Artigos do mês de: outubro 2010

Entrevista com Arnaldo Jabor e promoção do filme “A Suprema Felicidade”

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 29 de outubro de 2010

Foi um longo hiato. Após ter passado duas décadas sem filmar, eis que finalmente Arnaldo Jabor está de volta aos cinemas brasileiros com seu novo longa-metragem, “A Suprema Felicidade”. Ou seja: toda uma geração sequer imagina que aquele colunista ranzinza do Jornal Nacional, que ficou mais conhecido por suas opiniões polêmicas sobre política, antes era conhecido como o diretor de filmes como “Toda Nudez Será Castigada”, provavelmente a melhor adaptação cinematográfica de toda a obra de Nelson Rodrigues, ou “Eu Sei Que Vou Te Amar”, filme de 1986 que levou 5 milhões de espectadores aos cinemas e rendeu a Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

Pois bem: ao sair da sessão de “A Suprema Felicidade”, um filme em que as músicas incidentais e a trilha sonora composta por Cristovão Bastos fazem parte essencial da trama, e a sexualidade com todos os seus conflitos e descobertas, também perpassa toda a história, lembrei de uma frase cunhada pela jornalista Lola Felix-James: “A vida é movida a porra e música”. Continue Lendo

Ler faz crescer (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os primeiros livros que devorei com gosto durante minha infância nunca foram publicados. Tratam-se dos diários que meu pai escrevia, de forma sistemática, durante a juventude. Neles, seu Shiguehiko relatava a época em que morava em Mogi das Cruzes junto com meus avós e seus seis irmãos. Meu avô paterno, seu Fumio Inagaki, fazia carvão e depois o vendia, de porta em porta. Nas horas vagas, escrevia hai-kais; e eu, seu neto japaraguaio e analfabeto de ideogramas, infelizmente até hoje desconheço sua obra. Minha avó, hoje octagenária, desconhece o paradeiro de seus versos. Continue Lendo

As músicas que fazem a gente chorar até pelo chifre que não levamos

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um dia ainda hei de botar no papel minha teoria a respeito da capacidade única que a música sertaneja possui de prover a trilha sonora para corações combalidos em busca de catarse. E ainda possuo a convicção de que um dia Zezé di Camargo terá o mesmo status cult merecidamente conquistado por Roberto Carlos: poucos compositores na MPB possuem a mesma capacidade de, sem necessitar recorrer a maiores firulas metafóricas, conseguir traduzir musicalmente todas as alegrias, dores e angústias que o tal do Amor nos faz sentir.

Enquanto não redijo minha tese sobre os fragmentos do discurso amoroso nas canções de Zezé Di Camargo & Luciano, a entrevista que concedi a Eva Uviedo, para o site da revista Trip, já adianta algumas das minhas observações sobre este gênero musical injustamente subvalorizado. Em tempo: recomendo que ela seja lida ao som do playlist com meu Top 10 Sertanejas. :)

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Dieta do impostão (publieditorial)

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 14 de outubro de 2010

Toda vez que penso no assunto, lembro do aforismo clássico de Benjamin Franklin: “Há duas coisas inevitáveis na vida: a morte e os impostos.” No Brasil, essa frase ganha ainda mais sentido, levando-se em consideração os mais de 70 tributos existentes. E que, embutidos no preço de cada produto ou serviço que consumimos, fizeram com que em 2010 os brasileiros tenham sido obrigados a trabalhar 148 dias para pagar impostos. Pudera: em média, cada brasileiro é obrigado a destinar 40,54% da sua renda para a carga tributária deste país.

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60 anos de Snoopy e a turma do Charlie Brown

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 06 de outubro de 2010

A primeira tira protagonizada dos Peanuts foi publicada no dia 2 de outubro de 1950. Dois dias depois, um cachorrinho beagle fez a sua primeira aparição. E o universo dos quadrinhos não seria mais o mesmo, graças a Charlie Brown, Linus, Lucy, Schroeder, Woodstock, Patty Pimentinha e todos os personagens inesquecíveis criados por Charles M. Schulz.

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Às vésperas das eleições

Por Alexandre Inagakisábado, 02 de outubro de 2010

Cada um de nós possui suas convicções e suas verdades pessoais, e não vejo o menor problema nisso. Um exemplo: tenho amigos que são ateus, católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas. Eles sabem o que penso a respeito de Deus e de religiões, e às vezes conversamos sobre nossas crenças. Quase nunca as opiniões combinam; porém, as discordâncias são bem recebidas. Porque, oras, amigo é aquele cara de quem posso divergir à vontade, chamá-lo de imbecil e cabeça de melão e, ainda assim, ser capaz de compartilhar uma mesa de bar com ele e rir em altos brados após uma discussão animada. Afinal de contas, se eu ficasse restrito a trocar ideias exclusivamente com pessoas que pensam exatamente igual a mim, de que modo eu conseguiria ampliar o horizonte dos meus conhecimentos?

“Inteligentes são as pessoas que pensam como a gente”. Por causa dessa visão limitada, há aqueles que, de alguma maneira, se acham mais esclarecidos e mais bem informados do que os outros, desmerecendo os que discordam deles. Desconsideram pontos de vista diferentes, passando a enxergar o mundo sob um único viés. Tornam-se cada vez mais intolerantes e bitolam suas leituras, restringindo-se, por exemplo, a acompanhar blogs e seguir perfis no Twitter apenas das pessoas que dizem “amém” a suas certezas absolutas. Tenho medo e piedade dessa gente inflexível que se cerca de iguais bajulando uns aos outros. E que se enreda, cada vez mais, dentro de um novelo de convicções sem abertura para novas possibilidades. Como em um condomínio fechado de ideias, que se refestela e se acomoda em uma ilusória zona de conforto.

Nesta semana, enquanto procurava pelo meu título de eleitor (não o achei: fui a um cartório eleitoral e acabei tirando uma segunda via que, devido a mais uma daquelas típicas reviravoltas tupiniquins de última hora, acabou sendo inútil), encontrei a cola que usei nas eleições de 2006. Naquele ano, votei em Cristovam Buarque (PDT), José Serra (PSDB), Eduardo Suplicy (PT), Soninha Francine (na época, ainda filiada ao PT) e Ricardo Montoro (PSDB). Se me arrependi de alguma escolha, normal: faz parte da vida fazer opções que nem sempre nos satisfazem. Mas, se há alguma convicção que me acompanha desde a primeira vez em que votei, nas eleições presidenciais de 1989 (quando fui de Covas no primeiro turno e Lula no segundo), é de que muito pior é se eximir de todo o processo, anular votos e fingir que não tenho nada a ver com política.

Nestas eleições de 2010, como costumeiramente faço na hora de decidir os meus votos, não atrelei minhas escolhas a uma só legenda. Dentre outros motivos, porque acredito que divergências são saudáveis, debates construtivos necessitam de representantes de diversas correntes e nenhum partido tem credenciais suficientes para poder afirmar que é representante incontestável da ética. Irei, pois, de Dilma Rousseff, Fabio Feldmann, Aloysio Nunes, Ricardo Young, Ivan Valente e Carlos Giannazi. E assim, com essa mistura partidária, tenho certeza de que obterei a façanha de desagradar simpatizantes de todas as ideologias. Bem, paciência.

Não pretendo, ao declarar publicamente os meus votos, convencer ninguém das minhas escolhas. Do mesmo modo, não tenho intenção de ficar justificando cada voto. Como diz a canção, cada um sabe da dor e da delícia de ser o que é.

* * *

P.S. 1: Citando apenas a eleição presidencial, há boas leituras argumentando em prol de cada um dos candidatos principais. Amiano Marcelino e Ronaldo Lemos votarão em Marina Silva, Ethevaldo Siqueira e André Caramuru Aubert irão de José Serra, Celso Rocha de Barros e Carlos Hotta apoiam Dilma Rousseff, Raphael Tsavkko Garcia e Fabiana Cardoso são eleitores de Plínio de Arruda Sampaio. Por mais que seu voto já tenha sido decidido, creio que vale a pena conhecer a opinião de cada um deles.

P.S. 2: Cito as mesmas palavras que escrevi em 27 de outubro de 2002, quando Lula foi eleito Presidente pela primeira vez: “Agora é Brasil. Esqueçamos rixas e rivalidades: agora a torcida é por todos nós.”

Concorra a 2 pares de ingressos para o SWU

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 01 de outubro de 2010

Atenção: eis os VENCEDORES da promo SWU:
- Dia 9: Thiago Nakaguishi, que sugeriu o nome Limpe o Park (mas também enviou outras sugestões como Móveis Coloniais de Garrafa Pet, The Recycled Volta e CSS (Cansei de Ser Sujo);
- Dia 11: Gica, que mandou o nome ‘Recyclaje’ a Rigor, mas também havia sugerido outras pérolas como Yo La Tengo Que Reciclar, Jovem Guarda e Reutiliza, Eco-Nomizando Sacolinha & The Bunnymen, New Trees on The Block e Ok GO a Pé.
Parabéns aos dois! \o/ E, conforme havia informado no regulamento desta promoção: Thiago e Gica, vocês têm até às 21:50 do dia 6 de outubro para me encaminhar os dados de envio de seus pares de ingressos, ok? Caso contrário, selecionarei outro participante.
Obrigado a todos pela participação!

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Rage Against the Machine, Mars Volta, Crystal Method, Mallu Magalhães, Infectious Grooves e Los Hermanos são alguns dos shows que rolarão no dia 9 de outubro. E, no dia 11, as atrações musicais serão do naipe de Pixies, Incubus, DJ Tiësto, Queens of the Stone Age, Mombojó e Yo La Tengo. Nada mal, huh (confira o line-up completo)? E, não menos importante, em paralelo o SWU reunirá 44 personalidades no Fórum Global de Sustentabilidade e promoverá ainda uma Mostra de Artes.
Pergunta quase retórica: está a fim de ganhar ingressos para curtir as atrações do SWU? Ôpa, então vambora!
Tenho 2 pares de ingressos, um para o dia 9 e outro para o dia 11 de outubro. Para concorrer a essas belezinhas, me inspirei nos edificantes concursos promovidos pelo programa Garagem, no qual eles fazem questões que atiçam o lado mais infame de seus ouvintes. Alguns exemplos de perguntas e respostas:
- Qual o nome do disco que o Pixies gravaria com o Carlinhos Brown?
1) “Debeiço” - Matheus Takemoto
2) “Doolixo” - Felipe Barroso
3) “Culittle” - Humberto Alexandre
4) “Where Is My Ass?” - Fabiana Silva
5) “Velourio” - Jardel Sebba
- Rita Lee vai gravar um CD de rap. Qual o nome desse disco?
1) “Meu Bem Você Me Dá Tiro na Boca” - Fábio Freitas
2) “Run do Meu CD” - Cléber Ferreira
3) “Eliminem” - Roberto Kitagawa
4) “Em Busca da Latida Perfeita” - Luciano Rodrigo da Silva
5) “Público Enemy” - Maurício Oyama
- Qual o nome da banda de metal do Caetano Veloso?
1) “Frangra” - Fernando Dlouhy
2) “Twisted Sfincters” - Marcelo Azzolini
3) “Drag Queens Of The Stone Age” - Katia de Souza Nunes
4) “Judas Triste” - Soraia de Freitas
5) “Black Jabbath” - Fernando Pinkalsky

Pois bem. Com base nesses edificantes exemplos, eis a pergunta que você, que está a fim de faturar um par de ingressos na faixa para o SWU, deverá me responder: qual o nome que você daria a uma banda de rock sustentável? Responda a essa questão nos comentários deste post, informando também:
- O dia (9 ou 11) para o qual você quer ganhar 1 par de ingressos;
- Seu nome de usuário no Twitter.
Ah, fique atento também aos pré-requisitos para concorrer aos ingressos:
- Você deverá seguir @inagaki no Twitter;
- Também precisa saber que a classificação etária do SWU é de 14 a 15 anos (desde que acompanhados dos pais ou responsáveis legais) ou, a partir de 16 anos, desacompanhados;
- E estar ciente, por fim, de que despesas referentes a transporte e hospedagem ficam por conta do sorteado e de seu acompanhante.
O anúncio das 2 melhores respostas será feito aqui no blog e no meu perfil no Twitter no dia 5 de outubro, às 20 horas. Na hipótese de que surjam sugestões parecidas para o nome da banda, levará vantagem o primeiro comentário postado de acordo com a ordem cronológica. Entrarei em contato com os vencedores por meio do e-mail informado no comentário do post e também por DM, a ser enviado via @inagaki. Mas atenção: se o ganhador do par de ingressos não der sinal de vida 24 horas após os meus contatos, selecionarei outra pessoa para faturar os ingressos do SWU. Entendidos? Então boa sorte e boa (ins)piração para a sua resposta! :)

* * *

P.S. 1: O Gizmodo Brasil completou 2 anos no ar: meus parabéns!
P.S. 2: Por falar em SWU, tem texto meu no site do festival.

P.S. 3: Quer aumentar suas chances de ganhar ingressos para o SWU? Confira estas promoções:
- O Radar Verde está sorteando 2 pares: um para o dia 9 e outro para o dia 11;
- A Focka Comunicações tem um par de ingressos para o dia 10;
- No blog da Sam Shiraishi, você concorre a ingressos para os dias 10 e 11;
- O Rock’n'Beats tem um par para o dia 11;
- Lá no Tenho Mais Discos que Amigos, a promoção é para o dia 9;
- O RockinPress e o DiscoPops também têm pares de ingressos dando sopa;
- E, no Vitroleiros, você pode concorrer a ingressos para os dias 10 e 11!
Mas, hey, não se esqueça de checar o prazo de duração e as regras de cada uma das promoções, ok? Boa sorte! \o/

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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