Artigos doo ano de: 2014

Sobre vida universitária, livros e machados

Por Publieditorialquinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Não é fácil a vida universitária. Afinal de contas, nem tudo são festas, paqueras e liberdade. Quem saiu da casa dos pais e aprendeu a se virar sozinho numa quitinete ou república sabe muito bem disso, recordando de dias e noites comendo miojo e empilhando pratos sujos na pia. Isto se aplica também a todos que já passaram noites insones por conta de uma monografia ou o TCC, tomando café com Coca e tendo pesadelos com normas técnicas e leituras atrasadas. A volta às aulas traz outra preocupação na nada mole vida de um estudante: a grana que precisará gastar com todos os livros exigidos durante o semestre.

Eu, que durante a minha vida acadêmica cursei quatro faculdades (Administração, Letras, Cinema e Jornalismo), para no fim acabar trabalhando com publicidade, enchi várias estantes com os livros que acabei comprando. Muitos deles ainda me acompanham, como fontes de consulta às quais recorro frequentemente. Algumas das obras que permanecem comigo desde a época em que cursei Jornalismo são A Regra do Jogo, de Cláudio Abramo, A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord, e Ética na Comunicação, do meu ex-professor Clóvis de Barros Filho. Já outros títulos foram parar em sebos, e é pena que na época em que me desvencilhei desses exemplares ainda não havia a Estante Virtual, site que reúne sebos de todo o país, e através do qual você pode comprar e vender livros usando PayPal.

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Você se lembra de quando tomou banho de chuva pela primeira vez?

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 06 de fevereiro de 2014

O calor que tem feito no Brasil nas últimas semanas quase faz com que eu tenha vontade de ir a uma balada, levar o golpe do boa noite cinderela e descobrir no dia seguinte que roubaram um de meus rins, só para que eu possa acordar em uma banheira cheia de gelo. Mas enfim, o fato é que dias como estes fazem com que a gente aprenda a valorizar o pequeno grande prazer que é poder tomar um banho de chuva sem se importar com a roupa molhada, entrando em contato com a natureza e deixando de lado convenções sociais que acabam oprimindo a gente feito um nó de gravata apertado.

Um vídeo que se popularizou na internet nos últimos dias mostra a primeira vez em que Kayden, uma garotinha de 1 ano e 3 meses de idade, se deleita com uma chuva. Ela sorri, estende os braços, corre pra lá e pra cá e se encanta com este fenômeno da natureza que hoje em dia recebemos com pensamentos rabugentos de quem já imagina ruas entupidas de engarrafamentos. Se você ainda não viu Kaiden sentindo a chuva pela primeira vez, assista ao vídeo a seguir (e não duvido que alguma gota de chuva respingue em seus olhos enquanto você o assistir). Continue Lendo

Uma moeda por seu vazio

Por Nathalie Trutmannsegunda-feira, 03 de fevereiro de 2014

O meu vazio costuma ser bem grande, escuro e bastante imprevisível.

O trabalho do artista não é sucumbir ao desespero, mas encontrar um antídoto para o vazio da existência. (Woody Allen)

Ele tem um senso de humor estranho e normalmente escolhe me surpreender quando menos imagino. Até pode chegar a dar sinais de aviso prévio (o volume e quantidade das minhas preocupações ou tarefas aumentam repentinamente), mas na maioria das vezes me pega desprevenida, bem na sequência de alguma coisa que eu considerava boa, como alguma conquista - aliás, quase sempre aparece depois de alguma conquista - como se ele esperasse esses momentos de vitória, quando estou me sentindo bem no topo do mundo, para me puxar de volta ao chão e me lembrar que, por mais alto que consiga voar e por mais coisa que consiga conquistar, nada conseguirá me tirar da minha frágil e irremediável condição de ser humano.

Nesses momentos, meu mundinho egocêntrico se desmorona como um bolo mal feito. Continue Lendo

Cinco resoluções de ano novo que deveriam viralizar em 2014

Por Ana Carolina Morenoterça-feira, 28 de janeiro de 2014

O fim do primeiro mês do ano é um bom termômetro do que vamos viver até o fim do último mês? Não sei, talvez ele valha como um primeiro balanço daquela noite mágica em que você prometeu ser uma pessoa melhor e mais feliz. Caso você já tenha esquecido (ou quebrado) suas resoluções na Virada, sinta-se à vontade para adotar uma (ou todas) dessas resoluções de ano novo que deveriam viralizar em 2014 e enquanto existirem computadores pelo mundo ligados em rede:

1) Não dar confete pra toda e qualquer polêmica boba

A mina de ouro dos blogueiros, comentaristas, colunistas e exibicionistas medíocres é a polêmica. O público-alvo da polêmica vazia parece mais rentável que o da Black Friday. Milhares de pessoas passam os dias em seus perfis compartilhando links para textos ou vídeos com alguma opinião inflamatória, escrevendo extensos editoriais contra essa opinião, debatendo nos comentários com amigos, inimigos, desafetos e até completos desconhecidos para extravazar toda a sua indignação contra… Contra o quê, mesmo?

Algum molequinho de 12 anos que posta um vídeo sobre que tipo de mulher é pra casar? Alguma namoradazinha de um babaquinha que o traiu com o professor com gosto duvidável de vinho e foi flagrada? Uma blogueira praticamente anônima que leva a babá nas viagens? Algum colunistazinho até ontem completamente desconhecido que joga frases clichês agressivas contra os adversários ideológicos e agora, graças aos viciados em indignação, já é mais famoso que o rei da polêmica partidária? Continue Lendo

Dez curiosidades sobre o Orkut nos 10 anos daquele que foi o maior site do Brasil

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 23 de janeiro de 2014

1. A última vez em que o Google comemorou oficialmente o aniversário do Orkut foi através de um post publicado em 24 de janeiro de 2012. Depois disso, o blog oficial do Orkut deixou de ser atualizado em outubro de 2012, e o blog do Google Brasil simplesmente ignorou a data em 2013. Pena: o Orkut foi esquecido de vez pela empresa que o criou. A captura de tela a seguir mostra o último bolo de aniversário criado especialmente para a rede social que, de 2004 a 2011, foi o maior site do Brasil (além de ter sido 90% bacana, 70% sexy e 80% confiável).

* * *

2. Nos seus primeiros dias, só conseguia criar um perfil no Orkut quem recebesse um convite, enviado por e-mail pelo próprio Google. Depois de algumas semanas, as pessoas que já tinham perfil receberam o direito de enviar 10 convites a amigos. Essa estratégia de lançamento despertou a curiosidade geral e fez com que o Orkut ganhasse o status de um clube fechado a poucos privilegiados. Naquela era paleozóica da internet brasileira, marcou época a comunidade “Tem mas acabou”. Criada por Nabor Leandro (pseudônimo de Ivan Siqueira), ela tinha como único objetivo reunir a quantidade, naquela época expressiva, de 100 membros. Quando a meta era atingida, a comunidade era sumariamente apagada.

Outra comunidade criada naqueles primeiros meses de Orkut no Brasil também marcou época: a “Como ou Não Como“, idealizada por Wagner Martins, o Mr. Manson. Suas regras, discriminadas na descrição da comunidade, eram simples: Continue Lendo

O que é Design Thinking e para que serve

Por Cíntia Cittonterça-feira, 21 de janeiro de 2014

Design Thinking é mais do que simplesmente fazer sessões de brainstorming e preencher paredes com post its. É sobre desenvolver soluções que realmente importam para as pessoas que as necessitam.

Assim como a palavra Inovação, o Design Thinking tem ocupado lugar de destaque no mundo dos negócios e também das ONGs, além dos conteúdos de nossas timelines nas redes sociais.

Mas, afinal, o que é Design Thinking?

A metodologia do design é uma abordagem aos problemas que nos permite visualizá-los de um ponto de vista mais criativo e inovador. Em tempos onde precisamos fazer mais com menos, e a velocidade do conhecimento e do desenvolvimento de produtos e tecnologias viabilizaram soluções que sequer podíamos imaginar há alguns anos, essa abordagem pode fazer muita diferença.

A maneira como um designer olha para o mundo é pouco convencional no mundo dos negócios e desenvolvimento de produtos, tradicionalmente mais orientados por resultados, especificações técnicas de qualidade e outros indicadores igualmente racionais. Esse novo olhar para a situação de sempre permite descobrir aquelas famosas soluções que estavam tão perto o tempo todo, mas que não eram visíveis por estarmos focando em resultados ou apenas viabilidade técnica. Continue Lendo

Dê seu coração a um cachorro, e ele lhe dará o dele

Por Alexandre Inagakidomingo, 19 de janeiro de 2014

Quem já conviveu com um cachorro sabe de todo o amor que um animal desses é capaz de dar. Cães são carinhosos, generosos, leais. E é por isso que, quando assisti ao vídeo do resgate de Fiona, uma pequena cadela que sobrevivia em um canto abandonado no sul de Los Angeles, cega, tremendo de frio e infestada por pulgas, ciscos começaram a cair misteriosamente em meus olhos, estimulando minhas glândulas lacrimais e incomodando minhas lentes de contato (o que é estranho, já que não uso lentes).

Fiona foi salva por uma ONG, a Hope For Paws, que cuidou de sua recuperação, tratando-a com o carinho merecido e levando-a a um veterinário que ainda conseguiu recuperar a visão de um de seus olhos. Algumas semanas depois, Fiona foi adotada por um casal, que enviou fotos dela em seu novo lar, entretida com um macaquinho de brinquedo.

Fiona-adotada

Navegando pelo canal do YouTube da Hope For Paws, encontrei outros vídeos de resgates de cães abandonados em condições tão comoventes quanto a história de Fiona. Será difícil esquecer, por exemplo, da expressão de medo de Holly, mais uma cachorrinha que deve ter sido muito maltratada por seres humanos (os piores animais da face da Terra), ao ser encontrada pelos voluntários da ONG. Os segundos iniciais do vídeo a seguir, que mostram Holly encolhida, rosnando e tremendo de pavor, foram doloridos de se ver. Continue Lendo

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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