Ritchie - “A Mulher Invisível” - Depois de ter vendido mais de 1 milhão de cópias de Vôo de Coração (1983), seu álbum de estréia, o inglês radicado no Brasil Richard Court partiu para a gravação do segundo disco cercado de grandes expectativas. E foi assim que, em 1984, a gravadora CBS lançou … E a Vida Continua, com direito a um generoso orçamento para a filmagem do videoclipe da música de trabalho, “A Mulher Invisível”. Em entrevista concedida a Ricardo Alexandre para o livro Dias de Luta, Ritchie narra a saga deste clipe: “Gastamos uma fortuna para rodar em 35 milímetros, com uma equipe enorme, cenários, diretor de arte, extras. Ao todo, gastamos US$ 42 mil. Tudo para o Fantástico falar: ‘Não segue o padrão Globo, não vamos passar’“. Em tempos pré-MTV e pré-YouTube, um cantor não ter seu videoclipe exibido no Fantástico era sinônimo de desastre. De fato, seu segundo álbum não obteve nem um quinto das vendagens do primeiro, e o LP seguinte, Circular (1985), seria o último de Ritchie com a gravadora CBS. Continue Lendo
Quando fiz, em março de 2004, uma lista dos 10 melhores discos de música popular brasileira de todos os tempos, citei o nome do maestro Rogério Duprat, falecido na noite de ontem, nos textos que escrevi sobre aqueles que elegi como os dois melhores álbuns de MPB, a saber:
1) “Tropicália ou Panis Et Circencis” (1968). Ouça uma balada com a beleza de “Baby”. Pense nos recortes justapostos das letras de Capinam, Torquato Neto, Tom Zé, Gil e Caetano, retratos do contexto conturbado de tempos imediatamente pré-AI-5. Viaje com os fantásticos arranjos de sopros e cordas criados pelo genial Rogério Duprat. Deleite-se, com sorriso nos tímpanos, ao ouvir as subversivas regravações de “Coração Materno” (de Vicente Celestino) e do Hino do Senhor do Bonfim, e a maviosa voz de Nara Leão em “Lindonéia”. E desfrute, enfim, de um álbum-conceito que consegue ao mesmo tempo soar assombroso e acessível, experimental e pop, caótico e coerente, renovador e assobiável.
Futurama é um de meus desenhos prediletos. Criado por Matt “Simpsons” Groening e David X. Cohen, narra a história de Philip J. Fry, um entregador de pizzas que acidentalmente fica preso em uma cápsula criogênica na noite de 31 de dezembro de 1999. Fry só é descongelado mil anos depois, e a série, ao melhor estilo de obras sci-fi como o genial Guia do Mochileiro das Galáxias, retrata as desventuras de um homem do século XX perdido no ano 3.000. No universo do século XXXI, humanos convivem naturalmente com robôs e extraterrestres e locomovem-se através de naves e tubos pneumáticos. O planeta Terra faz parte de uma organização intitulada Ordem Democrática dos Planetas, fundada após a Segunda Guerra Galáctica ocorrida em 2945, ao lado de membros como Tarantulon 6, Cineplex 14 (o planeta dos cinemas), Sicily 8 (onde vivem os mafiosos) e Omicron Persei VIII (lar dos omicronianos, alienígenas que, à semelhança dos klingons de Star Trek, vivem em conflito com os humanos, apesar de acompanharem atentamente reprises da série Friends). Continue Lendo
Ontem tive o privilégio de assistir a uma magnífica corrida de Fórmula 1. Michael Schumacher, o chucrute voador, mostrou em seu GP de despedida porque é um dos maiores pilotos de todos os tempos. Fernando Alonso, o talentoso marrentinho de Oviedo, sagrou-se bicampeão com todos os méritos. E Felipe Massa, o sósia do Zacarias, conseguiu em seu primeiro ano na Ferrari a façanha que Barrichello perseguiu inutilmente nas seis temporadas que disputou pela escuderia italiana: vencer em Interlagos.
Porém, devo confessar que, apesar da alegria em ver um piloto brasileiro ganhar novamente uma corrida no país após 13 anos de jejum, a emoção que senti não passou nem perto daquela que vivi quando vi, pela televisão, Ayrton Senna vencer o GP de 1991 de maneira épica. Por mais bacana que tenha sido a vitória de Massa, basta assistir ao vídeo abaixo para constatar que Senna mobilizou muito mais a torcida.
Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.