Artigos da categoria: Crianças

Mônica Toy e a capacidade de reinvenção da Mauricio de Sousa Produções

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 27 de março de 2014

Desde que deu seus primeiros passos no universo dos quadrinhos, com a publicação das primeiras tiras do Bidu e Franjinha em 1959, Mauricio de Sousa permanece mantendo uma incrível capacidade de conceber novos universos e realizar projetos criativos e surpreendentes. Os gibis da Turma da Mônica foram algumas de minhas primeiras leituras, e assim como eu diversas gerações de brasileiros começaram sua alfabetização se divertindo com os personagens concebidos por este mestre de 78 anos de idade meramente cronológica.

A Mauricio de Sousa Produções (MSP) há muito tempo não se resume a HQs, sendo responsável pela produção de livros, animações, espetáculos, eventos temáticos, exposições, projetos institucionais e licenciamento de produtos. Suas revistas são consumidas por cerca de 10 milhões de leitores por mês (conquistando aproximadamente 86% do mercado brasileiro na área de quadrinhos), e os personagens de Mauricio aparecem em cerca de 3.000 produtos de mais de 150 empresas parceiras. São números que fazem da MSP o quarto maior estúdio do setor no mundo: um exemplo de sucesso e um genuíno motivo de orgulho para qualquer brasileiro.

Mas como manter a relevância e a curva de crescimento em um mundo cada vez mais diversificado, volúvel, fragmentado? Continue Lendo

Você se lembra de quando tomou banho de chuva pela primeira vez?

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 06 de fevereiro de 2014

O calor que tem feito no Brasil nas últimas semanas quase faz com que eu tenha vontade de ir a uma balada, levar o golpe do boa noite cinderela e descobrir no dia seguinte que roubaram um de meus rins, só para que eu possa acordar em uma banheira cheia de gelo. Mas enfim, o fato é que dias como estes fazem com que a gente aprenda a valorizar o pequeno grande prazer que é poder tomar um banho de chuva sem se importar com a roupa molhada, entrando em contato com a natureza e deixando de lado convenções sociais que acabam oprimindo a gente feito um nó de gravata apertado.

Um vídeo que se popularizou na internet nos últimos dias mostra a primeira vez em que Kayden, uma garotinha de 1 ano e 3 meses de idade, se deleita com uma chuva. Ela sorri, estende os braços, corre pra lá e pra cá e se encanta com este fenômeno da natureza que hoje em dia recebemos com pensamentos rabugentos de quem já imagina ruas entupidas de engarrafamentos. Se você ainda não viu Kaiden sentindo a chuva pela primeira vez, assista ao vídeo a seguir (e não duvido que alguma gota de chuva respingue em seus olhos enquanto você o assistir). Continue Lendo

Cantigas de roda para a geração mertiolate-que-não-arde

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 16 de janeiro de 2014

“Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu. Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.” Todo mundo já ouviu essa historinha alguma vez na vida. Porém, há quem ache que os versos desta cantiga clássica poderiam estimular crianças abiloladas a cometerem violências contra animais. E assim, surgiu a versão edificante (ou não) cantada por Aline Barros, cujos versos dizem:

Não atire o pau no gato
Porque isso não se faz
Jesus Cristo nos ensina
A amar, a amar os animais
Amém!”

O cravo brigou com a rosa. E agora?

Outras versões edulcoradas de cantigas infantis andam sendo disseminadas em escolas que pregam a cartilha do politicamente correto, na qual ninguém mais bate em ninguém e todas as histórias têm um final feliz. Vide o que andaram aprontando com “O Cravo e a Rosa”, cujos versos originais dizem: Continue Lendo

Mastiguinhas, reminiscências e um atestado de sanidade mental

Por Alexandre Inagakidomingo, 29 de janeiro de 2012


Uma das muitas utilidades da internet reside em provar aos outros que não perdemos a sanidade ainda, inventando coisas das quais ninguém se lembra mais. Antes dela, por exemplo, seria quase impossível provar para outras pessoas que houve tempos nos quais supermercados vendiam vitaminas coloridas que vinham num pote de vidro, com o nome de Mastiguinhas, que eram perigosamente deliciosas. A ponto de obrigar minha mãe a guardá-las no armário mais alto da cozinha, caso contrário seriam devoradas sem dó até a última pastilha.

Há alguns anos, porém, toda vez que eu falava nas Mastiguinhas, descrevendo-as como pastilhas coloridas que tinham um gosto levemente azedo, mas muito saboroso, com um cheiro bom que impregnava inclusive o algodão que as protegia dentro do pote de vidro, meus interlocutores me encaravam como se eu fosse um abilolado falando de uma realidade oriunda do mundo imaginário da minha cabeça. Continue Lendo

Riley Maida, 4 anos, contestando a indústria de brinquedos

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 03 de janeiro de 2012

É um alento encontrar gente que ainda usa neurônios para pensar criticamente a realidade que nos cerca. Assim, quando vi o vídeo de uma garotinha de 4 anos questionando o fato de a indústria de brinquedos produzir princesinhas e “coisas cor-de-rosa” para as meninas, enquanto meninos têm super-heróis à sua disposição, minha fé no futuro da humanidade foi resgatada. Continue Lendo

Meu sobrinho Nicolas

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 12 de outubro de 2011

Aproveito que hoje é Dia das Crianças para dedicar um post à mais importante de todas para mim: o meu sobrinho Nicolas, que recém-completou 6 meses de vida. :)

Seu batizado foi no sábado passado, em uma bela e antiga igreja em Zaragoza, na Espanha. A roupa usada pelo Nicolas foi uma daquelas relíquias familiares que são passadas de geração para geração há décadas. Foi a mesma usada pelo seu pai, o Chucky, quando passou pela mesma cerimônia. Continue Lendo

O primeiro livro que li na vida

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 30 de junho de 2010

Volta e meia surge algum pretexto pra que a gente pegue o pano úmido da memória e remova a camada de pó que já cobriu certas lembranças. E foi assim que comecei a resgatar a época na qual eu chamava minhas professoras de “tias”. Eu devia ter uns 5 ou 6 anos de idade, e cursava o 1o. ano do primário no Colégio Raio de Sol, uma escola particular que ficava em frente ao estádio do Pacaembu.

A classe não tinha mais do que oito alunos. E, embora a maior parte das minhas reminiscências dessa época já tenha se dissipado feito poeira no vento, ainda me lembro dos nomes de alguns dos meus coleguinhas de classe: Ivo, Sumaya, Priscila (minha primeira paixão platônica, da época em que eu sequer imaginava o que significava essa expressão), Richard, Roberta. Mas já me esqueci dos sobrenomes; ou seja, não conseguirei reencontrá-los no Orkut. Quanto ao colégio, eu sei que já não existe mais (ah, a inexorável passagem dos anos).

Mas enfim, tergiverso, tergiverso e quase fujo do assunto deste post. Foi a tia Marta, minha primeira professora, quem me deu o primeiro livro que li na minha vida: A Margarida Friorenta.

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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