Sobre o final de Lost

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 31 de maio de 2010

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Saca aquela frase surrada do Lennon, sobre vida ser o que acontece enquanto fazemos planos? Pois bem, ela meio que resume minha filosofia. Toda vez que me perguntam onde pretendo estar daqui a dez anos, não tenho uma resposta pronta. Tal como um jazzista, vou improvisando notas enquanto procuro acompanhar a música da vida. Provavelmente por causa disso, não liguei para a suposta falta de respostas a todos os enigmas exibidos nas seis temporadas de Lost. Simplesmente apreciei a viagem durante todo o tempo que ela durou.

parte-mais-importante-vida
tempo-q-passou-com-elas

Em um primeiro momento, imagino que as pessoas que odiaram o fim de Lost são as mesmas que lêem livros de Agatha Christie com o intuito de adivinhar a identidade do assassino. Ao invés de se preocuparem tanto com respostas - como se a vida desse respostas definitivas para todas as perguntas que temos -, deveriam conhecer melhor o conceito de MacGuffin cunhado por Alfred Hitchcock: um elemento na trama que serve para distrair a atenção dos espectadores e alavancar a ação do filme, mas que não passa de um pretexto para que o verdadeiro tema da obra seja abordado pelo autor.

Lost foi um seriado sobre fé vs ciência, livre-arbítrio vs destino, mas, principalmente, sobre redenção, esperança e amor. É difícil falar sobre esses temas sem resvalar no piegas, e entendo perfeitamente as críticas ranzinzas que compararam o fim de Lost a um capítulo final das novelas de Manoel Carlos ou à cena do reencontro de Jack e Rose em Titanic. Mas eu, que embarquei nas tramas envolvendo eletromagnetismo, viagens temporais ou aparições de mortos sem ansiar por respostas, me preocupei mais com o destino de cada um dos personagens do seriado. E, por isso mesmo, fiquei tão satisfeito com o episódio final, que me fez cair em lágrimas pelo menos quatro vezes, nas emocionantes cenas de reconhecimento e reencontro; porque as pessoas importaram muito mais do que quaisquer interrogações que foram feitas ao longo de seis anos.

ninguem-pode-dizer

Ainda que respostas fossem dadas para cada mistério, não creio que elas seriam satisfatórias. Alguém gostou de saber que a Força no universo de Star Wars nada mais é do que excesso de Midi-chlorians no sangue dos jedis? Ou ficou satisfeito com a explicação didaticamente modorrenta que o Arquiteto deu naquela cena longa e soporífera de Matrix Reloaded? Bah.

Em vez disso, prefiro admirar as entrelinhas que os roteiristas de Lost deram para que cada um de nós use seu livre-arbítrio e suas crenças pessoais a fim de teorizar sobre a ilha, a igreja e o significado de seu belíssimo episódio final. Pois sábias foram as palavras proferidas por Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas: “Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas”.

tudo-foi-real

Há teorias muito boas sobre Lost pululando na rede. Dentre elas, destaco os textos que li nos blogs TV Squad, Dark UFO, Let’s Blogar e Trabalho Sujo, que jogam alguma luz nos mistérios. Mas que, no final das contas, são substratos para que cada um de nós espelhe-se em sua resposta pessoal.

Não me apego a nenhuma religião em especial. No entanto, creio que exista algo além desta vida. Não tenho motivos racionais para crer nisso; simplesmente tenho esperanças. E é pautado na minha crença pessoal de que a vida é boa e cheia de possibilidades que eu prossigo, movido pelo pensamento de que estamos todos neste mundo louco por algum motivo que nos transcende. Em um poema que escrevi há alguns anos, digo:

Carrego dentro de mim sonhos e sentimentos que morrerão comigo,
momentos que não existem em nenhum lugar mais
além do meu coração:
pôr-de-sol, brisa no rosto, conversa com amigos, sorriso de mulher.
Instantes que valeram por uma vida inteira,
rastro de estrelas num céu poluído e aparentemente vazio.

olho-jack-fechado-ultimo

Não posso deixar de lembrar que o último episódio de Lost, “The End”, tem o mesmo nome de uma canção dos Beatles cujo verso derradeiro resume, para mim, o espírito de todo o seriado: “E, no final, o amor que você recebe é igual ao amor que você doa”. Que assim seja.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Blog

  • Deivson_ok

    Eu, particularmente não acreditava que iria entender o final
    de Lost. Mas consegui.

    O avião realmente caiu na ilha, tanto que algumas pessoas
    morreram e outras não. Jacob fazia isso como um teste sobre as pessoas para
    provar a seu irmão “morto” que as pessoas podem mudar de vida e seguir adiante,
    se arrependendo e mudando de vida radicalmente, deixando o homem velho e sendo
    um homem novo. Os que não superavam isso morriam na ilha. Muitos tinham
    interesse na ilha, pois era mágica, curavam pessoas, mudava de vida, convertia
    a pessoa. No final sobre a realidade paralela “o purgatório” aquele momento ficou
    um pouco confuso, mas compreenda: ali todos já haviam morrido, mesmo que em
    momentos diferentes, no entanto, eles foram pra lá num mesmo instante. A
    realidade verdadeira é aquela em que Aaron, a filha de Sun, Walt ficaram. E digo
    mais, talvez Kate, Miles, James tenham conseguido voltar para o mundo real ao
    partirem no avião, a morte deles pode ter sido natural, ou até mesmo com uma provável
    queda do avião, mas o que importa é que todos morreram. Charles, Shanon e
    Boone, morreram bem antes, mas foram para a realidade paralela, eles foram
    orientados por Desmond, pois ele tinha sido escolhido como “Anjo” por eles
    mesmos para direcionar o caminho que deveriam seguir e perceberem que não estavam
    mais vivos. A bomba foi o que gerou a realidade paralela, quando Juliet morria
    nos braços de James ela sussurrou no ouvido dele que havia dado certo, pois ela
    esteve à beira da morte e vivenciou o momento no qual o avião não havia caído.

  • Pedro Ventura

    Eu Gostei muito da sua resenha, é muito parecido com o que eu penso do fim da série também… Pois, não é saber todos os mistérios da vida que me farão feliz e sim saber o destino de cada um e suas relações. O final foi brilhante, não podia ser melhor…

    Eu sempre lembro de uma analogia quando o pessoal fica falando: A o final foi ruim pq nao explicou um tanto de coisa e tal ! … Pensem…
    Quando você ve uma mágica você se encanta e encafifa porque nao sabe como aquilo RACIONALMENTE funciona, os seus olhos sao enganados e voce nao consegue explicar…Porém, quando alguem revela o truque a mágica não tem graça, voce nem se importa.

    Pensem no final do Seriado como a mágica…

    Lost é o melhor seriado que vi até hoje ! Já estou vendo tudo de novo e fica a dica… A segunda vez que assistimos é muito mais reveladora !
    Abraço, parabéns pela resenha

  • João Marcos Almeida

    Sou de uma religião protestante e não acredito em purgatório, mas entendo as situações do filme.Sempre tiramos boas lições de histórias assim… Em minha carreira durante o filme aprendi que o orgulho tem que ter um fim…E nesse filme mostra explicitamente que o orgulho é um forte na vida de cada um, mas sempre com um EU na frente…Entenda, cada personagem tem seu equilíbrio e limite, mas no final todos aprendem a controlar suas más emoções e liberam solidadriedade, que por sua vez os tornam vencedores; Foi ai que aprendi coisas novas em minha vida, até deixar o orgulho para trás em certos momentos reconhecendo meus erros, ai o filme teve seu efeito…Mesmo protestante acredito que nossos corações tem sentimentos resumidamente vindo da mente…mas alguns prevalecem o mal e outros o bem, é ai que Deus mostra a realidade…Ele te dá o livre arbítrio para você escolher qual caminho quer trilhar, e se você escolher um deles terá um final diferente do outro…O caminho largo (seguir a fumaça negra) e o caminho estreito difícil (proteger a luz ,seguir Jacob). Deus expulsou um anjo de luz lá do céu antes da criação do homem e da terra , ele era um anjo muito poderoso e tinha a confiança de Deus… E quando esse anjo percebeu que tinha a livre escolha sobre sua vida, quis ser o novo líder do céu e passar por cima do criador do Universo… foi ai que ele perdeu a confiança de Deus temdo chances de arrependimento , mas não quis, onde persuadiu uma terça parte de anjos que foram expulsos com ele…Hoje temos Deus em nossos corações que é a luz da vida , e também o mal de Satanás que é a escuridão e o pecado na nossa vida…Você escolhe , e se for o mal não terá chance de escolha depois da sua morte, e se seguir o bem será absolvido mesmo depois da morte , quando? Quando todo o tempo dado por Deus se acabar, e quando todos neste mundo souber quem é Deus realmente, ai será um final feliz pra quem estiver vivo e pra quem estiver morto com Ele no coração e na mente…LOST é uma série incrível que mostra a realidade da nossa atualidade, o bem X o mal, de que lado você está?
    Só saibam de uma coisa! O pecado é perdoado se houver arrependimento…não vale morrer e depois se arrepender, o arrependimento tem que ser em vida para ter o perdão e aceitação de Deus; O final de Lost só seria satisfatório mesmo sendo ficção com coisas irreais , se todos aqueles que estavam naquele acidente e até mesmo os que morreram nele , fossem realmente julgados conforme suas ações fora e dentro da ilha, ai sim veríamos a veracidade da série, porque representariam as escolhas de cada um deles, os maus perderiam a vida eterna , assim como satanás que não tem que passar por um purgatório pra ter seu final feliz, e os bons conquistariam a vida eterna por terem alcançado a plenitude, bondade e a semelhança de Deus…Então seria assim, mostrar o final da vida de cada um . Na verdade a ilha é uma escola você onde você aprende se quiser, é como a Bíblia que ensina o que o bom e o que é mal, e aquele que aceita pelo bem e pelo mal, terá suas consequências…Nem todos queiram sair da ilha… Lar feliz longe da tecnologia , e fora da ilha seria o lugar de tristeza, onde os bons sonhariam em encontrar uma ilha longe da maldade e ali desfrutar a vida pura, mas oportunidade teria que ser para todos, pegar uma condução até a felicidade , é só seguir a Jesus e sua passagem de ida será para sempre. Lost não seria mais perdidos no final da série, teria um nome diferente…Talvez …”Perdidos mas encontrados”…Só teria que mostrar a cidade eternal com os que realmente mereceram e aguardaram o seu Criador…Não o autor ou a Igreja mas o Próprio Jesus Cristo, que te viu ao nascer e te viu ao morrer…Para os amigos que acreditam em Deus aceitem Lost como uma parábola que nos leva à escolhas ..ai você decide de que lado você estará… Do Bem ou do Mal…até mais BROTHER!!!

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    Muito fixe este post! Adorei!

  • girlaine

    Realmente chorei novamente com suas palavras e reflexões. Assisti lost bem depois do fim e logo no começo, encontrei algumas coisas que nas entrelinhas davam informações sobre o que poderia acontecer… As lembranças de momentos vividos por cada um, boas ou ruins, me levavam a lembrar do que leio sobre o evangelho segundo Alan Kardec. O resgate do ser humano como principal objetivo, o perdão, o verdadeiro amor vencendo, a vida simples, dependendo só dos seres humanos, sem equipamentos eletrônicos ou qualquer outro recurso, faz com que a vida seja mais valorizada e que a felicidade estão nas pequenas coisas, como por exemplo o ESTAR JUNTOS, SEJA EM QUE JORNADA FOR… Parabéns pelas suas palavras, só demonstrou que a inteligência humana tira proveito das experiências mais simples que se apresentam. GIRLAINE

  • fernando

    Concordo com você, espera algo mais marcante!

  • Allan

    Meu amigo,
    Você disse tudo.

  • Evandro

    Que o final da temporada foi bonito, reflexivo, emocionante, blá, blá, blá, isso eu concordo, lágrimas desceram, tenho que admitir. Mas fica que evidente que a série, onde inicialmente havia um foco x, começou a se perder em um boom de novas ideias para que o clima intrigante não se desgastasse e a audiência continuasse sempre alavancando, o que fez com que o projeto saísse de seus controles. Em meio a tantas hipóteses levantadas, sem saber ao certo em que destino coerentemente chegar e com uma importante tarefa a cumprir - o desfecho da obra esperada por milhões de telespectadores, encontraram uma alternativa de fuga de mestre para sanar facilmente o grande problema: vamos focar no inexplicável mistério da vida!!! Criaram uma nova sequência de historinhas para boi dormir, deram uma solução básica para algumas questões levantadas e finalmente, tudo que não poderia ser mais interligado começa a fazer o mais absoluto sentido, já que a vida, é um grande mistério, não é mesmo? Aquele final foi um verdadeiro “cala-boca” para o público: cumpriu-se a missão de entregar a série, desviou-se a o foco dos críticos num apelo churumelas, alavancou-se milhões dólares em lucro e ainda passou a ser vista pelos pseudo-intelectos como uma verdadeira obra de reflexão – já que é parâmetro que as massas gostam de tudo mastigadinho mesmo, não é? Se não era pra intencionalmente tantas perguntas ficarem no ar, nada importa, já que o parâmetro é que as melhores obras sempre deixam perguntas no ar, não é mesmo? E quem vai comprovar que o mistério é fruto da incompetência?
    Olha, Lost, no geral, foi uma série empolgante, me diverti muito e fiquei muito chateado quando percebi que finalmente, ela havia se encerrado. Mas se acabou desta forma, não foi porque foi brilhante, e sim porque a esta altura do campeonato, foi o melhor caminho a tomar, em diferentes aspectos.
    Não é questão de entendimentos, de filosofia, nada disso. Ficou evidente que tudo foi montado para encobrir as cagadas. Uma pena fazer o quê… a vantagem disto tudo é unicamente comercial: se eles quiserem, poderão faturar mais grana explorando a abertura que as teorias inexplicadas deixaram, com outros tipos de publicações…

  • http://oquartinhodabagunca.blogspot.com.br Diogo Avelino

    Rapaz, acabei de assistir ao último capítulo de Lost só agora, mais precisamente há umas duas horas atrás…
    Mesmo achando que o momento final em si foi sim um clichê já bastante visto no cinema, na literatura etc., fiquei muito sensibilizado com algumas cenas, falas e expressões. O encontro do Sawyer com a Juliet foi realmente emocionante (e convincente!); a “morte” no submarino do Jim e da Sun foi altamente poética. A fragilidade de Linus, a simplicidade do Hugo… tudo bom demais! Mas tudo isso, sei lá… me despertou uma certa nostalgia, melancolia… talvez seja porque o fim de algo de que eu realmente goste (um romance, um filme, um curso, uma viagem, uma banda) meio que me traz uma espécie de consciência da morte, da finitude do que eu mesmo sou. E esta sensação já estava bastante latente quando eu entrei, por um “googleacaso”, nesse blog e li, juntamente com a sua crítica sobre o final de Lost, um trecho de uma poesia sua que, de certa forma, fala do mesmo tema.
    Experiência fantástica essa de hoje!
    Vai ser difícil de dormir…
    Abraço!
    Ps: poderia me mandar a poesia completa por e-mail?

  • marlene alves

    desde o final de lost,não havia lido nada a respeito sou absurdamente apaixonada e não foi nada fácil ver que acabou, sei que é ficção e pode crer não assisto novelas e coisa e tal, mas passou a ser parte do meu cotidiano.
    amei tudo que foi escrito e comentado, tudo é valido até as coisas desagradaveis!
    obrigado Alexandre,suas colocações foram incriveis, tudo de bom mesmo.. voce foi excelente

  • Jacques Dinelli Silva

    Pra quem não gostou do final de Lost, saibam que vocês não estão sós em seu descontentamento:

    Não é à toa que ele se matou… ahahah…

  • Jacques Dinelli Silva

    Um tapa no cérebro dos intelectualóides de plantão
    “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia” (William Shakespeare).
    Assim é nossa vida e assim foi o final de Lost: um verdadeiro tapa no cérebro dos intelectualóides de plantão.
    Neste mundo materialista em que vivemos, em que tudo é cartesiano, é difícil para muitos aceitar a mensagem poética do último episódio de Lost.
    Todos estávamos sedentos por respostas lógicas para tantas questões físicas e metafísicas com as quais fomos bombardeados ao longo destes 6 anos. Fomos habilmente levados a isso pelos criadores da série, que souberam magistralmente como alimentar nossa curiosidade. Eles nos instigaram a formular as mais complexas teorias para tentar explicar o inexplicável. Em nosso afã de entender, não medimos esforços, afinal, mexeram com nossos brios. Jamais nos subestimaram, sempre apostando em nossa capacidade criativa. Sempre nos surpreenderam com poucas respostas e novos enigmas a cada episódio, cada temporada.
    Assim, ficamos tão obcecados com o lado científico da série, tão bem representado pela Iniciativa Dharma, uma paródia de nossa desesperada tentativa de controlar tudo, que acabamos relegando o lado humanístico da trama.
    Olhando agora, em perspectiva, podemos lembrar que ao final de cada episódio, quase sempre eram mostradas cenas dos losties se reconciliando, se reencontrando, se ajudando, se perdoando. Este era o real cerne desta obra, que foi uma verdadeira ode à capacidade humana de se superar frente às adversidades. Apesar de toda nossa imperfeição, ou talvez por causa dela, ansiamos tanto por redenção. Era justamente o que cada um a seu modo buscava durante a saga. Acertando em alguns momentos, errando em outros, todos foram galgando seus obstáculos em busca da própria verdade. Como estavam perdidos, era cada um por si. A exceção de Jack, o mais solidário de todos, que logo profetizou: “Se não vivermos juntos, morreremos sozinhos”. E ele não morreu só.
    A ilha era uma metáfora da vida de cada um, todos solitários e isolados como uma ilha. Todos perdidos, tanto em suas vidas quanto em suas mortes. Todos com a mesma luz que emanava do coração da ilha em seus próprios corações, mas também com o mesmo lado sombrio em suas almas, representado pela fumaça negra. Uma síntese de nossos eternos conflitos: Bem x Mal, Luz x Trevas, Razão x Emoção, Saber x Crer.
    Até que finalmente, ajudados por Desmond, que aliás foi o responsável por provocar a queda do Oceanic 815 na ilha, os losties foram descobrindo uma verdade absoluta, comum a todos: o Amor. Este era o elo que os unia e nos uni a todos. Ele próprio teve um pequeno vislumbre disso quando descobriu que para se situar no tempo precisava de uma constante, que em seu caso era Penny, o amor de sua vida. Assim como reuniu todos na ilha, coube a ele a tarefa de reuni-los novamente no além. À medida que cada um ia se lembrando das experiências de amor que vivenciaram juntos na ilha, tudo ficava claro e todo o sofrimento por que passaram tornava-se insignificante. O Amor era a catarse final que restituiu suas consciências e permitiu a redenção de todos, numa grande confraternização.
    Sim, amigos, o bom e velho Amor, tantas vezes ridicularizado e banalizado, mas que sempre triunfa, como exaltado pelo apóstolo Paulo em sua Primeira Epístola aos Coríntios, singelamente conhecida como Hino à Caridade ou Hino ao Amor:
    “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e CONHECESSE TODOS OS MISTÉRIOS E TODA A CIÊNCIA, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria… O Amor nunca falha…”
    Ou mais recentemente, como já pregavam os Quatro Evangelistas de Liverpool: “All you need is love” (The Beatles).
    É piegas, é brega, é clichê, mas é a mais pura verdade.
    Como eu disse anteriormente, como os autores sempre tiveram a capacidade de nos surpreender, não poderia haver final mais surpreendente que este.
    Valeu a pena cada madrugada em claro, cada neurônio queimado, cada lágrima derramada.
    Lost, que sempre esteve em nossas mentes, agora estará definitivamente em nossos corações.
    Abração a todos os Lostmaníacos,
    Jacques Dinelli Silva.
    P.S.: Lost nos remete a filmes como ”Sexto Sentido” e “Os Outros”, com a diferença de que nestes casos todos já estavam mortos desde o início. Um filme que recomendo é este: “Uma Simples Formalidade”. Pra quem ainda não viu, vale a pena conferir.

  • http://artigosmesclados.blogspot.com rodrigo

    Muito bom realmente final uma serie muito boa

  • http://www.twitter.com/felipedexter Felipe

    Não posso concordar mais!
    Desculpe o ano de atraso, mas é que não acompanhei a última temporada no AXN e acabe baixando agora e acabei de ver o último episódio, e realmente o que importa são os personagens, chorei com reencontros como o de Sun e Jin e Sawyer e Juliet, quem não se emociona com isso? E no fim das contas as nossas próprias vidas são cheias de mistérios e coincidências estranhas mesmo… Não dá pra se ter todas as respostas.

  • Arthur Vital

    A final, o policial que tem o cabelo grande o galego lá, quem entrou no aviao, e depois tava dentro da igreja junto aos outros, ele tava morto ou não???

  • http://www.avozdasubversao.blogspot.com Dirty MClary

    Julgas a ti como sábio? Profetizas o vazio sobre uma obra vazia dentro de todo um contexto vazio.
    Lost é tão somente a interpretação de pecado e redenção para cada indivíduo em seu completo aspecto moral e absolutamente pessoal.
    Sendo pessoal é nefasto que venhas aqui explicar aos outros a sua própria interpretação para tão somente agregar seguidores à sua crença.

  • J. Matheus

    Cara, perambulei pela net horas, e me deparei com sua análize do fim de Lost.
    LEIA-SE: ANÁLISE…

  • J. Matheus

    Cara, perambulei pela net horas, e me deparei com sua análize do fim de Lost. Foi isso, sem dúvida, que senti. Nada mais, ou menos. Havia dito para minha esposa uma noite antes que a única coisa de que tinha medo era a morte, pelo fato de na reencarnação (sou espírita) termos de esquecer de quem amamos; Pois bem, e o que assisto ontem?? O último episódio de Lost. Aquilo foi a melhor resposta que poderia ter recebido ou a melhor lição sobre não perdermos quem amamos, mas precisarmos sim continuar em frente e superar. Parecia que o tempo havia parado, e tudo fazia sentido. O que vale e sempre valerá é o tempo que passamos com quem amamos e o que fizemos neste tempo, e quando ele acaba, precisamos seguir em frente. Parabéns pelo blog em geral e por essa análise fantástica sobre o final de Lost!

  • Ralph

    Você é viado. V-I-A-D-O. Sem mais.

  • Lost - Realmente perdido

    Sei que estou meio atrasado, é que estava ocupado com assuntos da faculdade e só tive tempo de assisti o final de Lost agora nas ferias.
    Não sou fanático em nada, nem em religião nem em ciência, mas gosto de achar explicações para as coisas dai o fato de eu me interessar mais por ciência.
    Falando do final do Lost…
    A série pelo menos pra mim ia usar um velho clichê do cinema, iria dar um explicação razoavelmente plausível e outra mais misteriosa, mais religiosa, e ai ficava a gosto do freguês ficar com a que gostasse mais, se prestar bem atenção é assim nas três primeiras temporadas.
    Para mim os produtores tinham a intenção de usar a iniciativa para explicar quase tudo, ela seria a responsável pelas explicações cientificas. Mas ai entra uma coisa que a maioria se esqueceu de falar, Lost é uma serie e as series se não dão audiência são canceladas e se dão audiência são prolongadas, obrigando os produtores a inventar historia que não existe, funciona assim com todo tipo de programa televisivo de anime passando por novela até series, isso sem falar com os problemas graves de elenco com o qual toda seria com mais de três temporadas sofre e sofre muito.
    O final decepcionante de Lost aconteceu por esse motivo, o que esta além da historia em si, Lost não ia durar seis temporadas, mas fez sucesso e teve que dar lucro ao canal que produziu o serie a ABC que já fez o mesmo com outras series, então a historia foi estendida, e como estamos falando de Lost mais mistérios foram criados quando na verdade eles deveriam estar trabalhando em resolver os já criados, no fim a ABC decidiu que Lost estava ocupando um horário muito caro em sua programação e já estava na hora de acabar, e então os produtores virão que tinham na mão muito mais mistério do que conseguiriam solucionar e então que entra o lado espiritual para resolver todos os problemas.
    Não sou contra o final de Lost usar elementos de fé em sua trama acho até bastante interessante, mas dai a deixar todos os mistérios e a ciência que deu a Lost mais da metade de seus fãs de lado, sem se importar nem um pouco é sacanagem.
    Para mim uma coisa que eu já sabia ficou bem clara, todos os mistérios que faziam que Lost parecesse uma obra muito bem arquitetada ficaram sem resposta porque o seriado foi vitima do seu próprio sucesso. Então a todos que gostaram ou não do final de Lost fica a minha opinião sobre uma verdade universal na indústria de entretenimento como um todo…
    “As séries são feitas para dar dinheiro, enquanto derem dinheiro existiram e quando não derem mais dinheiro deixaram de existir, ninguém esta nem ai para se você gostou ou não da seria ela rendeu milhões a ABC, portanto foi um sucesso ao proposito ao qual foi criada.”

  • Andreia

    Sobre o final de lost,nao creio que a ilha tenha realmente existido. Eles morreram no acidente do voo 815. A ilha foi necessaria para o momento de transicao para o purgatorio,pois sem a vida na ilha eles nao teriam o que lembrar.

  • Andreia

    Sobre o final de lost,nao creio que a ilha tenha r ealmente existido. Eles morreram no acidente do voo 815

  • marta

    pura teoria da conspiração lost..

  • perivaldo

    Só faltou 10 segundos no final do lost para ele ficar perfeito. A imagem do Sérgio Malandro e a legenda: Hááááááá….. Pegadinha do Malandro. Acharam que a série tinha coerência, que as coisas se interligavam, que tinha explicação. Hááááááááá Pegadinha do Malandro, a gente não sabia o que estava fazendo direito.
    Enfim, Lost foi só um amontoado de mistérios malucos e sem sentido. Nada tinha a ver com nada. Era uma ilha das Olimpíadas do Faustão onde coisas malucas e sem sentido aconteciam e todo mundo caiu (inclusive eu). Caímos na pegadinha gente, temos que adimitir. Por favor admitam que caíram, acontece com todo mundo.

  • Fabio

    Digamos que eu crie uma série de tv que possua uma lava misteriosa que cure feridas. Um local sagrado que permite ver o futuro. Animais diferentes que voam sem ter azas. Crio uma série com 500 mistérios. E termino ela sem explicar nenhum. Era somente um emontoado de coisas misteriosas sem explicações. Como isso pode ser uma boa série? É o que penso de Lost. Tem pontos positivos? Sem dúvidas. Tem qualidades na descrição dos personagens? Sem dúvida. Mas, além disso, é uma história sem planejamento, sem ligação onde os mistérios e personagens eram colocados aleatóriamente e vendo a aceitação do público. Enfim, vale por alguns questionamentos, pelos fãs do estilo emotivo de novelas (o final foi igualzinho o de novelas brasileiras) mas de resto não acrescentou muito. Infelizmente.

  • Suely Melo

    Boa tarde, Alexandre!
    Não assisti Lost, apenas alguns episódios, mas fiquei interessada em saber o final. Li algumas opiniões e algumas críticas. Contudo, sua visão é a que melhor cabe a este final e ao que os autores queriam passar. Realmente as pessoas tem dificuldade em entender as entrelinhas; elas querem respostas prontas para não precisarem pensar. me pereceu bem interessante este final, me agrada muito o oculto e sei que para este assunto não existem respostas concretas.
    Parabéns seu texto foi o melhor que já vi.

    R: Obrigado pelo comentário, Suely. Sempre bom saber que há mais gente por aí que não me deixa sozinho em minha visão. :)

  • http://blog.marcusmelo.com.br Marcus Melo

    Não acompanhava Lost. Mal vi uns capítulos da segunda temporada (ou terceira, sei lá!, só pra você saber como entendo). Mas gostei do seu texto, muito! Seu post me fez querer ver todos os episódios, um dia, quando tiver uma chance. Gostei das comparações com Star Wars e Matrix. Principalmente Matrix, pois pra mim, só considero o primeiro como obra-prima. O resto, nem precisava ter feito.

    R: Olá Marcus, obrigado pelo comentário. E espero que você consiga assistir a Lost desde a primeira temporada; será uma experiência pra lá de válida. Bem mais gratificante do que a de assistir às continuações de Matrix…

  • carlos h

    Parabéns pela postagem,

    só pço licença p/ tentar completar sua idéia…

    Mas ao meu ver, o fim acho q serve como esperança a todos, na medida que todas as coisas realmente importante como, amizade, família, companheirismo solidariedade, não são efêmeras e que podem durar independente do plano em que elas ocorram…

    ainda que não entendamos o propósito de tudo, ao menos percebemos que nem tudo é descartável e inútil e deixa marcas em nossa vidas e nas vidas dos outros…

    Só por isso já vale a pena seguir em frente e descobriri o que vida nos reserva…

    sigamos em frente com esperança e tentando sermos melhores e superarmos a nós mesmos a cada dia….

    abs

    R: Valeu pelo comentário, Carlos. []‘s!

  • Ralphera

    Fraquissima a exposicao, mais fraca ao querer comparar com Matrix.

    Maldita inclusao digital que deixa alguem como este debil mental escrever.

    R: Caro Ralph, só posso lhe dizer que uma pessoa elitista, que transpira arrogância ao usar expressões preconceituosas como “maldita inclusão digital”, e que mostra uma triste incapacidade de articular opiniões sem ofender quem pensa de modo diferente da sua, exibe inteligência emocional menor do que a débeis mentais - que, diga-se de passagem, são pessoas que não têm culpa de terem uma doença. Seu comentário, mais do que irritar, me deu muita pena da sua figura. Mas enfim, espero que você seja feliz e um dia aprenda a se tornar uma pessoa mais tolerante e humilde.

  • Igor

    Ola amigo. Só consegui ver hj o ultimo episodio da série. Assim como você estava preocupado com os personagens, que que ja tinham morrido ou que iriam morrer. Foi lindo ver o final deles, chorei muito.

    Foi muito bom ver seu comentário. Realmente o final de Lost vai ser criado por cada um de nós, por nossas crenças e por nossa cultura.

    Obrigado pelo texto, mt boa qualidade.

    R: Olá Igor, obrigado pelo comentário. E, hey, espero que você só tenha lido este post após ter assistido ao final de “Lost”. :)

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    Obrigada

  • Bruno

    Olá, cheguei aqui por dica do meu amigo Devanir, o último a comentar tua postagem sobre lost, ele falou para eu conferir, pois a ideia estaria em sintonia com algumas coisas que havia sentido. Lendo me sinto honrado sobre lost na internet no que diz respeito à opinião, comentários e tudo mais, muitos assistiram e não se envolveram realmente, e isso faz cair a qualidade da observação e principalmente a espera por uma resposta torna a decepção algo inevitável para muitos, lost é um apanhado de cultura que contempla aos que possuem algum contato com as mesmas, foi um perfeito arco de história sobre personagens, mostrando passado, presente e seus “fins”, “jornada”, mostrou que os autores queriam expor sua versão de entendimento para assuntos curiosos e outros delicados, também chorei o último episódio inteiro, a cada reencontro e no forte final, eles viveram e aquilo se foram, e depois de absorver isso e deixá-los ir tudo ficou mais claro e confortável para mim,no mesmo dia em que assisti ao final comecei novamente toda série, e é uma dica que deixo para todos os fãs, o ciclo é perfeito. Você foi muito sábio e preciso em suas exemplificações, parabéns!

    R: Valeu pela visita e pelo comentário, Bruno. E digo que, como fã que acompanhou a série desde seu capítulo inicial, me senti plenamente recompensado por ter acompanhado toda essa vigília. Um abraço!

  • Devanir

    Olá, cheguei até teu blog por causa do teu corretor ortográfico online, vi que a idéia era tua e cliquei para ver o que mais pensavas de bom. Enfim achei esse texto sobre o Lost, que realmente me fez refletir e me tirou algumas angústias, digamos assim, pois gostei do final do seriado e não sabia porquê. Por um lado senti falta de algo, por outro fiquei satisfeito. Agora vi que o que me deixou satisfeito é o que importa realmente. Como bem sabes só nos convencemos do que estamos dipostos a aceitar, acho que por isso o que escreveu me ajudou. Grande texto!

    Abraço!

    R: Valeu pela visita, Devanir. E obrigado pela leitura e pelo comentário. Aquelabraço!

  • http://www.italytex.com.br/blog tecido vestido

    Gostei do seu ponsto de vista!

  • http://www.mirianne.wordpress.com Mirianne

    Talvez, desde o início, a ideia era a de “se perder” em Lost; no mistério, nos questionamentos… Aí, veio o fim da série, surgiu lá uma resposta… e depois a pergunta: mas, ei, a intenção não era outra? (Que bom que surgiu a pergunta.)
    :)

    R: Mirianne, como dizia Lennon, “vida é o que acontece enquanto fazemos planos”. Algumas perguntas são respondidas, outras novas surgem em meio às nossas trajetórias. :)

  • Margot Brasil

    Nada em Lost fazia sentido, série boba.
    Assisti 3 capítulos e bati o martelo.

  • Paola

    Simplesmente não sei como conseguiu expressar em palavras de uma maneira tão verdadeira a essência da mensagem final da série.
    Maravilhoso mesmo, não poderia deixar de postar um elogio!
    Uma pergunta: vc é gaúcho>

    R: Oi Paola, obrigado pelo comentário! Sobre a sua pergunta: nasci em Campinas e moro em São Paulo.

  • Inês

    Oi, Alexandre,
    não vi Lost, mas li seu post inteirinho. E fui parar nele por causa do Ulisses. Mas quero falar de outra coisa. Um parágrafo que você escreveu me fez lembrar de algo caro ao meu estoque de memórias. Sebe este trecho?
    “Em vez disso, prefiro admirar as entrelinhas que os roteiristas de Lost deram para que cada um de nós use seu livre-arbítrio e suas crenças pessoais a fim de teorizar sobre a ilha, a igreja e o significado de seu belíssimo episódio final. Pois sábias foram as palavras proferidas por Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas: “Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas”.
    Me lembrei de uma cena de Zorba o Grego (adoro este filme). A Irene Papas acabou de ser morta a pedradas, o professor está em casa arrasado e o Zorba tem um ataque de fúria. (Como não consigo ter seu perfeccionismo de copiar a cena no template,vou improvisar.) É mais ou menos assim: “O que ensinam os seus malditos livros que não conseguem impedir uma tragédia dessas!” E o professor responde: “Eles falam sobre o nosso sofrimento diante da impossibilidade da fazer isto.” Prometo que vou assistir o filme e transcrever na integra. Mas não é um belo momento Riobaldo? No final, diante de mais uma peça da vida, o professor cai na dança com o grego. Uma das cenas mais dionisíacas que o cinema produziu.

    Adorei voltar a ler sua coluna, quer dizer, seu blog.

    beijos,

    R: Oi Inês, bela lembrança a de Zorba o Grego. A dança de Anthony Quinn na cena final é daqueles momentos que ficam guardados na memória de qualquer cinéfilo, não? Obrigado pelo seu comentário, espero que você retorne mais vezes aqui. Um abraço!

  • http://www.bocadegafanhoto.com Lucas Paio

    Estou revendo o seriado inteiro com minha namorada, que nunca tinha visto, e é engraçado como mudo de opinião a respeito de muita coisa: certos episódios que me agradaram no passado parecem encheção de linguiça, ou momentos que soaram forçados agora me parecem bem naturais. É bom ver tudo na sequência, vendo como as futuras explicações se encaixam (ou não) na história. Pra quem tem umas 120 horas livres na agenda, recomendo.

    R: Bom plano, Lucas. Pretendo fazer o mesmo futuramente.

  • http://twitter.com/Albertmlima Albert Lima

    Estou sem palavras.
    Parabéns pelo Post. Ótimos comentários.
    Excelente poema.

    R: Obrigado, Albert. Um abraço!

  • Antonio Cralos

    Lost foi realmente uma série fantastica, mas pecou no final, lembro muito bem na 1a.temporada meu cunhado falou “essa série é aquela que conta a história em que todos estão mortos?” eu disse
    CLARO QUE NÂO, seria muito óbvio
    Não era que meu cunhado estava certo???
    Isso a + de 5 anos atras

  • http://orabolas.blogspot.com/ ratapulgo zen noção

    Mago Ina.
    Entendo seu ponto de vista e concordo em parte.
    Americanos são ótimos em storytelling, o J.J. sabe fazer ótimos ganchos. Ok. Curti a viagem.
    Mas, não dá: Deus Ex-Machina é característica tradicional de ficção ruim. Depois de cinco anos mastigando, os roteiristas me vêm nos dois últimos capítulos com uma gruta misteriosa com luzinha mágica… Não dá!
    Então não façam nada! Deixem a solução em aberto. Não finjam que a história de 17 toneladas pode ser amarrada com esse barbante ridículo de armarinho.

    Eu, sinceramente, preferiria não ter visto o final. (Assim como eu também seria uma pessoa mais feliz se tivesse saído do cinema depois que o menino encontra a roda-gigante submersa, em A.I.)

    Abraxx

    R: Grande Ratapulgo, não vi problemas com a roda-gigante. A coisa saiu dos eixos quando os ETs encontraram depois o robozinho séculos depois e deram a ele um happy end ao lado da mãe, na emenda de soneto mais mequetrefe da história do cinema. Quanto ao fim de Lost, sua ressalva é válida sobre a história da luz na caverna, surgida na reta final da temporada. Mas o episódio final me satisfez sim. Aquelabraço!

  • http://biamachado77.blogspot.com Bia

    Concordo em tudo, tudo, tudo, porque senti Lost da mesma maneira. E também leio Agatha sem me preocupar com quem seja o assassino, rsss… Quando me lembro de Lost, só tenho lembranças boas, maravilhosas… =)

    R: Bom saber que você teve a impressão da jornada que eu tive, Bia. :) Um abraço!

  • Patrícia

    O final de Lost foi simples e perfeito. Não me deixou com dúvidas nem perguntas. A ilha era real, o que eles viveram ali foi real e a coisa mais importante de suas vidas, mais significativa. Os Flashs onde Jack tem um filho, Saweyr é policial entre outros, foi o local onde, depois de mortos eles se encontraram para seguir adiante. Só que primeiro eles teriam que entender isso, resolver algumas de suas culpas e querer seguir em frente. Na ilha Jack morreu. Mas nem todos morreram na mesma época. Jin e Sun antes de Jack, Kate e Hugo muito depois, entre outros. Jack ali era o NOSSO ponto de referência. A partir dele é que NÓS entendemos aquele momento de encontro para que seguissem em frente. Foi na vida e morte dele que entendemos o final da série, e para MIM toda ela.
    A ilha continua lá, Hugo passou o bastão para outra pessoa e não foi Ben. Os Losts é que se foram. Para onde? Em frente, para quem acredita em vida após a morte.
    A cena em que Jack morre, mesclada com seu encontro após a morte, agora com ele totalmente em paz, foi linda. Hurley rodando ele, no mesmo momento em que ele fica tonto, foi onde eu simplesmente me afoguei em lágrimas.
    Foi lindo, foi perfeito. Ele fechando os olhos e morrendo e a série finaliando como começou, foi magistral.
    Não fiquei com dúvidas como já disse.
    Tudo se encaixou. Não esperava nada mirabolante, nem cheio nde pirotecnia. A série era sobre pessoas, seus dramas, suas escolhas, suas dores, seus encontros, sobre o amor. Amor verdadeiro, daqueles que te fazem se sacrificar, por amigos, pela mulher de sua vida, pelo que é certo.
    Para mim, apesar de todos os personagens serem maravilhosos,até mesmo o Ben, Lost é Jack. Nele encontramos tudo que Lost é. Tudo o que todos passaram, raiva, amor, escolhas ruins ou boas, certo e errado, tudo o que nos faz humanos e Lost tão bem representou, se resumem em Jack.
    Começar com ele e terminar nele foi justo.
    Não fiquem criando teorias elaboradas, dizer que morreram quando o avião caiu é um insulto ao que vimos no último episódio. Nos cinco minutos finais da série descobrimos tudo o que ela é. Tudo o que precisamos saber. E é por isso que ainda estou chorando.

  • http://idiotarevoltado.blogspot.com Daiana

    Lost, serie com final mais IDIOTA que já vi, não acredito que perdi 6 anos vendo algo tão mesquinho, no inicio todas aquelas expectativas, todas as histórias cientifica (iniciativa Dharma, a bomba) pra no final me falarem de religião!!! Um pouco de espiritismo com catolicismo ahh por favor… que IDIOTA.

  • http://www.ocinemae.blogspot.com Flávia

    falou bonito!

  • http://www.mapear.criarumblog.com Máry

    Postagem ótima, gostei msmo. i gostei mais ainda desse seu poema aí! mt massa (profundo!

    R: Obrigado, Mary. Um dia ainda publico meu poema na íntegra.

  • Walmir Melo

    Adorei o seu comentário sobre lost, foi o mais completo que eu já li, perfeito. Gostaria que você me falasse qual o nome do especial de 14 min… que andam falando que tem cenas inéditas, tipo o Hugo com o Ben na ilha e etc, agradeço desde já.

    R: Walmir, esse epílogo fará parte do DVD completo que será lançado dia 24 de agosto nos Estados Unidos. Não sei com que título os produtores de Lost intitularam esse extra do DVD, mas ficarei de olho nessa informação, até porque é de meu total interesse. :D

  • Lia

    Oi,
    Conheci seu blog hj é já fiquei encantada com esse post, que reflete como me senti com relação ao fim de Lost.
    De fato, pra quem se apegou aos personagens (mais do que a alguns “mistérios”)considerou aquele final emocionante.
    Eu, como fã da série, vi no episódio, repleto de flashbacks de diversas cenas inesquecíveis, uma forma de homenagear as pessoas que acompanharam o desenrolar daquelas vidas durante 6 temporadas. Enfim, não respondeu tudo, mas me deixou satisfeita e saudosa.
    Parabéns pelo texto!
    Abraço

    R: Olá Lia, obrigado pelas suas palavras generosas. Espero que você retorne mais vezes ao meu blog. :) Um abraço!

  • http://otpinga.wordpress.com FaTrevisani

    Ola…este blog realmente é muito bom…estou divulgando ele..tenhu um muito parecido…www.otpinga.wordpress.com
    ele trata dos assuntos com humor..VISITEM E DIVULGEM POR FAVOR

  • Aninha

    Eu não tenho o que declarar sobre o final de Lost, mas posso afirmar que você é lindo. :] hihi

    R: Eis uma mulher de bom gosto. ;)

  • http://www.desejooculto.com.br Jean Vidal

    Olá.
    Estamos organizando um prêmio de melhor blog do ano. Como fazemos para entrar em contato?
    Temos certa urgencia.
    Jean

  • Anna

    By the way deste post embora sériamente feito pelo autor só tiro a foto dos belhos olhos….parabéns!

  • Anna

    Se eu assisti a 1a temporada foi muito, não aguentei, meu intelecto não permitiu…
    quando descobri que tava todo mundo morto ainda na 1a temporada pra mim foi o fim afffffff
    ficou tipo assim: DONT FOLLOW ME CAUSE I AM LoSt…então não segui!
    o final foi tarde só isso que tenho a dizer!

  • http://www.plannerinfo.com.br/ Ligaçoes Pre Gravadas

    É falou td.

  • http://www.pakkatto.blogspot.com Pakkatto

    Gostei do final de Lost.
    Gostei como episódio porque, sinceramente, não esperava que a “obra” pudesse fechar as pontas abertas durante as seis temporadas por um simples motivo: vários roteiristas participaram e não, eles não sabiam o “meio” antes do final.
    Ao fazer um balanço geral, por não ser nenhum fã de seriados em geral, encontrei em Lost uma grande fonte de diversão. Acho apenas curioso que haja um discurso de auto convencimento de que foi genial e blá-blá-blá. Genial seria se houvesse uma explicação decente ou um mistério que condensasse os fenômenos observados. Sem isso, ficou apenas a peça comercial, muito bem elaborada mas que, infelizmente, gerou expectativas que se frustaram exatamente por não deixar claro o que estava sendo vendido. E isso é quase imperdoável.
    Mas fica a boa lembrança dos episódios memoráveis, a chance de um reboot em algum lugar ou um filme que possa redimir isso.
    Vamos em frente pois o tempo que passamos com essas pessoas foram legais, mas importantes mesmos são os momentos que passamos no mundo real!

  • http://www.orkut.com Guerrilhas

    Ah… vão catar coquinho! Lost foi horrível. Admitam. Respondam o seguinte: O que era o Jacob? Por que ele tinha poderes? Como ele podia fazer com que as pessoas viessem pra ilha? O que era a ilha? Por que o outro cara, que encarnou no Locke não podia sair da ilha? O que de fato iria acontecer? Como sabem que isso iria acontecer, se a própria madrasta do Jacob não chegou a lhe dizer? Será que todos iriam morrer mesmo? Como que o Widmore achava a ilha e voltava quando queria? Como que a Penny achou o Desmond, se eles estavam brigados? Como a mãe do Faraday sabia tudo que ia acontecer? Como que, num episódio lá, tinha uma máquina/caixa que trazia qualquer pessoa para a ilha (trouxeram o verdadeiro Sawyer, pai do Locke)? Como que funcionava aquela sala de TV que via tudo que estava acontecendo na vida real? Notaram que até a sexta temporada, Ben e Richard pareciam saber tudo… depois disso não sabiam mais nada… ridículo. E a viagem no tempo serviu pra algo ou só pra matar tempo por uma temporada inteira? Por que quando eles voltaram pra vida real como sobreviventes do voo 815 (eles voltaram, lembram?) o Jack queria voltar de novo pra ilha? Por que todos tinham que voltar juntos? Como que o fumaça lá encarnava nas pessoas? Se ele tinha que matar os candidatos, por que ele não pediu pra Claire fazer isso logo? Até o Jacob ele poderia matar assim, se até o Ben matou… ridículo. E as crianças.. por que eram pegas? Quem eram as crianças que andavam na selva em fila em certos episódios? Como o Walt respondeu pro Micheal no computador naquele episódio? E o Walt, na vida real, tá lá ainda? Ah.. na boa… Lost foi ruim e vocês foram palhaços como eu de terem visto até o final, só não querem admitir. Claro que um final ridículo é sempre possível… era mais fácil eles botarem o Jack acordando de uma bebedeira e tudo não ter passado de um sonho.. pronto.. assim eu também explico.. repito: RIDICULO!!!

    R: Pra mim, ridículo é gente que não respeita opiniões alheias e quer impor sua opinião pessoal sobre as outras.

  • Vitor F

    Demais.
    Nunca tinha entrado aqui, mas pode ter certeza que ganhou mais um seguidor.

    abraço

    R: Valeu, Vitor!

  • http://masterbloggerbr.blogspot.com/ Master Blogger

    Muito Agradável Como Você Meche Com as Palavras, Comovi Muito de um Modo Positivo. Você e Impressionante Quando Escreve, Por Isso que Você Merece um 10!

  • http://twitter.com/barbarellaz Bárbarella

    Muito lindo tudo o que vc escreveu!
    Concordo.

  • http://www.mafaldacrescida.com.br Karina

    Uma história bem contada, que alguns queriam que trouxesse a verdade do universo… Eu achei toda a série divertida, e o final também me emocionou. Pra que mais em um programa de TV?
    Beijocas, queridíssimo!

    R: Obrigado, Karina! Sempre bom receber um comentário seu. :)

  • Rafael Barbosa

    Só para ressaltar algo que não foi claramente citado pelo seu belo texto, Alexandre Inagaki: Em matemática, existe uma área que se chama Geometria. A base do estudo nessa área são alguns entes bem conhecidos: ponto, reta e plano. O grande porém é que nennhum deles tem definição. E vale ressaltar que sobre esse “poéticos” entes imaginários e indefinidos, se constrói toda a teoria da geometria.

    Isso ocorre em muitos casos na vida… Ocorre um fato marcante, e sobre ele construimos toda uma mitologia, que enquanto vivida é simplesmente o mundo real, mas quando for contada à posteridade, vira um belo conto…

    R: Rafael, obrigado por sua excelente ponderação. Valeu pela informação adicional ao post!

  • Lord Emanoell

    Meu amigo, sou uma das pessas que se frustaram com o final de Lost. Mas não pela ausência de respostas! Mas com a inexistência do amanhã!
    Entendo que a morte é o final de tudo… Mas ela É O FINAL… Não precisamos lembrar, viver ou assistir sua chegada a cada filme, série ou qualquer outra produção.
    Havia a esperança de um amanhã com vida, que não aconteceu…
    Ou seja, eles morreram no dia em que caíram na ilha.
    Posso ser demagogo, infantil ou mesmo um alienado, mas a vida já é cheia e desilusões para ficarmos nos desiludindo com finais melancólicos.
    Não gostei!!

    R: Caro Lord, não concordo com a sua teoria, mas o bacana de uma obra é a abertura proporcionada para que cada um de seus espectadores elabore a sua tese a respeito.

  • http://casadocacete.blogspot.com Aline T.H.

    Posso me apaixonar agora ou precisa esperar? ;-)

    Concordo com você em tudo. Inclusive em relação às outras obras citadas aqui. As pessoas tem o péssimo hábito de querer receber tudo digerido, processado, explicado e sem qualquer tipo de trabalho a ser feito por elas. Que assistam aos programas infantis, então (sim, eu sou bem menos polida que você, sorry!), oras. Eu adorei o final exatamente por nunca tê-lo imaginado tão singelo, simples e belo.

    Ainda há o que ser descoberto e é isso que nos faz querer seguir.

    Beijo e parabéns pelo excelente texto.

    R: Aline, acho que o mais bacana do final de Lost foi ter sido brindado com um desfecho que apostou na inteligência de seus espectadores. Ao invés de dar respostas mastigadinhas, foi um fim coerente com todo o desenvolvimento da trama ao longo de seis anos. Espero que a TV aberta nos surpreenda positivamente com obras como esta; quanto aos espectadores insatisfeitos… Bem, creio que há programas disponíveis para todos os gostos e inteligências, né? ;) Um beijo!

  • Gabriel

    tá escrevendo besteira!
    não é só aproveitar a viagem… tem uma série de fatos sem fundamentos. não é só questão da falta de respostas no final para descobrir “o assassino do livro de Agatha Christie”, mas a desconexão que tudo isso causou no enredo.
    se for assim, fica simples, é só criar uma viagem qualquer e mais de 11 milhões de pessoas assistem diariamente a viagem no cocô que os produtores escrevem enquanto tão chapados.

    R: Ok, Gabriel. Fundamentado mesmo é o seu comentário.

  • Davi

    Faço parte da turma que detestou o final de Lost, mas não deixa de amar a série.
    Preferia que os aspectos científicos tivessem prevalecido sobre as explicações religiosas.
    Mas nem tudo é como queremos, não é mesmo?
    Lost e Beatles… boa conjunção! Eles se foram, mas parece que viveremos com eles por um bom tempo.
    Aliás, essa é a mensagem contida na faixa The End que você citou:
    “Cara, você vai carregar esse peso por um longo longo tempo”.
    Não vejo a hora de assistir tudo de novo, desde o primeiro episódio.

    R: Boa observação sobre a música dos Beatles, Davi. E compartilho contigo a ansiedade por rever todos os episódios.

  • Fernanda

    Eu chorei (de me acabar! ehehe) em todos os episodios desde que o Jin e a Sun morreram até o final e estou me sentindo orfa de seriado. ehehehe
    Nao achei ruim que nem todas as respostas nao foram respondidas… afinal de contas, isso pode gerar um filme, que tal?

    R: Fernanda, não creio que vá gerar um filme. Sinceramente, fiquei satisfeito com o modo com que Lost foi encerrada. A viagem valeu a pena. :)

  • carlos

    Caramba não chorei com o final de Lost, mas este texto me deixou de olhos marejados.

    R: Carlos, recomendo que você reveja o final de Lost após a leitura deste texto. :)

  • http://umafabulasobreavaidade.wordpress.com/ Marivone

    Ah… Bernard e Rose também sobreviveram. Ficaram na ilha porque lá o câncer dela sumiu/regrediu (sei lá!)…

    ;)

    P.S: Eu quero saber quando é que o final de Lost vai parar de me afetar. Tou toda melosa… Pensativa…

    R: Marivone, há alguns livros que até hoje me “afetam”. No bom sentido, claro, por me incomodarem ou instigarem meus pensamentos. Creio que Lost pertencerá a esse naipe de obras. :)

  • http://namesadobigbrother.wordpress.com/ Luis Thiago

    Então, Lost quis passar que o mais importante não é saber como as coisas funcionam na sua completude. Respostas pra tudo, pq a gente nunca vai saber de tudo. Mas, compreender quem são as melhores pessoas que a gente convive, fazendo de nós quem somos. E o mundo paralelo é um pós-morte, antes de “seguir” teriam de saber onde foi o melhor momento da vida deles, que era qdo eles estavam LOST… heheeh
    Ps: Adorei o final de Lost, tipo sem ficar preso as grandes explicações é apenas a vida. Mas tb gostei da cena do arquiteto de Matrix.

    R: Luis Thiago, boa teoria para toda a charada. Mas olhe, você é uma das poucas pessoas que gostaram da cena do arquiteto. :)

  • http://umafabulasobreavaidade.wordpress.com/ Marivone

    Peraí… Tem um lance que estou percebendo nos blogs espalhados por aí que acho que não está certo. O povo tá reclamando que, no final, todo mundo morreu ou tava todo mundo morto. Eu tou doida ou não entendi o troço?

    Não tava todo mundo morto na “vida real da ilha”!

    Na “vida real da ilha”, ficou Hurley e Ben cuidando da ilha, em comum acordo, junto com o Desmond machucado. No avião foi embora o piloto, Kate, Sawyer, Claire, Miles e Richard (Voaram ao encontro de Aaron, Walt, Eloise Hawking, que ficaram vivos).

    Agora, no Sideways, realmente todo mundo morre e se encontra. Como o pai de Jack fala a ele: “alguns morreram antes de você, outros depois, mas todos estão aqui” (ou algo parecido com isso).

    Eu achei que isso ficou tão claro…

    E Jack até observa o avião partindo (e sorri!) antes de morrer na “vida real”.

    tsc.tsc.

    R: Pois é, Marivone. Numa das respostas que dei aos comentários disse exatamente isso, citando justamente a frase de Christian, que não deveria deixar quaisquer dúvidas sobre essa questão: “Todos morrem um dia. Alguns deles antes de você, alguns muito depois.” A igreja ecumênica é um lugar atemporal, e o diálogo entre os Shepards também explicou isso. Há quem reclame do final, pois, sem sequer ter compreendido esse fato básico… :P

  • http://umafabulasobreavaidade.wordpress.com/ Marivone

    “Como sempre, um post-que-eu-gostaria-de-ter-escrito” [2]

    Eu chorei. Chorei pelos seis anos que acompanhei o crescimento e a mudança desses personagens…

    Você lembra como em determinados episódios os diretores/roteiristas nos faziam odiar determinada pessoa, depois eles nos mostravam que a coisa não era bem assim e nos faziam amar aquela determinada pessoa? Como eles queriam nos mostrar que ninguém é perfeito e que ninguém é totalmente bom ou totalmente ruim? Desde o início dava para sacar que a série era muito mais sobre pessoas, a relação entre elas, livre-arbítrio, amor e confiança!!!

    “Trust me”. Como a gente ouviu isso nessa série…

    ufa. Foi lindo. A jornada foi linda e meu coração parecia em pedaços ao final…

    Amei.

    P.S: E eu ainda acho que as respostas para o que realmenet IMPORTA estão na série, sim. Perguntem o que quiser que, buscando na série, a gente encontra. Mas, como tu disse, nem na nossa vida a gente tem respostas para absolutamente tudo, oras!

    R: Marivone, muito bem lembrado: um dos aspectos que sempre me agradaram em Lost foi a inversão de expectativas. Todos os personagens eram falíveis, ninguém podia ser caracterizado como “mocinho” ou “vilão” da história porque todos, desde Jack e Locke até Ben e Jacob tinham seus motivos pessoais para agirem de determinadas maneiras. E concordo com a sua ressalva sobre as respostas que realmente importam. Um abraço!

  • bernardo

    ola n pude deixar de ver seu comentario que leu sobre teorias do final de caverna do dragao , gostaria muito que voce postace no ceu blog o verdadeiro roteiro do ultimo epi que n foi feito , me mande um email que eu mando em anexo pra ti ler e fazer um topico para que mais pessoas saibam o verdadeiro final e n achem que o mestre do magos e do mau…..

    flw

    R: Bernardo, creio que você se refere a este roteiro, certo?

  • http://elegalepoetico.blogspot.com Michelle Satake

    Alexandre, sem palavras pro seu post. Amei!
    Concordo completamente. To tentando postar algo sobre lost no meu blog, mas to digerindo a “profundidade” do desfecho, fora que choro só de lembrar…
    A questão da redenção, do encontro de todos de modo sublime e prontos e sintonizados pra partirem pra um mesmo plano, após as vivências tão traumáticas, duras e quase cármicas, foi pra nos levar às lágrimas de emoção mesmo.
    Abraço
    Parabéns pelo blog e pelo post.

    R: Obrigado, Michelle. E, sabe, também me vi na mesma situação que você; só fui postar sobre o final de Lost alguns dias após tê-lo visto e revisto, a fim de encontrar palavras que pudessem descrever todos os pensamentos que me vieram à mente. Aguardo pelo seu texto! :)

  • http://irradiandoluz.blogspot.com Gabriel Dread

    Adorei conhecer seu lado espiritualizado.

    See you in another life brodha!
    @gabrieldread

    R: Ha ha! Valeu, Gabriel. A gente se vê por lá. :D

  • lue

    …foi a primeira vez que entrei aqui e o fiz para saber se alguem pensava e tinha a mesma impressaõ que eu, … obrigada!faço minhas, TODAS suas palavras…, saõ as pessoas que importam, sua redenção, foi isso exatamente que senti tb,, texto lindo e coerente, e a propósito, CHOREI PRA CARAMBA, !!!KKKKKKKK, beijo

    R: Bom encontrar mais alguém para compartilhar a caixa de lenços. :) Um beijo, Lue.

  • adriano franco

    cara voce foi mesmo no alvo da história.

    também nao sou de religiao mas procuro entender um pouco do que as pessoas que acreditam em outras vidas pensam.

    em tudo isso que voce disse eu penso o seguinte como minha solução para lost. que nao difere da sua muito nao.

    cada um ali estava com seu espirito na ilha passando por aprovações para poder resolver soisas pendentes no plano terrestre como angustias, amor e aceitação. ja que todos estavam desacreditados na vida. no momento que passaram a acreditar que era possivel viver de uma maneira diferente, seus espiritos evoluiram e se tornaram o ser humano que na ideia de lost e o ser humano na escencia. veja o idealismo do espiritismo se encaixa perfeitamente. se alan kardec acompanhace lost ele aplaudiria de pe o seriado.

    valeu camarada

    R: Recado dado, Adriano. Valeu por compartilhar a sua visão sobre a história!

  • tatiane andrade

    Lindo comentário! A cena do Arquiteto é mto chata msmo!
    amei tb o final de Lost pelos mesmos motivos.
    Sempre procuraremos respostas,e os roteiristas foram muito sagazes em incitar isso!
    Parabéns pela sua escrita =)

    R: Valeu, Tatiane! Um beijo e obrigado pelas suas palavras.

  • http://brazilnut-nyc.blogspot.com Andréa

    Eu não gostei do uso da igreja no final. Não precisava ser igreja. Foi uma saída muito fácil.

    E não me emocionei (e olha que choro até com comercial de sabão em pó) pq já não acompanhava o seriado havia algumas temporadas. Depois da terceira fiquei aflita e ansiosa com tantas perguntas sem resposta e como boa geminiana abandonei. Assisti ao cap. final por curiosidade e por poder participar disso junto com tanta gente nesse mundo. Adoro essas coisas. :)

    Mas, enfim, sempre concordo contigo.

    Beijos.

    R: Mas, Andréa, creio que o uso da igreja ecumênica foi uma maneira de forma a estrutura circular do fim de Lost (tal qual Ouroboros, serpente que morde a própria cauda, símbolo da eternidade). No primeiro episódio, iniciado com Jack abrindo o olho após a queda do avião, o objetivo daquela viagem era trazer o corpo de Christian, seu pai, que seria velado exatamente naquela mesma igreja na qual os personagens principais se reencontraram na cena final, no episódio que terminou com Jack fechando os olhos numa sequência que propositadamente remete ao começo de tudo. Quanto à sua reação (não-)emocional, creio que é porque você já havia se desapegado da série; ao contrário do fã aqui, que continuou desbravando a floresta de mistérios de Lost temporada após temporada. :) Um beijabraço!

  • Eduardo De Bastiani

    Eu sempre achei a parte dos mistérios de Lost fascinantes, creio que isso chamou a atenção na série. Mas, sobretudo, admiro todo o lado pessoal criado - personagens, individualidades, amor, esperança - e principalmente a ciência x fé, que em alguns momentos chega a nos dar pequenas grandes lições de vida. O conjunto inteiro de Lost foi um verdadeiro marco na TV.

    Seu texto foi o mais bonito que já li sobre o final da série. Você resumiu muito bem todo o sentido das coisas, sem se limitar na crítica aos mistérios desimportantes que dificilmente poderiam ser resolvidos. E, como você disse, se por acaso fossem, talvez só gerariam mais perguntas ainda.

    Parabéns por este excelente post! Estou também acompanhando seus textos nos Yahoo, estão um melhor que o outro!

    R: Creio que uma excelente epígrafe para Lost seria uma frase escrita por um de meus poetas preferidos, o espanhol Federico Garcia Lorca: “Só o mistério nos faz viver”. :D Valeu, Eduardo, pelas leituras do meu blog e da minha coluna no Yahoo!

  • Cariane

    Foi mesmo maravilhoso… E o que fica de tudo isso é a saudade… O que sera de minhas segundas sem LOST?! Foi tudo tão intenso.. Bom saber que eles acabaram bem.. As respostas a gente imagina.. Viaja.. Ruim saber que realmente ACABOU.. Como tudo na vida.. A viagem teve fim.. E que fim!!! Parabens pelo post! Massa!!!

    R: Cariane, lembro de quando Neil Gaiman anunciou o final de “Sandman” na 75a. edição, dizendo que toda boa história deve ter começo, meio e fim. Complemento a citação de Gaiman dizendo que, na verdade, mais do que um ponto final, se assemelha a um novo parágrafo, uma vez que boas histórias dão margens a teses e interpretações que fazem com que ela continue sendo narrada dentro da gente.

  • direto de brasilia

    Discordo totalmente com a satisfação quanto ao final de LOST. O sentido romântico e sentimental dado ao final da série fez com que as pessoas ficassem cegas quanto ao que realmente importava. Todos os personagens que estiveram na ilha, dispositivos de segurança, tramas e mais tramas que deveriam ter explicação melhor do que o simples “estamos mortos”. Respeito todos os que dizem que gostaram mas, então que busquem alguma resposta plausível para qualquer dos temas prpostos durante a série. Optaram pelo mais fácil,cenas românticas e sentimentais. O que dizer de Juliet que não caiu do avião mas foi levada de submarino e deixou sua irmã na expectativa em casa? Ou Richard aparecer para o menino Locke para ver se este seria o eso olhido? Nada disso se explica com o simples “estamos mortos” devio a queda do avião. Eles souberam jogar a quantidade certa de fumaça para cegar a maioria.. Os poderes da mídia!

    R: Em seu comentário, você poderia ter citado também os poderes sobrenaturais do Walt, por exemplo. E tantos outros fatos que foram citados circunstancialmente, e que não foram retomados. Como já escrevi antes, respeito quem se sentiu ludibriado e detestou a sexta temporada. Mas essa insatisfação invalida todo o seriado em si?

  • http://www.asimediatas.blogspot.com Cíntia Teixeira

    Concordo com absolutamente tudo, e, surpreendentemente (ou não), consegui me emocionar novamente com seu ótimo texto (após rios de lágrimas com o series finale)…

    R: Episódio cotação 5 caixas de Kleenex, né Cíntia? :)

  • http://defendaailha.blogspot.com/ Ka

    Me emocionei com o fim, sim. Foi tocante e tal, mas reforço a necessidade de respostas ao menos algumas) porque Lost teve o marketing totalmente calcado em mistérios e só se tornou o que é pelo conjunto da obra, ou seja a união de pessoas + mistérios.
    Esquecer disto é simplismo para explicar a mancada dos caras, que se perderam bem na última temporada.
    Se muitos não precisam satisfazer sua curiodidade, tudo bem. Mas outros gostam e vivem buscando explicações. Qual o mal nisto também? não acho legal rotular ou desmerecer alguém que se foca neste aspecto da vida. É isto que vem ocorrendo nos debates sobre Lost e posso ter entendido errado, mas seu post deixou esta impressão também. Não me interessa o conceito MacGuffin e bla bla e bla.
    Lost é uma experiência pessoal e é normal amar ou odiar aspectos da série. Mas não aguento mais ver quem amou o fim rotulando, interpretando e filosofando sobre quem não gostou, como se fosse um tipo de ser superior espiritualizado por ter visões diferentes. Já bastam religiões para isto.

    R: Olá Ka, muito bom o seu comentário, que fez ponderações bastante sensatas de um ponto de vista diferente do meu. Discordo quando você fala de “mancada”, porque para mim ficou bastante claro que os roteiristas traçaram um plano muito bem estruturado para o final da série; mas é o seu ponto de vista, e ele tem tanto valor quanto o meu. Lost me agradou porque espelhou muito da minha filosofia pessoal; desatrelada a religiões, mas pautada na esperança de que haja algo além do que vivemos neste mundo. Mas, pô, quem sou eu pra me considerar mais espiritualizado do que quem não curtiu a série? Cada um embarcou na viagem do Oceanic com suas expectativas e crenças pessoais; eu saí entretido e enriquecido com a trajetória. Quanto a respostas, Ka, todas aquelas que me interessavam foram dadas satisfatoriamente, e a Lostpedia compila todas elas, incluindo teorias muito boas sobre os mistérios que, como você bem pontuou, fizeram com que acompanhássemos 6 temporadas tecendo especulações movidos por uma obra ousada, que instigava fãs a refletirem sobre os acontecimentos, tornando-se co-autores da trama. Em tempo: se você se interessa pela construção de roteiros, te digo que vale muito a pena saber mais sobre MacGuffin. Que, não à toa, foi concebido pelo responsável de vários dos melhores filmes de todos os tempos, e que também criou um dos seriados de TV mais bacanas ever.

  • http://www.artelivre.net Sonia

    Adorei o post. E também gostei demais do final de Lost. Avaliei exatamente igual a vc. Beijo.

    R: Que bom, Sonia. Um abraço!

  • Milena

    Tudo bem que na grande parte da série foi real, mas só que eu esperava outro desfecho senão a morte. Eu sei que a morte não é morte (ne série), e sim morte, vida, renascimento, passagem, etc tudo junto e misturado, mas depois da declaração dos produtores eu achava que o “the end” não fosse terminar em “morrer”. Na verdade pra mim o final foi um conflito de expectativas.

    R: Milena, o caso é que qualquer final de qualquer obra que seja acaba resultando em conflito de expectativas. É utópico imaginar que uma obra ficcional terá um desfecho capaz de agradar a todos. Certamente há pessoas que queriam que Scarlett O’Hara ficasse com Rhett Butler no final de “E o Vento Levou”, que Ilsa e Rick terminassem juntos em “Casablanca”, que o fim de “Seinfeld” não fosse com os quatro protagonistas numa cela de cadeia, yada yada yada. E, se você perde o controle da obra e fica mais preocupado em agradar a todo mundo, deve estar ciente de que ao fazer esse tipo de concessão corre o risco de perder de vez os rumos de seu projeto. Vide o caso de “A Gata e o Rato”; todo mundo torcia para que o casal de protagonistas ficasse junto; fizeram isso, acabaram os conflitos dramáticos e a série foi para as cucuias.

  • Milena

    Dp da 1º temporada, eu e o resto do mundo ficamos viciados em lost, e muitos não se contentaram apenas em assistir, mas também discutir, digerir, e pensar o seriado. Mas aí surgiram as teorias, e há muito tempo atrás (seis anos pra ser exata!) eu tinha lido uma teoria que falava que eles estavam mortos, e que se não me engano, os produtores falaram que eles não estavam mortos, e atá muitos falaram que isso era muito simplista pra série. Bom, certo ou errado, fiquei puta pq eles falaram que eles não estavam mortos!! Me senti engada!! Qse chamei o Procon..!!!

    R: Milena, para mim o final deixa claro que os personagens morreram em diferentes épocas. Jack morreu pouco depois do incidente. Mas, por exemplo, Ben e Hurley passaram muito tempo sendo guardiões da ilha. Aqueles que conseguiram fugir no avião da Ajira também sobreviveram depois da morte de Jack. Lembre-se de que o final na igreja ocorre, como explica Christian (“Todos morrem um dia. Alguns deles antes de você, alguns muito depois.”), em um local atemporal na qual os personagens se encontram após estarem prontos para a próxima travessia, sendo que cada um deles passou por um périplo diferente até chegar lá.

  • Nina

    Exatamente, concordo plenamente com vc…sem dúvida todos os mitérios se tornaram secundários diante a delicadeza dos momentos finais…tbm caí em lágrimas….Loooosttttt!!!!!!!!

    R: Pois é, Nina. E, na real, várias explicações foram dadas sim, e na minha opinião de modo satisfatório. Exemplos: porque o nome de Kate estava riscado na caverna, quem eram Adão e Eva, o que era a ferida no pescoço de Jack, porque Richard Alpert nunca envelhecia, como o Black Rock foi parar no meio da ilha…

  • http://twitter.com/Rodrigo_Fio Rodrigo (Fio) Bayer Figueiredo

    Não tenho nada o que acrescentar.
    penso igual…
    Embora eu sempre tenha dito que todos estavam mortos.
    Eu sempre pensei que eu poderia estar
    errado, sempre tive a curiosidade de
    saber o “porque” de muitas coisas,
    mas depois do final, tudo foi explicado.
    Ou melhor, explicar o que?! Todos morreram… A parte que o pai do Jack
    pergunta p/ ele:

    - E você, esta morto?
    Nossa…

    excelente mesmo !!!

    Valeu por todo esse tempo

    R: Mas, Rodrigo, você notou que eles morreram em épocas diferentes e que se encontraram em uma dimensão atemporal, né?

  • Tadeu

    Péssimo final! Óbvio final piegas! Romance pra cá, romance pra lá! Explicação nenhuma! Deixar tudo aberto é tentar falar que somos todos idiotas, o que não é o caso! Abrir mistérios e não dar brechas para fecharmos é irritante. Não precisa explicar detalhado, inclusive, não gosto na maioria das vezes. Agora deixar completamente tudo que era interessante para mim, sem explicação mínima para aí sim desenvolvermos idéias, é repugnante. Ninguém que se frustrou queria mastigado nada, queríamos é coerência e isso eles não tiveram. Viajaram e depois disseram que tudo pode acontecer por causa da fantasia. Assim fica fácil fazer qualquer seriado ou filme ou novela. Mole. Faço uma largatixa voar, faço a água virar fogo, faço a lama sagrada, não explico nada, faço todos viajarem e depois são os casais formados até quem não viveu no Lago onde passa minha história, por exemplo, a minha Penny, vai ter o seu par. Ainda copio: Caverna do Dragão, Ghost Do Outro Lado da Vida, Sexto Sentido, Os Outros, e qq novela e faturo um dindin alto!

    A galera gosta é de novela… mexicana!

    R: Ok, Tadeu. Recado dado, e cada um livre para expressar sua opinião! Estava mesmo estranhando a ausência de comentários reclamando do fim de Lost. :)

  • Renata

    Olá! Compartilho do seu ponto de vista.
    Para mim, “Lost” teve o mesmo sabor de “A Caverna do Dragão” quando eu era criança; não requeria maiores explicações porque a imaginação divagava.
    Enfim, o final de “Lost” foi coerente com a proposta da série.
    Abraços.

    R: Bem lembrado, Renata. Já li pelo menos duas teorias interessantes sobre como teria sido o suposto final de Caverna do Dragão.

  • http://www.seuwebsitenainternet.com.br Mêlanie

    Finalmente um texto sem reclamações sobre o final. Parabéns pela crítica. Excelente.

    R: Obrigado, Mêlanie!

  • http://badipaddress.blogspot.com/ Confitê

    Lost foi sobre a caminho, não sobre o destino. Muitas pessoas não entenderam os maravilhosos presentes que nos foram dados: experimentar a série por 6 anos e ter um series finale aberto a diversas interpretações. Cabe a VOCÊ dar e ter suas próprias respostas. Lost sempre foi sobre compartilhar, especular. Os produtores conseguiram, SEMPRE, se reinventar. Quando todos apostavam que a série terminaria com eles pousando no LAX os produtores colocam, no S06E01, toda a trupe desembarcando.

    Como disse Jacob: só acaba uma vez, e o que vier antes é progresso. A morte não foi o fim para todos os já saudosos personagens, mas apenas uma etapa.

    Enquanto todos achavam que a ilha era o purgatório, na 1a temporada… TOMA!!! Eles estavam mortos, mas nos flashsideways…

    Eu sou suspeito, sempre brinquei que Lost era religião e também uma experiência.

    Grande abraço, Alexandre.

    R: Confitê, gostei do final de Lost, dentre diversos motivos, porque ele corrobora uma convicção que tenho, desvencilhada de religões mais específicas: a de que nossa passagem por este mundo não representa um fim, e sim um recomeço. Um abraço!

  • Giancarlo

    Belo texto, Alexandre. Resume todo o sentimento que experimentei ao ver o último episódio. Parabéns pela sensibilidade e objetividade ao expressar o que realmente significou o final desta série especial. O que vale mais, no fim, é o destino do ser humano, a importância de cada vida durante todo o período que conviveram naquela situação. E não os segredos, as soluções, as pistas. Quem se embrenhou nelas, esqueceu o melhor da série: a riqueza da individualidade de cada personagem, e sua busca pela redenção. Grande abraço.

    R: Olá Giancarlo, reitero suas palavras a respeito da importância de cada personagem na trama. Obrigado pelo comentário, um abraço!

  • http://www.solfirmino.blogspot.com solange

    Eu tenho esse ‘problema’, vou apreciando a viagem, não fico lendo sobre teorias ou imaginando sobre fumaça preta, eu gosto de curtir, gosto do que me toca.

    R: Solange, creio que esse problema está mais para solução. :)

  • http://twitter.com/_Elfo Fabiano

    Muito bonito cara, me emocionei.
    Simples, gostei pq foi simples.

    R: Exatamente, Fabiano. Foi um final emocionante, sem mirabolantes explicações que, de resto, seriam incapazes de satisfazer a todos.

  • http://www.melodiaria.com Edu Starling

    Concordo com o que você diz sobre os personagens, e eu no fundo sempre quis saber se tinha algum jeito das vidas deles darem certo. Quando Jacob diz que os trouxe porque de alguma forma eles se pareciam (por serem sozinhos), isso foi fazendo ainda mais sentido.

    Acho que meu ponto de descontentamento foi achar que tudo dar certo no além vida foi uma saída do tipo ‘preguiça de pensar’. Quase tão pouco inspirada como dizer que tudo foi um sonho de Jack (como propôs Stephen King há algum tempo). Talvez por eu ansiar por alguma teoria mirabolante que fizesse a realidade alternativa ser uma nova realidade (induzido pela imagem da ilha submersa no 1o episódio da temporada). Fiquei bastante emocionado sim com os reencontros, mas a idéia de que foram encontros no pós vida me deu aquele gosto de ‘medalha de bronze’ numa final de judô…

    R: Pois é, Edu. Creio que o final, que acabou descontentando muita gente, foi coerente com os rumos que Lost havia tomado. Foi um fim em aberto, que deu margem a diversas teorias interessantes que procuram esmiuçar as entrelinhas (este post do TV Squad tem umas boas teses a respeito). O Trotta observou, em seu comentário, que muito da percepção que cada um teve sobre o final de Lost dependeu de expectativas. Mas, mais do que elas, creio que é a visão de mundo de cada espectador o fator fundamental para o gostar ou não das respostas (e não-respostas) que foram dadas pelos roteiristas de Lost.

  • http://www.ynner.com.br/blog Rodrigo Ferreira

    Simplesmente PERFEITO!
    Obrigado Inagaki pelo texto!
    Sem palavras!

    R: Valeu, Rodrigo!

  • http://trotta.blog.br/ Trotta

    É, acho que tudo se resume às expectativas.

    Quem esperava por explicações detalhadas, odiou. Quem esperava apenas a redenção de cada personagem, adorou. Eu, infelizmente, pertenço ao primeiro grupo.

    Mas, sem dúvida, LOST ainda valeu muito pela viagem até o fim.

    Um abraço!

    R: Trotta, ao longo de seis temporadas você ainda não havia se acostumado ao fato de que as tramas de Lost só levavam a questionamentos mais complexos? :) Lembro, por exemplo, da perplexidade que tive quando a primeira escotilha foi descoberta. Aparentemente, seria a resposta para os enigmas exibidos na primeira temporada. Porém, depois que os personagens descobriram que haviam mais escotilhas e que aquela primeira fazia parte de algo mais profundo e complexo, vejo que isso era uma espécie de parábola do que representaria Lost para seus espectadores: uma resposta incompleta que só levava a mais dúvidas. Oras, a vida não é assim também? :)

  • http://vidaderecemcasada.wordpress.com/ Rena

    Eu chorei muito no final de Lost, cada encontro e descoberta dos personagens me emocionou! Principalmente quando o Hugo abre a porta e econtra o Charlie e fica com cara de bobo alegre, foi lindo demais.
    Pra mim Lost teve o final que merecia, deixando dúvidas e lacunas para serem preenchidas pela nossa imaginação e dando pano pra manga pra que a gente ainda fique um tempo discutindo o assunto.
    Bjs

    R: Exatamente, Rena. Foi um final digno das melhores obras, na minha opinião. Do mesmo modo que Dom Casmurro ainda causa discussões sobre Capitu ter ou não traído Bentinho, creio que o fim de Lost é daqueles que farão espectadores dialogarem anos a fio: instigante e reflexivo, como o seriado foi em todas as suas temporadas. Quantas obras de entretenimento em massa tiveram essa capacidade de incitar reflexões e discussões de tamanho porte?

  • http://cantodovladimir.zip.net Vladimir Batista

    Ina,

    Como sempre, um post-que-eu-gostaria-de-ter-escrito. Gostei da menção às explicações lógicas e estraga-prazeres de Star Wars e Matrix. Adiciono a pior de todas: as explicações do mistério de “2001″ em “2010 - O Ano que Faremos Contato”.

    Abraços, Vlad

    R: Vladimir, menos mal (para mim) que eu não assisti a “2010″. Caso contrário, teria sido citado também em meu post. :)

  • Silvana

    Lindo, perfeito, poético!
    Seu texto foi o melhor que li sobre o final de Lost, parabéns!

    R: Obrigado, Silvana. :)

  • http://www.dabusca.blogspot.com Fabio Rocha

    Texto perfeito!

    R: Valeu, Fabio. :)

  • Anônimo

    eu adorei o final. :)

    R: E olha que você havia escrito que ia se decepcionar… :)

  • http://idiotarevoltado.blogspot.com Victor Reis

    Cara, sua postagem foi muito boa. Mas como eu digo pra todo mundo que disse que os mistérios não foram explicados. Eles foram sim, só faltou mesmo o daquelas coisas egípcias…As pessoas que ficam buscando perguntas retardadas, querem saber se o urso polar tinha pulgas ou se a ilha tinha samambaias, ou se o Hugo pesava 220 ou 24 KG, etc…Isso é estupidez de gente ignorante e pseudo-intelectuais
    Volto a dizer que a pstagem foi ótima, concordo com quase tudo e tambem passei todo o ultimo episódio emocionado.

    R: Valeu, Victor. Mas, olhe, eu relevei as críticas de espectadores que ficaram insatisfeitos com a ausência de certas respostas porque Lost, bem ou mal, foi um produto industrial que visou atingir as massas. Para mim, foi um feito e tanto ter feito o sucesso que obteve mesmo levantando questões metafísicas que raramente são abordadas em TV aberta. Não havia, de fato, como satisfazer a todos.

  • http://teoriadocaosmental.wordpress.com/2010/05/30/sobre-o-final-de-lost/ Gabriel

    Muito Bom! Concordo em vários pontos, principalmente que o que realmente importava na série era a história de seus personagens. Aliás, também escrevi um texto sobre o final de Lost no meu blog, se puder ler e dizer o que achou. :)

    R: Gabriel, tivemos pontos de vista bastante semelhantes sobre o final da série, hein? :D

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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