Não será Cris Zimermann nem Madame Bela a primeira blogueira brasileira a exibir suas curvas na principal revista masculina do mundo.
Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo, foi o primeiro a dar a informação de que a atriz Bárbara Raquel Paz havia assinado contrato para posar nua. Embora tenha protagonizado algumas novelas no SBT, a gaúcha Bárbara ficou conhecida mesmo quando venceu a primeira edição do reality show Casa dos Artistas, em 2001.
Em um texto autobiográfico publicado em seu site pessoal, Bárbara Paz conta que perdeu seu pai aos 6 anos de idade, e sua mãe aos 17. Depois, sofreu um acidente automobilístico que lhe rendeu uma cicatriz até hoje visível em seu rosto. Recuperou-se bem, voltando a atuar em diversas peças e comerciais. Em 1999, participou do clipe de “Pelados em Santos”, cover que os Titãs fizeram dos Mamonas Assassinas. No vídeo, que foi tirado do ar pelo YouTube dois dias após a publicação deste post, Bárbara exibe seus seios. Outra produção que não está mais no ar é uma cena do curta-metragem “Sexo e a Metrópole”, em que a capa da Playboy de setembro contracena com Patrícia Coelho. Ambas interpretam um casal de lésbicas.
Em 2001, veio a fama nacional graças à , que lhe rendeu também um prêmio no valor de R$ 300 mil. A ex-namoradinha do Supla chegou a conceder uma entrevista para a Playboy em janeiro de 2002, mas não entrou em acordo com a revista para posar nua. Estrelou novelas como “Marisol”, atuou em diversas peças de teatro e, desde dezembro de 2004, escreve em seu blog Inquietações. Não posta com a freqüência ideal, por certo, mas podemos dizer que, sim, Bárbara Paz será a primeira blogueira a tirar a roupa para a revista criada por Hugh Hefner.
P.S. 2: É sensacional a ilustração que Sampson Moreira, do blog Inovavox, criou para participar da campanha “Madame Bela na capa da Playboy”. Sampson aproveitou o mote, misturou-o a outros que estão quicando na blogosfera, como o ranking do Edney e a campanha do Estadão e fez uma ilustração genial. Clique aqui, pois, e confira por sua própria conta e riso. B)
P.S. 3: Creio que Madame Bela teria mais sucesso em sua campanha se oferecesse sua imagem à Premium, descolada revista capitaneada por meu camarada Edgard Reymann…
P.S. 4: Nessa onda de “memes” que grassam Web afora, ainda hei de criar um indicando cinco blogueiras que deveriam posar nuas. Isto é, se a namorada permitir… ;)
P.S. 5: Depois do imbróglio Cicarelli x YouTube, chegou a vez da Turquia sofrer com bloqueios de sites. Confira, no blog do WordPress, a história de como um criacionista chamado Adnan Oktar conseguiu fazer com que todos os blogs hospedados no wordpress.com fossem bloqueados no país. É duro, mas não é mole não!
P.S. 6: Observação feita pelo leitor Botelho nos comentários: “Sabrina Sato já tinha blog quando saiu pela segunda vez na pleiba“. De fato. Mas tenho minhas dúvidas se é ela mesma quem mantém a página, já que o primeiro post do suposto blog da apresentadora do Pânico na TV é assinado por Renan, “presidente do fã-clube oficial da Sabrina Sato”, e o site oficial dela, que ainda não está no ar, não possui tampouco link para o blog.
Rir é a melhor resposta, em qualquer situação que seja. Visto, pois, a carapuça da imagem acima, criada por Charles Pilger.
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P.S. 1: Graças a evangelistas como Tiago Doria, criei o meu Twitter. Se vai pegar no Brasil? Considero bem possível. O ranking de Twitters brasileiros, montado por Fabio Seixas, é o indício de que um novo vício aterrissou na Terra Brasilis. Mas boto fé de que este “MSN não tão instantâneo” vai se consolidar mesmo durante o BlogCamp.
P.S. 2: Por falar no assunto, o BlogCamp, marcado para os dias 25 e 26 de agosto na Casa Gafanhoto, promete. Polêmicas, rankings, mapas, marketing viral, monetização de blogs… Este evento promete ser, no mínimo, tão interessante quanto o encontro de blogueiros, leitores e simpatizantes no Rio.
P.S. 3: A blogosfera brasileira definitivamente vive um momento dos mais animados. A ponto de um blogueiro da “velha guarda”, Nelito Fernandes, que em abril de 2003 faturava mais de R$ 1.500 mensais com o seu Eu Hein, ter decidido voltar à ativa.
P.S. 4: Dica para os cariocas: Alexandre Paim e Felipe Rangel (ambos do blog Mico na Rede), Ronald Rios (do Fotos da Sandy Pelada), Nigel Goodman (colunista do blog Colateral) e Odisseu Kapyn (colaborador da Revista M… e do Cocadaboa) estão apresentando um show de stand up comedy, infamemente intitulado “Ponto Cômicos”, no Saloon 79.
Em sua página, a agência Talent explica da seguinte maneira a sua nova campanha para divulgar o site do Estadão: “Ela expõe, de maneira bem-humorada, os riscos de consultas a sites na internet, e divulga as novidades do site do jornal“. Com senso de humor um tanto quanto duvidoso, diga-se de passagem, comparando grosseiramente blogueiros a… macacos. Carlos Merigo, do Brainstorm 9, escreveu: “Convidar as pessoas para que escolham e contestem suas fontes de informação com bom-senso e inteligência é uma coisa, generalizar de forma preconceituosa um universo que tem poder de construir percepções e destruir reputações num piscar de olhos, é estupidez“. Confira o comercial que originou a crítica feita por Merigo:
Antes que este filme sobre o “blog do Bruno” entrasse no ar, outro comercial anterior dessa campanha, “Ruivos” (que exibe três amigas suspirando por ruivos de aparelho, após terem lido num blog, escrito por um ruivo, que eles costumam ser mais bem-sucedidos do que os outros homens), já havia suscitado reações indignadas na blogosfera. Gabriel Tonobohn escreveu: “Jornais e revistas online têm um objetivo, que é de apenas informar. Blogs, além disso, dão opinião e possibilitam uma discussão dentro do seu espaço, junto ao leitor. É por isso que muito desses jornais também possuem blogs. Inclusive o próprio Estadão“. Luciana Monte complementou: “Em regra, o blogueiro escreve sobre o que tem vontade. Blogueiros não obedecem a um editor-chefe, não têm pauta pré-determinada e seus artigos não sofrem sucessivos cortes para se ajustarem à linha editorial do veículo que paga o seu salário“.
Para arrematar, Eduardo Fernandes divulgou hoje em seu blog o banner de uma contra-campanha contra o Estadão (estampado no alto deste post), qualificando a propaganda de “mico do ano” e sugerindo slogans como “Se eles são preconceituosos assim com os blogueiros, imagine com as outras notícias“, ou “Não anuncie com quem promove o preconceito“.
Não entendo por que o Estadão, que hospeda diversos blogs em seu site, muitos deles merecedores de leituras diárias, como os escritos por Luiz Carlos Merten, Luiz Zanin e Livio Oricchio, aceitou assinar embaixo de uma campanha que, além de despertar uma polêmica boba, ajudará a perpetuar sua imagem de jornal sisudo e conservador.
Por certo colaboradores do Estadão, como Alexandre Matias, editor do caderno Link, e Pedro Doria, colunista do jornal, ambos blogueiros há longa data, devem ter torcido o nariz para esta campanha, que fomenta a falácia de que a mídia tradicional e os blogs deverão se digladiar (diga-se de passagem: ambos, Matias e Doria, concederam excelentes entrevistas a Julio Daio Borges do Digestivo Cultural). Eu, que transito profissionalmente em todas as áreas envolvidas (jornalismo, publicidade e Internet), tenho convicção absoluta de que o futuro é a confluência de mídias. Repórteres multimídia, jornalistas heavy users de agregadores de feeds e sites de crowdsourcing, blogueiros apurando informações feito os bons e velhos chefes de redação, armados de câmeras digitais, ética, responsabilidade e interatividade com seus leitores.
Blogueiros, leitores e simpatizantes reuniram-se, no dia 6 de agosto, no Armazém Digital do Shopping Rio Design Leblon, para um encontro organizado por Beto Largman. Compus a mesa de debates ao lado de Carlos Cardoso, Fabio Seixas e Paulo Mussoi (coordenador dos blogs do Globo Online). A princípio, trataríamos de pautas como marketing viral, rentabilização de blogs e as relações entre mídia tradicional e blogosfera. Mas, como já de se esperar em um evento como este, o encontro acabou por se tornar um excelente papo de mesa de bar, com dezenas de participantes fazendo comentários, perguntas e observações sobre as mais variadas facetas da blogosfera. Relatos do que rolou no evento podem ser conferidos no Digital Drops, Webpaulo, 30 & Alguns, Nelson Corrêa e outros blogs linkados aqui e aqui.
Eu, como de praxe, cheguei pontualmente atrasado, após encarar 6 horas de viagem de ônibus de São Paulo até o Rio. Assim como o Bruno Alves, considero ser bem mais fácil ordenar idéias por escrito do que nas ocasiões em que preciso falar em público (sempre digo que eventos do tipo me deixam gago, fanho e burro), por isso aproveito este post para desenvolver en passant algumas reflexões em cima do que foi falado e debatido no encontro.
- Se você pensa em criar um blog visando ganhar dinheiro fácil, desencanai-vos o quanto antes dessa ilusão. Ser problogger não se limita a entulhar seu blog com frases do tipo “fotos amadoras da Íris do Big Brother nua, pelada e sem roupa na Playboy ao lado da Mulher Samambaia da Sexy, jogando ovos em Ipanema com o Boninho enquanto vê fotos do acidente da TAM e faz download gratuito do livro novo do Harry Potter”. Você até poderá descolar uns trocados de Adsense, mas não será levado a sério nem fidelizará leitores com esse tipo de post. Se você realmente deseja tornar-se um blogueiro profissional, necessitará redigir textos muito mais atraentes do que meras armadilhas para pegar trouxas do Google. Ser problogger é tarefa de longo prazo; não é do dia para a noite que você conquistará leitores fiéis e centenas de assinaturas do seu RSS.
- Rankings de blogs são supervalorizados. Uma agência de publicidade não se pautará apenas na posição de um blog no ranking do BlogBlogs a fim de decidir onde gastará a verba de uma campanha online. Ok, é um parâmetro importante. Mas também é preciso aferir a visitação diária de um blog, o nicho de público que ele atinge, sua relevância e capacidade de formação de opiniões.
- No ramo publicitário, 80% das verbas são destinadas a veículos off-line: TV, rádios, jornais, revistas. Desse orçamento restante, dedicado à propaganda na Internet, não mais do que 20% desses valores serão destinados a marketing viral. A verba destinada a blogs, dentro dessa fatia do viral, não passará de outros 20%. Ou seja: atualmente, os blogs representam a mosca do cocô do cavalo do bandido de um orçamento publicitário. Avanços têm sido feitos, e clientes e agências hoje levam os blogs muito mais a sério do que há um ano. Porém, se um blogueiro deseja independer de Google Adsense, Mercado Livre, Submarino e outros meios de rentabilizar sua página, atraindo anunciantes interessados em adquirir banners ou encomendar resenhas pagas em seu blog, necessita criar o quanto antes seu mídia kit.
- Faça um questionário junto a seus leitores, a fim de poder mostrar a anunciantes em potencial que tipo de público você atinge: qual a faixa etária, o nível de escolaridade, onde moram os seus leitores. Instale o Google Analytics, a fim de mensurar as estatísticas de seu blog com uma ferramenta confiável. Depois, monte o seu mídia kit e disponibilize-o publicamente, como fazem as principais revistas, jornais e portais do Brasil. Tendo tempo e disposição, corra atrás de possíveis anunciantes, focando em especial aqueles que já anunciam na Internet e mostram ter familiariedade com publicidade online.
- O melhor aspecto de se ter um blog é que, tomando emprestada a expressão cunhada pelo Cardoso no encontro, você é o Roberto Marinho do seu recanto virtual. É você quem cria suas pautas, define os deadlines de seus posts, escreve sobre o que desejar da maneira que melhor lhe aprouver. Desfrute dessa liberdade: o que diferencia um blog das pencas de sites que existem por aí são as suas opiniões, o seu viés pessoal, a maneira personalizada como você abordará os mesmos assuntos citados por programas de TVs, sites de notícias, revistas especializadas. Não se esquecendo, evidentemente, de outro diferencial importantantíssimo dos blogs: a interação com seus leitores.
- Você tem nas mãos um veículo de comunicação. Não saia por aí, pois, atropelando fatos sem prestar socorro. Ao redigir um post informe-se o máximo possível, buscando apurar todos os dados que forem necessários e linkando suas fontes primárias. A credibilidade de um blog é o seu maior bem. Parafraseando aquele famoso slogan: não tem preço.
- A quem interessar possa, dois links. Sobre a relação entre blogs e literatura, escrevi o artigo “Literatura na rede: a transição dos bytes para as bibliotecas” para o site Paralelos. Já no texto “Blogo, logo existo“, publicado no Digestivo Cultural, amplio a gama de assuntos, tergiversando a respeito dos blogs como instrumentos de informação em regimes políticos opressores, ombudsman coletivo da mídia tradicional e estímulo para o surgimento de debates em tempo real.
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P.S. 1: As fotos que ilustram este post são de Guilherme Andrade, do Código Laranja, e Rômulo Pontes, do Blog do Noel.
Ok, há aqueles que não dão a mínima para a audiência. Criam blogs públicos a fim de manter parentes e amigos geograficamente distantes a par de suas vidas, fazem experimentações hermeticamente literárias, escrevem desabafos como se estivessem em um divã online. Eles não ligam para a quantidade de visitas, e fazem muito bem; principalmente se você se identifica mais do que deveria com a relação de efeitos colaterais elencados por Alê Félix no post “O Blog Começa a lhe Fazer Mal Quando…“, publicado em 2003, mas impressionantemente atual.
Porém, se você é um viciado em conferir as estatísticas de visitação do seu blog, que escreve posts com o intuito declarado de atrair pára-quedistas de Google, ou deseja simplesmente descobrir como divulgar seu blog e fazer com que mais pessoas conheçam seus textos e idéias, aqui vão algumas dicas, testadas e aprovadas na cozinha experimental do Inagaki, para quem pretende incrementar suas visitas:
a) Enviar permalinks de seu blog para o Uêba, maior site colaborativo do Brasil, com cerca de 25 mil visitantes diários. Não requer prática nem tampouco habilidade: basta clicar aqui e, claro, mandar um link que seja interessante. Uma chamada na página principal do Uêba é capaz de gerar até 2 mil visitas extras a um site. Conforme explica o criador do Uêba, Gilberto Knuttz, a inserção de um link na home-page ou na aba de blogs dependerá do seu conteúdo. Outras excelentes opções para a divulgação de seu site: Ocioso e LinkLog.
b) Enviar notas para o Minha Notícia, canal de jornalismo colaborativo do portal iG aberto para a participação de internautas que enviam textos, fotos e vídeos, sempre ligados a um fato ou notícia, vide as regras de uso. Uma vez submetida a nota, caso seja selecionada pelos editores de conteúdo do Minha Notícia (que dão dicas e tutoriais de redação neste blog), ela pode ganhar chamada de capa em um dos portais mais visitados do Brasil. Foi o que aconteceu comigo: redigi um texto com base em um post sobre o Pan 2007, com o título “Conheça o Galvão Bueno da patinação artística” (com um link para meu blog, é bóbvio), e submeti ao Minha Notícia. Hoje, ao checar minhas estatísticas de visitação, percebi que elas haviam bombado. Não deu outra: minha nota estava na home-page do iG.
Vários outros blogs, o Brogui.com, já fizeram o mesmo que eu e bateram recordes de visitas. Iniciativa bem-vinda do iG, portal que disponibiliza outras funcionalidades interessantes como o Meu iG (site “powered by Google” no qual você personaliza sua página inicial de acordo com suas preferências de sites e assuntos) e o Eu Na Web (que centraliza páginas com conteúdo produzido por seus usuários: blogs, fóruns, murais de fotos).
c) Blogs são conversações. Deixe comentários relevantes em outros blogs (confira, aliás, as dicas de Bruno Alves), participe de fóruns de discussão, publique links de outros blogueiros. Mas, ressalva importante, evite fazer escambos do tipo “me linka que eu te linko”. Na comparação feita por Edney Souza, linkar um site é como indicar uma loja para um amigo. Explica Edney: “Se a loja lhe trata mal, se os produtos são caros, se ele não encontra o que procurava ou se depois da compra apresentam defeitos ele reclamará contigo, e se você indicou com muita ênfase talvez ele não fale nada para não te irritar ou magoar, ele prefere simplesmente sumir, não fala mais contigo, não te visita mais“.
Por último, mas não menos importante: crie conteúdo original, que não se limite a simplesmente reproduzir o que já foi publicado em outros sites e portais. De nada adiantarão os mais diferentes esforços em divulgar seu blog se ele não trouxer nada que seja capaz de diferenciá-lo de outros tantos na folha de papel quase infinita que é a Internet. Um blog importa pelo que ele traz de pessoal; deve ser o espelho da personalidade, das idiossincrasias, das opiniões de quem o faz. Seu blog é sua casa virtual. Como aqui, por exemplo: meu recanto é simples, mas é limpinho. Servimos bem para servir sempre. ;)
Matéria publicada no caderno de empregos do jornal O Estado de S. Paulo atesta: 40% dos candidatos aprovados para as vagas existentes surgem por meio de networking. Mas quem busca por um novo emprego não necessita de mais dados estatísticos ou relatos de profissionais de RH para constatar isso. Quem nunca foi contratado graças à indicação de um colega, jamais pediu referências a um conhecido ou sugeriu nomes para uma vaga a pedido de alguém que estava à procura de um profissional, que atire o primeiro currículo.
Como explica Max Gehringer, colunista da revista Época e da rádio CBN, networking é “uma teia de relacionamentos que vai sendo tecida com muita paciência e nunca para fins imediatos. Como uma árvore, ele só vai dar frutos depois de consolidada“. Complementa Mario Persona: “Um verdadeiro networking é uma via de mão dupla. Eu ajudo você e você me ajuda, ainda que eu não lhe peça isto como condição. A melhor maneira de se começar um networking é começando a descobrir necessidades e necessitados e tentar ajudá-los“.
Internet é uma excelente ferramenta para o aumento de sua rede de relacionamentos. Ter um blog, por exemplo, foi fundamental para que eu conseguisse meu emprego atual e vários free-lancers como jornalista. Redes sociais também são ótimos meios de incrementar seu networking com o objetivo de aprimorar sua vida profissional. No exterior, o LinkedIn é o site de relacionamento corporativo mais difundido. No Brasil, a principal rede de contatos profissionais é a Via6, que já conta com mais de 100 mil usuários e quase 30 mil empresas cadastradas.
Eu, que assim como outros blogueiros fui procurado pela Via6 para escrever um review patrocinado, felizmente constatei que há mais aspectos positivos do que negativos no site. Após criar meu perfil e explorar os recursos do Via6, destaco em especial a possibilidade de publicar em meu perfil artigos, vídeos e apresentações em Powerpoint (via SlideShare), permitindo o compartilhamento de informações e tornando os perfis de usuários fontes preciosas para quem procura por clientes, empregos ou novos conhecimentos aplicáveis para sua vida profissional: muito melhor do que simplesmente a publicação de um currículo online.
Outro aspecto positivo é a transparência dos mantenedores do site, que através de seu blog informa aos usuários da Via6 as últimas novidades. Por exemplo, o incentivo para que usuários incrementem seus perfis com conteúdo relevante (os mais interessantes ganharão destaque na capa da Nova Via6) e a promoção para convidar amigos a inscreverem-se no site, com distribuição de 90 vales-compra do Submarino no valor de R$ 100.
Só espero que os problemas com servidores tenham sido resolvidos em definitivo. No dia 25 de julho, quando Bruno Alves, Celso Júnior, Duquian Lioncourt, Edney Souza, Mauro Amaral, Rodrigo P. Ghedin e Tiago Dória publicaram seus reviews, acessar a Via6 tornou-se tarefa árdua. O site passou a carregar lerdamente, como em meus piores tempos de Internet discada. Depois, simplesmente saiu do ar por excesso de acessos, conforme explicou Renato Shirakashi, um dos fundadores da Via6. Nada que seja capaz de tirar a impressão positiva que tive, tanto da Via6 quanto das outras páginas interligadas à rede social: o Rec6, agregador de notícias, e o Indica6, site de divulgação e pesquisa de vagas de emprego e busca de parcerias e fornecedores.
Eduardo Fernandes, a.k.a. Eduf, já editou as revistas eletrônicas Fraude.org e Gonzo, compôs e gravou músicas sob a alcunha de Peruano Saudita, publicou cartuns no Jornal da Tarde, trabalhou nos sites da Trip, TPM e Futuro Comunicação, colaborou e editou um número do Spam Zine, lançou um livro intitulado “O Prazer de Decepcionar”, criou e editou a revista Radar e escreveu para a Irmandade Raoul Duke. Atualmente é editor do site da revista Superinteressante e grava rock’n'roll for geeks. Mas é evidente que tudo não passou de mera preparação para um novo projeto que vem por aí.
Nas palavras de seu autor: “Basicamente, a idéia é encontrar saídas divertidas, inteligentes e criativas para lidar com a vida atrelada à tecnologia. Os lifehackers são espécies de McGyvers do cotidiano. Como o personagem do seriado de TV, dão um jeito de usar as coisas mais improváveis para resolver seus problemas. Por isso o nome do site: Magaiver, abrasileirando um personagem que por si só já é bem brasileiro, aquele que usa criatividade e bom humor para superar limitações e falta de recursos“. Atesto, boto fé e saio de baixo.
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.