Artigos do mês de: agosto 2007

O mês dos blogs

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 31 de agosto de 2007

Hoje é celebrado o Dia do Blog. Excelente pretexto para fazer um balanço deste mês de agosto, possivelmente o mais agitado de toda a história da ainda incipiente blogosfera brasileira. Encontro de blogueiros e leitores no Rio, rankings e o mapa do Dahmer, BlogCamp em São Paulo e a polêmica campanha publicitária do Estadão deram ensejo a inúmeras discussões, virtuais ou in loco, sobre diversos temas ligados a blogs: busca de credibilidade, mídia “tradicional” x mídia digital, jornalismo colaborativo, formatos de microblogging. Mas, incrivelmente, todas as conversas confluíam para um cada vez mais modorrento assunto: monetização de blogs.
Já afirmei isso em outras ocasiões, e torno a repetir: se uma pessoa decide criar um blog com o intuito mercantilista de ganhar dinheiro, melhor permanecer no papel de mero receptor. Se você se ativer a publicar posts atraindo pára-quedistas do Google com textos anunciando fotos de mulheres peladas ou de vítimas do acidente de ocasião, terá o que merece: uma horda de analfabetos funcionais, que sairá de seu blog em questão de segundos e dificilmente retornará a ele. Do mesmo modo, se você se limitar a copiar e colar notas que já saíram em outros sites, por que ter um blog, se seu recanto virtual não passar de uma mera câmera de eco (reverberando a expressão citada por Tiagón Casagrande) papagaiando tudo que é publicado por aí?
Fiquei desanimado, pois, quando vi Marco Chiaretti, meu ex-professor da Cásper Líbero e atual editor-chefe de conteúdo digital do Grupo Estado, anunciando, ao final do debate sobre responsabilidade e conteúdo digital, que o próximo tema a ser discutido com blogueiros será… monetização. Oras, cáspite, carambuelas! A resposta definitiva para qualquer questão envolvendo monetização é simples: a chave está na produção de conteúdo inédito e relevante. Se você publicar posts diferenciados do que já encontramos em portais ou outros blogs, paulatinamente se fará conhecer. Expresse opiniões, compartilhe conhecimentos, escreva sobre os assuntos que você domina melhor, dê a cara a bater. Justifique, enfim, a existência de seu recanto virtual, antes de se preocupar com SEO e outras técnicas de divulgação do seu blog. O aumento do número de visitas, o reconhecimento junto à comunidade e a rentabilização de seu espaço serão conseqüências, não fins, desse processo.
Sobre credibilidade, Edney Souza, meu parceiro de Interney Blogs, escreveu um post bastante esclarecedor, mas aproveito para ressaltar um diferencial fundamental dos blogs em comparação com páginas hospedadas em portais: a inserção de links externos em cada texto. Cada post de caráter informativo que publico é repleto de links para as fontes que consultei. Assim, dou a oportunidade para que cada leitor rastreie todas as fontes de informação online que visitei, seguindo os passos que dei até a redação final. Esta é uma característica fundamental da Internet, que precisa ser aproveitada por todos os produtores de conteúdo: a oportunidade de deixar aparentes os andaimes que foram utilizados na construção de um texto.
Um blog, como bem afirmou Hernani Dimantas, é um projeto pessoal. Que, interligado a outros blogs, torna-se uma rede de intercâmbio de conhecimentos e experiências. É isso que dá sentido à blogosfera e a toda essa tecnologia à nossa volta: a construção de um espaço anarquicamente coletivo, sem hierarquias pré-definidas. Uma rede capaz de ser solidária, lúdica, informativa, humana, unindo pessoas por idéias e afinidades. O resto é papo pra boi (ou macaco) dormir.

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P.S. 1: Quer “monetizar” seu blog? Sugestão: siga o bom exemplo do Biajoni.
'Impression, Soleil Levant', quadro de Claude Monet.
P.S. 2: Outros ângulos do caleidoscópio: Quando esse pessoal vai aprender?, de Raphael Lullis, Falem mal, mas falem, de Mario Amaya, “Nós amamos os blogs!”, de Ana Brambilla, Parem o mundo que quero descer, blogueiros não sabem debater?, de Carlos Cardoso, Por onde vai a credibilidade da Internet?, de Pedro Doria, Blogs x Estadão, de Gilberto Pavoni Junior, Blogosfera brazuca, de Paulo Bicarato, “O segredo” para ganhar dinheiro com seu blog, de Gilberto Alves Junior, Tem é que descer o cacete na blogosfera!, de Alexandre Carvalho, Debate sobre os blogs promovido pelo Estadão, de Rodrigo Ghedin, Os blogs estão na mídia - e na moda, de Manoel Netto, e Debate do Estadão: marque esta data, de Anderson Costa.
P.S. 3: As regras do BlogDay2007 falam em indicar cinco blogs para leitura. Sinceramente? É pouco. Todo domingo publico um rol de onze novos “blogs da semana”, devidamente linkados em meu sidebar direito. Em tempo: o Alforria, o Bad Hair Day, o Caco na Cuca, o Café do Dom, o Caminhar, o Casa do Cacete, o Cybervida, o Esculhambação, o Google Discovery, o Judão, o Manual do Cafajeste (Para Mulheres), o Pedro Menezes, o Por Onde Andei, o Por Uma Second Life Menos Ordinária, o Update or Die e o W3CSS indicaram o Pensar Enlouquece no dia de hoje. Valeu pela lembrança! :D

Deus segundo Laerte Coutinho

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 29 de agosto de 2007

Deus segundo Laerte - 1

Deus segundo Laerte - 2

Na concepção do genial Laerte Coutinho, Deus é uma divindade simpática e humana, que tem o olho aberto para as surpresas da vida. Muito distante, pois, daquela imagem carrancuda passada por muitos padres, de que Deus seria uma espécie de Big Brother avant la lettre que a tudo vê, e que condena quase tudo que fazemos ou deixamos de fazer. No prefácio de Frei Betto ao primeiro livro compilando as tiras de Deus Segundo Laerte, ele escreve: “Deus é amor, mais íntimo a nós do que nós a nós mesmos, como dizia Santo Agostinho. Portanto, se brincamos com tudo o que nos é íntimo, por que excluir Deus de nosso bom humor e carinho?“.

Que Deus abençoe o talento de Laerte.Laerte, que concedeu a Marco Aurélio Canônico da Folha de S. Paulo uma excelente entrevista, afirma: “Eu gostava das tirinhas de Deus, mas elas eram atéias. Não fiz as tiras para discutir religião, acho um tema empolgante, mas gosto de tratá-lo fora da fé“. Laerte, na real, concebe Deus da maneira que eu também gostaria que Ele fosse. Um dia espero merecer a graça de ir parar nesse lugar: um céu alternativo com vaga para pessoas legais. Sei que encontrarei muita gente bacana por lá.

Amor

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 28 de agosto de 2007

O amor é presença perene no coração. Há ocasiões em que dói, como se o coração fosse comprimido pela mão da ausência. Mas o fato é que o amor é acalanto. É a certeza de que existe alguma coisa além da fugacidade deste mundo, que seja capaz de perpassar o pó do qual viemos e ao qual voltaremos. O amor é chama que se retroalimenta. Pois as pessoas que amamos permanecem em nossas lembranças. E a cada instante em que evocamos um certo sorriso, um gesto de carinho ou o gosto ensolarado de uma tarde compartilhada de felicidade, elas tornam-se mais vivas ainda dentro de nós.

A vida é tigre indomado. Haverá dias em que sucumbiremos à tristeza, às lágrimas que estrelam os olhos. Afinal de contas, sangrar é inevitável e faz parte de nossa condição humana. Mas o que dizer quando sabemo-nos impotentes diante do sofrimento alheio? Como bem escreveu Cynthia Feitosa: “amar é rezar por quem você ama, mesmo sem ter religião“. Posso dizer que este post é, pois, uma prece por todas as pessoas que me são valiosas. Que não lhes falte amor, essa força que não nos deixa esmorecer, que faz com que sejamos capazes de extrair do desamparo a esperança, luz inquieta que nos sorri nos dias mais enevoados.

Um beijabraço, Fal.

Cinco anos no ar

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 24 de agosto de 2007

Quando criei este blog, há cinco anos, eu realmente não esperava que ele fosse durar tanto tempo. Principalmente por se tratar de Internet, interface na qual tudo parece soar fugaz e volátil. Quem baixou músicas por meio de softwares como Napster e Audiogalaxy, visitou blogs como Don’t Believe the Hype, Evasão de Privacidade, Mundo Perfeito e Delícias Cremosas, foi assinante de e-zines como o Cardosonline e navegava por sites como Revista 2K, TXT Magazine e Putaquepariu.com, dos tempos em que Internet ainda era em preto e branco, sabe bem do que falo.

Pensar Enlouquece passou por três endereços diferentes, no Blogger Brasil, Mblog (finado hosting gratuito que usava Movable Type) e Gardenal.org, até chegar a esta que espero ser minha morada definitiva. Como evito me apego às coisas passadas, os arquivos com meus posts mais antigos sequer estão no ar. Um dia, quando arqueólogos digitais quiserem cavoucar os vestígios mais remotos deste blog, poderão recorrer ao Internet Archive. Não creio que cheguem a tanto.
Segundo layout, feito por Suzi Hong.
Só tenho a agradecer por todas as pessoas que conheci, amigos que fiz, mocinhas que seduzi, reconhecimentos que recebi, oportunidades que angariei graças ao Pensar Enlouquece. Em tempos nos quais sequer cogitávamos a hipótese de que um dia poderíamos ganhar algum dinheiro com blogs, quem diria. A vida, felizmente, é boa e cheia de possibilidades.
Terceiro template, arte de Bruno Furnari.
Deixo aqui um agradecimento especial a Suzi Hong e Bruno Furnari, que elaboraram os templates anteriores deste blog. A Fábio Sampaio, criador do Falou & Disse, sistema de comentários que utilizei por um bom tempo. Ao triunvirato Pablo, Bruno & Alberto, (ir)responsáveis pelo Gardenal.org. A Edney Souza, meu parceiro no projeto InterNey Blogs, que no mês que vem receberá um belo upgrade. A Renata Maneschy e Marcelo Soares, autores deste layout atual. E, é claro, a todos os meus amigos e leitores que me motivaram a manter o blog por todo este tempo.

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P.S. 1: Hoje o Uêba chegou à impressionante marca de 50 mil links publicados, e já parte em busca da próxima meta: 67 mil cliques diários. Confira aqui o relato de Gilberto Knuttz sobre suas experiências à frente do maior site colaborativo do país.
P.S. 2: A iniciativa promovida por Wagner Fontoura, organizando diversas mesas de debate virtuais sobre a blogosfera brasileira, deu origem a uma série de textos que recomendo a todos que se interessam pelo assunto: “O Papel dos Blogs como Mídia”, “A Influência das Redes no Desenvolvimento da Blogosfera”, “Rankings - para que servem, como devem ser, ferramentas de medição e o que devem levar em conta”, “A Responsabilidade dos Blogs que Ensinam e Formam Blogueiros”, “Alternativas de Monetização dos Blogs - Vida Inteligente Pós-AdSense”, “Blogs Corporativos - Um Desafio para as Empresas e para a Própria Blogosfera”, “Rumos e Tendências da Blogosfera Brasileira” e “PR, SEO, LinkBaiting e Marketing: qual o grau de importância de cada um deles?”.

Mega-Sena acumulada: como (sonhar em) ganhar dinheiro fácil

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 23 de agosto de 2007

Homer Simpson, em um de seus muitos momentos de sabedoria, certa vez afirmou: “Se você realmente deseja alguma coisa nesta vida, você precisa trabalhar por ela. Agora, quieto, eles vão anunciar os números da loteria!”.

Quem nunca sonhou em amealhar uma fortuna toda com um só golpe de sorte, tendo a chance de alicerçar todos os seus castelos no ar com os milhões de reais que são oferecidos a cada loteria (seja ela a Quina, a Dupla Sena, a clássica Loteca, a Lotofácil ou a tão almejada Mega-Sena), especialmente quando está acumulada? Eu admito que farei meus jogos, afinal de contas é inverídica a afirmação de que sonhar não custa nada: paga-se R$ 2,00 pela aposta mínima.

Jogar na Mega-Sena é como pagar imposto pra sonhar. Chega a ser sociologicamente esclarecedor passear por comunidades no Orkut, como “Mega-Sena mudaria minha vida” ou “Se eu ganhasse na Mega-Sena…”, e ver os planos que aspirantes a milionários fazem caso fossem premiados.

Há tópicos dedicados à primeira coisa que fariam caso acertassem os seis números. Há de tudo: desejos banais (“compraria praticamente um shopping só pra mim pra todo dia eu escolher uma roupa diferente”), bizarros (“mandaria construir uma pirâmide para mim e umas estátuas, depois seria enterrado com muito dinheiro, jóias e uns empregados vivos”), mundanos (“iria comprar uma mansão em Fernando de Noronha, comprar vários quilos de cocaína, uma Suzuki Hayabusa 1300, iria montar uma empresa pro dinheiro rolar, vários e vários pares de Nike, uma BMW conversível e um quarto só de orgias e prazeres da carne!!!”).

Outros têm aspirações mais humildes (“compraria um garrafão de pinga e um quilo de lingüiça, ia tomar cachaça e comer o dia inteiro na calçada em frente minha casa”), alguns aproveitariam a ocasião para apreciar pequenos prazeres da vida (“teria uma piscina, pra peidar e ver as bolhas subirem”), outros têm preocupações imediatas (“preciso pagar minha dívida na C&A”), precisam urgentemente de terapia (“compraria uma coleção de armas e saía matando quem visse de gente besta, depois ia investir na bolsa e sustentaria minha família toda, não gostaria de ver ninguém trabalhando porque acho uma falta de respeito com o ser humano ter que trabalhar”), são totalmente desiludidos (“eu compraria amor, pois até isso hoje em dia tem preço, e alto, muito alto”).

Compare preços de DVDs de Lost no Buscapé.Outro aspecto interessante é observar as precauções que cada um teria caso faturasse o prêmio. Um afirma: “Para evitar que o gerente dê uma de espertinho com o seu bilhete e suma com ele, tire umas duas cópias autenticadas”. Há os conselhos: “escreva seu nome e números de RG e CPF atrás do comprovante, escaneie-o, depois tire uma foto sua mostrando o bilhete”. Um fala em juntar toda a família e testemunhas antes de se dirigir a uma agência da Caixa, e outro conta um causo com aparência de lenda urbana: “estes dias passou uma reportagem mostrando um ganhador que deu para o atendente da lotérica o bilhete premiado, o funcionário falou que ia tirar o prêmio para ele e sumiu do mapa”.

Pés de volta ao chão. A probabilidade de acerto no caso do apostador fazer um único jogo de seis dezenas é de 1 em 50.063.860. Faça seu jogo em uma dentre as cerca de 9 mil unidades lotéricas espalhadas pelo Brasil até às 19 horas (horário de Brasília) do próximo sábado. Caso você acredite na possibilidade de fazer uma aposta mais “qualificada” ou matematicamente mais apurada, visite sites como Palpitão e Aposte Bem.

Sem inspiração para fazer seu jogo? Bem, você pode fazer como o Hurley e apostar nas dezenas 4, 8, 15, 16, 23 e 42. Ou fazer melhor, utilizando os préstimos do excelente gerador de números da Mega-Sena. Enfim: boa sorte! E, mais importante de tudo, não se esqueça de me agradecer financeiramente caso você acerte os seis números do próximo sorteio. ;D

Uma blogueira na Playboy

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 22 de agosto de 2007

Não será Cris Zimermann nem Madame Bela a primeira blogueira brasileira a exibir suas curvas na principal revista masculina do mundo.

Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo, foi o primeiro a dar a informação de que a atriz Bárbara Raquel Paz havia assinado contrato para posar nua. Embora tenha protagonizado algumas novelas no SBT, a gaúcha Bárbara ficou conhecida mesmo quando venceu a primeira edição do reality show Casa dos Artistas, em 2001.

Em um texto autobiográfico publicado em seu site pessoal, Bárbara Paz conta que perdeu seu pai aos 6 anos de idade, e sua mãe aos 17. Depois, sofreu um acidente automobilístico que lhe rendeu uma cicatriz até hoje visível em seu rosto. Recuperou-se bem, voltando a atuar em diversas peças e comerciais. Em 1999, participou do clipe de “Pelados em Santos”, cover que os Titãs fizeram dos Mamonas Assassinas. No vídeo, que foi tirado do ar pelo YouTube dois dias após a publicação deste post, Bárbara exibe seus seios. Outra produção que não está mais no ar é uma cena do curta-metragem “Sexo e a Metrópole”, em que a capa da Playboy de setembro contracena com Patrícia Coelho. Ambas interpretam um casal de lésbicas.

Em 2001, veio a fama nacional graças à , que lhe rendeu também um prêmio no valor de R$ 300 mil. A ex-namoradinha do Supla chegou a conceder uma entrevista para a Playboy em janeiro de 2002, mas não entrou em acordo com a revista para posar nua. Estrelou novelas como “Marisol”, atuou em diversas peças de teatro e, desde dezembro de 2004, escreve em seu blog Inquietações. Não posta com a freqüência ideal, por certo, mas podemos dizer que, sim, Bárbara Paz será a primeira blogueira a tirar a roupa para a revista criada por Hugh Hefner.

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P.S. 1: Leia também: Cinco capas inesquecíveis da Playboy.

P.S. 2: É sensacional a ilustração que Sampson Moreira, do blog Inovavox, criou para participar da campanha “Madame Bela na capa da Playboy”. Sampson aproveitou o mote, misturou-o a outros que estão quicando na blogosfera, como o ranking do Edney e a campanha do Estadão e fez uma ilustração genial. Clique aqui, pois, e confira por sua própria conta e riso. B)

P.S. 3: Creio que Madame Bela teria mais sucesso em sua campanha se oferecesse sua imagem à Premium, descolada revista capitaneada por meu camarada Edgard Reymann…

P.S. 4: Nessa onda de “memes” que grassam Web afora, ainda hei de criar um indicando cinco blogueiras que deveriam posar nuas. Isto é, se a namorada permitir… ;)

P.S. 5: Depois do imbróglio Cicarelli x YouTube, chegou a vez da Turquia sofrer com bloqueios de sites. Confira, no blog do WordPress, a história de como um criacionista chamado Adnan Oktar conseguiu fazer com que todos os blogs hospedados no wordpress.com fossem bloqueados no país. É duro, mas não é mole não!

P.S. 6: Observação feita pelo leitor Botelho nos comentários: “Sabrina Sato já tinha blog quando saiu pela segunda vez na pleiba“. De fato. Mas tenho minhas dúvidas se é ela mesma quem mantém a página, já que o primeiro post do suposto blog da apresentadora do Pânico na TV é assinado por Renan, “presidente do fã-clube oficial da Sabrina Sato”, e o site oficial dela, que ainda não está no ar, não possui tampouco link para o blog.

Os Simpsons - O Filme

Por Alexandre Inagakiterça-feira, 21 de agosto de 2007

Nove em dez resenhas de Os Simpsons - O Filme afirmam que o primeiro longa-metragem estrelado pela família de pele amarela e mãos com quatro dedos é, basicamente, uma versão estendida dos episódios da TV. Também penso assim. Mas, como se trata do desenho animado considerado pela revista Time o melhor programa de TV do século XX, isso é garantia de qualidade.
A metralhadora politicamente incorreta de gags, segredo do sucesso que mantém os Simpsons no ar há 18 temporadas, permanece intacta. Harry Potter, estudantes de cinema, Al Gore, cristãos, Tom Hanks, piratas de filmes e a própria platéia do cinema (chamada de “otária” por pagar para assistir a algo que já é exibido de graça na TV) são alvos das piadas exibidas quase ininterruptamente em 87 minutos de sessão.
Compare preços de DVDs dos Simpsons!
O filme, basicamente, fala das conseqüências causadas por uma catástrofe ecológica catalisada por um carregamento de fezes de porco. Em paralelo, Lisa se apaixona, Bart estrela a mais hilariante cena de nudez dos últimos tempos, Marge ameaça abandonar o marido e Homer aprende uma edificante lição que será imediatamente esquecida pelo pouco que resta de atividade em seus neurônios. O saldo final é mais do que positivo: quem assistir ao filme sairá do cinema com a impressão de que os roteiristas, que começaram a trabalhar no script em 2003 e fizeram 158 versões dele até chegar à definitiva, realizaram um excelente trabalho.
Ok, quem assistir à cópia dublada estranhará o fato de a voz de Homer ser interpretada por Carlos Alberto, e não Waldyr Santanna. É uma questão de costume. Do mesmo modo que teremos de nos preparar para ouvir Bruce Willys sendo dublado por outra pessoa, uma vez que Newton da Matta, sua voz no Brasil desde os tempos de “A Gata e o Rato”, faleceu no ano passado, os fãs precisarão se acostumar ao timbre de Carlos Alberto. Waldyr, que está processando a Fox por direitos autorais, dificilmente voltará a trabalhar com os Simpsons.
Thiago Borbs não conseguiu fazer a Bárbara Gancia acompanhar a ola.
Um aviso importante: não saia do cinema antes da exibição dos créditos finais. O espectador que segurar sua vontade de ir ao banheiro será premiado com várias piadas. Além disso, ouvirá a versão para coral de “Porco-Aranha”, música da trilha sonora que emplacou a posição 24 no hit parade britânico. Um breve spoiler, porém: embora algumas resenhas tenham informado, equivocadamente, que Maggie pronuncia suas primeiras palavras no final do filme, o fato é que a filha caçula dos Simpsons já havia falado em “Lisa’s First Word”, episódio da quarta temporada.

Em tempo: quem dublou Maggie na primeira vez em que ela falou foi Elizabeth Taylor.

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P.S. 1: Fui à pré-estréia do filme dos Simpsons convidado pela galera do BloggersCut. Valeu, Dani!
Uma intrépida trupe blogueira aprontando altas confusões no Espaço Unibanco!
P.S. 2: Luiz Jeronimo, um dos incautos presentes à sessão, precisa de uma força para tornar-se um blogueiro GAS. Clique aqui e saiba como ajudá-lo!

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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