Artigos da categoria: Sustentabilidade

Conhecendo uma “fábrica verde” em Maceió

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 03 de outubro de 2013

Uma boa descrição na forma de gif animado de como funciona uma briga na internet.Será que estamos nos tornando mais intolerantes, agressivos, irascíveis por causa da internet? Vendo as discussões travadas em replies de Twitter, comentários de blogs e de Facebook em torno de assuntos tão variados como embargos infringentes, a má fase do Corinthians, a final de um reality show ou uma polêmica pontual orbitando por temas díspares como decotes, bolacha ou biscoito ou médicos cubanos, cada vez mais me sinto cansado só de imaginar as discussões sem fim que serão catalisadas por causa de uma opinião sobre determinado tema.

Um exemplo recente: a recente história em torno do rato encontrado numa garrafa de Coca-Cola. Em casos do tipo Davi versus Golias, é natural que as pessoas torçam pelo lado mais frágil. O problema é quando sequer questionam todas as incongruências do causo narrado pela suposta vítima. Quantos, por exemplo, se deram ao trabalho de pesquisar o histórico do processo judicial, ou de ler o parecer técnico da Anvisa sobre o corante citado na matéria sensacionalista da Record? Em vez disso, compartilham a primeira história bombástica que assistem, sem sequer pensar que já existem diversos vídeos mostrando como é possível violar garrafas e colocar objetos dentro delas, mantendo-se o lacre intacto. Continue Lendo

Qual é a cara do Brasil?

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 13 de setembro de 2012

Eu estava esparramado na rede/ Jeca urbanóide de papo pro ar/ Me bateu a pergunta, meio a esmo:/ Na verdade, o Brasil o que será?/ O Brasil é o homem que tem sede/ ou quem vive da seca do sertão?/ Ou será que o Brasil dos dois é o mesmo/ O que vai é o que vem na contramão?

Qual é a característica principal de um brasileiro? Seria o papo de que, por termos nascido nesta terra abençoada por Deus e bonita por natureza, não desistimos nunca? Brasilidade é ter samba no pé, comer um bom churrasco ou aquela feijoada clássica de sabadão, e depois fazer a digestão tomando uma caipirinha, um cafezinho ou talvez um chimarrão? Ou, recorrendo à citação clássica de Sérgio Buarque de Hollanda, o brasileiro é aquela pessoa cordial, que detesta formalidades, age movida muito mais pela emoção do que pela razão, e acha que é possível dar um “jeitinho” em tudo, tal como previsto na clássica Lei de Gérson? Quais são as gírias, os ritmos musicais, as comidas típicas, os símbolos, as características, enfim, capazes de sintetizar esse conceito por vezes tão abstrato de brasilidade?

Como toda boa pergunta aberta, taí uma questão capaz de suscitar longos debates sem que seja possível encontrar um consenso. Afinal, o Brasil é um país continental, que poderia ter se fragmentado em diversas nações, tal qual aconteceu com a finada União Soviética ou a América hispânica. E que, no entanto, manteve-se unida com todos os seus estados e sua mistureba rica de sotaques, culturas e pessoas. Afinal, este é o país do oxente, do uai, do orra meu e do bah tchê, do mash-up de ritmos como o forró, o maxixe, o tecnobrega e o funk carioca, de pratos como o acarajé, o bolo de rolo, o açaí, o barreado.

Todas essas questões vieram à mente em um encontro promovido pelo Viva Positivamente, plataforma de desenvolvimento sustentável da Coca-Cola Brasil, que reuniu blogueiros, o designer de fluxos de conversação Luiz Algarra e o jornalista Maurício Kubrusly, ex-blogueiro, criador e apresentador do quadro Me Leva Brasil, no qual mostrava causos e histórias surpreendentes de personagens espalhados por todas as 27 unidades federativas deste país tão fascinante e multifacetado.

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A Rio+20 mudou alguma coisa na sua vida?

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 28 de junho de 2012

Muito se ouviu falar sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, mais popularmente conhecida como Rio+20. 188 países foram oficialmente representados neste encontro, a fim de discutirem o futuro do planeta e quais medidas devem ser adotadas para assegurar um mundo capaz de garantir vida digna a todos os seus habitantes, com desenvolvimento sustentável e a busca pela erradicação da fome e da pobreza. Mas, além de reclamar que a Rio+20 não serviu para nada, será que a sociedade mostrou genuíno interesse e engajamento nessas discussões? E os jovens e futuros líderes que herdarão este planeta tão maltratado, o que têm a dizer sobre o assunto?

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Otimismo que transforma

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 28 de maio de 2012

“Quando você se vê como catador de lixo, você se vê como lixo. A gente é catador de material reciclável.” À primeira vista, esta afirmação pode soar como um eufemismo politicamente correto, mas quando ouvi Tião Santos, presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, falando sobre o que significa o lixo em nossas vidas, não há como contestar a importância de se fazer essa diferenciação. Afinal de contas, o lixo representa tudo que as pessoas descartam de suas vidas: desde resíduos materiais como alimentos que jazem esquecidos em geladeiras e armários, até fotos e cartas de ex-namorados. Basta imaginar o peso espiritual de se trabalhar diariamente com tudo que as pessoas que não desejam mais e que é considerado ruim. Não, definitivamente ser um catador de material reciclável não é um trabalho para fracos de espírito.

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Carnaval: luxo, lixo, folia e sustentabilidade

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Insônia é uma companheira fiel que me acompanha há anos. E uma das lembranças mais remotas de minhas noites acordado remonta da época em que eu assistia aos desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, antes mesmo da criação do Sambódromo, quando todas as principais escolas de samba se apresentavam num dia só. Era uma época na qual canais de TV passavam as madrugadas fora do ar, só exibindo estática e barulhos de chiado (como bem lembrou o Kid em um post sobre sons da nossa infância que não existem mais). O desfile das escolas de samba era, pois, um evento único do ano no qual minha insônia era preenchida por imagens fantásticas de alegorias luxuosas, passistas batucando e mulheres alegremente desinibidas.

Tendo guardado em minhas memórias infantis esses sons e imagens, é fácil de entender meu costume de acompanhar todo ano os desfiles, e de ter me tornado fã de carnavalescos como Joãosinho Trinta, Fernando Pinto, Renato Lage e Paulo Barros, e mestres de bateria como Odilon, Jorjão (criador da paradinha funk) e Ciça.


O Cristo Redentor censurado no desfile da Beija-Flor de Joãosinho Trinta em 1989. Continue Lendo

O projeto One Tonne Life (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Em nosso cotidiano nem sempre temos a consciência do impacto ambiental que as atitudes que tomamos, os eletrodomésticos que adquirimos, os objetos que usamos diariamente possuem. Um exemplo trivial: se em sua casa você consome 100 kWh mensais de energia elétrica e 12 botijões de gás por ano, você é responsável por uma emissão anual de 0,52 toneladas de dióxido de carbono (números dados pela calculadora online da Iniciativa Verde). Somando-se a isso outras atividades como andar de carro, viajar de avião, ligar o ar-condicionado ou deixar o computador ligado, o resultado, estimado pelo BreathingEarth (site que usa dados da divisão de estatísticas da ONU), é uma média anual de 1,75 toneladas de CO2 emitidas per capita só no Brasil (nos EUA, essa média por habitante é de 19,22 toneladas por ano).

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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