1. Antes de mais nada, devo alertar que mães e dentistas estiveram sempre certos: nunca aceite doces de estranhos. Mas, em se tratando de Candy Crush Saga, esta advertência deve ser reforçada e estendida a todas as pessoas que você conhece, sejam elas desconhecidas, amigas de infância ou parentes de terceiro grau. Caso você ainda tenha conseguido escapar incólume a esta droga virtual, fica aqui o alerta: recuse quaisquer solicitações ligadas ao Candy Crush, porque este jogo irá escravizar seu foco, invadir seus sonhos, liquidar seus momentos de ócio e destroçar sua produtividade de modo devastador.
2. Há momentos nos quais a gente não tem a menor ideia de como deve agir. Tomamos decisões, ainda incertos de qual seria o melhor caminho a seguir. Acontece na vida, acontece no Candy Crush. Nem sempre planejamento e estratégias cuidadosamente elaboradas são suficientes para superarmos as dificuldades que surgem à nossa frente. Às vezes precisamos ter fé, às vezes necessitamos que a doce brisa da sorte sopre a nosso favor. Mas uma combinação de brigadeiro com doce listrado também ajuda.
Tudo na vida é uma questão de perspectiva. Quem ilustra muito bem esse conceito é o artista inglês Slinkachu, que monta cenas usando miniaturas de pessoas e tira fotografias que praticamente recriam, em nosso mundo contemporâneo, os cenários das Viagens de Gulliver.
As fotos de Slinkachu, que podem ser encontradas no blog Little People, foram definidas pelo jornal The Times como “a descrição visual de alguns dos nossos próprios temores acerca de estarmos perdidos e vulneráveis em uma grande, má cidade”. Pudera. Fico imaginando a situação de uma pessoa que, feito Gulliver na terra de Liliput ou o protagonista daquele clássico da ficção científica O Incrível Homem que Encolheu, encontra-se deslocado de alguma maneira do resto do mundo por causa do seu tamanho. Continue Lendo
O único videogame que tive na vida foi um Atari 2600. Ao lembrar que ele foi lançado no Brasil em 1983, eu subitamente senti uma pontada nas costas e cabelos brancos brotaram de minhas madeixas: por Tutatis, já se passaram mais de duas décadas desde então!
Mas o caso é que, apesar das óbvias limitações tecnológicas, o Atari tinha alguns jogos bem legais. E que se mantêm interessantes até hoje, diga-se de passagem. Baixei um desses emuladores de games que permitem que a gente reviva os, oh!, dourados tempos da infância, resgatando, tal qual numa arqueologia digital, clássicos do Atari como Decathlon (cartucho que me fez quebrar muitos joysticks), Keystone Kapers, River Raid e o melhor de todos: H.E.R.O.Continue Lendo
Pense Nisso!
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.