empobrecem qualquer discussão que venha a ser feita sobre política e história.

  • http://rusinelson.blogspot.com rusinelson ribas

    ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA NOVA ORDEM MUNDIAL!

    Ultimamente as enxurradas de acidentes econômicos estão invadindo nossos noticiários escritos, falados, virtuais e televisivos em tons tão alarmantes e cores tão sombrias em chamadas diárias que parecem prenunciar um possível desastre iminente no capitalismo mundial. No entanto, talvez estes acidentes possam servir para ajuda a indicar caminhos alternativos a serem trilhados por novos agentes em substituição aos velhos lobos da economia tradicional.
    As velhas práticas econômicas das velhas economias agonizam, mas não querem entregar os pontos tão facilmente. Corporações poderosíssimas estão juntando-se umas com as outras na tentativa de superação de crises provocadas por elas mesmas.
    Enquanto isso, a economia dos países que sempre foram relegados à periferia, parece ainda ter fôlego e possibilidade de superação dessas mesmas dificuldades e dicotomias que afligem o capitalismo dos países avançados. Talvez um dos fatores da pujança de países latino-americanos seja a decisão tomada por governos progressistas em voltar-se para melhorias sociais e investimento em programas de assistência social e erradicação da miséria. A partir deste implemento, assistimos a ascensão de camadas sociais que nunca tiveram acesso a inúmeros tipos de produtos e as mais variadas ofertas de serviços.
    Estas novas camadas têm como característica um padrão de consumo que, passado a euforia dos primeiros tempos, baseia-se em investimentos em bem- estar familiar e conforto técnico porem com um padrão de consumo diferente das classes tradicionais - menos voltada à opulência e à ostentação e mais direcionada ao consumo consciente e voltado a atender a necessidades mais elementares. Mesmo assim as classes C, D e até E, têm conseguido acesso a certos produtos e serviços para os quais sequer sonhavam a vinte ou trinta anos atrás.
    No entanto, apesar das melhorias que tal estado de coisas poderia acarretar a todas as classes sociais de modo geral com a diminuição de pressões sociais de todos os tipos, não parece que as classes A e B estejam apreciando com muito entusiasmo essa ascensão social dos mais pobres. Atitudes, veladas ou abertas, demonstram certo mau humor e atitudes rancorosas localizados aqui e acolá no centro da elite pensante, atuante e influente. É fragrante a má vontade em aceitar políticos como Chaves e Lula que destoam das classes privilegiadas que sempre estiveram no centro do poder, principalmente as mais tradicionais e reacionárias.
    Desse modo as conseqüências imediatas das políticas econômicas das novas lideranças dos países chamados emergente, quais sejam: melhoria econômica direcionada a setores específicos da pirâmide social proporcionando aos elementos destes setores, acesso a produtos e serviços dos quais desconheciam, parecem incomodar certos setores da intelligentsia. Comentários expressos em diversos círculos, às vezes conscientes e velados, escondendo interesses e ideologias, às vezes desinteressados e eloqüentes ditos de modo explícito, parecem contestar as formas culturais e filosóficas da nova classe ascendente.
    A introdução de novos elementos que sempre estiveram à margem do jogo econômico e político - como mestiços, operários, mulheres, gays etc- e a execução de programas visando o melhoramento das infra-estruturas sociais e, como na Bolívia, na Venezuela e em outros países, enfatizando a nacionalização dos setores ligados a exploração das reservas naturais dos respectivos países – sobretudo na área do petróleo - tem despertado a ira de setores e interesses a muito estabelecidos, já que tais políticas não estão necessariamente em assonância com os interesses e práticas tradicionais sempre contemplados pela estrutura macro-econômica e planejamentos governamentais de longo prazo através de benesses e espoliações. Assim, seus porta-vozes insistem em bradar contra as políticas sociais e investimentos produtivos, chamando tais políticas de retrógradas e intervencionistas.
    Assim, a agonia do capitalismo liberal tem posto em cheque o modelo de crescimento econômico mundial. Bancos sólidos se dissolvendo e mega- especuladores dando um banho em milhões de pessoas num golpe de 50 bilhões de dólares. Neste desprezível jogo de roleta que são as cirandas financeiras praticadas por tubarões famintos, ninguém é de ninguém! Depois desses escândalos financeiros e crises na economia mundial, este tipo de práticas econômicas estão com as suas bases extremamente minadas. Porém, o liberalismo agoniza, mas não entrega os pontos tão facilmente. A superação da crise está sendo tentada por velhas formas e práticas que só tem aprofundado a crise sem resolvê-la. Os conglomerados e corporações aplicam a velha fórmula de se concentrar, se fechar e demitir.
    Cabe aos novos elementos que começam a ocupar os espaços que anteriormente eram somente ocupados pelos velhos estratos, seja na política seja no acesso a bens materiais e serviços, estabelecer novos padrões de produção e distribuição da riqueza que contemplem maiores contingentes e que sejam menos perniciosos para o planeta e o meio ambiente. Talvez o capitalismo, velho mutante, esteja precisando repensar seus dogmas e procurar entrar em uma nova fase na qual procure manter-se por sustentabilidades mais inteligentes e menos destrutíveis. A velha ordem está na hora de tirar seu time de campo para a entrada de um novo pensamento voltado para um equilíbrio mais racional para lidar com o meio ambiente natural e social.

  • http://trashetc.blogspot.com Fábio Peres

    Que ditadura branda o quê, o que houve nesse país foi uma ditadura cujos efeitos atingiram uma parcela pequena da população, aquela que ousava questionar os destinos do regime; isso porque a maioria das pessoas nem se prestava a pensar sobre o que acontecia na época, preferia assistir às pornochanchadas e comemorar as glórias de 70.

    Aliás, é sempre assim que as coisas funcionam, até porque esse país é muito grande e muito desinformado; o brasileiro é, antes de tudo, um pragmático que acha que “ordem” é sinônimo de segurança e sente saudades de um tempo em que não havia escândalos porque não tínhamos informação sobre eles; foi assim que surgiu a corrupção que temos hoje, porque só os puxassacos ganham quando não há liberdade nenhuma.

    R: Valeu, Fábio. Em meio a tantos comentários exibindo um desconhecimento alarmante sobre a História deste país, é um alento encontrar a lucidez de suas palavras por aqui.

  • http://www.maobranca.bardoescritor.net mão branca

    como tem gente que escuta o galo cantar e não sabe aonda.

    filhote, compare a ditadura brasileira a qualquer outra da américa latina e verá que ATÉ NO TOTALITARISMO o brasil é incompetente.
    foi ditabranda sim e acabou.

    não adinta dar xilique.

    R: Ok, “mão branca”. Já vi que com o senhorito não há discussão. É o que você disse e acabou. Obrigado por sua régia sabedoria.

  • André Nunes

    É por atitudes surtadas como esta que a imprensa cai e afunda em um poço de desprezo.
    Seus concorrentes diretos são os “minúsculos” blogs como este que já tiveram até os seus autores classificados como macacos pela Folha em 2007 (http://pensarenlouquece.com/2007/08/10/estadao_contra_os_blogs/)
    A grande diferença é que aqui uma notícia tem no mínimo 5 links relacionados, e 50 comentários de pessoas que concordam e não concordam. Aqui o simples leitor tem voz, interage, incentiva, taca pedras e até elogia ocasionalmente.
    É cada vez menor o índice de audiência da TV e as vendas de jornais e revistas. Um filme em DVD custa R$ 3 (alugado). Internet Banda larga a partir de R$ 60 e assim por diante. Cada vez mais a falsa indignação mostrada em noticiários populares vira motivo de piada. Queiram ou não o povo está se conectando pode ser apenas para mandar correntes via e-mail ou acessar comunidades no Orkut mas isto já degrada a capacidade que a TV possui de formar valores morais e éticos (curiosamente a TV mais consegue destruir mais que formar).
    A imprensa escrita está vivendo a base de folhetins. Aquele típico jornal que custa R$ 0,50 que vem recheado de violência e com notícias de novelas na capa como se fossem reportagens do cotidiano. Grandes jornais como O Globo sequem na contra mão da história passando a cobrar para acesso ao seu conteúdo na WEB. Semanários como a Veja fazendo de suas reportagens investigativas uma salada de irregularidades (grampos, quebras de sigilo,etc) entram para o seleto grupo de publicações que não possuem credibilidade. Talvez até tenham um pouco, afinal uma parcela da população aprecia revistas de fofocas também.
    Sorte do povo que o consumo de livros também está crescendo mesmo que timidamente nas faixas próximas de 10% aa.

    R: André, valeu pelo comentário. Mas preciso fazer uma errata: foi a campanha publicitária do Estadão, concebida pela agência Talent, que comparou blogueiros a macacos, e não a Folha. Um abraço!

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    Meu Deus, tô abismada com os comentários… A cagada da Folha virou fichinha perto disso aqui! E eu que achava que quase não existiam mais pessoas desse nível. AFF!

    AZARO, voce tem razão. É só dar uma voltinha nas escolas da periferia de São Paulo e conversar com pais e professores. Você teria escândalos pra meses de primeira página, dos mais variados. A merenda podre é só um deles, posso te citar mais uns 10 agora mesmo, sem pensar muito.
    Eu mesma já denunciei algumas situações absurdas do governo Serra / Kassab pra jornalistas. Algum deles foi atrás? Não.
    Pra mim, é claro qual senhor a Folha, a Veja e outros veículos poderosos de comunicação servem.
    TRISTE!

    R: Karina, também fiquei estarrecido com os comentários. Bateu um tremendo desânimo de escrever sobre esse tipo de assunto.

  • http://languageglasses.blogspot.com/ Adriana Karnal

    Inagaki,
    Como diria o Bóris Casoy ,rs, isso é uma vergonha! Brincadeiras a parte, a Folha de São Paulo era considerada um jornal teoricamente sério para mim…mas isso não é aceitável…a ditadura é um período muito escandaloso da nossa história, para dizer pouco.Acho que a indignação de todos é merecida!
    Ps1*Sempre me sinto mais informada aqui
    Ps2*legal te ver no meu blog ;)

    R: Pois é, Adriana. Na condição de assinante há mais de 10 anos da Folha, fiquei muito decepcionado com o editorial e, depois, com as respostas dadas na seção de cartas dos leitores. Hora de cancelar minha assinatura… Um beijabraço!

  • http://cinemaeoutrasartes.blogspot.com/ Mauricio

    O editorial em questão e a inaceitável agressão a Comparato e Benevides deixam evidentes qual é a verdadeira ideologia orientadora da FSP. Agora não dá mais pra utilizar a campanha pelas diretas e pelo impeachment de Collor como álibis. Foi o ato mais baixo de um jornal cuja qualidade vem decaindo vertiginosamente há tempos. Não sei como um jornalista respeitável como Janio de Freitas continua lá, não dá pra entender…

  • Francisco

    Só par os que não sabem: Vários professores que foram nomeados nesta época eram CELETISTAS. NÃO ERAM EFETIVOS (funcionários públicos) Vi muitos concursos anulados ou todos os candidatos serem reprovados. QUEM TRANSFORMOU OS CELETISTAS, SEM CONCURSO, EM EFETVOS ESTATUTÁRIOS foi FERNADO COLLOR DE MELLO. E desta época para cá todos são aprovados por concurso
    público. Só uma pergunta: Existe prova de concurso para ser Ministro do Supremo?

  • Aerson Albuquerque

    Meu amigo Inagaki (posso chamá-lo amigo?), já era de se esperar que isso acontecesse mais cedo ou mais tarde. Pra vender jornal, revista, livro, vale qualquer coisa. Escrevamos meias verdades ou mentiras, omitamos ou deturpemos o que é ou foi real. Inventemos e floreemos.
    Além do que, memória no Brasil é pra esquecer mesmo. Pra que se incomodar com o que já foi se somos (e aparentemente sempre seremos) “o país do futuro”. Olhemos pra frente e só pra frente. E ao olhar, esqueçamos quem está ou esteve no meio do caminho e passemos por cima como rolo compressor.
    Podia ser pior. Lembra que outro dia o Holocausto nem aconteceu? Mas isso é outra história.
    Aos que defendem a “ditabranda”, espero que não se importem que em breve entrem nas redações de seus jornais e risquem suas matérias ou entrem nas suas casas e risquem suas vidas do mapa.

    R: Olá Aerson, sinta-se à vontade. E devo ressaltar que essa história de “valer qualquer coisa” para vender jornais pode até funcionar a curtíssimo prazo. Mas, a partir do momento em que o bem mais precioso de qualquer veículo de comunicação, a sua credibilidade, é perdida, creio que não há mais ponto de retorno - siga-se ladeira abaixo e salve-se quem puder…

  • Francisco

    Para mim ditabranda é pouco. Poderia ser ditanada, pois um monte de arruaceiros estão aí na política roubando e ainda se passam por santos. Muita gente que só foi detida para averiguação e nem esteve presa RECEBE uma grana por ter sido preso. O lula era sindicalista e hoje é PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Eu era vice-presidente de Diretório Acadêmico e NUNCA FUI CHAMADO PARA DEPOR. O primeiro presidente pós ditadura foi quem ? Sarney? E o país quase afundou em definitivo. Não tenhpo nada a favor do referido jornal, mas o que se fala é um bocado de exagero…

  • José da Silva Galvão Filho

    Eu não fui nomeado sem concurso. Hoje sou um aposentado e corroboro integralmente o comentário de Maurício Sena. Admira-me o signatário deste blog, formador de opinião, querer deturpar os fatos que realmente aconteceram na época da “ditadura” como se a “dita” fosse tão “dura” em relação as “intenções” dos “ditos” tão “democratas”.

    R: Deturpar fatos? Oras, quer dizer que o senhor afirma que durante a ditadura inexistiram torturas, perseguições políticas, condenações sem julgamentos e assassinatos cometidos pelo regime da época? Quem aqui está deturpando fatos? Faça-me o favor.

  • Jorge

    E para definir o regime criado pelo Sr. Fidel e o assecla bobinho “Che”.

    Aí pode usar “ditabranda”?

    R: De modo algum, Jorge. Toda ditadura é espúria e indefensável, independentemente da sua orientação ideológica.

  • silvio a. da silva

    Um último comentário,trabalhadores honestos que tinham não só seus direitos respeitados como também preservados,não eram retirados de suas casas como dito,porém,se era contra o regime,tratava-se de anarquista,portanto,passivel de resposta pelo governo.Investiguem o passado de quem se diz prejudicado pelo regime e verá do que se trata.

    R: A-hã. A infalível ditadura foi 100% justa e honesta. Todos que morreram torturados, foram exilados ou presos sem julgamentos justos eram mesmo anarquistas. Ok, eu desisto.

  • silvio a. da silva

    Me desculpem a minoria atingida pela ditabranda,porém,se tivessemos tal regime hoje muitas vidas não teriam sido seifadas pela democracia que tudo pode e nada julga até porque se realmente julgasse muitos não estariam nem vivos que de lá no poder.

  • Ricardo BC

    É realmente difícil acreditar que a dita foi branda, afinal não faltam dados que comprovem os casos tortura e morte por parte do Estado. Agora a ditadura seria inevitável de qualquer forma, ou será que a trupe de Jango iria implantar o comunismo em um regime democrático, como no caso da Rússia e Cuba (ah não, não havia democracia nesses países…). É por isso que não dá para levar a sério esquerdistas reclamando da ditadura, apesar da mesma ser abominável.

  • http://www,ubtebey,bet/blogs/inagaki Sebastião Arlém

    Evidente que não foi ditabranda.
    Sinto muitíssimo pelas pessoas que morreram com a ditadura, a morte de um ser humano é a minha própria morte, faz-me ver meu fim, a igualdade existente entre nós.
    Entretanto, a violência que hoje predomina, o descaso das autoridades responsáveis, a corrupção interminável, o descaso total com as pessoas, com as vidas humanas, a enorme insignificância do homem, vítimas, também, do atual sistema…
    Tudo isso me faz ver que nada mudou.

  • Joãozinho

    Você está coberto de razão: o termo ditabranda não cabe ao brasil do regime militar. Deeve caber ao regime cubano de Fidel castro, que é tão apreciado pelos perseguidos pelo regime militar. Aquilo sim é que é ditabranda. Pensar enloquece, não é mesmo, ô espertinho?

    R: Joãozinho, em nenhum momento defendi o regime cubano. Quer eu faça um desenho pra você entender, ou seria melhor lhe presentear com um livro sobre como aprender a interpretar textos?

  • Corvo

    Não existe governo totalitári bom, seja ele de esquerda ou de direita - esse negocio de DITABRANDA - É IGUAL a ” O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADIVERTE,TORTURE COM MODERAÇÃO, POIS PODE CAUSAR A MORTE’

    Todos nos sabemos que foram várias as vitímas, mas bastaria uma só vitima para ter o repudio pelo regime - como ocorreram vitimas do lado do governo alguns tentam justificar como - DITABRANDA, DEMOCRACIA RELATIVA E OUTRAS BOBAGENS.

    DITADURA É DITADURA EM QUALQUER LUGAR DO PLANETA SEJA ELA DE ESQURDA OU DE DIREITA, QUALQUER TOTALITARISMO É AVILTANTE À DIGUINIDADE HUMANA.

    BOLA FORA PARA A FOLHA, VAMOS BOICOTAR O JORNAL.

  • Lombardi Mancin.

    A ditadura passou e levou consigo a esperança, desde que diziam que este era um país que iria para frente e nas lembranças dos sonetos de Dom e Ravel que empolgava os mais humildes entregando a sua mão ‘tomáve’ para aprender a escrever.
    Àqueles que vinham de campos subúrbios e ‘vilás’ no êxodo em que se tornou este canteiro de obras e os lavradores que ajudaram a inchar as metrópoles e hoje seus netos e bisnetos soltam pipas coloridas advertindo ao longe as sentinelas postadas nos mais variados pontos de distribuição de gozo e deleite que o atual sistema permite.
    A mão ‘tomável’ não foi tomada por inteiro apenas serviu para completar o verso sem rima, mas com persuasão que levou uma sociedade a sentir mesmo que inebriada o pulso do poder e ter no peito a sensação de auto-estima, mesmo que falsa.
    O ingênuo marchava junto ao rebanho sem se desgarrar porque sentia nas musicas e nas mensagens dos arautos do rei certa proteção e certo sentimento de ordem e progresso ao mesmo tempo os pueris e suas mãos tomáveis ficavam titubeantes perante palavras desconexas ou desarmônicas que traziam no bojo umas mensagens cifradas que poucos entendiam.
    Não se podia esquentar o frio até muito tarde sobre fogueiras de papel pelas esquinas da vida e ao se comemorar a conquista do tri entre pipocos pirotécnicos, dizem que abafava o som de projéteis certeiros que silenciavam alguns dos insurrecionados que não acolhiam a ordem.
    Em um momento de inspiração o poeta escreveu:
    Vem vamos embora que esperar não é saber.
    Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
    Porém o tempo passou e os reis foram se sucedendo até que chegou o soberano que cuidaria do rebanho como se cuida de um cavalo de raça e este foi o ultimo desta dinastia.
    Ele fez a transição por um pouco de pressão do {rebanho} e para se ver livre {dele} e o rebanho viu nascer um novo sistema.
    Hoje o rebanho tem um [sistema-híbrido-semi-democrático] com leis que dão margem as mais diversas interpretações e que nem os magistrados conseguem entende-las os poderes se sobrepõem os soberanos não se entendem e o rebanho continua pueril.
    A mão continua ‘tomável’ porque o rebanho é dócil e a porca esta velha, mas continua gorda e com as tetas fartas e abundantes amamentando os filhos, netos e bisnetos dos hirudíneos que não largam as tetas nem a pulso ‘como eles mesmos dizem’.
    Resta saber até quando o rebanho continuará dócil, manso, afável, brando, meigo e pusilânime.

  • http://anny-linhaozzy.blogspot.com/ Anny(Anna)

    Inagaki:
    Sabe que já reparei neste lance. Depois que o horror já aconteceu, depois de muita morte e do inimaginável acontecer, os cara aparecem com expressão deste tipo.
    Desfazendo do que aconteceu. Demais, viu?
    E ficar dando dinheiro com assinatura de revistas e jornais para ficar lendo isto?
    Qual é?
    Um bom dia para você.
    *Penso que vai gostar do que escrevi sobre o Dia da Mulher. Hehe! Alfinetadinhas. Sabe como é?
    Beijos,
    Anny.

    R: Olá Anny, muito necessárias as suas “alfinetadinhas”. :D Um abraço!

  • Lenine Marques

    “Meio” demoníaco esse “singelo” desenho que ilustra o seu blog, não é não cara?

    Pertences a alguma seita satânica?

    R: Ô. Faço rituais todo dia usando fotos do Médici e do Jarbas Passarinho, ouvindo “Eu Te Amo Meu Brasil” de trás pra frente, a fim de descobrir mensagens subliminares falando do Golbery Couto e Silva. Você é muito perspicaz, hein?

  • Marcos

    Um jornalista deveria saber que a tortura que temos hoje tão alastrada pelas polícias desse país é um reflexo do período de exceção que ele chamou de ditabranda. Comentário infeliz e ignorante mesmo!

  • saulo

    quanto esse jornaleco nao lucrou nesse periodo em estavam participando ou eles ou seus pais e avos.

  • Breno

    e só refrescando a memória de alguns companheiros, josé dirceu, genoíno, dilma roussef e cia nunca lutaram pela democracia. o objetivo de instaurar um governo comunista sempre foi claro e declarado pelas entidades a qual todos esses bandidos pertenceram. Polop, VPR, etc…

  • Breno

    Eu concordo com o termo, mesmo não concordando com os exageros de ambas as partes. O que ocorre, porém, é que o regime militar brasileiro foi instaurado em uma época que se mostrou necessária, e é interessante como os ocorridos antes da revolução de 64 são esquecidos, bem como atentados a carro bomba em São Paulo, bomba que matou inclusive mulheres e crianças no aeroporto de guararapes ou assalto a banco no bairro da moóca resultando com a morte dois civis.
    Antes que me crucifiquem, eu não sou a favor de regimes, seja ele militar ou comunista, a democracia é e vai continuar sendo o caminho da evolução, mas eu acho um absurdo classificar pessoas como lamarca, josé dirceu, angelo arroyo, Ladislaw Dowbor, entre outros como perseguidos…
    Qualquer um, em qualquer país, que faça curso de guerrilha em cuba ou china e depois se embrenhe no mato armado, ou crie uma guerrilha urbana pra realizar qualquer objetivo será combatido, isso é fato.
    O que me deixa triste é ver que os brasileiros esquecem de analisar isso como algo do passado…

    R: Breno, não concordo com a sua afirmação de que a instauração de qualquer regime ditatorial possa se fazer “necessária” em qualquer momento, tenha sido ele fomentado pela CIA ou pela KGB. Do mesmo modo, não creio que nenhuma morte possa ser justificada por outra.

  • Marco

    A expressão utilizada pela Folha, apesar de ser realmente de gosto duvidoso, apenas tentava comparar os efeitos da ditadura no Brasil com a de outros países latinos. E neste aspecto, poderia ser classificada de “ditabranda”. A esquerda só está tão incomodada com a questão, pois é pouco acostumada com a diversidade de idéias e expressões (exceto as autorizadas pela própria ideologia).
    Logo alguém propõe alguma reparação do governo por esta ofensa da Folha. Alguns colaboradores da própria Folha estarão na fila!

  • http://www.stellapsicanalise.blog.uol.com.br Stella

    Seríssimo, é perigoso apagar estes crimes políticos :estes atos vão voltar se repetir , entregaremos de novo , nossa liberdade nas mãos de radicais extremistas.
    Beijo Stella

  • Joao Alberto

    O CLAMOR DAS MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS E SOCIAIS DO INÍCIO DE 1964 DESAGUOU NO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE 31 DE MARÇO, MARCO IMORREDOURO DA EVOLUÇÃO POLÍTICA NACIONAL, QUANDO AS FORÇAS DEMOCRÁTICAS, LIDERADAS PELAS FORÇAS ARMADAS E EM DEFESA DA NOSSA SOBERANIA, IMPEDIU QUE O COMUNISMO INTERNACIONAL TOMASSE O PODER. ETERNA HOMENAGEM AOS QUE LUTARAM EM PROL DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE.

    Eis a relação dos que pereceram em defesa dos nossos ideais em seus respectivos anos:
    10 DE JANEIRO DE 1968 AGOSTINHO FERREIRA LIMA (Marinha Mercante - Rio Negro / AM). No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.

    07 DE JANEIRO DE 1969 ALZIRA BALTAZAR DE ALMEIDA - Dona de casa - Rio de Janeiro / RJ. Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a Sra. Alzira, uma vítima inocente, que na ocasião transitava na rua.

    11 DE JANEIRO DE 1969 EDMUNDO JANOT -Lavrador - Rio de Janeiro / RJ Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.

    29 DE JANEIRO DE 1969 CECILDES MOREIRA DE FARIA -Subinspetor de Polícia - BH/ MGJOSÉ ANTUNES FERREIRA. Guarda Civil-BH/MGO terrorista Pedro Paulo Bretas “Kleber” ao ser interrogado “entregou” um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Imediatamente, os policiais se dirigiram para o local e quando se
    anunciaram como policiais foram recebidos por rajadas de metralhadoras, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor CECILDES MOREIRA DA SILVA que deixou viúva e oito filhos menores, e o guarda civil JOSÉ ANTUNES FERREIRA,ferindo, ainda, o investigador José Reis de Oliveira. Foram presos no interior do “aparelho” o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva o os terroristas do COLINA: Afonso Celso L.Leite “Ciro”. Mauricio Vieira de Castro “Carlos” Nilo Sérgio Menezes Macedo, Julio Antonio Bittencourt de Almeida “Pedro” Jorge Raimundo Nahas “Clovis”ou”Ismael” e Maria José de Carvalho Nahas “Célia”ou “Marta”. No interior do ” aparelho” foram apreendidos 1 fuzil FAL ,5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.

    17 DE JANEIRO DE 1970 JOSÉ GERALDO ALVES CURSINO - Sargento PM - São Paulo / SP Morto a tiros por terroristas

    07 DE JANEIRO DE 1971 MARCELO COSTA TAVARES. Estudante ? MG Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais. O autor dos disparos foi o terrorista Newton Moraes.

    18 DE JANEIRO DE 1972 TOMAZ PAULINO DE ALMEIDA. Sargento PM - SÃO PAULO / SPMorto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Foram os autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo).

    R: Volto a bater na mesma tecla: não se justificam erros com erros, crimes com outros crimes. Eu poderia, por exemplo, equiparar estas 8 mortes com os assassinatos cometidos pela ditadura. Só para citar um nome transcrito em meu post: o padre Antônio Henrique Pereira Neto, sociólogo e professor, que desenvolvia atividades junto ao então Arcebispo de Olinda e Recife Dom Helder Câmara. O padre Antônio foi assassinado aos 28 anos de idade. Sequestrado pelo Comando de Caça aos Comunistas, teve o seu corpo encontrado em um matagal na Cidade Universitária de Recife, pendurado de cabeça para baixo, em uma árvore, com marcas evidentes de tortura: espancamento, queimaduras de cigarro, cortes profundos por todo o corpo, castração, 3 balas na cabeça. Seu crime? Ter celebrado uma missa em memória do estudante Edson Luiz de Lima Souto, outro assassinado pela ditadura. Se eu quiser, posso elencar outras centenas de crimes bárbaros da ditadura, por extenso, neste espaço. Por certo alguém dirá: “ah, mas eles fizeram por merecer morrer desse jeito”. É mesmo? Será que o padre Antônio cometeu crimes tão graves a ponto de ser torturado, seviciado, mutilado até a morte? Com a palavra, aqueles que gostam de citar outras ditaduras por aí como se elas pudessem relativizar a crueldade dos algozes que agiram impunemente durante a ditadura brasileira.

  • http://www.floresnajanela.com Nathália

    Trocadilhos são legais, mas têm limite. Chamar a ditadura de ditabranda é querer dar uma de engraçadinhos sem respeitar o período obscuro por que passou nosso país, e principalmente as vítimas de tamanha “brandura”.
    Será isso vontade de chamar atenção ou pura incompetência jornalística?

  • Leandro

    kkkkkkkkkkkk, outra coisa, pelo que vi nos comentários que postou, só quem concorda com você está certo, isso é uma ditadura meu rapaz.kkkkkkkkk

    R: Leandro, há diversos comentários de pessoas que discordaram do que escrevi, que foram devidamente publicados e receberam minhas réplicas. Qual o problema?

  • Leandro

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, DITADURA, Cuba sim que é um paraíso, saudações comunistas.

    R: Pronto. Mais um que cita Cuba. Preciso fazer um contador de comentaristas que não leem direito o post e insistem em falar da ditadura cubana para justificar o revisionismo histórico da Folha.

  • http://fraimanbyfraiman.blogspot.com Pedro Fraiman

    Como diria Churchil a democracia é o pior sistema de governo, exceto todos que foram experimentados.
    Todo sistema político tem seus “poréns” (sic), mas pensamos de uma forma em que poderíamos estar talvez como república bolivarianas, governadas por um caudilho sem noção, ou com forças subsersivas no poder? O Brasil pode ser até de terceiro mundo, mas poderíamos ser de quarto, quinto, sexto. Vão reclamar de mim, mas porque não lembram na ditadura os militares que foram sequestrados por grupos de esquerda? Talvez será porque temos uma ministra que já sequestro um avião, roubou um banco com seu marido. É realmente, enquanto isso…

  • http://gotasintrospectivas.blogspot.com/ Gizelli

    Eu queria saber onde está o bom senso do mundo. Será que se escondeu? será que morreu? será que um dia existiu?
    Primeiro um arcebispo acusa de assassinato uma mãe que toma a única decisão sensata num caso doloroso de estupro, pedofilia envolvendo uma criança de nove anos, que culminou numa gravidez (de risco) de gêmeos: o aborto, afirmando inclusive que o aborto foi um crime mais grave que o estupro em si. E depois um jornalista, aliás, mais que isso, um jornal de ampla circulação, usar um termo absolutamente ultrajante para designar um dos períodos mais obscuros da História do país e ainda replicar as respostas inflamadas com ironias…
    Existe um ditado que bem se aplica a esses dois casos onde o bom senso passou longe: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

  • http://lampertop.com.br Van Lampert (Josephine ButterFly)

    Ina, quem foi o imbecil que escreveu esse texto da folha? Alguém tem o lik?

    R: Van, recomendo a leitura do post do Global Voices em Português, que dá os links para os textos da Folha de S. Paulo que deram origem a toda essa controvérsia.

  • Azaro

    Rapaz, não é questão de ser de direita ou de esquerda.

    É questão de que a Folha, a Veja, o Estadão, posam de jornalismo imparcial mas são TOTALMENTE comprados por interesses de grupos cretinos.

    Sério, bicho. Atente pra como os escândalos da administração da cidade de SP e do governo de SP simplesmente não ganham destaque na Folha.

    E olha que DAR COMIDA ESTRAGADA DE MERENDA PRA CRIANÇA é um crime que deveria ser mais esculhambado do que caso Isabella Nardoni.

    Você viu algo disso? Não. Porque é o Kassab, amigo do Serra.

    Dar destaque para este tipo de crime não é questão de direita e esquerda, é questão de civilidade.

  • Heitor

    Coitado, então você tem medo de pensar e ficar louco!

    R: Muito sagaz a sua observação. Ha ha.

  • http://texugomaluco.blogspot.com/ Texugo

    Olha, entendo o comentário do Maurício Sena no início da discussão, nada nesse mundo é 100% bom ou ruim. Eu não presenciei a ditadura, mas os meus familiares sempre comentam a respeito da questão de segurança pública, que hoje é praticamente nula.

    Você fala de “pessoas que eram tiradas de suas casas, por policiais, e sumiam em cárceres da ditadura, após serem torturadas e assassinadas”, mas será que isso não ocorre hoje? Só mudou que em vez de policiais são bandidos, que jogam inocentes de penhascos e arrastam crianças pelas ruas.

    Agora, assustador é ver como as pessoas são extremamente parciais em relação a esse assunto da ditadura, pois não foram só os militares que cometeram crimes, mas também os militantes revolucionários que hoje ganham indenizações milionárias, pensões mensais exorbitantes e ainda por cima estão aí governando agora, impunes. Terroristas que lutavam para derrubar os militares e colocar uma ditadura de esquerda aqui como a de Cuba.

    R: Caro Texugo, não se justifica um erro com outro. Abomino a ditadura de Cuba tanto quanto critico os atos ditatoriais cometidos pelos militares brasileiros. Sobre criminalidade, seria muito importante você ler obras como “Rota 66″, de Caco Barcellos, que lança por terra o argumento equivocado de que os problemas de segurança pública nos tempos da ditadura eram menos graves do que os atuais, que estão frescos na memória de quem lê as manchetes de hoje e não faz as necessárias comparações com tempos nos quais esses mesmos crimes não eram tão reverberados por causa da censura que reprimia TVs, revistas e jornais, como se corrupção no governo e assassinatos bárbaros (como os que vitimaram Aracelli, Ana Lídia e Cláudia Lessin Rodrigues) acontecessem apenas nos dias de hoje.

  • Ricardo Lobo

    A Folha esta sendo apenas coerente com seu passado de subverviencia e sabujismo em relação aos governos da
    “Gloriosa Revolução de 1964″.De vez em quando eles “se esquecem” de ficar cuspindo no prato que comeram.

  • Anônimo

    Oi Alexandre. Na semana que passou estive em São Paulo (e nem tive a honra de te conhecer) e visitei a Estação Pinacoteca, onde há o Memorial da Resistência, que resgata um pouco da história das prisões políticas durante a ditadura militar. Foi emocionante e me fez pensar em como ainda damos pouco valor a história de nosso país e como desvalorizamos a democracia pela qual muitos morreram e foram torturados. Os relatos de ex-presos políticos que podemos ver e ouvir no Memorial da Resistência nada têm de brandos! Nada do que o que eles viveram foi brando, fácil ou leve. É mesmo muito triste ver um veículo de comunicação fazer tal trocadilho infame e de mau gosto ao se referir a um período negro da história do Brasil.
    abraço.

    R: Pois é, Ju. Lendo alguns comentários deixados neste post por conta da exposição dada pela chamada na home-page do iG, fico estarrecido com o nível de desconhecimento da História demonstrado por alguns. É compreensível, pois, ver porque ainda há gente neste mundo que nega que o Holocausto existiu. Tenho medo da amnésia seletiva de certos setores da sociedade.

  • http://www.qualquerum.com Cláudio Rúbio

    A Folha ofereceu uma prova da desqualificação irreversível de seus quadros. Infelizmente, a qualidade do jornalismo atual é o resultado mais perverso da implosão do sistema educacional brasileiro, que leva os atuais formadores de opinião a dizer bobagens para vender exemplares.

  • WANDERLEI

    Com você, Alexandre, á assim: concorda comigo, está certo; discorda, está errado.
    Sua visão a respeito da época é legítima. A visão diferente da sua, também o é. Não tenha a pretensão de ser o dono da verdade, pois não contribui com a informação, com análise profícuo. Obviamente que na opinião do Maurício estão embutidos “fatos”, reais. Não se torne cego por vontade própria. Pode te cegar por completo, por vício.

    R: Wanderlei, se você realmente acha, como afirmou o Maurício, que a democracia acabou com os tempos em que “jovens comuns normais” podiam ficar conversando em seus bairros sem ter “medo de nada”, ok. Eu me permito o questionamento a respeito de quem aqui está se cegando por vontade própria.

  • sergio luiz

    Não lí A DITABRANDA, e não gostei, aliás eu não leio a Folha há muitos anos e não pretendo ler nunca mais esse jornal de pseudos intelectuais, que se acham ” formadores de opinão” metidos a ditar comportamentos . no Brasil foi uma pena termos a DITABRANDA, deveriamos ter uma ditadura do tipo PINOCHET, assim não teriamos nenhum sanguessuga, mensaleiro, e jornalistas vagabundos recebendo pensões milionárias por conta da DITABRANDA!!

  • Antonio Tisi

    Não sei o motivo para tanto alarde. Ditabranda é o termo correto para aquilo que se chamou de ditadura. E Cuba é o que??? Gostaria de saber se estivessemos debaixo de um regime como o do maluco do Caribe, se o missivista estaria empregado ou estaria cortando cana com nivel universitário??? Se lá é muito bom vá para lá. Gostaria de saber se cantorezinos de pouca voz estariam vendedo discos e ganhando seu dinheirinho. Vai pra lá, que eu quero ver. Vá para a Venezuela, China, Coréia do Norte, vai???

    R: Antonio, em nenhum momento do meu texto eu defendi as políticas de Cuba, Coreia do Norte ou outros países que não são governados por um regime democrático. Reiterando o que já havia escrito em meu post: “A questão principal aqui não é de, pela enésima vez, fomentar as repetitivas brigas entre ‘direitistas’ ou ‘esquerdistas’, que transformam qualquer discussão política em rixa de torcidas organizadas de futebol.” Releia o que escrevi, por favor, antes de querer justificar um erro com outros.

  • sebastião neto

    Trocadilho infeliz esse da folha. Machuca muito a memória daqueles que sofreram e morreram na época. Mas há um porém aí. muitos dos que satanizam a folha pela “ditabranda” nunca deram um pio sobre os males da “ditacuba”. Isso é hipocrisia.

  • http://vozativa2.blogspot.com/ lugirão

    Alexandre, esse período é para não ser esquecido, muito menos banalizado. Para fazer uma referencia com o período: em 1964 eu tinha 4 anos, em 1985 meu filho tinha 4 anos, muito tempo de perseguição, tortura e muita impunidade e tristeza para os envolvidos.

  • Lenine Marques

    Não foi ditabranda, nem golpe!

    Foi uma Revolução Militar anti-comunista, apoiada por 95% da população brasileira, quer dizer, a parcela honesta e trabalhadora do Brasil! Foram os anos do Milagre Econômico (até a crise do petróleo em 1973) e da violência urbana (traficantes, comandos vermelhos, etc) mais controlada pelos militares! Quem não era bandido nem comuna, não ligava para nem tinha medo dos militares!

    R: Ah, você afirma que 95% da população brasileira apoiou a “revolução” imposta de cima pra baixo pelos generais? De um “milagre econômico” que fez com que o Brasil alimentasse uma dívida externa astronômica? Ok. Seu comentário me fez lembrar de uma velha piada: 97,87% das estatísticas não são confiáveis.

  • alexandre

    Gostaria de saber quem é o idiota que respondeu ao Maurício Sena que ele era nostálgico, idiota e etc! é verdade! quem não pegou em armas viveu tranquilamente! nesta época, podíamos sair, dançar e brincar coisa que atualmente, não podemos.
    Quem pegou em armas(terroristas) é que tiveram problemas. Idiota é você, caro bloguista, que nem democrático é, pois só existe a sua verdade.

    R: Bonito exemplo de democracia que você nos lega, caro comentarista. Adoraria ver registros do senhor dançando e brincando serelepamente pelas ruas pacíficas de seu passado idealizado, comprovando a sua irrefutável verdade.

  • zica

    Vou defender a folha, pelo motivo de vivermos em uma democracia, conquistada não por vocês que estão criticando a folha, acredito que as pessoas que mais criticam hoje a velha ditadura, ou é por que, já recebeu as polpudas indenizações pagas pelo grupo de anistiadores do PT, que fazem parte do tal ministerio, ou estão com os processos atrasados. E ninguem nunca neste país entrou com uma ação no STF para saber se é valido só indenizarem os terroristas que queriam implantar aqui o comunismo. Então a ditabranda foi muito branda. Se todos esses que pregam a perseguição na epoca da ditadura, fossem democratas estariam dando exemplo de lisura, honestidade com o dinheiro do povo. E tenho dito que nunca antes neste pais criou-se tanta lei para beneficios só de alguns.

    R: Zica, eu não ganhei nenhuma indenização e não votei no PT nas eleições para presidente ou governador, não entendo onde eu me encaixo em sua pífia argumentação. Aliás, que exemplos de lisura e honestidade a ditadura nos legou? Os milhões que foram desperdiçados em obras faraônicas como a Transamazônica ou as usinas nucleares de Angra dos Reis? É curioso notar como, apesar de eu não ter citado o governo atual em meu post, que fala em revisionismo histórico e não nas discussões repetitivas de “esquerda” x “direita”, há gente que quer defender os anos de chumbo falando mal do PT. Haja maniqueísmo ideológico.

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    Ai, Jesus, que comentário é esse??!?!?!?!!?!?
    Como assim?!?!?!
    A democracia é que causou a violência? Como é que é isso? Só se comporta bem quem é reprimido?
    Pois saiba, Seu Mauricio, que foi justamente essa ditadura que o senhor coloca como tão boa e segura que ajudou a criar a letargia, a corrupção e o abismo econômico e social que financia, apóia e agrava a violência que vemos hoje!
    Pra você não é violência a tortura, o cerceamento de idéias, a censura, a repressão, o exílio? Não é violência não poder dizer o que se pensa? Não é violência não poder escolher seus governantes?
    Nem minha avó, que era senhora analfabeta, e que gostava do Getúlio, teria coragem de dizer uma infâmia dessas. PELAMOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • http://www.lauravive.blogspot.com Laura

    Ina, vc viu eu tb postei sobre aqui:

    http://lauravive.blogspot.com/2009/03/sobre-ditabranda.html

    vou te escrever ume-mail qquer hora,quero saber algumas dicas sobre o blog- parece que me esqueceram lá.
    O que foi? sei lá…
    vc sabe?
    bjs Laura

    R: Olá Laura, obrigado pelo link do seu ótimo post, que eu ainda não tinha lido. Quando quiser, pode me escrever: [email protected]. Só não asseguro resposta imediata, porque eu tardo pra botar minhas correspondências em dia. :(

  • http://www.butucaligada.com.br Raphael Perret

    Foi exatamente o que eu disse no Butuca: é uma aberração conceitual um jornal amenizar a estrutura de uma ditadura, sob qualquer aspecto.

  • http://anomia.blogspot.com Emerson Damasceno

    Pois é…por isso que eu nomeio o Brasil de o País da Memória Curta. É só o que tenho escrito ultimamente também no Anomia. Às vezes parece até uma cópia do que escrevem também jornalistas como o Paulo Henrique Amorim, mas acho que a a questão é que a preplexidade é a mesma, por isso tanta coisa escrita sobre o mesmo assunto.
    Ainda assino a Folha, mas cada vez mais ela se distancia do que já foi outrora.
    Infelizmente…

  • Joao

    Entenda-se o contexto.

    Em comparação aos vizinhos latinoamericanos, o governo militar no Brasil foi EXTREMAMENTE civilizado.

    Pode consultar os números de mortos/desaparecidos/torturados em relação à população total.

    R: Ah, ok. Diante das estatísticas, então é razoável pensar que as centenas de pessoas torturadas e assassinadas pela ditadura brasileira significam pouco diante das barbaridades cometidas por outros regimes. Interessante esse ponto de vista que relativiza vidas humanas, João. O mais curioso é que o próprio diretor de redação da Folha, Otávio Frias Filho, pediu desculpas pelo uso desastrado do termo “ditabranda”, em editorial publicado no domingo, dia 08/03, afirmando: “O uso da expressão ‘ditabranda’ em editorial de 17 de fevereiro passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis.” Sim, é fato: outras ditaduras foram mais sanguinolentas que a ditadura brasileira. Ainda assim, não se justifica, jamais, o uso de um termo que relativiza e banaliza o que a História deveria ter ensinado às gerações futuras.

  • Te

    O Mauricio parece o Marco Antonio Villa defendendo a ditadura, dizendo que teve seu lado bom por que foi época de grandes obras do governo (algumas não chegaram ao fim, virando elefantes brancos e dando prejuízo aos cofres públicos). E quem garante que as cidades eram seguras nessa época? Não será que graças à ditadura não se sabia da violência ao redor e por isso todos viviam despreocupados? Violência sempre existiu, se souberem mais de História vão comprovar.

  • http://metamorphosear.blogspot.com/ Helena Nascimento

    É só mais um dos esforços da nossa imprensa para tornar a nação brasileira ainda mais alienada.

  • http://thiagorsr.blogspot.com Thiago Rosa

    Meu comentário a respeito deste caso já foi incluído no meu blog. É indigno o uso desta expressão por parte deste Jornal, que no próprio rol de comentaristas tem muitos cidadãos que sofreram com estas atrocidades no mesmo período. Isso faz reforçar a leitura deste link, que também fiz menção no meu blog, do excelente site do Luiz Carlos Azenha:

    http://www.viomundo.com.br/opiniao/unidade-caes-de-guarda-fala-da-midia-e-de-jornalistas-que-colaboraram-com-a-ditadura-militar/

  • http://bibliocracias.blogspot.com/ Severo Snape

    Esse tipo de jornal ainda restaura a amarga ditadura no Brasil lembrando os tempos em que roubava montanhas ou recebia algum do governo para ser controlado. Desse modo eles ridicularizam tantos os professores que eles ofenderam quanto a sociedade e a história brasileira

  • João Batista

    E OS QUE DIZ QUE A DITA FOI BOA!!!!!!!!!

    Trata-se dos que foram nomeados sem concurso e/ou por concurso fajuta como docente das universidades públicas, na e pós didatura de 64. Um trecho da minha pesquisa é:

    ———— —-
    Tanto é assim que, que ainda hoje é possível encontrar docente público federal que jura até pelo sagrado que o Regime de 64 era dotado de uma bondade tão extremada pelo nosso educacional, e tão extremada mesmo, ao ponto de o ter nomeado sem concurso apenas por ele ter convencido general avalizador de ficha dos ingressantes de ser o mais competente academicamente possível para o cargo.

  • mauricio sena

    ´´ Sinceramente eu acredito que, como tudo na vida nesta epoca militar tb existinham coisas boas e a demacracia acabou com elas , como por exemplo , agradeço eu e milhões de jovens comuns e normais neste pais de termos vivido uma epoca em que se podia ficar na esquina da rua ,no seu bairro até de madrugada a conversarmos sobre tudo de nossas vidas simples , sem termos medo de nada mem de um assalto ou da policia . Agradeço as madrugadas em que podiamos sair de uma festa e passar por varios bairros até chegar em casa andando e vendo a noite e o luar, cansados e só com um medo,apenas de nossos pais acordarem de seus sonos tranqui-los e nos xingarem… isso não volta mais , infelizmente a democracia acabou com isso . isso é fato não é uma historinha . Se morreram muitos pela democracia eu respeito eles , mas quandos jovens comuns estão morrendo por nada hoje…. Só por estarem vivendo sua juventude neste tempo sem rumo e sem nome.

    R: Mauricio, esse seu comentário é pra ser mesmo levado a sério? Que nostalgia burra e desinformada é essa, que desconhece a história de pessoas que eram tiradas de suas casas, por policiais, e sumiam em cárceres da ditadura, após serem torturadas e assassinadas? Essa ignorância a respeito da História é muito mais assustadora do que qualquer editorial de jornal.

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    Bem, pra mim, foi a gota d´água. Depois desse texto, eu cancelei minha assinatura.
    Coisa que já devia ter feito faz tempo.
    A Folha, exemplo de jornalismo sério há alguns anos, já faz um tempo que se tornou manipuladora e partidária.
    Eu que, na adolescência, sonhava em ser jornalista só pra ser colega do Dimenstein e outros que andam por lá… Hoje abomino todos eles.
    Pra mim, entrou no patamar da Veja: não li e não gostei.
    Se eu fosse uma das pessoas que tiveram a vida barbaramente modificada por esse absurdo, violento e repressor regime, eu certamente moveria um processo pra tirar dinheiro dessa gente. COmo cidadã, só posso dizer que doeu na vista e na decência.
    É, Ina… Gente estúpida! Gente hipócrita!
    Beijo!

    R: Karina, me preocupa esse processo de “vejificação” da Folha, jornal que leio há anos. A situação só não é mais grave porque, atualmente, temos a internet como alternativa para nos informarmos.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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