Às vésperas do Dia Mundial do Rock, celebrado no dia 13 de julho por causa do Live Aid, a pergunta que não quer calar volta à tona: o rock’n'roll, esse gênero musical tão castigado e banalizado, está batendo as botas? A questão pode soar retórica aos que só conseguem ouvir nas FMs bandas emo criadas à base de leite com pêra, e que lembram que na próxima edição do Rock In Rio teremos atrações do naipe de Rihanna, Claudia Leitte e Shakira. Estando certos, creio que os algozes do rock poderiam colocar como trilha sonora a cover que Miley Cyrus cometeu de “Smells Like Teen Spirit”.
Por mais que a gente esteja cada vez mais se habituando a ler textos na internet, o fato é que livros ainda têm um charme imbatível. Tenho um carinho especial pelos livros nos quais há algum manuscrito em suas páginas: uma dedicatória carinhosa, o autógrafo de um autor querido, as anotações que não resisti em fazer em alguma passagem específica.
Quem folheia algum livro meu vai se deparar com diversas divagações, questionamentos, dúvidas e insights que costumo fazer, e que acabam por ser o testemunho de minha passagem pelas páginas de um livro. Mais de uma vez já me peguei relendo algum volume e, me deparando com anotações anteriores que escrevi, acabei por fazer novos apontamentos. Como se travasse uma espécie de diálogo com o leitor que fui em minha primeira jornada por aquelas palavras e entrelinhas. Continue Lendo
Perguntar não ofende. Já as respostas… Bem, resolvi consultar o grande oráculo de nossos tempos, Mr. Google, a fim de descobrir o que ele tem a dizer sobre as questões que dão título a este post.
Não há nada de novo sob o sol. E, do mesmo modo que ainda há gente que repassa o texto do Filtro Solar (cujo vídeo com locução de Pedro Bial foi originalmente cometido no final de 2003) ou aquela piada sobre misturar Actívia com Johnnie Walker pra sair cagando e andando como se fossem as novidades mais bombásticas de todos os tempos da última semana, eis que foi só nesta semana que vi a série de “premakes” criada por Ivan Guerrero, que assina seus vídeos no YouTube com o pseudônimo Whoiseyevan. Continue Lendo
A nova novela global do horário das seis, “Cordel Encantado”, já havia chamado minha atenção por vários motivos. Por exemplo, por marcar a estreia na teledramaturgia de ninguém menos que Zé Celso Martinez Correa, criador do Teatro Oficina, que aos 74 anos de idade finalmente sucumbiu aos apelos da TV. Outro ator de destaque que está estreando em novelas é João Miguel, que já havia se destacado nos cinemas protagonizando dois excelentes filmes: “Cinema, Aspirinas e Urubus” e “Estômago”. Continue Lendo
Cá está um post que só surgiu graças a esta era de conteúdo colaborativo, que já originou jóias como o Projeto Rain Down, DVD produzido com vídeos de fãs que assistiram ao show que o Radiohead fez no Brasil em 2009. As 17 músicas que Adele cantou em Paris, no La Cigale, no dia 4 de abril, foram gravadas por dois usuários abençoados do YouTube, 000MadMan000 e Kalihar. Soube da existência desses vídeos por meio de um grupo sobre Adele criado no Facebook por Flávia Durante, graças a dois outros fãs: Pedro Monfort e Nathali Lima (que também encontrou o setlist com a ordem em que as músicas foram tocadas).
Deleite-se, pois, com uma cantora que consegue ser mais incrível ainda ao vivo do que em estúdio, na torcida de que a turnê de “21″ faça uma escala por aqui.
Eu sei, é feio admitir que há momentos em que desejo que alguns dos meus artistas prediletos levem uma rasteira amorosa, daquelas que deixam nossa alma cheia de hematomas. Mas o que eu, um mero mortal repleto de falhas e de imperfeições, posso fazer, se sei que algumas das canções que tocam incessantemente em meu jukebox mental foram registradas em álbuns de músicos que as compuseram naquela fase clássica da vida em que o amor carcome a sua sanidade enquanto estilhaça seus sonhos?
Sim, por vezes penso como um fã imperdoavelmente egoísta. Mas, em minha defesa, posso argumentar que pés na bunda e ressacas amorosas calejam o espírito e causam feridas que um dia cicatrizam. Porém, discos como Blood on the Tracks, Sea Change e 21 permanecem, como catarses musicais e testemunhos irretocáveis de que há mais gente feito a gente, que amou, sofreu e comeu o pão chocho que o diabo amassou: seco, esturricado, repleto de carboidratos e sem direito a manteiga. Continue Lendo
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.