Artigos do mês de: novembro 2010
E vem aí a 4a. edição da Campus Party Brasil, que é considerado o maior evento de tecnologia, criatividade e cultura digital do mundo. Tenho o privilégio de estar presente a essa festa desde a primeira edição brasileira, que ocorreu em 2008 (a única que foi realizada no prédio da Bienal no Parque do Ibirapuera, quando houve uma polêmica entre blogueiros e jornalistas). E, desde 2009, sou um dos curadores da Campus Blog (que, na edição de 2011, transformou-se na área de social media), ao lado de Edney Souza, meu camarada de vários anos e projetos. Juntos, organizamos as programações de 2009 (a primeira que foi realizada no Centro Imigrantes) e 2010.
A cada ano a Campus Party Brasil cresce e atrai mais interessados. A ponto de, em menos de dois meses de vendas, todos os ingressos já terem sido vendidos, três meses antes da próxima edição, que será realizada de 17 a 23 de janeiro de 2011. Mas e aí? Quem não comprou as entradas para a CParty Brasil já pode chorar antecipadamente? Ôpa: pois saiba que o Pensar Enlouquece está dando a chance de você concorrer a um dos três últimos ingressos que estão dando sopa por aí!
Clique no banner acima, pois, informe os seus dados pessoais e responda no formulário à seguinte questão: “Se você encontrasse os criadores da Internet, o que você diria a eles?”. Bote a cabeça para funcionar e boa sorte: este concurso é uma das últimas chances que você terá de conferir in loco à programação da área de social media da Campus Party Brasil 2011 e de inúmeras outras atividades, fora a oportunidade de encontrar amigos que virão de todo o país em janeiro de 2011. Mas seja rápido: você só tem até 30 de novembro para disputar um desses três ingressos!
Toda nostalgia é composta por memórias photoshopadas. É por isso que eu automaticamente abstraio afirmações como “no meu tempo as coisas eram melhores” ou “já não se fazem músicas tão boas como antigamente”. É até natural resgatarmos o passado com um certo olhar condescendente, recordando de tudo que ficou para trás com a memória seletiva de quem pinta lembranças com cores bonitas que nunca existiram na realidade (citando Drummond: “nos áureos tempos que eram de cobre”).
Não sou dessas pessoas que ouvem a produção musical atual e dizem que o rock morreu, pautados em bandas que ganham prêmios de popularidade e angariam multidões de fãs histéricos que xingam muito no Twitter. Pois, se as músicas que tocam nas rádios ou na TV não dizem nada de relevante sobre a minha vida (sugeriria Morrissey: “hang the DJ!”), o fato é que com a internet nunca foi tão fácil descobrir novos sons. Quem não tem o hábito de escarafunchar a rede em busca de bandas que não aparecem no Faustão ou no Top 10 MTV não reconhecerá a maior parte da lista de grandes baladas nacionais dos anos 00, feita por Marcelo Costa do Scream & Yell. Não por coincidência, posso apostar que boa parte dessa galera que ainda desconhece a maioria das gravações citadas pelo Marcelo integra o grupo de pessoas que reclama da decadência musical contemporânea. Continue Lendo
Fui selecionado recentemente para ser um dos embaixadores da Volvo Cars Brasil, ficando incumbido da tarefa de produzir textos para a fan page da marca no Facebook. Um trabalho que aceitei com prazer; afinal, não é todo dia que a gente é escolhido para colaborar com uma marca que, desde 1927, é associada a valores como segurança, design e qualidade. Você sabia, por exemplo, que o tempo de vida médio de um carro da Volvo é de 18 anos? Em um mundo repleto de itens que parecem ser produzidos para serem os mais descartáveis possíveis, é um alento encontrar uma marca que tenha esse tipo de preocupação: criar produtos feitos para durar.
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Embora eu sempre me defina como um “japaraguaio”, devo admitir que ao menos uma boa característica das minhas raízes nipônicas eu herdei: procurar ser prático e racional, em especial nas minhas decisões de cunho profissional. Em outras palavras: busco sonhar com os pés no chão, mirando as estrelas no céu, mas matutando racionalmente como chegar até lá. É por isso que creio que boas ideias de nada valem se não são colocadas em prática. Afinal, erguer castelos nas nuvens é fácil: qualquer um que devaneia com os olhos mais ou menos abertos fazer isso. A prova dos nove é saber como construir os alicerces sob esses castelos de sonhos e trazê-los para o mundo real.
Com o objetivo de discutir essas e outras questões relacionadas ao universo da comunicação em tempos de redes sociais, será realizado em São Paulo, no dia 25 de novembro, o Quanto Vale Uma Ideia?, um evento que recomendo com tranquilidade. Afinal, reunirá cinco palestrantes que, mais do que fomentar boas ideias, já demonstraram sua capacidade de colocá-las em prática.
Pois bem: estou com 25 pares de convites para leitores do Pensar Enlouquece que puderem aproveitar esta bela oportunidade de ouvir nomes do naipe de Marcelo Tas, Bob Wollheim, Alexandre Hohagen, Gilberto Dimenstein e Fernando Martins, saber como a internet ajudou a disseminar grandes ideias e fazer aquele networking esperto. Quer ganhar um desses 25 pares de convites? Sussa! Basta preencher o formulário a seguir para participar do sorteio que farei hoje, às 18 horas.
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Os resultados serão divulgados logo mais: todos os 25 vencedores serão contatados por e-mail e por telefone. Bora participar? Tomando emprestadas as palavras de Joey Ramone: “HEY HO, LET’S GO!”
Em tempo: o evento será realizado às 19:30, na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, n° 2235.
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PROMOÇÃO ENCERRADA! E eis os nomes dos 25 sorteados: Marina Miranda, Natália Iglesias, Stephanie Jorge, Flavio Augusto Muniz, Regina Prieto Colon, Marcos Masini, Valeria Stefanie Villas Boas Cintra, Claudia Chow, Danilo de Araujo Miranda, Fabiana Rocrigues de Carvalho, Taciana da Silva Dias, Luciana Picoli, Maria Carolina de Araujo Cintra, Vanessa Xavier, Filipe Carvalho de Barros, Fabio Takashi Hirano, Marina R. Mello, Paulo Fava, Larissa Leal, Allan Marcel Diogo da Silva, Pedro Felipe Almeida Moreira, Marcela Klein Martins, Juliana Piotto Simões, Bruna Pedroso Esteves e Danilo Sousa. A iThink, que está trabalhando na organização do evento, entrará em contato com vocês para confirmar a presença de vocês, ok? Obrigado a todos os 94 leitores que participaram desta promoção relâmpago. :)
Seguinte: estou com 4 pares de ingressos de pista para o Planeta Terra Festival na mão, que me foram dados pela Telefônica. Não irei: na buena, o line-up deste ano não me animou. Ok, sou fã de Girl Talk (que acabou de liberar o álbum novo para download) e Mombojó, gosto de algumas coisas do Phoenix e do Passion Pit e até iria ao show dos Smashing Pumpkins, apesar de constatar que a última música decente deles foi gravada há mais de 10 anos. Mas não é um evento que me deixou pilhado pra ir.
Porém, a julgar pela sondagem que fiz no Twitter, devo ser minoria: logo constatei que tem muita gente boa interessada em se esbaldar no Playcenter. Como o festival já vai rolar neste sábado e preciso entregar os ingressos a tempo de garantir a diversão de quatro leitores do Pensar Enlouquece e seus acompanhantes, resolvi fazer o mais simples e rápido: sorteio.
Se você deseja concorrer a um dos quatro pares de ingressos de pista para o Planeta Terra 2010 que estão dando sopa comigo, preencha os dados do formulário a seguir, clique em “submit” e fique na torcida. ATENÇÃO: você precisará retirar os ingressos comigo no mais tardar até a manhã deste sábado (lá pelas 11 horas viajo para o Rio), por isso estou pedindo número de telefone (se você não for de São Paulo, não se esqueça de informar o código de DDD).
Disclaimer óbvio, mas importante: não me responsabilizo por despesas de transporte e estadia. Portanto, se você não estiver em condições de retirar os ingressos comigo (hoje estarei perambulando pela região da Paulista), melhor deixar esta oportunidade para outras pessoas que estão mais a fim de curtir o festival e já estão com tudo engatilhado para irem ao Playcenter neste sábado, ok? Os resultados serão divulgados neste mesmo post às 14 horas de hoje; entrarei em contato com os ganhadores por e-mail e telefone. E agora, parafraseando o bordão imortal de Antônio Augusto de Moraes Liberato: VALENDOOOOOOO…
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Pronto, já deu 14 horas. INSCRIÇÕES ENCERRADAS!
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E os vencedores são… Rafaela Matoso, Endrigo Chiri Braz, Mirelle Martins e Fabiele Fabricio, conforme divulguei no Twitter. Parabéns e obrigado a todos os 414 participantes da promoção!
Se nem Freud descobriu o que querem as mulheres, oras, o que um pobre leigo feito eu vai saber? Mas enfim, como bem disse Federico García Lorca, “só o mistério nos faz viver”. Será mergulhando de cabeça no universo feminino (e dentro de si mesmo) que o escritor e psicólogo André Newmann, personagem que protagoniza a nova série de Luiz Fernando Carvalho, buscará a resposta definitiva para esse dilema.
A fim de saber mais sobre como a pergunta clássica de Freud virou uma série da Globo, participei de um bate-papo com o trio de roteiristas por trás de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?”: João Paulo Cuenca (um baita escritor que acompanho desde os tempos do Folhetim Bizarro), Cecília Giannetti (outra autora de primeira revelada pela web, mas que também é conhecida por ser serial killer de seus próprios blogs) e Michel Melamed (que também atua e, dizem por aí, exercita dons esquizofrênicos no blog da série). O evento, que contou com a presença de diversos blogueiros convidados, girou em torno de assuntos como deadlines insanos, o desafio de criar uma obra experimental para um veículo popular como a Rede Globo, os bastidores da gravação (Ciça testemunhou uma imagem marcante: Vera Fischer de calcinha) e o que Cuenca descreveu como uma “mitificação masculina e boba”: a tal questão que batiza a série.
Foi instigante acompanhar de perto o brainstorm de sinapses e abstrações dos três. Como descreveram no encontro, o processo criativo foi uma insanidade total, movida por uma dieta à base de “Red Bull, cigarro e pizza.” Quem assistiu ao primeiro capítulo de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” pôde constatar que a série, exibida às quintas-feiras, espelha esse Big Bang criativo. Afinal, estes são tempos de discursos atravessados, de cacofonia de muitas pessoas falando ao mesmo tempo: uma lógica típica da internet, que se reflete no modo como sentimos e vivemos o mundo. “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” é, pois, o retrato desta era confusa, misteriosa e cheia de possibilidades. Com pessoas que querem tudo ao mesmo tempo agora. E que nutrem, citando Giannetti, “desejos loucos, disparados, com setas para todos os lados”.
Um dos momentos destacados nos bastidores da criação da obra foram as gravações feitas por um Michel Melamed devidamente trajado com os figurinos do seu personagem, quando ele foi às ruas conversar com populares. Michel, que gravou depoimentos com cerca de 300 pessoas como se fosse André Newmann, descreveu esses momentos como “um manicômio no meio de um redemoinho”.
Melamed ainda destacou: “Impressionante como num mesmo metro quadrado séculos separam pessoas. Logo após encontrar meninas espertas e safadas, achei mulheres cabisbaixas acompanhadas por maridos que as impediam de falar.” Se antes era tudo razoavelmente planificável, hoje o mundo é multifacetado. No Twitter, não encontramos ao mesmo tempo gente fascista, homofóbica, liberal, islâmica, preconceituosa, pansexual? Pois é: o Twitter é a vida. Ou, como bem resumiram Cuenca e Melamed: “Toda esquina é um Twitter.”
Não é de se estranhar que a série trabalhe com diversos níveis e camadas de entendimento, enredados por metalinguagens e intertextualidades. Basta pensar que seu blog, que já estava no ar antes da série começar a ser exibida, foi criado por um personagem que ainda não existia, sendo escrito por um autor que também é um ator. E que, a partir do início da exibição em um veículo de mass media, tem a possibilidade de refletir as percepções dos telespectadores e os comentários deixados pelas “pós-popuzudas” e “afrodites blogueiras” (expressões de Melamed). Sendo que o blog, na real, não é necessariamente escrito apenas por Michel/André. Afinal, como resumiu ironicamente Cuenca, a série é o resultado da fusão criativa de “oito mãos, três membros e uma florzinha”.
E agora? Bem, recomendo que você acompanhe o site de “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” e fique atento à programação: no total serão seis capítulos, todos eles exibidos por volta das 23:30, às quintas-feiras. Afinal, nem sempre temos a chance de poder acompanhar uma produção sui generis como esta, capitaneada pelo mesmo Luiz Fernando Carvalho de outras jóias como “Capitu” e “Hoje é Dia de Maria”, dando sopa na tevê aberta.
Entrou no ar TopTVZ.com.br, novo projeto online do Multishow com mais de 1 milhão de letras de cerca de 35 mil artistas. A fim de conhecer melhor o acervo de letras de música do site, decidi fazer algumas pesquisas por canções de meus artistas favoritos. E constatei: apesar de ainda estar na versão beta, o acervo do TopTVZ já é dos mais respeitáveis. Além da quantidade e da variedade de letras, boa parte das páginas também já disponibiliza videoclipes e traduções das músicas.
Aproveitei a oportunidade, pois, para fazer mais um indefectível Top 5: os melhores versos iniciais de músicas. Em 2007, a Spinner elaborou uma lista bem discutível, que colocou no número 1 o verso “she’s a very kinky girl”, que abre a canção “Superfreak”, de Rick James. Eu, pessoalmente, achei esse Top 25 da Spinner decepcionante, com só duas boas lembranças: “Hello, Darkness, my old friend” (de “The Sound of Silence”, da dupla Simon & Garfunkel, número 21 na lista) e “Jesus died for somebody’s sins but not mine” (de “Gloria”, de Patti Smith, classificada em nono lugar).
Listas, de qualquer modo, são feitas para serem discutidas e questionadas, fazendo com que cada um que discorde delas remexa seu baú de memórias resgatando preferências pessoais. Segue abaixo, pois, o meu Top 5 de melhores começos de músicas (a propósito, lembranças de outros versos iniciais marcantes serão muito bem-vindas nos comentários). Continue Lendo
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