A quem interessar possa:

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 22 de março de 2006

a) é uma redundância pleonástica escrever que este blog anda passando por um período de stand by. Mas é mero compasso de espera: novidades megalomaníacas vêm por aí.

b) enquanto isso, publiquei um poema no Cracatoa Simplesmente Sumiu e uma coluna sobre o YouTube na Rock Press.

c) sensacional link que encontrei via Lounge: Cognatas, que reúne trechos de músicas estrangeiras que lembram o nosso idioma. As prediletas da casa: Sigue Sigue Sputnik cantando “roubaram minha Skol”, o “era pizza era melhor” do Blur e o “desgraçado suco” dos Cowboy Junkies.

É duro torcer para o Barrica.

d) nem Nico Rosberg, tampouco o Massa na Ferrari e muito menos a Super Aguri. A melhor novidade da nova temporada da Fórmula 1 é o Blog do Capelli.

e) o prêmio de melhor descrição de comunidade de todos os tempos da última semana vai para Decote na Foto do Orkut: “Porque às vezes só comunidades e citações de Drummond não são o suficiente para fazer amigos“.

f) eis o tipo de coisa que a gente encontra ao praticar EgoSurf: um podcast muito bacana intitulado Espaço Retrô, especializado em anos 80, que tomou emprestado alguns trechos da matéria que escrevi para a revista Flashback sobre o filme “Curtindo a Vida Adoidado”. Mas o melhor do podcast é ouvir um jingle em que a Gretchen anuncia a Fábrica de Móveis Brasil…

g) nota da série follow up: clique aqui para ouvir a regravação que Frank Aguiar, o “cãozinho dos teclados”, fez de “Vou te Excluir do Meu Orkut”, o hit de Ewerton Assunção.

Nunca mais!

h) conselho de amigo: se oferecerem a você um drinque chamado V8, decline da oferta e fique só com a laranja.

i) eis um projeto que precisa engrenar: a versão em português do Wikitravel, guia mundial de viagens com artigos escritos e editados por internautas do mundo inteiro. Outro site coletivo que precisa ser bookmarkeado o quanto antes é o Overmundo, repleto de matérias ao melhor estilo new journalism. Por exemplo? Os relatos da cena cultural de Belém feitos pelo intrépido Vladimir Cunha, dentre os quais destaco o texto Antônio Snake - O Buttman da Amazônia, sobre o cineasta responsável por filmes pornô como “Cotijuba - Ilha do Prazer” e “Cotijuba Extremamente Anal - Volume 6″.

j) atendendo a uma sugestão que fiz, o Sr. Gustavo Weber publicou em seu blog uma sensacional receita de petit gâteau, devidamente entremeada por diálogos infames que ambos trocamos via MSN.

k) repita esta frase como um mantra: a vida é boa e cheia de possibilidades.

Programação anormal e nada de Carnaval

Por Alexandre Inagakisegunda-feira, 06 de março de 2006

Clique aqui ou na imagem acima e confira mais uma dessas preciosidades que uma pessoa imbuída de curiosidade e um certo quinhão de tempo ocioso encontra boiando pela Net: uma impagável participação dos Paralamas do Sucesso divulgando seu primeiro disco no programa do Bozo, lá pelos idos de 1983. Além do playback da música “Foi o Mordomo”, confiram João Barone e Herbert Vianna discorrendo com o palhaço sobre as relações entre bodes expiatórios, mordomos e a Bozolina. Não percam ainda a sensacional disputa entre os três Paralamas para ver quem estoura uma bexiga primeiro. Eu definitivamente amo a Internet!

* * * * *

O show que os Rolling Stones fizeram em Copacabana não passou de um pretexto para viajar com amigos e reencontrar pessoas queridas. Deveria ter publicado um texto sobre minhas desventuras por lá, mas fui atacado pela praga que atinge pessoas que escrevem profissionalmente: de tanto alinhavar palavras por obrigação, acabei por deixar o blog e os textos mais descompromissados de lado. No final das contas, até quem não esteve no Rio publicou sua versão dos fatos (hilária, como de praxe), enquanto eu deixei de relatar os acontecimentos de acordo com meu viés. Mas o fato é que este nunca pretendeu ser um blog confessional. E eu, consumado egoísta, sou desses caras que guardam as melhores lembranças no bojo da minha memória, deixando de compartilhá-las por aí. Felizmente há pessoas mais generosas, que possuem o dom de encontrar palavras capazes de descrever esses momentos especiais e descrevê-los como se os narrasse a um amigo de infância no aconchego do sofá da sala da casa da gente. Por exemplo, a minha cativante amiga Luciana, que alimentou meu combalido ego leonino com um post sobre este que vos escreve (e outro dedicado à célebre Patrícia Köhler).

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Só porque eu defendi o Oscar em minha coluna mais recente para a Antena 1, não é que os acadêmicos de Hollywood resolveram premiar uma das imposturas cinematográficas mais execráveis dos últimos anos como Melhor Filme? O fato de Robert Altman, cineasta cuja estrutura de grandes filmes como Short Cuts e Nashville foi pasteurizada por Paul Higgis em seu Crash, ter recebido um Oscar honorário (o famoso “prêmio de consolação” que Hollywood dá a diretores jamais laureados com a estatueta) no mesmo ano em que uma imitação pálida de sua obra recebeu a premiação principal só me fez vislumbrar, mais uma vez, a inconteste verve irônica da História. Sugestões da casa: ler os textos “And it’s Another Year for Rocky“, de Sasha Stone, e “O bom, o mau… que feio“, de Chico F., que resumem meus pensamentos acerca do Oscar 2006, e conferir os vídeos da cerimônia, com destaque para a performance de Jack Nicholson, que não disfarçou sua surpresa com o resultado.

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Duas indicações de blogs: Lost Downloads, para os fãs do seriado de TV mais viciante dos últimos tempos, e Brokeback Mountain, que publica na íntegra o conto de Annie Proulx que deu origem ao filme de Ang Lee. A propósito: já viram a versão de Brokeback em 30 segundos estrelada por coelhos?

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Feliz Ano Novo!

Show dos Hereges

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Cartaz-Funhouse.jpgStones no sábado, U2 na terça-feira. Mas, antes de um e de outro, que tal conferir os Hereges? A banda, capitaneada pelo meu camarada Fábio Costello (sósia oficial do Dan Stulbach e o homem por trás do excelente blog Ouvido Penico), faz um dos sons mais bacanas que já ouvi nos últimos tempos (como bem define o próprio grupo: “Rock faz as pessoas dançarem. Letras fazem pensar. Shows são catarse“). Mas, hey, você não precisa acreditar no que digo, basta conferir com os próprios ouvidos: baixe os arquivos mp3 de músicas como “A Praia” (a predileta da casa), “Balada Triste” ou “Alice“, e depois vá a um dos shows que os Hereges farão enquanto Mick Jagger e Bono Vox vagueiam por estas bandas. Sexta-feira, dia 17, eles estarão no Empório, em Ipanema, lá pelas 23 horas. E no domingo, dia 19, os Hereges farão finalmente seu primeiro show em Sampa City, na FunHouse (entrada a R$ 6, abertura da casa às 20 horas, show às 23:00). Parafraseando um antigo slogan da MTV brasileira em sua fase áurea: você ouviu aqui antes.

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P.S. 1: Moziel T. Monk atendeu à sugestão que dei nos comentários deste post e publicou em sua coluna na revista eletrônica O Busilis o artigo Aversão à Versão, em que relata suas impressões ao ouvir covers de Scorpions, Iron Maiden e Billy Idol transpostas para o português e gravadas em ritmo de… forró.
P.S. 2: Já está no ar mais uma coluna que escrevi para a Antena 1. Na semana que vem, se eu sobreviver às provações do rock n’ roll, falarei sobre os filmes indicados ao Oscar. A propósito, também entrou no ar mais um texto meu no Cracatoa Simplesmente Sumiu: “Amar Hemburresce“.
P.S. 3: Por falar em filmes, ao assistir ao documentário “A Marcha dos Pingüins”, que apesar das imagens fantásticas põe quase tudo a perder ao colocar na boca dos mesmos diálogos pomposos e verborrágicos lidos por atores franceses, lembrei da cena em que um pingüim filhote dorme e acaba morrendo soterrado pela neve. Pois bem: com o sono que me acometeu ao ver esse documentário, eu certamente teria ido pras cucuias também.
P.S. 4: O Gardenal.org está passando por reformas, estando sujeito a instabilidades aqui e acolá. Por isso não estranhe se posts e comentários sumirem de repente. A propósito, o RSS deste blog também não esteve funcionando nos últimos dias. Espero que os problemas sejam resolvidos em breve.
P.S. 5: Na gangorra da insônia, sou a mão sem linhas na palma.

Por aí

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Mensagem que uma amiga me enviou por SMS:
Comédias românticas são perigosas. Nos fazem acreditar em coisas que não existem“.
Corcordam? Discordam? Eu, que ando numa fase cínica cênica a respeito do assunto, tomo emprestada uma citação de Bukowski: “O amor só convém aos que não são capazes de suportar a pressão psíquica. Pois amar é nadar contra uma correnteza de mijo com dois barris cheios de merda amarrados nas costas“.

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p://www.youtube.com/?v=qfrXFeR0-bk” target=”_blank”>Clique aqui ou na imagem acima e confira a melhor cover já feita de “Total Eclipse of the Heart“, balada gravada em 1983 por Bonnie Tyler (definida pelo personagem de Bruce Willis no filme Vida Bandida como a “música mais romântica da história”). A versão, cometida pelo trio norueguês Hurra Torpedo com o auxílio de um freezer horizontal e alguns fogões velhos utilizados como instrumentos de percussão, leva o rock industrial às últimas (in)conseqüências. A destacar, ainda, a calça de cintura deveras baixa de um dos músicos.

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Momento Super Size Me: conferir na comunidade do Orkut “McDonald’s (Ex) McEscravos” as histórias indigestas, relatadas por supostos ex-funcionários da empresa, envolvendo fios de cabelo, carnes derrubadas no chão, moscas mortas e fluidos corporais. Literalmente: o que não mata engorda. (dica do Pensaletes 3.0).

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Cá estou, assinando no site da revista Rock Press a coluna “Sem Bússola”, na qual escreverei sobre minhas navegações imprecisas Web afora.
Em tempo: Rolling Stones? Eu vou. U2? Também. It’s only rock n’roll, but I like it!

Blog tour

Por Alexandre Inagakiquinta-feira, 02 de fevereiro de 2006

Lição de casa a todos que se interessam pelo universo dos blogs (você, por exemplo): conferir a matéria “Os blogs vão mudar seus negócios“, de Camila Guimarães e Eduardo Vieira, publicada na edição 860 da revista Exame. A matéria destaca o poder que os blogueiros possuem de externar queixas ou elogios a respeito dos produtos e serviços que consomem, criando uma nova dinâmica na relação entre empresas, fornecedores e clientes. Atentos à crescente importância dos blogueiros como formadores de opinião, diversas empresas, como General Motors, Microsoft e Sun Microsystems, têm incentivado executivos e funcionários a criarem seus próprios blogs, como um meio de maior aproximação entre corporações e consumidores.
Capa da edição 860 da Exame.O Brasil ainda engatinha nesta era dos “Blogs S.A.” São escassos os exemplos de blogs corporativos por estas bandas, e as poucas experiências já feitas de páginas patrocinadas, como o blog da mamãe Pampers, não duraram muito tempo no ar. Mas o fato é que as empresas não podem mais ignorar o poder de alcance e de reverberação de opiniões da blogosfera, assim como a capacidade de segmentação do público-alvo e a influência que um blogueiro pode ter sobre os seus leitores. Sobre o assunto, recomendo ainda uma visita à versão em PDF da revista Mundo Corporativo (que traz uma matéria sobre blogosfera) e os posts escritos por Fabio Cipriani e Fabio Seixas (seu Camiseteria representa o melhor exemplo atual de blog corporativo brasileiro).

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Gustavo de Almeida criou uma polêmica das boas ao republicar no blog Paralelos seu texto “Salvem Damien Rice da Língua Portuguesa“. Nada menos que 178 comentários, oscilando entre a concordância, a indignação e a perplexidade, foram deixados a respeito do desabafo que Mr. Almeida escreveu a respeito das escabrosas versões que Simone (a mesma que assassinou novamente John Lennon com “Então é Natal”) e a dupla Ana Carolina & Seu Jorge fizeram da belíssima música “Blower’s Daughter” de Damien Rice (veja aqui o clipe da música, tema do filme “Closer - Perto Demais”). Especialmente infeliz é a letra cunhada por Ana Carolina, que deu à composição original de Damião Arroz o título de um slogan velho da Coca-Cola (“É Isso Aí“), se bem que a cover cantada por Simone (com letra de Zélia Duncan) não é muito melhor.
Capa do single de Blower's Daughter de Damien Rice.Embora meu camarada Gustones adote uma postura convictamente crítica a respeito de versões para músicas estrangeiras, creio que o problema específico está com os tradutores/traidores da canção de Rice. Infelizmente “Blower’s Daughter” não teve a mesma sorte de “No Woman No Cry”, de Bob Marley, que na pena de Gilberto Gil tornou-se “Não Chore Mais“, ou de “It’s All Over Now, Baby Blue”, de Bob Dylan, transformada em “Negro Amor” por Caetano Veloso e Péricles Cavalcanti. Além do mais, quem já ouviu na rádio online da Trash 80′s versões em português como as cometidas por Vanusa para “I Will Survive”, Markinhos Moura para “Jealous Guy” (Bryan Ferry teria uma síncope se ouvisse “Ciúmes de Rapaz”), Sula Miranda para “Mr. Postman” (que se transformou em “Meu Caminhoneiro”) ou Ovelha para “Hotel California” sabe que crimes muito mais atrozes já foram cometidos na história da MPB…
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Inteligência Ltda.Albano Martins Ribeiro, também conhecido como Branco Leone, é o idealizador do Inteligência Ltda., site criado com o intuito de abrir espaço para a divulgação de escritores que, alijados do mercado editorial, decidiram arregaçar as mangas e bancar as edições de suas obras. Com a palavra, Albano Ribeiro: “Acredite no que faz, acredite no resultado de sua criação, cuide de sua arte como coisa séria. Pense nela como produto. Publique. Depois, mostre o resultado do seu trabalho aqui. E divulgue“. Além dos livros já divulgados pelo site e de textos que falam sobre o mercado editorial brasileiro, o site convida autores inéditos a participarem de um consórcio literário para a publicação de suas obras (conheça mais detalhes clicando aqui). Como diriam os punks: do it yourself!

And the Oscar goes to…

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 01 de fevereiro de 2006

Será que um drama sobre dois cowboys homossexuais que sofrem ao viver o amor que não ousa dizer seu nome ganhará o Oscar de melhor filme na conservadora América de Bush Júnior? A julgar pelo seu histórico de premiações, sem dúvida nenhuma. Afinal de contas, “O Segredo de Brokeback Mountain” já recebeu o Globo de Ouro de melhor drama, o Leão de Ouro de Veneza e os principais prêmios dos sindicatos de diretores e produtores de Hollywood. Além disso, é a produção com maior número de indicações (oito) ao Oscar 2006: melhor filme, ator, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, trilha sonora, diretor (Ang Lee), roteiro adaptado (Larry McMurtry & Diana Ossana) e fotografia (Rodrigo Prieto).

Ledger e Jake em Brokeback Mountain.Na disputa com “O Segredo de Brokeback Mountain”, estão no páreo “Boa Noite e Boa Sorte” (6 indicações), dirigido por George Clooney, “Crash - No Limite” (6 indicações), de Paul Haggis, “Capote” (5 indicações), de Bennett Miller, e “Munique” (5 indicações), de Steven Spielberg. As cinco produções que competem ao Oscar 2006 de melhor filme também foram indicadas para a estatueta de melhor direção, fato que não se repetia desde 1982, quando “Carruagens de Fogo”, “Reds”, “Atlantic City”, “Caçadores da Arca Perdida” e “Num Lago Dourado” foram os finalistas de ambas as categorias. Spielberg, nome em comum nas indicações de 1982 e 2006, disputa pela sexta vez o Oscar de melhor diretor, sendo que já levou a estatueta duas vezes, por “A Lista de Schindler” (1993) e “O Resgate do Soldado Ryan” (1998). Não creio, porém, que ele seja capaz de tirar a premiação das mãos do taiwanês Ang Lee, indicado anteriormente por “O Tigre e o Dragão” (2000). Continue Lendo

Orkut, dor-de-cotovelo e música sertanerd: conheça Ewerton Assunção

Por Alexandre Inagakidomingo, 29 de janeiro de 2006

Volta e meia a Internet cria celebridades instantâneas, que desfrutam de seus 15 bytes de fama e depois somem na memória volátil da rede. Gizele Silveira (a “Madonna capixaba”), Fabíula Rodrigues (a “Darlene de Brasília”), Neisa Pantera e Ruth Lemos são alguns dos exemplos mais conhecidos de figuras que se tornaram notabilizadas por citações em blogs, sites e e-mails, para serem esquecidas pouco depois. Pois bem, a nova personalidade mais famosa de todos os tempos da última semana na Web brasileira é o cantor paranaense Everton Adroal, 24, melhor conhecido através de seu nome artístico, Ewerton Assunção.

Com a rapidez com que informações são disseminadas no ciberespaço, em menos de duas semanas os internautas brasileiros ouviram, divertiram-se e reencaminharam para os amigos o arquivo mp3 de uma singela balada intitulada “Vou te Excluir do Meu Orkut“, possível marco de um novo gênero musical, o “sertanerd”. Os créditos de seu efusivo sucesso virtual vão para a letra, que transpõe para o universo das canções de dor-de-cotovelo (vulgo “músicas de corno”) termos informáticos, vide o seu refrão:

Ewerton Assunção.Eu vou te deletar, te excluir do meu orkut

Eu vou te bloquear no MSN

Não me mande mais scraps nem e-mail Power Point

Me exclua também e adicione ele

Contudo, Ewerton pretende ser mais do que uma celebridade instantânea e logo esquecida. Para escapar da alcunha de “one-hit wonder“, possui um repertório próprio com possíveis hits potenciais como www.com.muitoamor e Coração de Silicone. Será que o intrépido curitibano conseguirá repetir no Brasil os feitos de grupos como Arctic Monkeys e Clap Your Hands Say Yeah, que usaram a Internet como meio de divulgação de suas músicas e lançaram seus álbuns de estréia com grande sucesso? Em entrevista exclusiva para este blog, Mr. Assunção conta como surgiu a inspiração para a letra de “Vou te Excluir do Meu Orkut”, revela que já foi procurado por uma grande gravadora e fala de sua breve participação em “Ídolos“, versão brasileira do programa “American Idol” que será exibida a partir de março no SBT.

* * * * *

Há quanto tempo foi feita a gravação de “Vou te Excluir do Meu Orkut”? Você tem idéia de como a sua canção foi parar na rede e tornou-se tão conhecida nas últimas semanas?

Criei a letra da música em outubro de 2005. Gravei-a logo em seguida, pra ver como ficaria e também pra não esquecer da letra. Depois, mostrei o resultado para os meus amigos. Um deles enviou para alguém, que enviou para outro alguém e assim por diante, até que um deles criou uma comunidade, que tem nome um pouco diferente do título da música (nota: a comunidade “Eu Vou te Deletar do Meu Orkut“, criada em 28 de dezembro de 2005, passou de 750 para mais de 2.500 membros em apenas 3 dias).

De onde veio a inspiração para a música?

A história aconteceu quando eu ainda trabalhava de atendente de telemarketing. Dois colegas de trabalho, o Thiago e a Fran, começaram a ter algumas briguinhas. Como sempre nos comunicávamos por instant messenger, o Thiago acabou bloqueando a Fran. Logo em seguida ela o excluiu do Orkut, e assim por diante. Os dois fizeram até uma aposta para ver quem é que desbloquearia primeiro o outro do MSN. A parte da música que fala de Power Point surgiu porque eu sempre recebia um monte de e-mails assim deles mas nunca os abria. Já o trecho que fala do ex-namorado é pura ficção…

Ewerton Assunção, o sertanerd.Até pouco tempo atrás, antes do seu estouro na Internet, você recebia pedidos por intermédio do seu site e enviava seus CDs gratuitamente a quem os solicitasse. Agora que o número de pedidos aumentou, você pretende pôr seu álbum à venda? Já foi procurado por alguma gravadora?

Quando eu oferecia meu CD independente na Web, estava pensando em achar um patrocínio. Mas recebi nesta semana um e-mail da gravadora EMI, e quem sabe pode dar certo de eu gravar meu álbum com eles?

Você já teve que excluir alguém do Orkut ou bloqueá-lo no MSN?

Não, eu não excluí ninguém ainda (risos)! Mas bloquear às vezes tem que bloquear, quando o cara é muito chato ou quando quer cobrar alguma dívida (risos)!

Você deve estar consciente de que boa parte desse hype virtual surgiu porque muitos acham a sua música engraçada. Incomoda o fato de sua canção ter estourado por causa desse lado involuntariamente cômico?

Isso eu quero esclarecer. Eu não fiquei chateado, adorei saber que todos acharam minha música engraçada. Minha intenção inicial é de que fosse uma música romântica, mas beleza, a vida é assim mesmo.

O filão do “sertanerd” voltará a ser explorado com canções do tipo “Não Comente Mais em Meu Blog” ou “Downloads da Paixão”?

Boa dica, “Downloads da Paixão” pode virar hit (risos)! Na verdade, se surgir a inspiração de uma nova letra, com certeza eu vou fazer sim.

Você participou recentemente do processo de seleção de “Ídolos” mas foi “deletado” pelos jurados, apesar de ter feito sucesso na fila de candidatos com sua canção do Orkut. Qual foi a justificativa dada?

Não me apresentaram justificativa, apenas falaram: “não foi desta vez, ano que vem você tenta de novo”.

* * * * *

P.S. 1: Confira aqui e aqui dois vídeos caseiros com a música de Ewerton como trilha sonora.

P.S. 2: Rodney Dy, cantor que fez relativo sucesso com o “Funk da Pamonha“, também buscou inspiração na rede virtual de relacionamentos para suas composições. Confira, pois, “Música do Orkut“, dos singelos versos “Eu hoje vou fazer uma prece/ Eu espero que você me escute/ Eu quero ser convidado pra entrar no seu Orkut“.

P.S. 3: Posts relacionados: All your memes are belong to us e Ruth Lemos, Gary Brolsma e Adolar Gangorra.

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Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Jé plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantêm este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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