Amor e sexo com… robôs?

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 16 de março de 2009

Encontrei nesta semana um texto que me chamou a atenção: “Robô programado para amar tem ‘ataque obsessivo’”. Segundo a matéria, o robô Kenji, programado para simular emoções humanas e criado pela empresa japonesa Robotic Akimu, teria perdido o controle após passar um dia no laboratório ao lado de uma pesquisadora. Quando ela estava saindo do recinto, Kenji recusou-se a deixá-la ir embora, bloqueando a porta de passagem e exigindo abraços, em um súbito ataque de carência emocional. A história, que repercutiu em blogs como Gizmodo e acabou por ser reproduzida em dezenas de sites brasileiros, seria sensacional; pena que é falsa. A lorota do robô que amava demais foi criada pelo blog MuckFlash, cujo lema, sugestivamente, é uma citação de Mark Twain: “Consiga os fatos primeiro; depois, distorça-os como quiser”.

Não pretendo, porém, escrever mais um texto sobre como blogueiros e jornalistas são facilmente ludibriados pelo que encontram na internet, até porque já fiz isso no post “Sobre vídeos engraçados, risadas fora de hora e um ceticismo necessário”. A leitura deste hoax acabou, na verdade, tornando-se o mote para que eu recordasse de um singelo livro escrito por David Levy, especialista em inteligência artificial, que, em sua obra Amor + Sexo com Robôs - A Evolução das Relações entre Humanos e Robôs, vaticinou a seguinte previsão: humanos começarão a fazer sexo com autômatos daqui a 5 anos, e os primeiros casamentos, hmm, interespécies serão realizados em meados de 2050.

Em entrevista concedida a Marcela Buscato, da revista Época, David Levy afirma que solidão será o principal motivo pelo qual pessoas se apaixonarão e farão sexo com máquinas: “Há milhões de pessoas solitárias no mundo porque são tímidas, têm uma personalidade difícil ou não obedecem a padrões estéticos… Elas poderiam ser muito mais felizes se tivessem alguém para amar e para amá-las”. Mais adiante, Levy não hesita em dizer que o sexo passará a ser ainda melhor: “Os robôs serão os melhores amantes do mundo, porque nós poderemos programá-los com todos os manuais e guias sexuais que já foram escritos”.

Embora soem heréticas e aberrantes, não posso deixar de pensar que as palavras de David Levy fazem certo sentido. Afinal de contas, robôs poderão ser moldados de acordo com as predileções estéticas do seu dono. Além disso, a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis provavelmente diminuiria. Em sua entrevista, Levy afirma ainda que robôs poderiam ser uma alternativa para a redução de crimes sexuais como pedofilia; uma ideia que, por mais que possua alguma lógica, soa extremamente repulsiva para mim. Mas o caso é que, digressões éticas e filosóficas à parte, não creio que muitas pessoas descompromissadas conseguiriam resistir incólumes ao sex appeal de espécimes como a Número 6 de Battlestar Galactica ou o Gigolô Joe do filme A.I.

E é pensando em uma cena de A.I., o filme originalmente concebido por Stanley Kubrick e dirigido por Steven Spielberg em 2001, que chego a um dos grandes temas universais: o amor. Apesar de W.H. Auden ter lembrado, em um de seus versos, que “milhares viveram sem amor, nenhum sem água”, o fato é que amar sem ser correspondido é um dos maiores sofrimentos desta vida, além de representar interminável motivo de inspiração para músicas sertanejas, baladas emo e poemas sofríveis.

Pois bem: na trama de A.I., há um cientista que cria David, um pequeno robô que possui a capacidade de amar seus pais para “todo o sempre”. Para que esse amor seja “acionado”, basta que o comprador dessa criança-robô pronuncie uma série de sete palavras, que devem ser verbalizadas dentro de uma sequência programada: cirro, Sócrates, partícula, decibel, furacão, tulipa e golfinho. Feito isso, o robô estará fadado, até o fim dos dias, a nutrir um amor incontestável, interminável e irrestrito por quem pronunciar essas palavras.

Não posso deixar de imaginar quantas dores de cotovelo, sofrimentos amorosos e crimes passionais seriam evitados se o tal do Amor pudesse ser catalisado a partir de uma simples e banal sequência de palavras. Por outro lado, essa artificialidade mecânica no gênese de um sentimento não tiraria a graça, a complexidade e toda a poderosa gama de ações e reações catalisadas por um flerte, uma conversa casual, um encontro agendado (ou não) pelos acasos da vida? Onde ficariam os amores surgidos a partir da fagulha de uma paixão, que posteriormente são construídos e solidificados pela amizade, pelo carinho, pelo convívio, pela cumplicidade? Poderia ser chamado de amor um sentimento sem brechas para fissuras, discussões e discordâncias, que obrigam as duas metades de um casal a aprenderem a fazer pequenas renúncias e concessões, em nome da maior transcendência que pode ser conseguida neste mundo?

Penso em como seria se esses robôs surgissem nos dias de hoje. Por certo não faltariam pessoas maravilhadas com a oportunidade de adquirir, através de cartões de crédito ou boletos bancários em até 36 vezes sem juros, máquinas programadas para dar amor sem a necessidade de qualquer recíproca; suportando traições, bebedeiras, desprezo, atos violentos e tudo que há de mais desprezível na índole humana. Diante de tamanha passividade, temo pela sensação crescente de impunidade que fomentariam em pessoas mimadas, egocêntricas, habituadas a relacionamentos descartáveis e que nunca sabem exatamente o que desejam. E não é difícil prever que ferros velhos logo estariam abarrotados de robôs mutilados, vilipendiados e escorraçados por gente como a gente; humanos, demasiadamente humanos.
Quem me dera que os avanços tecnológicos pudessem ser capazes de eliminar relacionamentos robotizados.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

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    Para este fim, já existem aquelas novas bonecas infláveis, que são bem perfeitinhas - é claro, não são robôs, mas ajudam alguns homens solitários. Acho que todos nós adoraríamos ter um (a) amante fabricado de acordo com as nossas preferências, que nos “amasse” incondicionalmente e que pudéssemos guardar no armário. Mas esse brinquedinho dificilmente substituiria nossa carência e desejo pelos outros humanos do mundo!

  • http://www.primeiroslugares.com.br/ Guilherme

    Muito interessante!

  • http://www.desentupidoraabccuritiba.com.br Julian

    pakaba mesmo, pra ver como anda esse mundo, até os robos tao ficando tarados =]kkk,Muito bom seu texto, creio que não seja tão dificil os robos simular emoções e se apegar a determinadas pessoas como no filme AI que por sinal foi demais.. Dificil mesmo é fazer com que tais emoções sejam espontaneas de acordo com o que cada robo “ve, vivencia”

  • http://www.aquarelladesentupidora.com.br/ Desentupidora Aquarella

    O tema amor e sexo é sempre curioso e chama atenção de todos! Filmes como A.I e O homem bicentenário tratam muito bem os assuntos, ficamos aficionados na telinha aguardando os desfechos, sempre torcendo por finais felizes!

    Grande texto!

  • http://ww.henriqueguimaraes.com Criação de Sites

    Puts… É cada uma. rs…rs…rs… Interessante!!!

  • http://www.otimizacao-de-sites.org Guilherme

    Eu já assisti esse filme, show de bola a história e a produção!
    Abraço!

  • http://decoracaodeparede.com/ wendson

    As vezes eu acho que seria mais facil se relacionar com um robo, pois os humanos são muitos complexos, as mulheres principalmente :p

  • http://Desentupidora Fortaleza

    Woow! Vamos cuidar dos nossos robôs aqui na Desentupidora agora!!!
    Muuita atenção!!!
    Ótimo post!

  • http://www.graficacdc.com.br Graficas

    Tema muito polemico e com varias ramificações de pensamento, assunto para anos.

  • http://www.desentupidoradedetizadora.com.br Marcos Sampa

    Bom, pelo menos mercado não deve faltar. Segundo matéria publicada no UOL os homens pensam em sexo cerca de treze vezes por dia.

  • http://www.desentupidorasanehidro.com.br Marcos

    Ah, mas as vezes até parece que estamos fazendo sexo com robô. Tem cada moça por aí que parece um robozinho na cama. Não seria nenhuma novidade! ;-)

  • http://sexo.com joão paulo amorim

    por que não consigo abrir as paínas

  • Mayra

    Realmente, a notícia do robô foi uma surpresa, e acho que fui uma das muitas pessoas que acreditaram nisso, mas a idéia de relacionamentos entre humanos e robôs já é bem antiga. Aasimov tratou bastante do tema em seus livros, com histórias inclusive adaptadas (O homem bicentenário) e o tema invadiu até outros meios como os mangás:Chobbits e recentemente - acho que a um ano atrás Zettai Kareshi, o namorado perfeito, histórinha bem estilo shoujo, onde uma menina compra um robô com todas as características que deseja para ser seu namorado.
    Ainda que como o André escreveu no seu comentário, possa ter algumas vantagens, fico pensando que um “robô amante” seria no fim só mais um objeto de consumo… a carência humana pode ser infinita sim, como disse a Karina, mas será que algo artificial pode suprir isso? Afinal, apesar de carentes também somos exigentes. Um amor sempre a disposição, sempre certinho, sem altos e baixos e sem surpresas, no fim não se tornaria monótono? Caímos nos relacionamentos robotizados, e se um ex já é chato, imagine um que foi programado pra te amar eternamente? Bizarro…

  • http://www.desentupidora.srv.br Raphael Desentupidora Esgotécnica

    Parabéns pelos textos ótima criatividade… Raphael Desentupidora Esgotécnica

  • Luciana Carla

    Alexandre, grande sensibilidade na abordagem do deste tema. Abraços…

  • Patrick Lopes

    Magnífico seu texto! Como muitos outros!
    Mais uma vez queria te parabenizar pela genialidade como escreve! Meus sempre “Bravo” para você!

    R: Valeu, Patrick. Brigadão pelo comentário generoso!

  • http://cantodovladimir.zip.net Vladimir Batista

    Fala, Ina! Nossa, esse post virou um clássico instantâneo, heim!?
    Eu acho a cena de AI em que a mãe rejeita e abandona o robozinho uma das melhores do cinema. Pena que depois, na minha opinião, o filme se perde um pouco.
    Só queria comentar que essa visão pessimista me lembrou outro filme, Ensaio sobre a Cegueira. Quem disse que, com uma epidemia de cegueira, o ser humano viraria um animal e a sociedade primitiva? Isso não poderia, ao contrário, despertar a solidariedade e a humanidade? O mesmo para um mundo de robôs sexuais. Da mesma maneira que videogames repugnantes agradam a poucos, acho que o mundo não mudaria tanto: os “doentes” continuariam “doentes” e os humanos continuaria humanos. Sou otimista demais?
    Abraços, Vladimir

  • Elemanto X

    Olha, eu acho que eles nao tem pinto, e voces sao um bando de filha da puta, seus lazarentos, e esse livro é uma bosta! e esse blog uma porcaria!

    R: Hmm. Pelo jeito este post acertou em cheio um recalcado mal resolvido da vida. Por acaso vossa senhoria apaixonou-se pelo aspirador de pó?

  • http://www.tudopodre.com.br Thiago Moskito

    Eu sou um robô! É verdade. Pode perguntar pra minha mãe.

    No filme A.I. (ou I.A.), acredito que a questão principal é a semelhança física e psicológica do robô com um ser humano, o que faz acreditar que o tal é mesmo uma criança. Com tantos detalhes físicos e minuciosos softwares de controle de personalidade que o torna único, faz qualquer um pirar e pensar em coisas como existência da alma, espírito, bem e mau, enfim.
    O que explodiu minha cabeça na trama foi o final sem os seres humanos e o grande questionamento de “onde viemos” dos robôs tal como o ser humado.

    Ótimo esse post, mandou muito bem.

    R: Thiago, eu particulamente acho que o filme acabaria de forma perfeita naquela cena em que eles estão presos no fundo do mar. Mas como o filme é do Spielberg, precisava ter um final mais edificante. De qualquer modo, não desgosto da solução que ele deu, com o reencontro entre mãe e filho-robô.

  • http://oleitoresseidiota.wordpress.com André

    http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1054005-6174,00-ROBO+JAPONESA+ESTREIA+SEM+ROUPA+NA+SEMANA+DA+MODA+DE+TOQUIO.html

    Já que falamos em robôs humanoides, cá vemos esta “srta.” oriunda da terra dos seriados com robôs gigantes (um dia eles chegarão a um com o tamanho daqueles…).
    A “moçoila” estreou na Semana da Moda de Tóquio e posso até vislumbrar um ligeiro futuro nos autômatos como substitutos das modelos de carne e osso. Afinal, aquela sucessão de mocinhas adolescentes que desfilam com uma invariável cara de tacho e passos marcados acabam saindo um tanto robotizadas. A única coisa que seria necessária é acrescentar pelo menos 12 cm na altura e uns 4 kg a mais de peso. Far-se-ia o que os estilistas querem sem sacrificar IMC de srtas ainda em fase de crescimento ou impor padrões estéticos inatingíveis (e nos quais a maioria dos homens nem se liga). Além disso, crescer o mínimo de 12 cm praticamente acrescentaria automaticamente os tais 4 kg a mais, 4 kg estes que ficariam imutáveis por décadas e mais décadas, imaginando-se que tais robôs tenham uma vida útil bem longa (a se depreender pelo usual em equipamentos eletrônicos).
    Como podem ver, a distinta figura desfilou nua. Ainda que seja de se imaginar que a maioria dos homens de lá, por questões técnicas, não tenham ficado boladões (imaginando que os bastidores do ambiente fashion japonês sigam mais ou menos a mesma tônica social do equivalente ocidental), também acho que os que não tenham as tais questões técnicas não tenham ficado comovidos com HRP-4C. Tudo bem que não é essa a função do robô em questão…

  • Marcus

    Muito bem escrito o texto. Mas eu discordo de uma passagem em particular. Aquela que diz que, segundo um estudo, as pessoas começariam a transar com robôs daqui a cinco anos. Isso já acontence. Digo, não com robôs complexos com características físicas humanas, mas com máquinas simples, como o consolo elétrico, ou aquelas estranhas vaginas de plástico com sucção automática.
    Ah, para a Srta. Bia: um filme não pode ser considerado prova de nenhuma situação real (exceto aqueles baseados puramente em eventos reais), ainda mais em situações hipotéticas que dizem respeito a uma situação tão distante como o abandono de um menino robô.

    R: Marcus, uma coisa é se masturbar com o auxílio de aparelhos elétricos; outra, bem diversa, é o sexo com robôs esteticamente parecidos com seres humanos e devidamente programados com softwares, profetizado pelo livro do David Levy.

  • Maria Helena

    Excelente post
    fiquei encantada é incrível a forma como vc escreve de uma forma tão sensível e ao mesmo tempo realista

    “Poderia ser chamado de amor um sentimento sem brechas para fissuras, discussões e discordâncias, que obrigam as duas metades de um casal a aprenderem a fazer pequenas renúncias e concessões, em nome da maior transcendência que pode ser conseguida neste mundo?”

    Perfeito :D
    adoro tudo que vc escreve

    R: Puxa, obrigado. Elogios assim me deixam sem jeito, Maria Helena. Mas agradeço. :)

  • Maria Helena

    Texto perfeito, me encantou
    nos deixa até mais feliz ler algo assim
    tão realista e sensível ao mesmo tempo
    adoro TUDO que vc escreve :D

  • http://blognatv.com/blog/ Cristal

    Quanto aos crimes sexuais não acho que passaria de uma solução aparente… Principalmente nos casos das ‘filias’. Um sujeito pedófilo transaria com um robô com aparência de criança e se satisfaria? Ou, já liberado uma vez o instinto, ele ficaria mais impulsionado a ir atrás de uma criança de verdade?

    E em relação ao amor… Um filme muito ‘menor’ (ou bem menos conceituado) que A.I., O homem Bicentenário, acaba me convencendo de que é sim possível.

    Mas, lembrando do Homem Bicentenário, a aparência do robô acaba sendo tão real… Então talvez o pedófilo se satisfizesse. Mas quem disse que o pedófilo merece se satisfazer? Ok, agora a discussão é outra.

    R: Cristal, se formos analisar essa questão mais a fundo, poderíamos pensar no sentimento catártico despertado pelas tragédias gregas, em atividades que sublimam o lado “id” de nossas personas, na função social que as prostitutas possuem, e em outras questões acerca do que fazer com sexualidades reprimidas e instintos de violência latentes em muitos indíviduos que zanzam mundo agora. Certamente seriam panos de fundo para diversos posts…

  • http://anomia.blogspot.com Emerson Damasceno

    É verdade Ina…além disso, eu lembrei depois: nada mais humano do que a lágrima derramada pelo Hutger Hauer nos anos 80, não é mesmo?^Paradoxal?^Nem tanto :)

    R: Na mosca, Emerson. O grande momento de “Blade Runner”!

  • http://vozativa2.blogspot.com/ lugirão

    Alexandre, muito bom teu texto…interessante como alguém insinua outro compra a notícia e ai se espalha que nem rastilho de pólvora.
    Acho assustador programar uma máquina para lhe amar, quando assisti o filme, não pude me furtar de pensar como seria bizarro.

    E está sendo pesquisado o amor de laboratório, até escrevi sobre isso, num futuro não muito distante você vai a farmácia e compra a pílula do amor, ou a injeção, feita a base de oxicitocina, e já está em fase de testes em roedores.
    E como diria minha avó: é o fim dos tempos….Morro e não vejo tudo.

    Beijos

    R: Pílula do amor, Lugirão? Puxa, essa é novidade pra mim. Mania essa de quererem inventar remédios pra tudo, não? Ainda se inventassem algo capaz de fazer as pessoas menos impessoais…

  • http://www.antenacombombril.blogspot.com Tuca

    Pra tudo se tem os dois lados da moeda. A internet já nos encarregou de nos colocar cibernéticos e os robôs em nosso dia-a-dia vai vir tão sorrateiramente que mal vamos lembrar quando foi que eles surgiram.

    Li num artigo ano passado sobre o sexo com robôs sobre a questão dos idosos. O sentimento de rejeição, da repulsa pelo corpo idoso, não só pelos mais jovens quanto pelos próprios, vai manter a atividade sexual da terceira idade em dia.

  • http://incautosdoontem.opsblog.org/ Ulisses Adirt

    :-)

    O Asimov ficaria orgulhoso de vc, Ina. ;-)

    R: Caro Ulisses, quem sabe um dia?

  • http://www.vanessakfuri.blogspot.com/ Vanessa Kfuri

    Ei Alexandre!!
    Leio seu blog a um bom tempo, e por ele me proporcionar bons momentos, sejam eles de diversão ou reflexão, estou te indicando ao prêmio Arte y Pico.
    Para saber mais detalhes, dá uma passada lá no Coisa Minha.

    http://www.vanessakfuri.blogspot.com

    Abraços!!!!

    R: Obrigado pelo reconhecimento, Vanessa! Não sou muito afeito a esses prêmios (vide este texto que escrevi no Yahoo!Posts), mas de qualquer modo agradeço pela lembrança. Em tempo, citando o seu post mais recente, também gosto bastante de Nando Reis, em especial do álbum “A Letra A”. Um abraço!

  • http://www.ceraunavolta.wordpress.com salvatore carrozzo

    nossa..sera que o amor e a loucura andam mesmo de maos dadas? pelo visto, sim. nem os robos escaparam da sina!

    R: Pois é, Salvatore. Não é só pensar que faz a gente enlouquecer…

  • Bear

    Em “Robots of Dawn”, de Asimov, Gladia transava com Jander, um de seus robots. A coisa era mais profunda do que apenas sexo (pelo menos da parte dela).

    De minha parte, eu amaria Rommie (Lexa Doig), avatar da espaçonave Andrômeda, da série de mesmo nome. Na boa.

    R: Mr. Contaifer, de minha parte digo que seria muito improvável que eu conseguisse resistir aos apelos de uma cylon que possuísse as formas da Número 6 de Battlestar Galactica. 88|

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    O nome do filme é “Cherry 2000″, um CRÁSSICO dos anos 80.
    http://www.imdb.com/title/tt0092746/

    R: Cacetada, Karina! E com a Melanie Griffith, a Sra. Antonio Banderas, encabeçando o elenco dessa pérola oitentista. |-| Por Tutatis!

  • http://itacarodeadapelasondas.blogspot.com/ Patrícia Coelho

    Você é de uma fluência escrita impressionante. As idéias tão organizadamente expostas, bom demais de ler.

    Eu acredito no ser humano, sabe? Penso que se fossem comercializados tais robôs, os compradores seriam os curiosos ou aqueles que já vivem relacionamentos virtuais ou artificiais de algum modo. Então as relações reais, de pessoas reais, não seria ameaçada.

    O que é encantador nas pessoas é como elas podem ser amáveis (passíveis de serem amadas) sendo exatamente quem elas são: maravilhosamente imperfeitas :)

    Obrigada, Inagaki.

    Inté.

    R: Patrícia, eu também insisto em acreditar na humanidade, apesar de todas as suas mazelas, agruras, falhas, vicissitudes. Obrigado, a propósito, pelas suas palavras. Um beijabraço!

  • http://frenesibr.blogspot.com Gabriel Leite

    Amor que não é natural, nunca vai conseguir suprir a lacuna do amor verdadeiro. Porque vai ser sempre uma máquina programada para amar e isso é pior do que não ser correspondido. É o atestado da incapacidade de despertar amor.

    Como amante, até concordo. Seria uma boneca inflável com mais recursos, mas sexo é uma coisa, amor é outra. E esse segundo, definitivamente, jamais deixará de ser um sentimento humano, vivo, cheio de falhas e excessos.

  • Mariana Almeida

    Excelente post.
    Parabéns

  • Jot

    Concordo com a Srta. Bia com relação à trasnferência de nossos desejos consumistas para nossa vida amorosa. Hoje em dia garotinhas de 16 anos (ou menos) apostam com suas colegas quem beija mais no carnaval/festa/balada, igual as disputas que eu fazia, quando tinha a idade delas, com meus amigos na modalidade roubar goiabas na casa do vizinho ou colecionar figurinhas do campeonato brasileiro… hehehe

    Eu imagino que, por mais perfeito e verossímel que um robô possa ser, para as mentes (humanas) doentes, ainda será mais “emocionante” atacar pessoas “reais”, que sangram, sofrem e morrem de verdade. Se existirem robôs com sentimentos, eles serão como iPhones: farão um puta sucesso no começo, mas depois que todo mundo tiver o seu, perderão a graça (não que o iPhone tenha chegado a esse patamar, mas não falta muito).

    E viajando ainda mais na maionese, terão “hackers” que mudarão os sistemas operacionais e criarão robôs com outros sentimentos ainda mais… humanos. Imagine as notícias estampadas nos principais jornais eletrônicos: “Robô estupra e mata sua dona de 15 anos após ser infectado por vírus na Internet”.

    Nosso futuro é negro, meu camarada! :)

    Ah, se for do seu tipo de literatura, leia (ou assista) Chobits (http://en.wikipedia.org/wiki/Chobits).
    Fala sobre relacionamentos humanos/robôs e trata assuntos como casamento, sexo, preconceito, etc.

    Outro filme (e livro) que cita bastante esse tipo de relacionamento é “O Homem Bicentenário” (Isaac Asimov).

    R: Caro Jot, torço para que suas profecias, por mais que façam sentido, estejam erradas. Em tempo: nunca tinha ouvido falar desse livro, Chobits. Valeu pela dica! Quanto ao Homem Bicentenário, ainda não li o romance do Asimov; só vi o filme altamente lacrimejante com o Robin Williams. :’(

  • http://acumulodenuvens.blogspot.com Samara Horta

    Ainda bem que um caso desse ainda é mentira! Mas os japoneses tem mania de coisas assim. Se não me engano tem uma “novela” japonesa com uma história do tipo e depois virou mangá. O mangá chama Zettai Kareshi. Acho que significa “O namorado perfeito”. E seria mesmo, se não fosso pelo que você disse muito bem: amor correspondido. Acho bizarra a ideia de ter uma relação sexual com um robô, mas talvez eu estou com a mente fechada! Sabe-se lá quanto avanço está por vim, né?!

    ;*

    R: Samara, japoneses têm toda uma relação bizarra com aparatos tecnológicos, né? Vide os filmes de terror que têm aparecido por lá nos últimos anos, que exibem fantasmas emergindo de televisores, celulares, câmeras de segurança…

  • http://lioness-tocadaleoa.blogspot.com/ Lioness

    Se amor fosse um sentimento, talvez fosse possível reproduzí-lo, levando-se em conta o funcionamento cerebral. Mas, amor mesmo inclui escolhas, é muito mais uma decisão contra as circunstâncias, o que tem mais a ver com o livre arbítrio, coisa mais difícil de se reproduzir em máquinas. Sexo é possível sem amor, e robôs podem fazê-lo, mas decidir incondicionalmente amar, estar ao lado, viver em função de alguém a despeito das circunstâncias, homem nenhum poderá recriar em uma máquina - mesmo porque, temos necessidade de ser amados por decisão, não por obrigação ou programa.

    R: Disse tudo, Lioness: amor de verdade pressupõe escolhas.

  • Marcelo

    “Diante de tamanha passividade, temo pela sensação crescente de impunidade que fomentariam em pessoas mimadas, egocêntricas, habituadas a relacionamentos descartáveis e que nunca sabem exatamente o que desejam.”

    nem precisa-se de robos para isso acontecer, pq essa foi a descrição mais atual dos relacionamentos que humanos tem na atualidade

    R: Sim, Marcelo. Note que eu falo em “sensação crescente de impunidade”. Se a situação atual já não é das mais edificantes, é de se imaginar o quanto esse sentimento seria fomentada ao cubo caso surjam robôs para alimentar ainda mais o vazio de certos relacionamentos.

  • Junior

    Imagino que a tecnologia resolveria o problema de “enjoar” do robô : ele poderá ter aparência multiforme, da mesma maneira que podemos mudar a aparência do nosso browser. Da mesma forma ele poderá ter uma personalidade à nossa escolha, ou várias, de maneira aleatória (como nos humanos). Creio que haverá um tempo em que não será possível distinguir os humanos dos seres artificiais.
    Veja :
    http://e-drexler.com/
    http://www.accelerationwatch.com/
    http://www.kurzweilai.ne
    Espero que eu não esteja vivo para ver isso.

    R: Junior, valeu pelos links! Mas olhe, sou cético quanto à capacidade que a tecnologia terá para aplacar a eterna insatisfação dos homens; não à toa “Satisfaction”, dos Rolling Stones, ganhou a aura de hino do rock: seu refrão é a tradução precisa dos desejos que nunca são saciados por completo.

  • http://gotasintrospectivas.blogspot.com/ Gizelli

    Se me permite, gostaria de sugerir a leitura do livro “Superbrinquedos Duram o Verão Todo”, em especial o conto homônimo que deu origem ao filme A.I.

    R: Oi Gizelli, já li esse conto sim, valeu pela lembrança! Recomendo inclusive a resenha que o Gian Danton fez do texto do Brian Aldiss no site Burburinho.

  • http://www.soltaofrango.com.br Incrivelt

    Já fiquei imaginando um robô que vem programado pra fazer todas as posições do Kama Sutra, será que nosso futuro vai ser tão bizarro assim? As bonecas infláveis já estão evoluindo …. em 2019 teremos até uma versão da Sandy!

    Ah, valeu pela indicação de Blog da Semana, esses dias os fãs de algumas celebridades me descobriram e não param de me xingar, quando olhei nas estatísticas e vi que havia um link aqui, pensei: “pronto, fudeu o Inagaki também deve ser fã da Mara Maravilha!”, hahaha. Abraço

    R: Incrivelt, devo admitir que o ensaio da Mara Maravilha na Playboy, naquela época, me fez admirar alguns talentos da eterna intérprete de “Liga Pra Mim”, he he!

  • http://diariodelaxitocina.blogspot.com Cíntia

    Excelente post, uma vez mais!!

    Eu, que ando meio fora do mundo dos comentários por um montao de mudanças que me fazem repensar meu tempo, nao pude deixar de dar uma palavrinha por aqui…

    Adorei o texto e acho aliás que é bem como você disse. Seria melhor que pudéssemos eliminar relacionamentos robotizados…

    Acho também que uma das coisas mais impressionantes e lindas que acontecem quando a gente se apaixona por alguém quando alguém desperta um interesse genuíno e uma admiraçao para começar qualquer coisa é esse impulso para nos tornarmos pessoas melhores, mesmo que seja só aos olhos dessa pessoa. Essa oportunidade de crecimento que nao depende de exigências de mercado laboral, de cursos ou afins, simplesmente vontade de crescer como pessoa. Programar um amante poderia garantir uns orgasmos a mais, e bom, o modelo do gigolô de AI nao é de se jogar fora, mas acho que deve enjoar alguém/algo tao programado, que provavelmente permitiria aprender outras coisas, mas duvido que se aproximasse das oportunidades que o caos do ser humano oferece nesse sentido (as experiências do outro, até as músicas que te faz descobrir, as negociaçoes para poder fazer coisas juntos…Sem isso, fica meio sem graça).
    Acho que quando essa vontade de se tornar melhor ou a capacidade de senti-la some é parte do começo do caminho para esses comportamentos absurdos como pedofilia, violência, etc. E ainda dá muito pano pra manga, mas tenho que deixar por aqui…

    Abraço

    R: Perfeito, Cíntia. Viver um relacionamento é um aprendizado constante. E estar com alguém que você admira é o melhor dos incentivos para que cresçamos interiormente, a fim de que possamos fazer por merecer receber o amor, o carinho, a admiração recíproca daquela pessoa que está do nosso lado. Penso que um robô que diga “sim” a tudo que você diz é como alguém que bota a mão em sua cabeça para todas as besteiras e erros que você comete na vida; um cúmplice que o mima ad nauseam, e que em vez de fazer o bem tornará você uma criança birrenta pelo resto da vida.

  • http://languageglasses.blogspot.com/ Adriana Karnal

    Inagaki, gostei muito de seu post, quando comecei a ler, levei um susto pq sei que robôs não podem ainda amar,fazer sexo e essas “coisinhas bobas e boas” que gente faz…mas daí, explicado, a notícia é falsa mesmo,ufa!Acho de vai demorar muuuuito para que se consiga fazer uma IA que realmente saiba amar. Pense em termos de linguagem, a gente quando ama fica “meio bobo”, inventa linguagem só do casal, faz piaddinha que só os dois entendem, essas intimidades cheias de segundas intenções e implícitos que um robô não entenderia.Se um tradutor eletrônico não consegue dar conta de traduções simples de linguagem, metáforas, imagina um robô transando??? que aberração mais falsa!!!rs

    R: Adriana, seu comentário tem muito a ver com um trecho do prólogo que escrevi para um romance do meu amigo Carlos Eduardo Lima: “Pertencemos a uma geração de cínicos cênicos. De gente que, em público, enche a boca para criticar o sexo oposto e falar jocosamente de casais que andam de mãos dadas (e com os braços balançando), emocionam-se ao assistir a comédias hollywoodianas e tratam um ao outro por apelidos babões como ‘fofucho’, ‘gatesouro’ e ‘pudinzim’.” De fato, não consigo ainda imaginar robôs captando essas nuances da comunicação, he he!

  • http://www.floresnajanela.com Nathália

    E eu nem fiquei sabendo de tal notícia! Mas, ao ler sobre ela, pensei o mesmo que você: teríamos limites se tivéssemos uma fonte garantida de sexo e carinho, podendo fazer o que quisermos? e, cá pra nós, os robôs teriam de ser muito, muito bonitos - nada como o da capa do livro!

    falando nisso, você ficou sabendo da professora robô? daqui a pouco não precisaremos de quem nos ensine ou ame, desde que dê conta do trabalho. muuuito romântico.

    R: Nathália, menos mal que você não soube da notícia que, ao final das contas, não passava de hoax. E, putz, essa história da professora robô dá ensejo para mais uma série de discussões, não? Será que vale a pena legar uma atividade tão fundamental para a formação do caráter de pessoas a robôs. Mais um assunto pra tergiversar, tergiversar…

  • http://metamofosepensante.wordpress.com _Maga

    O mundo muda e nós mudamos com ele. Não sei se será bom ou ruim, e gostei demais da tua abordagem.

    Fico pensando o quanto ficariamos menos tolerantes em uma situação dessas. Para obter carinho, amor e sexo, toleramos que ele/ela não seja tão inteligente, tenha um dente torto, celulite, uns zeros a menos na conta do banco… na verdade tendo carinho, amor e sexo, isso é o que menos importa. Carinho, amor e sexo nos ensinam a ser tolerantes com outros humanos.

    Sem esta lição vinda de outro humano como nós racismo, xenofobia e outras aberrações também podem vir a proliferar…

    Um abraço

    ps.: “Uma vez por mês não era o suficiente? Não, não era suficiente, precisava de mais, “gosto tanto de amar no verão”. E no inverno também. E no outono.
    - Horrível. Deviam inventar uns robôs.
    - Que robôs? (…)
    - Ora, robôs. Bem avantajados. O problema desse mulherio resolvia fácil. Acabava essa moda, psicanálise. O mulherio exausto. Contente.” p. 31, Lygia Fagundes Telles, O jardim selvagem

    R: Marcela, valeu por citar a Lygia Fagundes, uma de minhas escritoras prediletas e de quem tenho orgulhosamente um livro autografado, nesta história, dando voz, em um de seus personagens, ao pensamento simplista de muito cara achando que as questões mais complexas da vida podem ser resolvidas com robôs avantajados. Ah, se a mente humana fosse tão simples assim.

  • http://www.oceuevermelho.wordpress.com mirianne

    ah, puxa. gostei muito.
    talvez se trate de um foco enooorme no externo, no tangível, naquilo que se vê na tecnologia, que se pode fazer concretamente(a fábrica de amor dos robôs e dos relacionamentos descartáveis). isso me lembra bem um fim repetido inúmeras vezes, como um término de relacionamento que acontece de novo e de novo no decorrer dos dias, porque nunca houve verdade.
    abraço.

    R: Mirianne, a imagem que me veio foi de uma DR que culmina em fim de relação sendo repetida em lopp, até o fim dos tempos. Por certo deve ser um dos castigos dos nove círculos do inferno de Dante. :>

  • http://aturistaacidental.wordpress.com/ Emília

    Alexandre, o desenvolvimento da tua idéia teve uma trilha tão interessante que dá material para muito mais posts ainda: relacionamentos descartáveis, a evolução do amor com o tempo, perversões sexuais…mas ainda o assunto mais perturbador é ainda o principal. Acho que vou ter pesadelos hoje.

    R: Emília, não à toa digo que pensar enlouquece. Basta dar um pouquinho de “food for thought” e pronto: a gente começa a viajar parado no mesmo lugar, com as sinapses alcançando lugares que jamais teríamos imaginado explorar no início de um bate-papo. Em tempo: sua observação sobre pesadelos me remeteu a um livro bacana do Philip K. Dick, “Do Androids Dream of Electric Sheep?”, que tem tudo a ver com o assunto, e deu origem ao filme “Blade Runner”. Se ainda não o leu, recomendo! :D

  • http://anomia.blogspot.com Emerson Damasceno

    É verdade, caro Ina.
    E num futuro não muito distante, surgirão algumas ong´s em defesa dos robôs vilipendiados…sei não, mas a cada dia que passa eu acho que tem muita gente que vai justificar o Doom´s Day do Terminator (se é que chegamos lá) :)

    R: Emerson, você citou o Terminator e eu acabei por lembrar do H.A.L., o robô assassino de “2001″. Por certo a humanidade ainda haverá de dar muitos motivos para atiçar a sanha homicida dos autômatos; as leis criadas pelo Isaac Asimov serão fundamentais para assegurar nossa sobrevivência. B)

  • http://queridobunker.wordpress.com marcio

    Alexandre,

    eu tinha feito uns textos de humor sobre algo do gênero - A Namorada Robô -a partir de uma notícia de que os japoneses tinham inventado um brinquedo substituto às namoradas.

    Acabou ficando divertido.

    http://queridobunker.wordpress.com/2008/06/24/teste/

    Então, continuei.

    http://queridobunker.wordpress.com/2008/06/24/atualizacao-de-donzela-eterna-_modulos/

    relendo, agora, talvez não tão divertido.

    R: Valeu, Marcio. Gostei de conhecer o seu blog, as fotomontagens (em especial aquela com a Mãe Dinah) são ótimas. Mas senti falta do outro lado da história: quais seriam as features dos Namorados-Robô?

  • http://www.qualquerum.com Cláudio Rúbio

    Senhor, há tantos relacionamentos artificiais entre humanos que, sinceramente, não desconfio que houvesses muitos mais relacionamentos verdadeiros e naturais se envolvessem pelo menos um parceiro robô.

    Pelo menos, nenhuma traição, nenhum desprezo seriam mais frios que um coração de robô.

    Nenhuma dissimulação poderia ser maior que a simulação de correspondência de um robô.

    Nada seria mais falso que a correspondência irreal e ideal de um robô, o que, por isso mesmo, tornaria todo o resto “mais verdadeiro, por não ser mais falso”.

    Eu, particularmente, trocaria muita gente que conheci e conheço por um robô. Certamente seria trocado também com a mesma facilidade.

    Infelizmente, há gente muito mais burra, insensível e sem alma que qualquer lata de tomates nessa vida.

    R: É fato, Cláudio. Há latas de tomate, potes de palmito, apontadores de lápis e tampas de bueiro que possuem mais espírito de compaixão e solidariedade do que expressiva parte da raça humana.

  • http://augustocvp.wordpress.com Augusto Pinto

    Você recebeu o Prêmio Dardo. Este prêmio é atribuído em corrente na web, por blogueiros que premiam os blogs que mais lêem. Eu o atribui ao seu blog. Veja como funciona em http://augustocvp.wordpress.com/2009/03/12/premio-dardo/

    R: Grande Augusto, obrigado pela indicação! Creio que o valor de um blog está principalmente na qualidade das pessoas que o lêem, e por certo é um privilégio ter a minha casa virtual modesta (porém limpinha) visitada por você. Um abraço!

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    Como chamava mesmo aquele filme que vi milhares de vezes na sessão da tarde, aquele, em que um cara vai procurar um chip pra colocar na sua esposa robô que foi detonada na lavanderia de casa, e acaba se apaixonando pela mulher de verdade que vai guiá-lo nessa caçada?
    Putz, seu post me lembrou aquele filme. Como era mesmo o nome?

    A carência humana é infinita.
    Quase tão infinita quanto o amor.
    Nenhum chip pode dar conta de nenhum dos dois, nunca dará.

    Beijoca, queridão, aceitei e agradeço seu carinhoso abraço.

    R: Karina, seria por acaso “Mulheres Perfeitas”, um filme bobinho com a Nicole Kidman e o Matthew Broderick que eu nunca vejo até o final por falta de paciência? Eu realmente não sei. Certeza mesmo, só a de que você acerta na mosca ao falar da carência humana. Ao que acrescento outro fator: insegurança. Um abração pra ti, moça!

  • http://www.semfrescuraonline.com.br Janaina

    Bom texto, Inagaki. Daqui a alguns anos, essa discussão ética sobre os seres de inteligência artificial deverão pautar diversos artigos, crônicas, tweets, comunidades, etc.
    Não acredito, no entanto, que diminuam os atos de pedofilia, estupros, DST’s, etc. Apesar dos robôs serem um objeto que poderá promover prazer e saciar temporariamente o apetite sexual, as pessoas sentirão falta de trocar sentimentos, percepções, gemidos, fluidos ou o que quer que seja. No caso dos pedófilos e estupradores, eles não verão o sofrimento estapados nos rostos de suas vítimas, o ques tirará parte do prazer.
    Mas enfim, ainda há muito o que render sobre este assunto.

    R: Pois é, Janaina. Pra você ver quantas discussões este tema ainda pode render; e pensar que tudo começou por causa de uma notícia falsa de um blog americano, que catalisou uma série de reflexões que poderiam ser estendidas indefinidamente (e que bom que blogs possuem espaços de comentários para explorar melhor cada assunto com a ajuda dos insights de leitores)…

  • Ana C.

    E sem dúvida, robô nenhum irá escrever textos tão fascinantes quantos os seus! Que maravilha! Abs.

    R: Agradeço pela generosidade do seu comentário, Ana. Porém, assim como já disseram que “um macaco digitando aleatoriamente em um teclado por um infinito espaço de tempo irá quase certamente criar um texto qualquer escolhido, como por exemplo o trabalho completo de William Shakespeare” (conforme tese defendida no “Teorema do Macaco Infinito”), creio que um dia um robô ainda haverá de redigir textos mais interessantes do que os de qualquer blogueiro. Quem viver verá. Ou não. :P

  • http://www.ideiasmutantes.com.br muta

    e amar uma propriedade também me soa estranho, mto estranho.

    mas esse negócio de amar é tão supervalorizado né?

    [ok, esse é o comentário de uma pessoa que óbviamente não tem acreditado nessas histórias por ter sofrido alguma decepção... básico do comportamente humano que pode se reverter à primeira piscadela de uma 'flor que apareça' na mesma calçada... tudo culpa das garotinhas ruivas, nem sempre ruivas, que vêm e vão...]

    em tempo: fazia tempo que não passava por aqui… essa vida moderna caótica que vivemos é fogo! mas prometo uma maior frequência de leituras, mesmo antes de conseguir resolver a novela que tem sido instalar uma internet descente na minha casa nova.

    e isso é diretamente relacionado tbm à minha promessa de continuar atualizando o Idéias. aliás, coloquei lá a minha receita de shitake a la george foreman, hahaha.

    abs,
    muta

    R: Ih, cumpadi Muta, não me diga que você está numa daquelas fases em que a gente encara o amor como um sentimento típico de ficções científicas. Fique assim não, rapaz. É como diz aquele ditado popular: tudo na vida, incluindo o ferro e a uva, passa (piada fraca detected, como diria o Marmota). Em tempo: bom ver que o Ideias Mutantes permanece na ativa, mermón!

  • http://oleitoresseidiota.wordpress.com André

    Realmente a ideia em questão até agora para mim soa bizarra. Fico aqui pensando como um androide desses reproduziria com fidelidade certos fluidos corporais humanos normais ao relacionamento interpessoal nesse grau de colorização. Afinal, já que é para amar e trepara com um robô, este robô terá de ser fiel (claro que no sentido de simulação completa de um humano, pois para evitar terceirização de mão-de-obra, bastará apertar o off ou botar um programinha no autômato).
    Haveria algumas vantagens, tais como:

    1) Não-decepção ao abordar e se interessar por alguém e depois ver que o alvo fuma, bebe em demasia ou usa ilícitos, esse problema tão comum que ocorre quando se conhece uma mina deslumbrante e vê-se aquilo que há além do chamativo invólucro;

    2) Não-constrangimento (da parte robótica, é claro) com certos fenômenos de mudança do vetor em módulo e sentido ao som de “Let’s Get it On” (também podendo mudar para outras canções e ritmos que se dança junto e abraçado, como forró, salsa, samba de gafieira, zouk, etc) acompanhado de dança;

    3) Ausência de “dor de cabeça”, “ah, sabe o que é…” e outras tertúlias flácidas acalentadoras de bovinos;

    4) Ausência de riscos de ter filhinho (salvo se incorporarem um útero artificial, à moda de “Matrix”, mais outras questões técnicas).

    Porém, haverá desvantagens, tais como:

    1) Não consigo imaginar que um robô será 100% racional (não que o ser humano o seja, mas convencionemos assim só para estabelecer bem a diferença);

    2) Também não consigo imaginar um robô fenotipicamente igualzinho a um ser humano;

    3) Riscos de haver fulanos que adquirirão fetiche por tomar toco de uma mina (real);

    4) [Gil Brother mode on]“Choco de 250 volto”[Gil Brother mode off] não no cérebro, mas em partes íntimas, possivelmente até inviabilizando a seguinte, que é;

    5) Ausência de riscos de ter filhinho (salvo se incorporarem um útero artificial, à moda de “Matrix”, mais outras questões técnicas).

    R: André, creio que você seria um excelente consultor para os cientistas que eventualmente botarem a mão na massa na hora de criar os robôs para fins copulativos. Em tempo: cara, você me fez lembrar do bizarro filme “Geração de Proteus”, no qual um computador estuprava a personagem interpretada por Julie Christie, e acabava por ter um filho (?!) com ela. A cena que mostra a mulher parindo a criatura está entre os maiores traumas que este cinéfilo já amargou ao assistir a um filme.

  • http://eumeuoutro.blogspot.com/ Fred Matos

    Querido Alexandre,

    Vejo que não há limite para a sua loucura, ou seja, para a sua capacidade de racionalização. Você vive pensando demais, meu amigo. (risos).
    Cirro,
    Sócrates,
    partícula,
    decibel,
    furacão,
    tulipa
    golfinho

    Abração.

    R: Uma loucura lúcida ou uma racionalidade insana? Vai saber. |-| Aquelabraço, mestre Fred!

  • http://saiyen-san.blogspot.com Saiyen

    “Quem me dera que os avanços tecnológicos pudessem ser capazes de eliminar relacionamentos robotizados.”
    Meus parabéns. Realmente ótimo texto e vc resume muito bem oq penso a respeito no final com essa frase.
    Penso que não somos ninguém para tentar criar algo melhor doq achamos q somos para nos satisfazer…
    “E não é difícil prever que ferros velhos logo estariam abarrotados de robôs mutilados, vilipendiados e escorraçados por gente como a gente; humanos, demasiadamente humanos.”
    Realmente, demasiadamente humanos.
    Abraços!

  • http://avidasecreta.com B.

    Pois é, e eu que tenho bloguerótico, qdo li a notícia só conseguia lembrar da personagem de Jude Law em A.I. um robô que toca até musica romântica na hora H… Bom demais pra ser verdade, né?! Carência é f*** !

    R: Rá! Robô sexual com tocador de mp3 vai ser (quase literalmente) foda. Em especial se tocar Barry White ou Roberta Flack na hora H. :P

  • http://nanowow.blogspot.com/ lorduakiti

    a linha que delimita o amor do ódio e muito tênue e perigosa …

    muito bom o post você está de parabens não só por ter descoberto o hoax como por discutir um assunto tão no sense como o amor hehehehhe

    flw

    R: Lorduakiti, não à toa uma das minhas músicas prediletas é “Thin Line Between Love and Hate”, dos Pretenders. []‘s!

  • http://twitter.com/diegogoes Diego Goes

    Grande Inagaki!

    Do ser humano, eu não duvido nada. Tanto de se casar com robôs, no futuro, quanto de transar com robôs. Ora, se tem gente que transa com bonecas infláveis hoje em dia, imagina então um outro objeto que saiba onde você gosta de ser tocado, beijado, e outros ados mais, rsrsrs.

    Nunca tinha parado para pensar nas possibilidades terríveis que os robôs teriam (se fossem reais e criados de acordo com o filme A.I.): violência, estupro, traições, etc. Se hoje em dia muita gente não se importa com o sentimento de outro ser humano, imagina então com os sentimentos dos robôs.

    Uma coisa interessante que acho em A.I. (e creio que Isabela Boscov da VEJA que tenha percebido) é a ambiguidade e ambivalência do robozinho David: ele é um robô que ama. Por causa disso, de ele conseguir expressar um sentimento, pode ser considerado humano. Mas justamente pelo fato de ter um só sentimento, de só saber amar e pronto, faz dele um ser totalmente artificial.

    Abração e continue colocando posts toda semana que seus leitores-fãs agradecem, hehehehe!

    R: Grande Diego, por falar em bonecas infláveis, recomendo que você assista a um filme chamado “Lars and the Real Girl” (que no Brasil foi rebatizado como, bleargh, “A Garota Ideal”). Nesse filme, Ryan Gosling (que tem uma atuação excepcional) interpreta um homem que se apaixona por uma boneca de silicone em tamanho natural, que ele comprou pela internet. O roteiro é excepcional, e tem bastante a ver com a discussão feita neste post. :D De resto, creio que a Boscov (se foi ela mesmo) definitivamente matou a charada sobre o David.

  • http://palhacismo.blogspot.com Evelina

    Ei Inagaki,
    ótimo texto!
    Só uma coisa me chamou atenção… além do ‘amar sem ser correspondido’ trazer tranqueiras sofríveis como essas que vc citou, ele trouxe coisas simplesmente maravilhosas, sensíveis, inteligentes e que mostram o quanto o ser humano evolui nessa loucura aí de amor. Por exemplo, essas duas letras: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/65962/ ou http://letras.terra.com.br/lupcinio-rodrigues/127284/
    E assino embaixo… chega de relacionamentos robotizados!
    Beijo!

    R: Evelina, importantíssima ponderação a sua: de fato, fui injusto. Suas lembranças das composições de Chico Buarque e Lupicínio Rodrigues me fizeram lembrar que, embora amores não-correspondidos tenham “inspirado” muitas porcarias, também deram origem a obras de arte catárticas e que serviram para expiar a má sorte daqueles que, lembrando o verso clássico daquela canção do Monsueto, rimam “amor” com “dor”.

  • http://www.rebiscoito.wordpress.com Rebiscoito

    vim parar aqui através das estatísticas do meu blog pois vi que pessoas tinham chegado até ele através daqui :]
    ‘blogs da semana’? que bacana, não sei qual é o cirtério para estar nessa lista mas…imagino que seja algo bom, obrigada!
    quanto ao teu texto…hahaha eu realmente acho que seria bizarro se existissem robôs que amam. Venderiam aos montes, devido ao elevado número de pessoas carentes que existe nesse mundo. E provavelmente, teriam que criar uma nova categoria de preferência sexual do tipo: robossexual. Oi, prazer sou robossexual! hahahaha bizarríssimo.

    R: Rê, meu critério para definir um blog da semana é bastante simples: um blog com bons posts, que merece ser mais lido, divulgado e comentado por aí. Em tempo: do jeito que a humanidade vai, “robossexual” é uma preferência que certamente vai bombar em meados de 2050. Quem viver verá. :P

  • http://www.monthiel.com Monthiel

    Excelente texto Inagaki. A última frase “Quem me dera que os avanços tecnológicos pudessem ser capazes de eliminar relacionamentos robotizados.” eu diria:

    “Quem me dera eu ter tamanha capacidade de colocar as palavras tão bem arranjadas num texto e transmitir meus pensamentos com tanta facilidade e coesão”

    :)

    Gosto muito de ler seus textos. Sou fã de quem escreve bem. Um dia chego lá.

    Abraços,
    Monthiel

    R: Valeu, Monthiel. Aliás, obrigado também à Carol e à Menina Eva pelos elogios generosos.

  • Ana Paula

    Puxa, Inagaki, faz tempo que não comento aqui (preguiça, mea culpa), mas hoje foi inevitável. Que verdadeiro e sério isso aí que vc escreveu. A perspectiva desses simulacros de amor entre robôs e humanos me horroriza muito também, principalmente por achar tão verossímil e provável de acabar acontecendo, exatamente nestes termos que vc descreveu.

    R: Ih Ana, quem sou eu pra puxar a orelha de alguém, justo eu que deixo este blog abandonado por tantos dias… :|

  • http://www.twitter.com/alesscar alesscar

    a coluna do Marcelo Gleiser na Folha de São Paulo, ontem, foi sobre este assunto também.

    R: Olá Alessandra, obrigado pela observação! Não tinha lido ainda o texto do Gleiser. Graças ao seu toque fiz uma googleada, encontrei o blog dele e deixei um comentário no excelente artigo que ele escreveu para a Folha.

  • http://srtabia.com Srta. Bia

    Talvez fosse mesmo a melhor solução para situações como a pedofilia, ou mesmo pessoas violentas. No entanto, é fato que ter um robô o tempo todo ao seu lado, amando-o com o mais profundo amor, no fim parece ser muito chato. Será como um celular novo, mas que passado algum tempo, se desejará outro.
    Talvez esse seja o fardo que os humanos carregam atualmente em seus relacionamentos, transferimos para nossa vida sentimental o desejo do consumo. E vivemos naquela eterna insatisfação de nunca ter tudo o que queremos. E nem nunca vamos ter.
    O abandono do jovem robô que ama a mãe incondicionalmente é a maior prova disso.

    R: Srta. Bia, não me lembro em qual filme de sci-fi eu assisti a uma cena na qual uma mulher era covardemente espancada por um bando de jovens no meio da rua. Fiquei estarrecido com a violência do filme, que mostrava de modo graficamente muito explícito como seres humanos podem ser escrotos. Mas aí, para minha surpresa, eis que um braço é arrancado, mostrando fios e engrenagens do que era na verdade um robô. Ainda assim, foi uma cena muito, muito incômoda. Não entendo porque às vezes criminosos são chamados de “animais”; ao que me consta, apenas seres humanos praticam atos violentos por mero prazer sádico.

  • Anônimo

    Excelente, excelente! Inagaki em grande forma!

  • http://www.filigranademim.blogspot.com Carol

    Vir aqui e me encontrar com textos assim sempre me enchem de alegria.

    :)

    Beijos

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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