Ayrton Senna do Brasil, Japão, 1988, há 20 anos

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ainda me lembro. O país havia sido contagiado por uma insônia voluntária coletiva. Era madrugada no Brasil, mas era visível a luz azulada em muitas das janelas de casas e apartamentos visíveis da minha sacada. E foi assim que, na madrugada do dia 30 de outubro de 1988, eu vi Ayrton Senna da Silva conquistar pela primeira vez o título mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Japão, disputado no circuito de Suzuka, no Japão.

Senna foi o rei das vitórias fantásticas e quase impossíveis. Como no GP de Interlagos em 1991, quando correu as últimas sete voltas usando apenas a sexta marcha do seu carro. Ou na fantástica corrida em Donington Park, no GP da Europa de 1993, da inesquecível melhor primeira volta de todos os tempos (veja aqui o vídeo no YouTube), quando, sob chuva, Ayrton fez quatro ultrapassagens e chegou à liderança.

Do mesmo modo foi assim no GP de Suzuka, quando o tio do Bruno Senna, que havia se classificado na pole position, deixou o motor morrer na largada e acabou caindo para a 14ª. colocação, enquanto seu principal rival pelo título de 1988, o francês Alain Prost, estava na liderança. Mas Senna nunca se deixou esmorecer em uma corrida. Já na primeira volta recuperou seis posições, subindo para o oitavo lugar. E assim foi, galgando posição após posição em arrojadas ultrapassagens. Uma garoa bem-vinda ajudou o Rei da Chuva, e foi assim que, após chegar à liderança na 27ª volta, Senna não permitiu que nenhum outro piloto ousasse ficar à sua frente. Resultado: após 1 hora e 33 minutos de prova, Ayrton Senna do Brasil recebeu a bandeira quadriculada, ganhando por antecipação o primeiro dos três títulos mundiais de F-1 que coroaram sua brilhante carreira.

Eu nunca me esquecerei desse cara, cuja morte, decorrida daquele malfadado acidente em Ímola no ano de 1994, apenas consolidou um mito que permanece vivo por meio das lembranças de seus fãs, do seu instituto e do “Tema da Vitória“, composto por Eduardo Souto Neto e até hoje entoado nas transmissões da Globo, apesar de ser irremediavelmente associado à figura de Ayrton. Espero que o seu exemplo ilumine a corrida de Felipe Massa no Grande Prêmio Brasil deste domingo. Valeu, Senna!

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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  • Pingback: Ayrton Senna, 1° de maio de 1994 - Pensar Enlouquece, Pense Nisso

  • http://www.cavzodiaco.com.br alcides

    Alexandre lembro de quando eu era pequeno eu estava com meu pai e meus irmãos fui a sala liguei a tv e estava passando a corrida senna estava ganhando não assisti o final e fui faser outras coisas.
    mas tarde meu pai chegou em mim e perguntol filho quem ganhol a corrida e eu respondi com firmesa Ayrton Senna e olha que eu nem tinha assistido até o final e não foi que ele ganhol mesmo
    Desde então Senna é meu idolo
    Preciso falar algo quando falam que ninguem é insubstituivel não é verdade
    senna sera sempre senna não importa quantos titulos conseguirem a mais
    Se o senna não tivesse morrido quantos titulos a mais ele poderia ter nos trasido e quantas vezes mais ele ergueria com braços fortes a nossa linda bandeira com aquela linda musica de fundo
    Valou senna obrigado por tudo

  • http://professoraelainedossantos.blogspot.com/ Elaine dos Santos

    Li vários posts, mas, de repente, este foi fantástico, trouxe um pouco da gente inocente que éramos, aos domingos, vendo Senna, conquistando vitórias imaginárias…saudade!!!

  • http://www.observacoescasuais.blogspot.com Laurinha

    Quando o Airton era vivo, eu era viciada em Formula1. Impossivel era nao ser. Bons tempos!

  • Cristina

    Ina, que delícia a corrida, não foi?
    Que alegria ver a garra no nosso piloto.
    Tenho certeza que em breve ouviremos o tema da vitória. Tantantantantan.
    Massa!!!
    beijos

    R: Oi Cris, que bom reencontrar a senhorita aqui! Bem, o tema da vitória a gente já ouve, quero ver é o Massa campeão. B) Um beijabraço pra ti.

  • http://maroma.wordpress.com/ Marília

    Também nunca me esquecerei dele… apesar de não me lembrar desse primeiro título, afinal, ainda tinha 6 anos e assistir a corridas não estava em meus planos! :D

    R: Pois é, Marília. Eu já tinha 15 anos quando vi Senna ser campeão pela primeira vez. :D

  • http://potencialmenteinteressante.blogspot.com AYLA LIMA

    Eu era muito pequena quando o senna morreu,mas eu lembro de ver na tv e na minha familia a tristeza uma dor tão profunda como um sonho lindo que se acaba e não entendia como podiam sofrer tanto por uma pessoa que nem conheciam?
    Depois eu entendi ,quando ele aparecia na tela da tv ra como se o mundo ficasse mais bonito as pessoas que tinham raiva uma das outras poddiam sentar e poder estar bem.
    Esse era o poder do Senna juntar uma nação para seguir a mesma direção e não acredito que alguém mais seja capaz de fazer isso.
    Senna nosso héroi brasileiro.

  • http://www.forrestvox.blogspot.com Tiago

    Preparemos nossos corações para o dia que veremos Massa ser campeão mundial da F1, preparemos nossos olhos para receber lágrimas de alegria, e que nossas unhas estejam grandes para serem roídas.

    Massa é mais do que um piloto, é brasileiro!

    Belo Post Inagaki, parabéns cara!

    R: Thanks, Tiago. E desde já tratemos de preparar nossos corações para os testes cardíacos da temporada 2009, que promete uma disputa acirrada entre Massa, Hamilton, Alonso, Raikkonen, Kubica e Vettel pelo campeonato!

  • http://www.sucodecevada.com.br Leandro

    Muito legal seu blog, Alexandre. òtimas lembranças. Meus domingos nunca mais foram os mesmos. Sucesso pra vc!
    http://www.sucodecevada.com.br

  • http://pensamentoscirculares.blogspot.com.br Carlos

    Acho que qualquer brasileiro apreciador de esportes ou F-1 acabou ficando um pouco saudosista em relação ao Ayrton Senna. È inevitável, ele foi um dos gênios deste esporte, e fez a alegria de muitos de nossos domingos, deixando para nós, até então uma lacuna ainda não substituida.

    Li alguns comentários sobre o Rubinho, e confesso que sempre sinto pena por ele: acho que ele não era o mal piloto que sempre tacharam, mas o sujeito no lugar errado (como companheiro de equipe do Michael Shumacher, outro gênio do esporte, onde sempre iria fazer papel de coadjuvante) e no momento errado (assumiu um carro de F-1 como piloto brasileiro logo após a morte do senna, então pegou em suas costas a expectativa de torcedores brasileiros exigentes). Acho que foi muito para o pobre Barrichello.

    Quanto ao Massa, acho que ele não é um gênio do esporte, mas é competente no que faz. Que ele tenha mais sorte no próximo ano, e traga mais alegrias para nós.

    Abraço. E parabéns pelo post.

    R: Carlos, assino literalmente embaixo das suas palavras. É um tanto quanto inevitável pensar naquelas manhãs de domingo com uma certa nostalgia. Barrichelo é um piloto muito subestimado; infelizmente, não teve o melhor dos timings; e Massa, se não é um gênio, evoluiu inegavelmente no decorrer da temporada de 2008, e está finalmente maduro para tornar-se, um dia, campeão mundial de Fórmula 1. Um abraço!

  • aninha

    Meu pai sempre adorou Fórmula 1. Teve 3 filhas mulheres, mas isto não impediu que ele levasse as 3 para Interlagos na primeira oportunidade. Eu lembro da minha mãe preparando lanchinhos (nós levamos um isopor) e também lembro do calor que fez naquele dia. Outra coisa inesquecível foi o barulho. Pra mim, Fórmula 1 = meu pai. Impossível não associar.

    E só para contrariar este comentário idiota do Jacaré, é bom lembrar que somos todos mineiros aqui em casa. Mineiros DA GEMA. E que em BH o povo também acompanhou Fórmula 1, principalmente na época do Senna.

    Para terminar, deixo aqui uma frase famosa do Tom Jobim, que me parece apropriada para o Jacaré anônimo:

    “No Brasil, o sucesso é imperdoável”

    Beijos

    R: Aninha, seu comentário é mais uma constatação de que as corridas do Senna não apenas eram vistas nos mais diferentes cantos do Brasil, como ainda uniam famílias em torno da TV.

  • http://vozativa2.blogspot.com/ lugirão

    Também nunca vou esquecer o Airton Senna, depois da sua morte deixei de ver a fórmula 1, só recentemente voltei a assistir.

    Será que o Felipe conseguirá nos dar alegrias novamente? pelo que vimos acredito que sim.

    Boa semana.

    R: Lugirão, o Massa já está nos dando alegrias, não? Ganhou dois GPs em Interlagos, e só não venceu a corrida no Brasil por três anos consecutivos porque em 2007 cedeu a vitória para que seu companheiro de equipe pudesse ser o campeão. Massa é um piloto que evoluiu extraordinariamente em 2008, deixou para trás Raikkonen e chegará para a temporada de 2009 com a moral em alta e sem precisar provar mais nada para ninguém. Boa semana!

  • http://joaogrando.wordpress.com joao~grando

    Ah, só para complementar, à Senna que eu digo em relação à questão ídolo, porque Massa saiu na frente, afinal.

    E não sei o que vai dar com o Rubinho, mas por algum motivo eu gosto dele e espero que ele fique mais uma temporada, ou ao menos seja lembrado pelo que fez de bom e não como uma piada que de fato um profissional como ele não é.

    R: Lamento pelo fato do Rubinho ter virado motivo de piadas, muito por conta de certas posturas e declarações infelizes que proferiu ao longo da carreira. Trata-se de um baita piloto. Mas ouvi-lo, por exemplo, quase que mendigando um cockpit na F-1 em 2009, e ainda aconselhando o Bruno Senna a não pilotar como titular no ano que vem, dentre outros motivos porque o sobrinho do Ayrton possivelmente pegará sua vaga atual na Honda, não soou bem. Uma pena mesmo, porque o Barrichello parece ser gente boa, mas não conseguirá fugir dessa pecha de coadjuvante eterno do Schumacher.

  • http://joaogrando.wordpress.com joao~grando

    Senna conseguia ser raçudo num esporte que privilegia a técnica, conseguia ser raçudo controlando uma máquina.

    Quanto ao Massa, agora que já passou, ele rascunhou bem uma vitória à Senna: ele vencer o campeonato nas últimas voltar no Brasil (também em tempo de crise na seleção) ia ser inesquecível.
    Mas à Senna e não Senna, porque Senna, além de inesquecível, era, talvez por isso, incomparável, para concordar contigo.

    R: De fato, João. O sobrenome dele provavelmente retornará à Fórmula 1 no ano que vem, por meio do seu sobrinho, mas Ayrton mesmo só haverá um. De qualquer modo não posso deixar de elogiar Massa. Pela corrida e, em especial, pela postura que ele manteve após a vitória no GP de ontem e pela maneira como aceitou o título de Hamilton. Um grande campeão também é aquele que sabe perder.

  • http://groselha.wordpress.com Srta. Bia

    Achei muito bonito também o comentário do Bruno sobre a relação dele com o pai. Vários momentos especiais que vivi em família ocorreram por causa de eventos esportivos. Acordar cedo para ver o Senna nas corridas de domingo era programão da família, o papai sentava no meio, com os filhos pendurados ao redor. Concordo que existem muitos gênios do esporte hoje em dia, mas o Ayrton era realmente muito especial, porque ele não parecia tão incrível como o Phelps, por exemplo, ele parecia extremamente humano e fazia coisas incríveis. E amava o automobilismo, era justamente para aquilo que ele nasceu.
    Quando o Guga despontou achei que ia sentir aquele mesmo prazer louco de torcer que sentia pelo Senna, mas não, também gosto do Massa, mas acho que nunca vai ser a mesma coisa.

    R: Srta. Bia, creio que comparar a torcida que nutrimos por um e outro esportista é meio como tentar tecer comparações entre um e outro relacionamento. Nunca é a mesma coisa, e felizmente é assim mesmo. Você recordou do Guga, e eu me lembrei do dia em que Kuerten conquistou seu primeiro título de Roland Garros, quando assisti à partida no monitor de uma loja da Blockbuster, locadora na qual trabalhava como gerente na época. :D

  • http://waltercarrilho.blogspot.com Walter Carrilho

    Vale lembrar que o Senna era um dos lados de um dos maiores temas-de-discussão-de-boteco: “Quem é melhor, o Senna ou o Piquet?” Qualquer pessoa que provoque brigas homéricas em companheiros de copo merece respeito.

    R: Boa lembrança, Walter. O post que escrevi sobre o Nelson Piquet rendeu umas boas brigas típicas de torcidas organizadas. :D

  • http://www.stellapsicanalise.blog.uol.com.br Stella

    Olá Alexandre,
    Eu sou mais velha que vc e eu vi as corridas do Emerson Fittipaldi numa época onde pilotos morriam em quase todos os anos, ou sobreviviam por um triz como Niki Lauda.
    Mas conhecí o Massa, e eu tive uma impressaõ de que ele ainda vai muito longe. Pode se preparar que ainda vai dar muitas alegrias.
    Bjus Stella

    R: Stella, os anos 70 foram realmente trágicos para a Fórmula 1, com grandes perdas praticamente todo ano. Menos mal que o automobilismo tornou-se mais seguro, e deixamos de perder precocemente talentos do naipe de Jim Clark, François Cevert, Ronnie Peterson e Jochen Rindt. Um beijo!

  • http://flowers.fan-sites.org Nathália

    É, não foi dessa vez, Inagaki. E sabe, eu não ligo pra F1, mas um brasileiro com uma oportunidade dessas mexe com todo mundo, né? Foi uma pena o Felipe não ter ganho, mas ele ainda vai ter outras oportunidades…

    Quanto ao Senna, a única imagem que tenho dele é a do acidente, que repassou na TV inúmeras vezes quando eu tinha apenas seis anos. Minha mãe é que curtiu muito, e ela nunca mais assistiu a uma corrida sequer. Só isso mostra o quanto ele iluminou as pistas.

    Interessante o poder do esporte em unir uma nação.

    Obrigada pelo comentário no meu blog! Beijos!

    R: Nathália, a corrida de ontem foi épica, digna dos momentos mais antológicos da carreira do Senna. Apesar do final anticlimático, foi bom levantar do sofá berrando, em frente à TV, vibrando por causa de mais um brasileiro na F-1. :D

  • http://thathistan.blogspot.com/ Tathi

    é realmente as corridas nunca mais foram as mesma depois da “ida” de Senna, lembro que o conheci depois do meu pai comprar um post enorme dele tamanho natural, é uma das minhas doces lembranças da infância!Excelente post! parabéns! Abraços

  • Paula GArcia

    isso eh maldade, eu ainda nao superei essa tragedia. Me recuso a ler.

  • http://www.lauravive.blogspot.com laura

    Ina, meu querido, bom te ver lá. Fico super feliz que tenha gostado do conto e manifestado isto. :)
    Eu acabei a casa, um dia poderá vir passar uns dias aqui, será um prazer.
    Bj Laura

    R: Valeu, Laura. Um beijão pra ti!

  • http://issoebossanova.blogspot.com/ Sandra Leite

    sentimento estranho esse que o Senna desperta até hoje. As manhãs de domingo nunca mais foram as mesmas…

    R: Pois é, Sandra. Ficamos um tanto quanto mal acostumados com tantas vitórias.

  • http://manualtech.com/ Guilherme Peternelli

    Acredite ou não, minha mãe tem um poster dele autografado pelo próprio. Concerteza deve valer algo, mas a lembrança é eterna, acho que nunca venderia.

    R: Guilherme, eu só não digo que não venderia um pôster autografado pelo Senna porque a carne é fraca e capitula a certas ofertas.

  • http://thahy.com thahy

    poxa, moço…

    teu site não tem um selo?

    qria te linkar de uma forma visivelmente bonita… e não com simples letrinhas…

    R: Olá Thahy, você pode utilizar o selo disponível aqui. Obrigado pelo interesse e, hey, parabéns pela matéria no jornal! :D

  • http://alfarrabium.blogspot.com Giane

    Oi, Alexandre!!!

    Eu também não vou esquecê-lo.
    Não tanto pelas corridas (não as assistia)e sim pelo arrojo que fazia com que exigisse mais de si que dos outros.
    E pela humildade em compartilhar cada vitória até com quem não tivesse contribuído diretamente com ela.
    Além de tudo: a bandeira brasileira erguida depois de cada vitória, mostrando uma alegria e satisfação incondicionais de ser brasileiro.
    Por essas e outras qualidades, não esquecerei o Ayrton.

    Beijos mil!!!

    R: Giane, é verdade. O gesto que o Senna fazia de, a cada vitória, levar a bandeira do Brasil consigo era algo que resgatava o orgulho de ser brasileiro. O Bruno Senna, quando chegar à F-1, terá o peso do mundo em seus ombros.

  • Luciana

    Ei, Alexandre, sua amiga Luciana, que mora em Belém do Pará, pode confirmar que não era só São Paulo que estava insone naquele momento.

    Posso dizer mais: posso dizer que minha família toda estava reunida por conta do aniversário da minha avó, quando o Ayrton venceu o GP do Brasil que vc citou… E gritamos e rimos e choramos…

    E choramos mais ainda quando o Senna morreu. Não foi só em SP, como o fino Jacaré quis dar a entender.

    Beijo, querido.

    R: Luciana, obrigado pelo testemunho, mas o fato é que o comentário do tal réptil anônimo de e-mail falso nem precisa de muitas palavras pra ser contestado. É o típico texto que dá vergonha alheia daquele que se presta ao papelão de expor publicamente tantas bobagens. Mas enfim, como tenho o costume de liberar até os comentários mais idiotas desde que não xinguem a terceiros… Um beijo!

  • Mirella

    Me lembro de quando tinha uns 9 anos de idade, eu e meu pai estavamos na sala deitamos no chão assistindo a corrida, e quando ele cruzou a linha de chegada olhei para meu pai e ele estava chorando, comecei a chorar abraçada a ele. Assistia a todos os treinos e corridas, deixava tudo para ir ve-lo. Hoje nao faço mais isso, deixei de assistir as corridas e ficou só saudades de um tempo bom. Nao dá pra esquecer aquelas ultrapassagens e hinos de vitória, ele é simbolo de superação. Valeu Senna!

    R: Mirella, é bacana ler relatos como o seu, que envolvem lembranças familiares e uma emoção que faz com que a gente ainda lembre daquelas corridas antológicas do Senna com saudade. :roll:

  • http://www.photoshopus.com Wallace Rodrigues

    Eu lembrooo!!!

    Era um pirralho com 13 anos de idade, foi num domingo de madrugada, e no dia seguinte eu tinha uma prova de matemática (que com certeza tirei uns 0,5 pontos…). Aquele ano entrei em recuperação na matéria, mas acabei passando.

    Legal ver esse vídeo

    R: Wallace, menos mal que você não pode imputar à sua noite de insônia uma possível reprovação. Ainda sim, não teria sido em vão. Aquela corrida foi inesquecível. B)

  • http://pequenos-takes.blogspot.com Roberto Queiroz

    Rever Ayrton Senna nas imagens do You Tube me fez ver o quanto o automobilismo e, de certa maneira, o esporte mundial perdeu parte de seu encanto de forma depressiva. Lembro-me exatamente de meus heróis: Senna, Oscar Schmidt, Zico e hoje, no entanto, quem poderia chamar de ídolo? com certeza, não Felipe Massa e Obina. Fala sério! Por onde andam os gênios, meu Deus! Em que mundo habitam essas criaturas celestiais?

    R: Roberto, em tempos nos quais estão em atividade nomes como Valentino Rossi, Roger Federer, Michael Phelps e Tiger Woods, não concordo com a sua afirmação sobre a falta de gênios esportivos em atividade. Podemos discutir outros aspectos como carisma, por exemplo. Mas que há muitos esportistas brilhantes atualmente, dentre eles alguns que inegavelmente podem ser elencados na lista dos melhores de todos os tempos em suas modalidades, há.

  • http://cds-download.blogspot.com/ illuminati

    Desta corrida eu não lembro, mas o que não esqueço foi a comoção geral no colégio onde eu estudava, na semana da morte de Senna, onde todos os alunos e professores fizeram 1 minuto de silêncio no pátio após tocarem o hino nacional.
    As lágrimas retornam com uma facilidade impressionante……….

  • http://www.cocuruto.com leo seabra

    O Senna é um gênio do automobilismo e da história da Formula 1. Hoje temos bons pilotos, mas nenhum com a mesma tecnica dele. Não adianta buscar o novo Senna, teremos um Hamilton ou um Massa, que são eficientes, mas não protagonizam grandes historias como as do ídolo

    R: Fogo é que o Senna criou um parâmetro muito alto, Leo. Coitados daqueles que até hoje aturam as comparações com o mais carismático de todos.

  • http://www.siaravirtual.com.br Cláudio Abreu

    Excelente artigo! Aírton Senna merece a homenagem!

  • Jacaré

    “O país havia sido contagiado por uma insônia voluntária coletiva.”

    “O país” ce quer dizer São Paulo, né, jacú? O resto do Brasil nunca quis saber dessa porra de carrinho dando volta em pista que a televisão insiste em dizer que é legal e os paulistas gordinhos juram que o Brasil todo gosta.

    R: Jacaré, por que toda essa agressividade contra paulistas? Seu comentário é tão estúpido e descontextualizado que resolvi deixá-lo aqui como registro antropológico. De quebra, é covarde: acabei de enviar um e-mail que retornou por ser inexistente.

  • http://monthiel.blogspot.com Monthiel

    Esse cara era espetacular. Simplesmente espetacular… Eu não sou fã de fórmula 1, mas não tinha como não se emocionar com aquele hino do Brasil mixado com o tema da vitória de Senna. Era lindo.. Saudades…

    R: De fato, Monthiel. Eu vou lhe dizer que sou um tanto quanto avesso a arroubos nostálgicos, mas é que só o Senna era capaz de protagonizar vitórias épicas como essa de Suzuka. Ao contrário de muitos brasileiros, eu continuei assistindo regularmente as corridas de Fórmula 1 após a sua morte, mas ele deixou um vácuo que não foi preenchido.

  • http://nodoadouniverso.com Bruno Pedrassani

    Ninguém vai e nem pode esquecer esse cara. Sei que ele não teve nada a ver com isso, mas foi por causa dele que minha relação com meu pai foi construída como amigos. Imagine a cena: meu pai acordando de madrugada/manhã/whatever, vai ao meu quarto, deita na minha cama e me acorda pra assistirmos a corrida. Eu era muito pequeno, mas lembro muito bem de cada corrida, de cada hino da vitória tocado, de cada momento que não volta mais.

    Isso sim, é ser um ídolo.

    R: Bacana, Bruno. As corridas do Ayrton tornaram você e seu pai companheiros de arquibancada televisiva. :D

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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