Festa da democracia?

Por Alexandre Inagakiquarta-feira, 01 de novembro de 2006

Se eleições são a “festa da democracia”, devo dizer que me senti como um daqueles caras que acabaram de levar um fora da namorada e passam o baile inteiro se embebedando na esperança de anestesiar o nó na garganta da alma.

Não que eu não tenha gostado dos resultados. Até porque esta foi a primeira vez, desde 1989 (quando fui de Covas no primeiro turno e Lula no segundo), que votei em um candidato que venceu as eleições presidenciais. Mas foi uma vitória com um certo (dis)sabor de decepção, pela constatação de que esta foi uma campanha medíocre, que serviu para disseminar acusações passionalmente injustas de ambos os lados. Consegui a façanha, aliás, de bater boca tanto com amigos tucanos quanto petistas. Enquanto os peessedebistas quase chegaram ao ponto de dizer que eu havia me tornado cúmplice dos mensaleiros ao declarar voto em Lula devido aos inegáveis avanços nos campos da educação e distribuição de renda, citando ainda o Prouni, Luz para Todos e o programa da Bioenergia como excelentes projetos tocados por este governo, tive amigos petistas que quase tiveram uma síncope só porque elogiei o governo FHC pela criação da Lei de Responsabilidade Fiscal e pela implantação de um plano econômico que finalmente acabou com a inflação.

Triste do país cujos debates políticos são tomados por uma visão maniqueísta. Por conta disso, torna-se quase utópica a esperança de ver os melhores quadros públicos, independentemente de filiações partidárias, unidos em prol do desenvolvimento deste país, à semelhança de iniciativas como a “Concertación Política” no Chile (citada recentemente pelo Ministro Tarso Genro) ou o histórico Pacto de Moncloa, que congregou em uma mesma mesa presidentes de todos os partidos da Espanha após o fim da ditadura de Franco, e que permitiu à nação européia fomentar seu crescimento e desenvolvimento deixando divergências ideológicas de lado.

Um exemplo sintomático de como os marqueteiros difundiram estereótipos imbecilizantes são as respostas recebidas por Rodrigo Alvares, do blog coletivo A Nova Corja, a uma mesma pergunta feita a militantes do PT e do PSDB.

Para o petista: “Hã, oi. Tu sabe que não pode agitar bandeira tão perto da zona eleitoral, né?”

Petista: “Que o quê. Some da minha frente, ô privatista”.

Atravesso a rua.

Para a tucana: “Hã, oi. Tu sabe que não pode agitar bandeira tão perto da zona eleitoral, né?”

Tucana: “Por que tu não vai reclamar para o Lula, seu mensaleiro de merda?”

Neste cenário, em que proliferaram adesivos com dizeres estúpidos como “o bem sempre vence o mal”, não é de se admirar que eu tenha encontrado gente lamentando a reeleição com termos como “o Brasil não vai agüentar mais quatro anos de Lula” ou, pior, “bem feito, esse povo agora vai tomar na cabeça” (frases verídicas que tive de aturar na última segunda-feira). Por que ainda me espanto com essa torcida do contra, neste clima futebolístico que incitou rivalidades gratuitas e fez com que pessoas usassem termos pejorativos como “petralhas” e “tucanalhas”?

Eu, que já fui chamado de “massa de manobra da direita” e “petista factóide” em diferentes momentos destas eleições, lamento por crer que o Brasil só deixará de ser este eterno país do futuro que nunca chega no dia em que as melhores cabeças desta nação, sejam elas tucanas, petistas, pefelistas, psolistas ou anarquistas, firmarem um pacto em torno do desenvolvimento nacional. Mas é mais provável que este sonho deva ter surgido no meio do sono após o porre que tomei durante a festa dos intolerantes.

* * * * * *

Mudando ligeiramente de assunto, gostaria de fazer um agradecimento público a alguns blogueiros que, não satisfeitos em votarem em Pensar Enlouquece na categoria Melhor Weblog em Português no The BOBs, ainda conclamaram seus leitores a fazerem o mesmo. Meu muito obrigado, pois, a Edney Souza (InterNey), Luciana Naomi (Pensamentos de uma Batata Transgênica), André Julião (Um baiano em Campinas), Susan (De Cara pra Lua), Marcos Donizetti (Me, Myself and I), Idelber Avelar (O Biscoito Fino e a Massa) e Bia Kunze (Garota Sem Fio).

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Facebook

Comentários do Blog

  • http://www.danielaraujo.net Daniel

    Bom, eleição não é festa porque em festa ninguém é obrigado a ir :)
    Tirando isso, fiquei satisfeito com o resultado das eleições desse ano. Primeiro, a passagem para o 2o turno. Possibilitou que houvessem poucas, mas importantes, oportunidades de se discutir projeto de governo. Teve muita torcidinha, mas vi bastante discussão séria também.
    Depois, vi também bastante discussão sobre o papel da mídia em tudo isso. O fato de o candidato vencedor ao pleito principal NÃO ser o queridinho da mídia pode indicar um pequeno, porém essencial, passo do eleitorado rumo a uma postura mais consciente.
    Terceiro, a rasteira que Sarney e ACM levaram em seus estados/currais. Principalmente a do Sarney no Maranhão. A Roseana até subiu no palanque do Lula, mas mesmo assim amargou uma votaçãozinha mequetrefe em seu próprio quintal. Acho que esse resultado do Maranhão foi o mais auspicioso dessas eleições, aquele que nos traz um pequeno vislumbre de que as coisas estão indo prum rumo melhor.
    Quarto, a surra do PFL. O PT não é esquerda tanto quanto o PSDB não deveria ser direita. Porém, esse papelzinho de comissão de frente do PFL que o PSDB fez nesses últimos quatro anos amarrava uma bola de ferro no pé do partido que o prendia lá nos confins da direita mais retrógrada. A votação impressionante que o PT teve, junto com essa surra do PFL, acho que servirá para o PSDB fazer uma oposição mais responsável, queira Deus que longe do PFL, e se tornar um partido mais digno de suas origens, tão esquecidas nesses quatro últimos anos.
    Enfim, excelentes resultados, para além de quem ganhou ou perdeu. Fiquei contente, mas concordo que não tem nada de “festa da democracia”

  • Cíntia

    Inagaki,
    Mais uma vez, obrigada por expressar o que mais de um sentiu nessas eleiçoes no seu blog. Eu infleizmente fui barrada na festa, porque aqui na Espanha resolveram recadastrar os eleitores sem avisar e ignorar que eu tinha mudado minha inscriçao de consulado há mais de um ano porque nao queria perder a eleiçao…
    Seria mesmo interessante que a idéia de um Pacto de Moncloa funcionasse por aí, ultimamente acho que precisavam de outro aqui também…
    Quanto à torcida… o problema é realmente cada um torcer pro seu partido… por enquanto vou torcendo pra que o Brasil melhore, independente das cores.

  • http://www.eddcaulfield.wordpress.com Edson

    Bom, eu entrei aqui com a pretensão de falar de política, but…que preguiça! Já falei tanto, escrevi tanto. Lula ganhou. Eu também votei nele - reservas óbvias - , mas ainda dá um aperto na consciência. Lembra-se de quando ele foi eleito em 2002? Lembra-se que falava-se muito em “terceira via”? cadê?
    Edd.
    PS.: Você tem mais um voto no BOBs, okay?
    Valeu pelo voto, Edd! Sobre a “terceira via”, senti muito a falta de mais candidatos que pudessem expressá-la nestas eleições. Este foi um dos motivos pelos quais votei no PDT de Cristóvam no primeiro turno, e, em 1998, em Ciro Gomes: considero fundamental consolidar outros projetos políticos além dos personificados por PT e PSDB.

  • http://crepusculodosdeuses.zip.net/ Val

    Realmente, nessa festa da democracia que mais pareceu briga de ringue, nao teve vencedores. Todos perderam e ninguem pode dizer, com orgulho, que o melhor venceu… e que Deus tenha piedade do Brasil e de nos.

  • http://biabadaud.blogspot.com Bia Badaud

    Votar no Lula, nestas eleições, a mim soaria como um endosso a quem “rouba, mas faz”.
    Por isso não votei.
    Também achei a campanha do Alkmin um lixo, por isso votei nulo, pela primeira vez na vida.
    Não senti nada, nem quis dizer nada, fazendo isso. Não tinha o que dizer.
    Enfim.
    Cara, é um prazer vê-lo lá no blog, fico pensando que preciso arrumar melhor a casa, hehe.
    Grande abraço, véi.
    Queisso, Bia. Casa desarrumada é a minha, sempre com comentários pendentes pra liberar, atualizações bissextas, etc etc. :) Eu já penso que, se Lula tivesse sido eleito já no primeiro turno, isso sim soaria como uma terrível endosso do eleitorado brasileiro a todas as patacoadas cometidas em seu primeiro mandato. E teria sido até mesmo prejudicial à governabilidade. Agora que Lula foi reconduzido à Presidência com expressiva maioria dos votos, após o merecido susto do segundo turno (ao menos para alguma coisa aquele fajuto dossiê serviu), ele terá respaldo político para tocar seu novo mandato.

  • Carol

    O tipo de comentário que mais me deixou chateada (pra não dizer enfurecida) depois que eu declarei meu voto ao Lula foi: Nossa, menina tão inteligente, não é possível! Primeiro eu nem me acho tão inteligente assim. Mas enfim……a pessoa que não escolheu o mesmo candidato que eu não tem o direito de me subestimar dessa maneira. Já que acham que eu tenho alguma inteligência, deveriam considerar que ela de alguma maneira contribuiu para a minha escolha. E não estabelecer essa relação de contradição entre as conexões dos meus neurônios e o meu voto no PT. Votei com ressalvas no PT, mas respeito quem votou no PSDB. Nunca precisei subestimar quem pensa diferente de mim como forma de legitimar o que eu penso.
    Obrigado pelo seu valioso comentário, Carol. A reação que você teve é a mesma que tive quando, depois, de me chamaram de “alguém tão esclarecido”, fui acusado de “fazer o jogo da direita” só porque decidi votar em Cristóvam Buarque no primeiro turno. Coisa típica: tecer um elogio pra depois descer a lenha introduzindo as críticas com uma frase como “me espanta ver alguém como você, blá blá blá”…

  • http://terapiazero.blogspot.com anna v.

    Muito bom o texto, e muito precisos os comentários do Marcus e do Alexei, com os quais concordo bastante. Vejo com muita tristeza que a polarização política no Brasil esteja sendo agora entre PT e PSDB. Na minha cabeça faz mais sentido colocar os dois do mesmo lado, mesmo com as suas diferenças, e o PFL, PP, PL, etc. do outro lado. Mas nesses tempos tensos de eleições, falar isso é levar bordoada atrás de bordoada.

  • http://www.morroida.com.br Fabião Morroida

    Grande bugrino.
    Concordo e assino embaixo.
    Infelizmente, toda esse problema do povo brasileiro vai acabar no dia que a primeira bunda balançar na tv mostrando assim o início do carnaval.
    Amigo pontepretano, bom reencontrá-lo por aqui. Espero que nossos times possam se encontrar na série B ano que vem! :)

  • http://josealbertofarias.blogspot.com José Alberto Farias

    O pacto é um sonho. Só um sonho. Pelo menos, enquanto a maioria dos nossos políticos continuarem senso o que são: homens públicos sem espírito público.
    A lógica deles é a seguinte: primeiro eu, depois o partido e, se os interesses coincidirem, a nação.

  • http://www.ideiasmutantes.com.br Muta

    Coisa linda a festa - a fantasia - da democracia, onde me senti um verdadeiro palhaço indo às urnas.
    Os discursos foram mesmo muito podres de ambos os lados e pensar que bastou-me dizer que não era a favor do Lula(havia escolhido o Cristóvan no primeiro turno, principalmente pelas idéias quanto à educação) que acabei sendo chamado de burguês sem consciência…
    Foi linda essa discussão, quando nesse ponto pulei fora dela. Afinal, continuar discutindo pra que?
    Agora, passada a eleição, “deixa o hómi trabaiá”(sic), lutanto por reformas política e tributária, EDUCAÇÃO, infra-estrutura e por aí vai. Na mesma tacada, precisaremos de uma oposição inteligente que não pense apenas em barrar o governo, mas ajudar a fazer do Brasil um país melhor.
    Será que quero demais? Espero que não, se deixarem os interesses pessoais de lado, pensando no todo, a coisa pode funcionar!
    Abraço!

  • http://www.obusilis.com Moziel T.Monk

    Apesar de morar no Nordeste e aqui a adesão a Lula ser bem maior (principalmente onde presto serviço, um banco estatal), os que rejeitam o voto a Lula se comportam da mesma maneira. Poucos são os que defendem seu ponto de vista com lucidez, e não com a passionalidade normalmente vista em embates futebolísticos. Ainda tenho a ingenua esperança de que o eleitorado mais jovem tenha mais consciencia de como se portar democraticamente, e que isso trará maturidade ao eleitorado nos anos vindouros. Agora é torcer para que o país dê certo.
    Moziel, taí algo que tínhamos em comum. Acabei de pedir as contas do banco estatal em que trabalhei por oito anos. Mas ainda compartilhamos a esperança, talvez infundada (espero que não), de que nas próximas eleições possamos ter discussões mais aprofundadas sobre como melhorar este país.

  • http://decarapralua.zip.net Susan

    Alexandre, vc merece. Nem precisava agradecer, mas fiquei feliz com o agradecimento. Fiquei aqui rindo com vc brigando com petistas e tucanos….rs… E concordo contigo, o debate infelizmente localizou-se no campo do maniqueísmo. Eu tb cometi este erro.
    Bjs.
    Susan

  • http://www.oficinadeestilo.com.br/blog Fernanda

    (ganhei o feriado com sua visita! e também acho o felipe massa a cara do zacarias….)

  • http://esquinapop.zip.net Eduardo Martinez

    Concordo com boa parte do que disse, também votei no Lula com algumas ressalvas, mas a cada besteira que ouvia de meus amigos psdebistas as ressalvas pareciam menos terríveis, coisas do tipo “Isso prova que vivemos em um país que a população é burra”. Mas deixo claro que tenho plena consciência também das outras besteiras ditas pelos petistas. Comentários como esse me deixam cada vez mais triste e descrente nesse como você bem disse “país do futuro que nunca chega”.
    Parabéns pelo Blog, fantástico, abraços

  • http://www.ignoranciaefogo.blogspot.com Felipe

    É muito triste ver como as elições viram uma guerra entre quem vota em fulano e quem vota em sicrano, colocando isso acima dos interesses da nação.

  • http://www.fragnet.blogspot.com Alexei

    A mim, nunca foi tão difícil votar. Tb votei no Lula pelos exatos mesmos motivos que levaram você a votar no petista. Tb sofri uma curiosa discriminação nas mesas de botequim e tive que aguentar as pessoas me olharem ccom cara de “coitado, tão burrinho”.
    Ano de eleição é como Copa do Mundo: todo mundo, de repente, passa a entender do assunto. Pessoas que vc nunca falou sobre o assunto passam a discursar sobre este ou aquele candidato a lhe enviar toneladas de e-mails com mensagens que, na maioria das vezes, nada agregam ao debate político. Para uma boa parte do eleitorado é impossívelimaginar alguém que vote num candidato sem odiar o outro. Seria como torcer para o Palmeiras e Corinthians ao mesmo tempo.
    É díficil discutir algo tão importante e vasto com pessoas que se informam por animações em power point.
    Tb é díficl aturar a burrice cega dos petistas exaltaados, assim como é duro suportar os tucanos que se julgam a nata do pensamento político esclarecido do país. O acesso a informação não não garante a pessoa que ela seja bem informada. E, nesta eleição ficou muito claro que os desinformados estão dos dois lados.
    Eu literalmente assino embaixo das suas palavras, Alexei. Precisa a sua colocação: “Ano de eleição é como Copa do Mundo: todo mundo, de repente, passa a entender do assunto”.

  • http://www.circulando.com Cláudio Rúbio

    Não votei no PT porque não o faço mais desde a eleição de Erundina, quando vi o que esse partido faz com quem não o obedece cegamente.
    Também não votei no PT porque não sei até onde se estende seu câncer mafioso.
    Não dou meu voto a alguém em quem eu não acredito, a alguém cuja moral não me inspira mais confiança.
    Isso, não votei no PT porque desconfio dele - integralmente.
    (Eu fazia aulas de direção com um professor excelente; troquei de instrutor depois que aquele em que eu depositava toda confiança me disse que eu poderia, se quisesse, fazer uma prova “com garantias de passar”, e depois continuar fazendo aulas para me aperfeiçoar. É isso: pode ser ótimo, mas não deposito meu voto em quem não tem caráter.)
    Preferi votar no outro, do qual discordo em muitas coisas, mas no qual eu ainda acredito.
    Votei no outro porque penso que, sendo ainda honestos, posso abordá-los e reclamar de seus erros, dialogar com eles e esperar alguma ação - e não uma punição ou traição.
    Meu voto foi decidido assim, no limite do pessoal, pois a confiança não necessita de explicações, já a descrença as exige.
    Seja como for, fico triste, como já disse aqui antes, por ver que muitos dos que votaram - tenha sido lá em quem for ou até mesmo em ninguém - votou por torcida, não por consciência, e agora comemora ou emburra num canto como se algo houvesse acabado.
    Nosso papel não termina nunca, pra falar a verdade, mal começou.
    Grande abraço, senhor!

  • http://querem_me_enlouquecer.blogger.com.br Claudia Draper

    Parece que sempre que se fala de política, futebol e religião, dá brigas…

  • MArgot Abirato

    Inagaki, assino embaixo do que vc diz. Existe esse clima de torcida de futebol em se tratando de política e rumo econômico do nosso país que é realmente duro de deglutir. Petista não admite que se fale bem do governo FHC, como se fosse ataque pessoal à mãe de um deles. É praticamente religião. ASsim como alguns direitistas ou psdbistas ficam eufóricos em apontar os erros de português do Lula e qualquer conquista do seu governo com o mensalão. Eu não entendo o que cada um dessas pessoas tem na cabeça, a sensação que fica é que a grande maioria está mais interessada em argumentar como torcida de futebol do que no avanço econômico e social do nosso país. custo a entender. custo. mais uma vez, obrigada por me deixar saber que não estou só. Beijo,

  • http://attu.typepad.com/universo_anarquico/ tina oiticica harris

    Alexandre Inagaki:
    Quem quiser que diga que sou radical. Sou testemunha ocular da história do Brasil desde JK. Radical quer dizer da raíz. Não compreendo por quê vêem por aí a atividade política como algo sujo quando deveria ser parte da vida de todo cidadão. E mais, acho que a única possibilidade de frente única seria do PDT, PSOL e PT. Não tem essa de trabalhar com partidos que representam diretamente os interesses da rede Globo e outros grandes empresários deste país que está entre os três de maior distância de renda entre ricos e pobres. Ih, pau nessa cambada, agora e já.
    Socialista o Lula não é. O PT não é só Lula. O PT é o único partido brasileiro formado a partir da base, militância e disciplina. É, ferrou lá em cima e a gente ajeita.
    Sou visceralmente contra repartir o poder com os reaças. Ai-de-mim, Daslu, Opus Dei, apoio ao Geisel é reaça. O PT ganhou com 60% do voto. Os outros que se conformem e trabalhem no objetivo comum de melhorar a situação do país. A menos que queiram mais crime e revolta popular.
    Certamente o PT não é só Lula. É José Dirceu, Professor Luizinho e Valdebran Padilha, da mesma forma que também é José Eduardo Cardozo, Iara Bernardi e Paulo Delgado. Não existe nenhum partido que possa ser considerado “puro”, assim como considero uma tremenda injustiça afirmar que todo empresário pertence a uma “cambada” que mereça levar “pau”. Um bom exemplo: Oded Grajew, criador da Grow, um dos fundadores da Abrinq e ex-presidente do Instituto Ethos. Primeiro empresário a apoiar publicamente Lula, teve papel importante em 1989, quando o ex-presidente da Fiesp Mário Amato afirmou peremptoriamente que se o PT ganhasse 100 mil empresários deixariam o país. Pois Grajew, um dos primeiros a falar no Brasil sobre responsabilidade social, apresentou as propostas petistas a diversos empresários, ajudou a dissipar a falácia propagada por Amato e, posteriormente, teve papel importante na implantação de programas do primeiro mandato de Lula, como o Fome Zero. Desmerecer a contribuição para o país de nomes como Oded Grajew, Roberto Rodrigues ou Jorge Gerdau Johannpeter baseando-se unicamente pelo fato deles serem empresários é um absurdo com o qual não posso compactuar. O Brasil precisa de união, não de cisão de classes. Da mesma maneira, não posso condenar ninguém antecipadamente por causa de atitudes do passado. Por exemplo: Ciro Gomes, um dos mais aguerridos defensores de Lula, mas que na juventude foi militante da Arena e deputado pelo PDS. Isso é motivo suficiente para ser “expurgado do poder” e alinhado automaticamente ao lado dos, hmm, “reaças”?

  • http://tudoentreaspas.zip.net Tai

    Olá!

    Gostei de qd vc falou sobre os partidos se unirem… realmnt seria bm mlhor…!
    Té +…!

  • http://www.donzelando.blogspot.com Dejanira, a mulher donzela

    eu tô meio passada com essa eleição, acho que foi um puta de um passo atrás.
    se os políticos fizeram a burrada de desistir da concertación à chilena para se aliar a quem era parte da ditadura, a gente também tá numa burrada sem fim.
    o patrulhamento ideológico ressuscitou numa versão bem louca da cabeça. se baseia no fato de o lula ser de esquerda e o alckmin de direita. e eu nem sabia que o lula era canhoto.
    De fato. Lula chamará o ex-ministro dos governos Costa e Silva, Médici e Figueiredo Delfim Netto para fazer parte de seu governo. Também convidará o empresário Jorge Gerdau para integrar seu ministério. E ainda o chamam de “esquerdista”?
    (observação: não sou contra o convite a estes nomes para integrarem o governo, até porque Gerdau possui excelentes qualificações e Delfim, passado político à parte, inegavelmente conhece muito dos meandros que movem a economia mundial. Mas são dois bons exemplos do quanto é ilusória essa dicotomia esquerda/direita que muitos insistem em bradar durante os períodos de campanha política.)

  • http://cabecademaracana.zip.net rosa

    e eu tenho uma confissãozinha besta: descobri a votação do BOB num blog amigo e fui lá votar no meu amigo, mas quando vi que tinha o “Pensar…” lá meu amigo perdeu o voto e você ganhou mais uma eleitora. Fiquei um pouco culpada mas votar é isso, pessoal e intransferível, e a gente deve acreditar no voto, mesmo que vá de encontro aos desejos de um amigo querido, não é?
    Puxa! Rosa, obrigado pela declaração de voto, e por você gostar tanto deste blog a ponto de preterir seu amigo. De minha parte, farei o possível para continuar justificando sua preferência. :)

  • http://www.literatus.blogspot.com Andrea

    Aha! Eu sabia que vc tinha um defeito, rsss, mas tudo bem, também já fui Lula, já militei muito até colocá-lo lá onde ele está. Tb acreditei como você, sabia? Enfim, c´esta la vie, meu amigo. Venceu o que a maioria quis e é preciso respeitar.
    Jamais desejaria que desse errado porque seria estupidez, afinal vivo aqui. Sou mais de esperar, quem sabe dessa vez o Lula fique mais atento às trapalhadas dos meninos destranbelhados e até saiba o que está acontecendo no País que governa, né? rsss
    bjimm querido
    angel
    Votei com MUITAS reservas no Lula, Angel (e, diga-se de passagem, em 2002 fui de Serra, com plena convicção, tanto no primeiro quanto no segundo turno, como declarei neste mesmo blog em outubro de 2002). Lamento porque o PSDB possuía três opções de candidaturas, e optou justamente pela mais medíocre delas. Mas enfim, não adianta olhar pra trás. Torço para que neste segundo mandato Lula decrete enfim o término da era Palocci (que nada mais é do que a continuação da medíocre política neoliberal do Malan), inicie uma política econômica voltada para o desenvolvimentismo e cerque-se de quadros melhores do que os “aloprados” da ala síndico-paulista do PT. Não que eu tenha muitas esperanças nisso, uma vez que a tendência é de, pfuf, “não mexer em time que está (supostamente) ganhando”, mas enfim, é preciso ter esperanças. Um beijo!

  • http://marcuspessoa.blogspot.com Marcus

    A oportunidade de se fazer uma concertación era após o impeachment de Collor, mas o PT foi estúpido e não quis participar, por purismo. Se tivesse entrado, haveria a possibilidade de estarmos vendo hoje uma aliança entre PT e PSDB, que são, para o bem ou para o mal, os partidos mais consistentes do país.
    Também acho que está havendo um acirramento perigoso do partidarismo. Você está coberto de razão.
    Mas está havendo um movimento contrário, tão pernicioso quanto: acusações genéricas a qualquer um que toma partido, como se o simples fato de fazer isso torne alguém tendencioso.
    Eu sempre tomei partido, e não me abstive nessa ocasião. Já recebi diversas acusações de ser “cego” ou “fanático”, mesmo quando estou discutindo serenamente com os divergentes.
    Na maioria das vezes (e é claro que não me refiro a você), os que ficam reclamando dos tendenciosos são tão tendenciosos quanto, mas se abstém de revelar que estão sim tomando partido. A suposta isenção é o álibi para criticar quem bem entendem.
    Na verdade, Marcus, creio que o momento ideal de se fazer uma “concertación” brasileira foi em 1989. Para ser mais exato, na disputa do segundo turno presidencial, quando Mário Covas tomou a frente e a iniciativa em apoiar Lula contra o PRN de Fernando Collor. A ele, seguiram-se Brizola, Roberto Freire e diversas outras lideranças políticas que, juntas, poderiam ter governado o Brasil em uma coalizão. Entretanto, surgiu o caso Miriam Cordeiro, a malfadada edição do debate no Jornal Nacional, e o resto da história sabemos bem até demais onde foi parar.
    Imagino que os 4 anos de poder tenham dado ao PT valiosas lições. Por exemplo, de como fazer uma oposição responsável (lembro bem dos parlamentares petistas bradando “Fora FHC” e atravacando votações no Congresso sem motivos plausíveis). Não creio, por exemplo, que se o impeachment de Collor ocorresse hoje, o PT repetiria o mesmo erro tolo de outrora.

  • nagila

    BOM SÓ PARA FECHAR
    Nietzsche disse que a política viria a ser considerada tão vulgar que seria classificada, como toda a literatura de partidos e de jornais, sob a rubrica ´prostituição do espírito`.
    Ao final somos muito ingênuos ingênios, iludidos nos fazendo de desiludidos
    Identificando-nos com poucos e rejeitando quase tudo.
    Acho que quero ser um liberal de esquerda
    Católica pecadora confessa
    e social anarquista nas horas erradas

  • http://paralelo2.zip.net Patrícia Andrade

    Inagaki, esta eleição foi a mais terrível das que já participei. No 1º turno votei na Heloísa, porque não havia grandes alternativas e no 2º turno votei no Lula porque me nego a votar na direita. Aí, vêm uns e outros me perguntar “mas o Lula não é direita?” Não dá mais pra ter certeza de muita coisa… De qualquer forma, o cara taí de novo. Vamos torcer e cobrar por um Brasil digno. Não quero me arrepender dos meus votos. E também não vou pensar muito nisso, porque pensar enlouquece e eu não pretendo ficar mais enlouquecida do que sou. E por falar em votos e loucura, já votei no Melhor Weblog, o teu, é claro. Beijos.
    Há tempos não acredito mais em classificar políticos como de “direita” ou de “esquerda”. Como definir, por exemplo, um político que se elegeu com apoio (e apoiando) de nomes como José Sarney, Jader Barbalho e Geddel Vieira Lima, e que ao assumir a Presidência indicou para o Banco Central um banqueiro como Henrique Meirelles, que tinha acabado de ser eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás? Não posso aceitar, pois, simplismos grosseiros, como tachar eleitores do Alckmin de “direitistas”. Mas enfim, o importante é o que importa: obrigado pelo voto no meu blog, Patrícia. :)

  • http://jccbalaperdida.blogspot.com Julio Cesar Corrêa

    O que será que a esquerda brasileira vai ser quando crescer e perder a inocência?
    gd ab
    Algo bem melhor do que está aí. Ao menos é o que espero. Um abraço!

  • http://saboya.org Lefebvre

    Desculpa aí, Alexandre, mas política não é medida pela torcida. Mesmo se houvesse um candidato ideal para melhorar o Brasil, com todas as boas qualidades que o mito do bom político exemplifica, a torcida dele seria tão babaca quanto a do PT.
    Política a gente mede pelos atos e precisa ser controlada com vara curta. Imagina um grupo controlando bilhões de reais diariamente. Ninguém é santo, e precisamos lembrar os políticos constantemente disso: você é humano, pode errar, mas se ferrar o país, vai levar o teu bem dado.
    Eu sou contra o governo petista tanto por causa dos atos reais praticados pelo governo, quanto pelo baditismo que se instaurou. Acredito que o povo vai ter uma terrível surpresa nesse mandato. Quando acontecer, volto aqui para cobrar a responsabilidade pelo seu voto.
    Ninguém é santo, Lefebvre. Eu não sou, você não é, tampouco Lula ou Alckmin. Votei em Cristóvam Buarque no primeiro turno com a convicção de que este governo não merecia ser reeleito logo de cara, por conta das inúmeras derrapadas no campo ético. E fiquei satisfeitíssimo com a realização do segundo turno porque vislumbrava nele a possibilidade de haver debates capazes de esclarecer melhor o eleitorado brasileiro a respeito das propostas de cada um, e também pelas obrigações que o candidato Lula seria obrigado a dar sobre os nebulosos bastidores do fajuto Dossiê Vedoin. Pois bem: Alckmin não disse a que veio, teve ainda a desfaçatez de desmentir em público declarações dadas por seu principal assessor econômico, Yoshiaki Nakano, cometeu declarações claramente demagógicas (como dizer que venderia o “Aerolula” para construir 5 hospitais), quase obrigou o governo estadual a vender 20% das ações da Nossa Caixa a preços de banana a fim de fechar as contas de sua gestão como Governador e pouco apresentou na campanha, além de dizer que “melhoraria o Bolsa Família” ou não privatizaria nem o BB nem a Petrobrás (belo programa de governo). Resultado: conseguiu a façanha inédita de ter menos votos no segundo do que no primeiro turno. Se Lula não fez muito mais do que crucificar Ricardo Berzoini e Aloízio Mercadante, ao menos mostrou realizações: queda nos preços dos alimentos básicos, Prouni, valorização da Petrobrás, progressos significativos na vida das classes D e E. Fiz uma opção, portanto.
    Em tempo: “torcida babaca” pode ser definida como a de alguém que crê, piamente, que o governo recentemente reeleito vai causar alguma “terrível surpresa”, para depois vir a este blog cobrar minha responsabilidade pelo voto que dei. Feito um patrulheiro que aponta o dedo para dedurar culpados, feito aquele personagem do desenho “Carangas e Motocas” que vivia a balbuciar: “mas eu te disse… mas eu te disse…” De minha parte, digo que prefiro tomar posição a me esquivar de quaisquer decisões a serem tomadas, feito um avestruz bundão com a cabeça enfiada na terra.

  • Nagila

    Puxa Ina
    Bom votei e voto de novo no seu blog
    Mas ressaca é pouco para quem votou domingo
    nas pessoas que escolhi
    Triste
    muito triste
    Votei no Governador pois neste momento ele é meu chefe.
    E eu sei isto não foi nada nobre
    Sempre penso na hora de votar na coletividade
    Voto no planejamento, nos projetos
    Desta maneira votei na continuação do projeto que trabalho.
    Bom espero realmente que tenha feito uma boa escolha
    Para presidente
    Votei também em que desenvolve e concretiza a reforma urbana.
    Uma luta que vem sendo discutida desde 1991.
    Que virou Lei federal em 2001 - O Estatuto da Cidade
    Mas a questão da Bolívia com o Brasil com relação ao gasoduto, ainda esta mal conduzida. Isto quase anulou meu voto.
    Os problemas mais latentes ao meu ver são:
    Como reverter um processo de desigualdade social enraizado como o nosso?
    Como disponibilizar moradias de baixa renda se o déficit habitacional é cruelmente gigante?
    Como repassar mais recursos para os municípios se o fundo de participação é irrisório frente aos problemas encontrados?
    Acredito que não somos um país pobre somos um país de pobres isto é diferente, começando pela pobreza de espírito …
    Nagila, quando o Alckmin criticou a condução que Lula deu ao imbróglio Brasil/Bolívia, disse que o Presidente foi fraco. Pois bem, o que ele faria no lugar do Lula: invadiria a Bolívia? Penso que a melhor solução só poderia vir pela via democrática mesmo. A princípio, o acordo feito entre Bolívia e Petrobrás me parece ser razoável. E nem foi necessário depor o Evo Morales. :) Sobre o assunto, que ainda está longe de ser resolvido a contento, recomendo ainda a leitura deste artigo de Sergio Leo. Sobre as questões feitas por você, penso que o Bolsa Família, ainda que seja um paliativo, representou um passo importante para a reversão do mais cruel dos problemas da humanidade: a fome. Mas não passa de uma solução a curto prazo, que não se sustentará por si mesma. Imprescindível é fomentar o desenvolvimento deste país, criar condições para a retomada do crescimento do PIB nos mesmos patamares dos principais países emergentes. Uma solução que passa indefectivelmente por maiores investimentos educacionais e tecnológicos. Um beijo e obrigado pelo voto em meu blog! :)

  • Matheus Cunha

    Olá Alexandre! É a primeira vez que eu acesso o seu blog. Encontrei-o no prêmio do The Bobs, o qual achei através do blog da Soninha. Logo no meu primeiro acesso, me deparo com esse primoroso texto a respeito da postura política, tão apolitizada, que está enraizada no país! Após ler tamanho brilhantismo, tenho apenas uma palavra para dizer: OBRIGADO! Poderia ser uma palavra de elogio, das tantas que vieram à minha cabeça, mas, no meu caso, um agradecimento é o que melhor se encaixa! Agradeço porque nunca li um texto que espelhe tão bem a minha visão a respeito do partidarismo brasileiro e da opinião (ou “falta de opinião”) política do eleitorado do nosso país! Texto este que nunca fui capaz de escrever, pois nunca consegui me expressar com tamanha clareza, especialmente em uma terra em que debater política é quase sempre sinônimo de briga ferrenha, que às vezes beira as vias de fato! Novamente, obrigado! Obrigado por ilustrar meu pensamento e o pensamento de tão poucos brasileiros conscientes! Um abraço!

  • Leticia Santos

    Alexandre,
    Eu adoro seus comentários porque eles sempre vem com uma bagagem grande de emoção e muito bom-senso. Seu blog está na minha listinha dos que são abertos automaticamente, todos os dias. E, quase sempre, leio seus comentários com muito gosto!!!
    Eu vou reconhecer e tornar um pouco mais público o meu voto… Eu também votei no Lula, pelas mesmas razões que você. Não poderei comentar do meu voto com uma série de familiares e amigos, porque com certeza serei rechaçada à bala, chamada de burra ou irresponsável.
    Mas eu votei no Lula com medo, muito medo. Medo de, com isso, estar aceitando a roubalheira que o governo praticou. Se um desvio de dinheiro acontece sob a gerência do presidente de uma empresa, ou ele é conivente ou é incompetente. E, tão logo tome o conhecimento, só uma atitude decente pode ser tomada: demissão. Dos responsáveis e a dele mesmo. Ou então, colocar seu cargo à disposição do conselho, para que seja analisada a situação e seja reaprovada (ou não) sua continuação no cargo.
    Lula não fez isso e deixou a todos os que acreditavam nele, extremamente desapontados.
    Enfim, votei nele. Votei nele porque, infelizmente, neste Brasil, a imensa maioria de políticos rouba. Não foram apenas os do Lula; 99% dos outros governos também roubaram, mais ou menos, pegos ou não…
    Falo isso com uma tristeza profunda, porque este país tem tanta coisa boa, tanta gente decente, tantos futuros bons, mas acaba tendo que se contentar com um futuro “mais ou menos”, sujeito ao valor da propina que isto vai gerar para os envolvidos.
    Abraços, Letícia
    Letícia, recomendo a você a leitura deste excelente artigo de Marcos Coimbra: “Por que Lula foi reeleito“. Nele, Coimbra explica os fatores que fizeram com que a população brasileira, que dá atualmente ótimos índices de popularidade a este governo, pesasse os prós e contras e acabou por decidir a favor da reeleição de Lula. Um abraço!.

  • Kelly

    Hi Inagaki!
    Sempre leio seu blog, e fico mto feliz qdo há atualização. rs
    seguinte, vc tá sabendo de uns conflitos que tão rolando no Mexico? Lê isso: http://midiaindependente.org/
    Vc tem uma opinião forte, más! eu nao vim aqui para pedir que vc vá até a embaixada e quebre tudo (mesmo pq, creio que isso nao faz seu estilo). Queria que vc comentasse algo a respeito desse controle que há sobre a mídia, sobre oq pode ou não ser divulgado, mas escrevendo a sua maneira. Tem como?
    um beijinho! Sou sua fã! =)

    Olá Kelly, obrigado pelo comentário e pelas leituras do meu blog. :) Tomei conhecimento da situação no México após saber da morte do jornalista americano Brad Will. Após ler a última matéria escrita por Will (sobre o assassinato de Alejandro García Hernández, ativista da Asssembléia Popular dos Povos de Oaxaca), busquei mais informações sobre a situação no México por meio de sites como a Adital. Recomendo, ainda, a cobertura feita pelo CMI Brasil sobre a truculência com a qual as autoridades mexicanas estão reprimindo os protestos em Oaxaca. Ah, e aqui está o link com o último vídeo feito por Brad Will. Assuntos a serem tratados neste blog existem muitos, e eu infelizmente não sou remunerado e não tenho tempo para me aprofundar em tudo que vejo, leio e ouço por aí, Kelly, mas farei o possível para escrever posteriormente mais sobre o assunto. Um beijo!

  • http://garotadpi.com/blogdpi Fernanda

    É o mal de vivermos no país do futebol…o pessoal confunde partido político com o amor à camiseta do ‘timão’.
    Passionalismo demais…mas vamos aprendendo. Espero que na próxima eleição a lição de que ‘briga de lavadeira’ não dá voto tenha sido realmente aprendida e que se discutam propostas de fato.

  • Cris

    Primeirona!
    Caro Alexandre!
    Muito pertinente este post. Parece mesmo aquela festinha que todo mundo aguardou ansioso e no final, não foi lá essas coisas, :P.
    Att.

  • http://universonatalenses.blogspot.com Davi Gustavo

    Bom texto! Concordo plenamente! Boa parte do povo brasileiro ainda não entendeu que na democracia a festa se faz através das diferenças! Escrevi algo sobre isso recentemente! Qndo der dá uma passada no meu blog e olha lá! []‘s!!!

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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A vida é boa e cheia de possibilidades.
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