Horas Decisivas é um filme que, desde o seu trailer, promete cenas de tempestades marítimas cheias de ação e efeitos especiais, mas é bem mais do que isso. A história real do maior resgate feito por um barco de pequeno porte é também uma lição de liderança em momentos de extrema incerteza e pressão, apoiada por atuações convincentes e uma trilha sonora que sabe destacar o suspense e mostrar momentos comoventes de homens que se encaminham para uma missão quase suicida.
Um longa animado, de 1 hora e 20 minutos de duração, produzido em 2013 e que já conquistou 45 prêmios mundo afora, incluindo os prêmios de melhor longa-metragem e de público no Festival de Cinema de Animação de Annecy, considerado o mais importante da área. Dirigido por Alê Abreu, O Menino e o Mundo foi vendido para 80 países e, neste ano, já havia conquistado 3 indicações para o principal prêmio de animação do cinema americano, o Annie Awards (Melhor Longa Independente, Trilha Sonora e Design de Produção, tendo vencido na primeira categoria), quando recebeu o mais midiático de todos os seus reconhecimentos: a inédita indicação para o cinema brasileiro ao Oscar de Melhor Longa de Animação. Continue Lendo
Na sequência final do clássico De Volta para o Futuro, Doc Brown avisa a Marty McFly e sua namorada que sua De Lorean está embarcando em direção ao futuro. Mais precisamente, às 4:29 da madrugada do dia 21 de outubro de 2015. Quando o filme chegou aos cinemas de todo o mundo, há 30 anos, seu futuro profetizava invenções como carros e skates voadores, tênis com cadarços automáticos e roupas autossecantes. Ainda não chegamos lá, mas em compensação já temos paus de selfie, Tinder, Netflix e impressoras 3D. Continue Lendo
Um filme dinâmico, divertido, com boas atuações de Paul Rudd, Michael Douglas, Evangeline Lilly (a eterna Kate de Lost) e Michael Peña, além da melhor citação ao The Cure na cultura pop desde o episódio de South Park em que Robert Smith salvou o mundo do ataque de uma Barbra Streisand gigante: eis a receita para mais uma incursão bem-sucedida da Marvel nos cinemas.
Depois da megalomania de batalhas enfrentadas pelo segundo encontro do mega-grupo de super-heróis que resultou no irregular Vingadores: Era de Ultron, a Marvel decidiu apostar em uma fórmula similar à do bem-sucedido Guardiões da Galáxia. Ou seja, apostar em um personagem desconhecido do grande público (ao menos dos espectadores que sequer desconfiam que o Homem-Formiga das HQs, em sua primeira encarnação, ficou notabilizado por ter dado uns tabefes na própria esposa), fazer uma recriação quase completa para o cinema e contrabalançar efeitos especiais de última geração com um roteiro bem engendrado, que mistura dramas familiares com doses balanceadas de humor. Continue Lendo
São Paulo já foi retratada nos cinemas por meio de muitos bons filmes, dentre os quais meus favoritos são O Grande Momento (pequena obra-prima neo-realista de 1958, dirigida por Roberto Santos), o incrível São Paulo S/A (filmaço de 1965 de Luiz Sergio Person, com Walmor Chagas, Eva Wilma e Otelo Zeloni) e a comédia cult Fogo & Paixão (de 1988, da dupla Isay Weinfeld e Marcio Kogan), longa que talvez melhor tenha explorado as arquiteturas singulares desta metrópole. No entanto, é uma cidade que não é tão explorada quanto poderia ser na tela grande. Foi ótimo constatar, pois, que Apneia, o belo longa-metragem de estreia de Mauricio Eça - diretor habituado a mostrar SP em videoclipes como “Diário de um Detento” (Racionais MCs) e “Regina Let’s Go” (CPM 22) -, narra uma história urbana atual e relevante. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.