10 clipes do rock brasileiro dos anos 90

Por Alexandre Inagakisexta-feira, 11 de julho de 2008

A onda nostálgica em torno dos anos 90 chegou com tudo. Você já deve ter recebido anexos de Power Point ou o link de algum Tumblr recordando com saudade dos “bons” tempos em que o É o Tchan ainda era chamado de Gera Samba, todo mundo queria morar em Beverly Hills e ser amigo da Kelly, do Brandon e do Steve, o pessoal ia pras baladas dançar poperô ao som de Ace of Base, Jon Secada, Londonbeat, Corona ou Erasure, ápice da tecnologia era ter conta em BBS, depois teclar no mIRC e ficar “invisible” no ICQ, ainda havia Mappin, Mesbla, fichas telefônicas e TV Manchete, objetos de desejo eram Kinder Ovos, tamagotchis e Mega Drives, duplas sertanejas e grupos de pagode invadiram as FMs, as manhãs de domingo eram embaladas pelas vitórias do Ayrton Senna, Astrid, Cuca, Thunderbird e Gastão eram os principais VJs da MTV Brasil e os maiores escândalos da década foram Lilian Ramos sem calcinha ao lado de Itamar Franco, Sharon Stone cruzando as pernas em Instinto Selvagem e Monica Lewinski quase derrubando um presidente dos EUA por causa de um fellatio.

A década da ovelha Dolly, das propagandas de facas Ginsu e meias Vivarina, do movimento grunge, da conversão dos cruzeiros reais em URVs, dos caras pintadas protestando contra Fernando Collor e do ET de Varginha já está sendo recordada em festas temáticas, posts do Fred Fagundes e livros sobre a década. Dentro dessa pegada, segue abaixo uma compilação de 10 músicas que marcaram o Brock tupinambá dos anos 90. Como diria Cissa Guimarães, aquela tal “garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia” (e que saiu na capa da Playboy em agosto de 1994), estes clipes vieram direto do túnel do tempo…

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Chico Science & Nação Zumbi - “Manguetown” - Francisco de Assis França fez história na MPB ao idealizar e liderar, ao lado de outros nomes da cena musical pernambucana como Fred Zero Quatro do grupo Mundo Livre S/A, o movimento manguebeat. Em 1994, Chico Science & Nação Zumbi gravou seu primeiro álbum pela multinacional Sony: Da Lama ao Caos. O disco projetou a banda nacionalmente, revitalizando a cena musical tupinambá com a fusão da guitarra sincopada de Lúcio Maia à percussão que juntou o ritmo do maracatu com o rock. O segundo álbum, Afrociberdelia, saiu em 1996, com uma pegada mais pop e influências da música eletrônica. Seu primeiro single, “Manguetown”, recebeu um videoclipe duca dirigido pelo cenógrafo Gringo Cardia, e a boa recepção de crítica e público indicava que Chico Science & Nação Zumbi teriam uma longa e brilhante carreira ainda a percorrer. Mas, lamentavelmente, em fevereiro de 1997 Chico Science morreu em um acidente de trânsito, devido ao rompimento do cinto de segurança que ele usava no momento da batida.

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Skank - “Garota Nacional” - O Samba Poconé, álbum gravado pelo grupo mineiro em 1996, chegou às lojas catapultado pelo estrondoso sucesso de “Garota Nacional”. Seu vídeo, estrelado por modelos e atrizes globais como Carla Marins, Paula Burlamarchi, Ingra Liberato, Vanessa de Oliveira e Paloma Duarte, não é recomendável para visualização em ambientes de trabalho. No entanto, ou talvez por isso mesmo, foi eleito o melhor clipe de 1996 segundo a audiência da MTV. O Samba Poconé acabou vendendo 1,8 milhão de cópias só no Brasil, graças também a outros sucessos como “Tão Seu” e “É uma Partida de Futebol”. Além disso, o Skank fez sucesso na Espanha e demais países da América Latina, emplacando nas paradas a versão em espanhol desta música: “Chica Nacional (Te Quiero Probar)”.

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Paralamas do Sucesso - “Tendo a Lua” - O começo da década de 90 foi inusitado para o trio formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. Os Grãos, álbum gravado em 1991, vendeu pouco e quase não repercutiu nas rádios brasileiras. Em compensação, foi nessa época que os Paralamas consolidaram seu sucesso na Argentina e outros países da América Latina, graças ao menosprezado Os Grãos (do qual “Tendo a Lua” é a faixa 3) e a uma coletânea trazendo os maiores hits do grupo cantados em espanhol, lançada em 1992, cujo carro-chefe foi “Inundados”, versão para “Alagados”. Curiosidade: a inspiração inicial de “Tendo a Lua” foi um bilhete que Tetê Tillet, ex-namorada de Herbert, deixou para o cantor, comentando que o céu de Ícaro teria muito mais poesia que o do cientista Galileu Galilei.

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Pato Fu - “Sobre o Tempo” - Formado em 1992 na cidade de Belo Horizonte, o grupo por muito tempo teve de conviver com a pecha de ser insistentemente comparada aos Mutantes, pelo fato de ser um trio composto por uma mulher nos vocais, Fernanda Takai, e dois homens, o guitarrista John Ulhoa e o baixista Ricardo Koctus, tal qual o grupo originalmente formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Mas os mineiros nunca pareceram ligar para isso, tendo inclusive regravado a composição dos Mutantes “Qualquer Bobagem” no primeiro álbum lançado por uma grande gravadora, Gol de Quem?, em 1995. Pertence a esse disco o sucesso “Sobre o Tempo”, que projetou merecidamente o Pato Fu para todo o Brasil.

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Os Virgulóides - “Bagulho no Bumba” - Lançados pelo selo Excelente da finada gravadora Polygram, este grupo paulistano oriundo da Zona Sul, formado por Beto Demoreaux (baixo e voz), Henrique Lima (violão, guitarra e apitos) e Paulinho Jiraya (bateria, cavaco, surdo, pandeiro, triângulo e teclado), emplacou o refrão “Eu acho que o bagulho é de quem tá de pé” com seu rock-samba engraçadinho, vendendo mais de 40 mil cópias de seu álbum de estréia, de 1997, produzido por Carlos Eduardo Miranda. Que, hoje em dia, é mais conhecido por ser um dos jurados do reality-show Astros, do SBT. Os Virgulóides viriam a lançar mais dois álbuns, Só Pra Quem Tem Dinheiro? e As Aventuras dos Virgulóides. Depois, sumiram na poeira na estrada, ao lado de dezenas de outras bandas que estouraram nos anos 90 e desapareceram, como Akundum, Os Ostras, Bel, Maria do Relento e Jorge Cabeleira & o Dia em que Seremos Todos Inúteis.

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Vinny - “Heloísa Mexe a Cadeira” - Nascido no interior paulista, mais especificamente na bucólica cidade de Leme), o jovem Vinícius Bonotto estudou Psicologia e Direito antes de decidir investir a sério em sua carreira musical. Foi um dos integrantes do desconhecido grupo Hay Kay no início da década. Depois, deu um upgrade em sua carreira ao adotar o nome artístico de Vinny, lançando em 1995 seu primeiro álbum como artista solo. O sucesso chegou de vez em 1997, com seu segundo disco, intitulado Todo Mundo, que tomou de assalto as FMs com o hit dançante “Heloísa Mexe a Cadeira”. Foi aí que Vinny, também conhecido como o sósia masculino da Marília Gabriela, ganhou os holofotes da mídia. Ao longo dos anos, Vinny emplacaria outros sucessos como “Shake Boom”, “Uh Tiazinha” e “Te Encontrar de Novo”. Mas nada se compararia ao furor de seu primeiro hit.

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Planet Hemp - “Queimando Tudo” - O conjunto já causava polêmicas a partir do seu nome, extraído de um artigo publicado pela revista americana High Times, cuja especialidade é a polêmica planta Cannabis sativa. Após o lançamento de seu polêmico e bem-sucedido álbum de estréia Usuário (1995), o “planeta maconha” ressurgiria em 1997 com seu segundo CD intitulado Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára, que já dizia a que veio com o verso inicial de seu carro-chefe, “Queimando Tudo”: “Eu canto assim porque eu fumo maconha”. O clipe, dirigido por Raul Machado, foi maciçamente veiculado pela MTV. Mas o ápice da polêmica se daria em novembro daquele mesmo ano, quando os integrantes do grupo, após apresentarem-se em um ginásio em Brasília, foram presos em flagrante por apologia às drogas, e escoltados até uma delegacia na qual ficaram detidos por uma semana. O resultado de toda essa exposição? Um álbum que chegou à marca de mais de 500 mil cópias vendidas.

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Raimundos - “Nega Jurema” - Grupo brasiliense cujo nome é uma homenagem aos Ramones, foi o criador do gênero “forrocore”. Primeira contratação do selo Banguela, criado pelos Titãs e por Carlos Eduardo Miranda em 1994, estouraram logo de cara, emplacando sucessos como “Nega Jurema”, “Puteiro em João Pessoa” e “Selim”, todos caracterizados por letras sacanas, som pesado e influências nordestinas, em especial do baião de duplo sentido. Graças a este e outros álbuns como Lavô Tá Novo (1995), Lapadas do Povo (1997) e Só no Forevis (1999), os Raimundos ocuparam por um bom tempo o posto de mais popular banda de rock brasileiro dos anos 90, até que o vocalista Rodolfo anunciou sua saída do grupo em 2001, devido a um súbito episódio de conversão religiosa, quando criou uma banda de rock gospel, o Rodox.

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Vange Leonel - “Noite Preta” - Após ter sido vocalista da banda Nau nos anos 80, Vange Leonel lançou-se em carreira solo e começou com o pé direito, emplacando na MTV o belo clipe que Cilmara Bedaque e Luiz Ferré dirigiram para o carro-chefe de seu primeiro álbum. O próximo passo da conquista nacional foi quando “Noite Preta” foi escolhida para ser o tema de abertura da novela Vamp, da Rede Globo, em 1991. Vange lançaria mais um álbum, Vermelho, em 1996. Embora não tenha abandonado sua carreira musical, atualmente é mais conhecida pela coluna “GLS” que assina na Revista da Folha, e pelos livros de crônicas e ficções que publicou de lá pra cá. A propósito, Vange também mantém um blog.

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Mamonas Assassinas - “Vira-Vira” - O maior fenômeno musical de toda uma geração foi um grupo de Guarulhos, SP, composto por Dinho (vocalista, animador de auditórios e sex symbol da banda cujo nome verdadeiro era Alecsander Alves), Bento Hinoto (um japonês de peruca rastafári, o talentoso guitar hero do grupo), Julio Rasec (tecladista cujo sobrenome artístico nada mais era do que o seu segundo nome, César, escrito ao contrário) e os irmãos Samuel e Sérgio Reoli (respectivamente baixista e baterista). O primeiro nome do grupo era Utopia, e naqueles tempos o quinteto cantava músicas de cunho social a la Legião Urbana, porém sem a mesma densidade das letras de Renato Russo.

Só quando Dinho & companhia passou a não se levar a sério, trocando versos engajados por letras repletas de trocadilhos infames e o sumo do besteirol, é que eles encontraram a chave do sucesso. Após titubearem entre sugestões como Os Cangaceiros do Teu Pai, Tangas Vermelhas e Coraçõezinhos Apertados, o grupo finalmente encontrou um nome mais apropriado para sua nova fase: Mamonas Assassinas. Em 1995, lançaram pela EMI-Odeon seu álbum de estréia, que vendeu mais de 2,3 milhões de cópias. No auge do sucesso, no dia 2 de março de 1996, o jato particular em que viajavam chocou-se contra a Serra da Cantareira, matando todos os integrantes do grupo e deixando o país inteiro estarrecido. Discos póstumos, álbum de figurinhas, biografia do grupo e DVD foram apenas alguns dos muitos produtos lançados após o acidente.

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P.S. 1: Atendendo a um convite irrecusável, escrevi um texto exclusivo para um de meus blogs prediletos, o Garotas que Dizem Ni. Confiram lá: “Eu Me Recordo”.

P.S. 2: Tina, descanse em paz.

Pense Nisso!
Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista, consultor de projetos de comunicação digital, japaraguaio, cínico cênico, poeta bissexto, air drummer, fã de Cortázar, Cabral, Mizoguchi, Gaiman e Hitchcock, torcedor do Guarani Futebol Clube, leonino e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos, não necessariamente nesta ordem.

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Comentários do Facebook

Comentários do Blog

  • João

    Muito bom!

  • http://[email protected] FELIX DE LIMA ACIOLI

    são belos clipes!
    gostaria de ter todos do rock nacional, que foram feitos das bandas,conjuntos, grupos musicais,cantores e cantoras de rock nacional para meu “ACERVO DO ROCK NACIONAL”,pois sou muito fã deles.

  • http://[email protected] marcelo nogueira

    adorava ogrupo mamonas assacinas feis parte da minha infancia trouse muita alegria para mim epara o brasil

    • Profpasquali

      Cara você assassinou o Portugues varias vezes, não tem vergonha de escrever tudo errado assim?. Cara volta pra escola e aprende a escrever, nunca vi tantos erros de portugues em tão poucas palavras, vc deve se muito burro, não tem vergonha não?….Volta pra escola!

    • Amanda

      Em falar nisso você assassinou o PORTUGUÊS né amigo rsrs

  • http://[email protected] marcelo nogueira

    com muita saudade que faso meu comentario desse grupo que so trouse alegria para o brasil pena que eles forom embora tao cedo

  • http://[email protected] marcelo nogueira

    100 palavras para falar de 1 grupo que so trouse alegria e felicidade para o brasil pena que foram em bora tao cedo

  • http://www.filmespravc.com Rafael

    mamonas deixou saudades

  • http://pensarenlou Emerson

    adoro o clip de vange leonel gostaria de ter todas as músicas dela pra curtir todos os dias ela é um máximo

  • O disco de estréia dos Virgulóides vendeu mais de 200 mil cópias e não 40.

  • wilson

    com excessão de paralmas, skank e pato fu, vc pegou pessado com um monte de lixo comercial, velho.

  • http://possoprecisar.blogspot.com Joker

    Muito bom o post e alias muito bem selecionados os clips! Fazia tempo que eu já não ouvia um rockezinho =) foi bom relembrar que eu sempre cantava “Fui no mangue catar lixo pegar caranguejo e dançar com urubú”

  • http://www.cozinhadorock.com Reê Seabra

    Oi! na realiade gostaria q vc ouvisse os sons de meu cdde rock instrumental o cd As cores de Mara, inspirado em oras de Cândid Portinari, no http://www.myspace.com/reneseabra vc pode ouvir e se gostar eu envio o material todo p vc!
    Obrigado!
    Renê
    http://www.cozinhadorock.com
    http://www.tonelada.com.br

  • http://blog.ypsilon2.com Blog da Y2

    Meus parabéns pelo post!

    Nossa, esses clipes me lembram demais a época que eu coloquei TV a cabo em casa e assistia 24 horas por dia de MTV.

    P.S.: no interior a MTV não faz parte dos canais abertos.

    Um abração e parabéns pela iniciativa!

    R: Leandro, a MTV há tempos não é mais a mesma dos bons tempos em que o Reverendo Fábio Massari apresentava o “Lado B”, Gastão abria espaço para os clipes latinos no “Hermanos MTV” e havia mais clipes do que programas babacas com miguxos procurando por paqueras e reality shows imbecilizantes. Mas lamento porque você infelizmente não tem a oportunidade de assistir o “15 Minutos” com o Marcelo Adnet.

  • http://oleitoresseidiota.wordpress.com André

    Sempre que ouço “Estoy Aqui”, de Shakira, imediatamente teleporto-me a meu “prom”, em que tocou essa, bem como “Because You Loved Me”, de Céline Dion, na versão remix. Sou daqueles que ouve atentamente o “Disco Classics”, da Alpha FM. Claro que minha parte preferida é a dos 70, mas, ao contrário de outros ouvintes, em absolutamente nada reclamo da parte 90 da atração.
    O que me lembro dos 90? Como outros aqui, lembro dos Mamonas e tenho o CD dos caras até hoje. Era também um tempo em que era absolutamente apaixonado por rap nacional, a ponto de ter lamentado bastante que a Metropolitana FM tivesse tirado do ar o “Projeto Rap Brasil”, sob a batuta do DJ Armando Martins. Conheço o som de Racionais MCs, Thaíde e outros muuuuuuuuuito antes de eles ganharem alguma visibilidade que fosse. Sou do tempo em que a Negra Li ainda era do RZO. Aliás, fiquei contente de ter podido entrevistá-la recentemente.

    Era também um tempo em que era absolutamente fanático por futebol e fui uma porrada de vezes ao estádio para ver o Corinthians. Alguns jogos me são especialmente significativos, como aquele em que fui ver o Timão embaixo de uma p… chuva contra o Paysandu, para umas 4 mil pessoas no Pacaembu, pelo Brasileirão 94 (em que vi todos os jogos da fase classificatória no estádio, bem como um da semi contra o Bragantino e o primeiro da final contra o Palmeiras, em que o Timão tomou uma lapada de 3 a 1 com direito a gol impedido do Rivaldo). Outro que me foi marcante foi um contra o Guarani pelo Paulistão de 98, em que fui passar um feriado com a família em São Paulo, isso já na faculdade. Foi a estréia do Índio no Timão e lá ouvíamos uma série de “Índio, borduna neles!”. Aliás, gostava bastante do Índio. Jogador humilde, concentrado, sem estrelismos. Jogava para o time e o time ia muito bem com ele.
    Falaram aqui sobre bandas descobertas pelo mainstream e que se venderam. Há uma diferença entre ser descoberto pelo mainstream e se vender. E as bandas de que reclamo mesmo são as que se venderam. Alguém se lembra das canções do primeiro disco do Jota Quest? Meu, eram simplesmente fantásticas, soulzão da melhor qualidade. A banda, se tivesse mantido a linha, teria firmado uma pedra fundamental importantíssima para uma cena brasileira de disco revival que não aconteceu (e que acontece com boa força na Espanha e na América hispanofalante). Porém, eles preferiram ficar com baladas açucaradas tipo “Fácil” e assim, caíram no que chamo de Mal da Banda Mineira: começa ótima e termina um lixo. Sou daqueles que têm saudade do tempo em que o Skank tocava reggae e lamento profundamente a guinada que deram (aliás, essa foi a banda que me fez definir o tal do MBM).

    Falaram aí também de pagode. Algumas pessoas poderão querer me espancar, mas o pagode (falemos aqui da vertente sudestina da coisa) fez o sucesso que fez naquela época porque as letras eram mais caprichadas e não ficaram naquela de rimar “amor” com “flor”. Além disso, também não havia a manifestação de um mal que muito acomete esse ritmo e também o axé: o vocalista que ganha destaque (talvez insuflado pela mídia) e sai da banda, gerandoo o ocaso de ambos. Um caso emblemático é o de Luiz Carlos, do Raça Negra, que saiu da banda, tentou enveredar por um popzinho, mas logo se ferrou em verde e amarelo, regressando à banda e nunca mais ficou a mesma coisa. Houve uma vez que me surpreendi, isso já nos anos 2000, ao ver um cartaz em uma casa da Inácio Pereira da Rocha anunciando que não sei que dia ia haver show do Art Popular (já sem o Leandro Lehart). Sim, meus caros, uma banda que parou estádios e feiras de peão de boiadeiro voltou a fazer shows em casas de menor porte, e sem aquela grife de intimista que haveria em certos shows de famosos jazzistas em casas menores.

    Também há um episódio legal sobre anos 90, desta vez em Bauru, quando por uma série de dias seguidos fui a uma feira agropecuária ver uns shows. Fui ver Só Pra Contrariar (calma, gente, é que a cidade não tem muitas atrações) e deu porrada no show. O Alexandre Pires imediatamente parou o show e deu uma bronca daquelas nos espectadores briguentos, falando que só voltaria a tocar quando a polícia pegasse os briguentos. No dia seguinte, foi show do Terra Samba (sim, eles mesmos, que não eram nada no primeiro disco e estouraram com o CD ao vivo). Também deu porrada. No outro dia, foi show dos Raimundos e desta vez, não deu pancadaria. Se bem que o interessante do show dos Raimundos ao vivo era ver o quão trogloditas eram os caras enquanto músicos. É público e notório que Digão é limitado enquanto guitarrista. Porém, no show nota-se também que o Fred é também bem limitado enquanto baterista. Tinha uma hora no show em que nosso ouvido estava tão acostumado com o padrão frediano que eu já sabia a hora exata em que ele ia bater a baqueta no prato e a hora em que ele ia dar a pedalada no bumbo. Imaginem isso por uma hora e meia, duas. Porém, o episódio em questão, somado a coisas depois, mostrou algo interessante: por incrível que pareça, é menor a possibilidade de porrada em um show de punk rock ou hardcore do que em um de pagode ou axé…

    Ainda em meus gostos inusitados por música iniciados nos anos 90, creio que fui dos primeiros brasileiros a ser fã de Jamiroquai, a ponto de pedir para uma prima que morava na Inglaterra para que comprasse “Emergency on Planet Earth”, o primeiro CD da banda, pois não havia aqui no Brasil (hoje há, mas nos 90, havia apenas “The Return of the Space Cowboy”, esse já mais sucesso por causa do remix da canção-título). Comecei a ser fã dos caras ao ver na MTV os clipes de “Too Young to Die” e “When You Gonna Learn”. Também foi nessa época que comecei a gostar de Mundo Livre S/A. Aliás, de mangue beat, prefiro eles a Nação Zumbi.
    E, finalizando a intervenção, não gosto de Vinny, mas não posso deixar de considerar que aquele comercial da Parati sonorizado com uma canção dele um dos mais felizes casamentos canção-cena que conheço.

    R: Excelente intervenção, André. Esse comentário realmente valeu por um post!

  • http://www.jefferson.blog.br JLM

    puxa, isso é q eu chamo de resumão. vi minha vida passar diante dos meus olhos, hehehe. daqui um tempo sai o próximo capítulo: “os nostálgicos anos 00″.
    1 abraço.

  • http://amplifique.blogspot.com Denis

    Saudoso Chico Science mor sonzera….
    mais ainda sou mais mamonas mesmo !

  • http://www.siteja.com Siteja

    Muito legal, boas recordações… Mas “Virguloides” não dá mesmo, já tinha até me esquecido que um dia eles existiram.
    Um abraço

    R: Nossa memória costuma ser muito seletiva, Siteja… :roll:

  • http://www.curiosando.com.br Rodrigo Piva

    Ótimo post!
    É sempre bom relembrar clipes bons!
    Abraços

  • http://rostinhosbonitos.blogspot.com NÃO SOMOS APENAS ROSTINHOS BON…..

    Cadê você?

    R: Diga-se de passagem: nome de um crassicaço do Odair José! :P

  • http://www.namoradoimaginario.com Flávia Stefani

    Os Virgulóides, uau! Eles existiram, né? Eu já não lembrava.

    R: Flávia, fico pensando o que algum membro dos Virgulóides acharia deste post e dos comentários deixados por aqui caso encontre este texto. O que será que eles fazem atualmente na vida?

  • http://rostinhosbonitos.blogspot.com NÃO SOMOS APENAS…

    Que saudades desses clips!
    Essas músicas foram a trilha sonora de grande parte das nossas vidas!

    R: Seu comentário me fez lembrar do dia em que peguei um autógrafo dos Paralamas do Sucesso em um evento no qual eles lançaram o Acústico MTV. Quando cheguei no Herbert Vianna, paguei o mico de dizer algo como “obrigado, cara, você compôs boa parte da trilha sonora da minha vida!” Ele, o Bi e o Barone se entreolharam com rostos de quem já deviam ter ouvido palavras feito as minhas trocentas vezes…

  • http://warezvipdownloads.blogspot.com mortalsalin

    aaaahh saudades do mamonas, raimundos. A emodinha agora é o que chamamos de rock

  • http://rotoscopia.blogspot.com vital

    belo post. eu vivi isso tudo aí, com as bandas que participei nos 90 (poindexter e jason), toquei junto e conheço muita gente aí de cima, enfim…
    sinistro mesmo vai ser fazer a lista dos anos 2000 :-)

    R: Vital, sei que se eu for fazer a lista desta década, não poderei recorrer às bandas que estouraram no mainstream, porque 90% do que toca em rádios é de uma insipidez depressiva!

  • Andrea

    Nossa, muito bom.
    Fala serio… ta’ ficando sem-graca postar comentario aqui. Voce nao cansa de ficar recendo elogio, nao? Eu estou ficando cansada de elogiar. Meu, nao tem 1 texto seu que nao e’ bom, independente do assunto! Como e’ que pode?

    R: Andrea, creio que não chego a tanto. Desenvolvi um senso de autocrítica bastante anabolizado, em especial na época em que estudei mestres como Julio Cortázar, Charles Baudelaire e Machado de Assis quando estudei Letras na USP. Isso ao menos fez com que eu evitasse ficar publicando qualquer coisa neste blog. Um dos grandes motivos, diga-se de passagem, para que as atualizações sejam tão escassas por aqui. B)

  • http://www.icommercepage.com icommercepage

    Vichi! Nem me lembrava de tanta coisa assim, a seleção tem de tudo, você tem muito bom gosto. Quase me fez lemprar da minha década de 80, quando sugiu a AIDS, diretas já, Rock in Rio, Hollywood Rock, Radio Gravador (eca!!!), minha primeira vez, meu primeiro baile, meu primeiro beijo numa gatinha …

    R: Por falar nos 80′s, confira este meu outro post: 80 clipes brasileiros dos anos 80 (parte 1 de 8).

  • http://poucaspalavras.wordpress.com Jazz

    Este texto me deu uma puta saudade de quando a MTV ainda era MTV e passavam clipes, muitos clipes na programação. Da época em que eu era adolescente que estudava de manhã e passava as tardes assistindo os programas que passavam clipes atuais, outros q passavam clipes lado B, outros de metal… era bom asistir o teleguiado ehehheheeh…
    Lembro que, além de todos esses que marcaram a minha adolesência, outro que não foi citados acimA (deve ser porque não era rock): O clipe do Playboy do gabriel O Pensador. Dos internacionais, convém citar Come Undone do Duran Duran e Mr Jones Do Counting Crows. Beijos.

    R: Jazz, creio que os textos recordando os anos 90 proliferarão ainda mais por aí. “Mr. Jones” é com certeza uma das músicas que mais marcaram aqueles tempos, aliás. Bons tempos em que a MTV Brasil ainda era bacana e abria generosos espaços na programação para programas como aqueles que eram apresentados pelo reverendo Fábio Massari… Um beijabraço!

  • http://www.eumaciladabino.blogspot.com sass

    Vendo esse clipe dos mamonas, lembrei da notícia de uma brasília amarela que pegou fogo aqui em curitiba. Acho que é viral, heheheh

    http://blogdosass.blogspot.com/2008/07/braslia-pegando-fogo.html

  • http://cantodovladimir.zip.net Vladimir

    Ina, adorei a lista!

    Planet Hemp, Raimundos, Mamonas, Pato Fu e Chico Science, pra mim, “criaram” uma década de mistura de estilos, irreverência e som bem produzido no rock brasileiro.

    Pessoalmente, acho que Virgulóides não foram representativos, foram crias do Mamonas e Vinny só aproveitou a onda do axé/funk, embora ele tenha outras músicas legais que não fizeram sucesso. Também achei os Paralamas meio apagados nos anos 90; tiveram como herdeiro o Skank, esse sim trouxe o mais genuíno pop/rock da década. E Vange Leonel foi aquele one-hit-wonder, sei lá…

    Por fim, como já comentaram aqui, senti falta da fase pauleira dos Titãs.

    Mas cada um com sua lista, né?

    Abração, Vladimir

    P.S. Nos anos 2000, tirando o Los Hermanos, tá difícil destacar algo tão inovador quanto os da década de 90.

    R: Vladimir, o fato é que tem gosto pra tudo mesmo, como deu pra perceber pelos comentários que citaram justamente Virgulóides, Vinny e Vange Leonel. E isso é que é bacana: diversidade. Tenho certeza de que cada blogueiro que for sentar pra fazer uma lista dessas fará um top 10 diferenciado. Aquelabraço!

  • Alan

    Ainda vou viver o suficiente para ler alguém escrevendo com saudades do CPM22, do NX Zero, dos Detonautas, do Charlie Brown Jr, desses MCs que aparecem todo dia no funk… Não quero nem imaginar o que vão estar ouvindo até lá!

    R: Alan, tenho é dó desse pessoal que vai crescer ouvindo essas porcarias!

  • http://mastix.tumblr.com gabriela

    ler esse post foi engraçadíssimo para mim.
    nasci em 88, então cresci com tudo isso comentado acima.
    nostalgia, nostalgia…

    R: Gabriela, eu que nasci em 73 cresci ao som de RPM, Metrô, Paralamas e Kid Abelha, mas vi a cena musical dos 90s bombar, graças em grande parte à MTV brasileira na época em que ela realmente tinha relevância. Época bacana.

  • http://pontodcom.blogspot.com Danilo Bianchi Dualiby

    Só por ter Raimundos, Mamonas E Planet na mesma lista já estava ótimo. Agora Virgulóides foi desenterrado hein ahuahuahu essa música marcou minha infância!

    R: Pois é, Danilo. Essa música dos Virgulóides também ficou grudada um tempaço na minha memória auditiva, uma praga!

  • http://deleitealeite.blogspot.com Chris

    O grande lance é: “O que se vai recordar dos primeiros anos do século XXI?”. Ora, se eu já achava que os anos 90 foram vazios, imagine esses primeiros anos do século XXI?

    Aliás, momento trash: Ainda lembro de ter subido numa cadeira de dançado rebolativamente no meu aniversário de 15 anos, ao som de “Heloísa mexe a cadeira”. Um espetáculo.

    =]

    R: Chris, sorte a sua que ninguém filmou você nessa cena e botou o vídeo no YouTube! :P

  • Alan

    Qualquer Bobagem até onde eu me lembro é uma composição do Tom Zé para Os Mutantes…

    R: Sim. Do mesmo modo que “Outra Vez” é uma composição de Isolda que ficou imortalizada na gravação de Roberto Carlos e “Vapor Barato”, do Jards Macalé e do Wally Salomão, na voz da Gal. E…?

  • http://blogtalk-cristiana.blogspot.com Cris

    Dancei muito Dee-Lite, “Groove Is In The Heart”…

    Pitty? Chaaaataaaaa!!!!!!!!!!!!

    R: Adorava “Groove is in the Heart”. E devo confessar que quando eu via o clipe na MTV, ficava imitando aqueles passos descoordenados de dança do pessoal. :P

  • http://blogtalk-cristiana.blogspot.com Cris

    Minhas filhas nasceram nos anos 90. Bela década…

    R: Cris, uma década de belas realizações para você!

  • http://www.incognito.blog.br Danilo

    Olá.. !

    ótimo site… Aceita troca de links ??

    http://www.incognito.blog.br

    Abraços..

    R: Danilo, leia até o final este post. Um abraço e boa sorte.

  • http://casadocacete.blogspot.com Aline T. H.

    Deu até onda ler o post, hehehe. Adoro Noite Preta até hoje, foi uma década repleta de memórias, todas devidamente embaladas por várias dessas músicas como trilha sonora. E não vou dizer que as músicas tenham a melhor qualidade musical do mundo, mas marcaram, de alguma forma. De várias formas.

    Beijos.

    R: Pois é, Aline. O fato é que nossas memórias de uma maneira ou de outra costumam ser embaladas com alguma trilha sonora, e eu tenho consciência de que muitas das minhas músicas prediletas o são por causa das minhas lembranças. Um beijo!

  • Ciby

    Pessoal, quero aproveitar a popularidade do site, para divulgar a Peticao Online, contra o projeto de Lei do Senador Eduardo Azeredo, que entre outras coisas, vai nos impossibilitar de ler tal site.

    http://www.petitiononline.com/veto2008/petition.html

    Leia a Peticao, já que o projeto de lei torna-se quase inviável.

    Quero a opniao dos autores do site também.

    Um grande abraco.

    R: Bela lembrança, Ciby. Aliás, vou citar outra petição online, a do impeachment ao ministro Gilmar, o “muy amigo” do Daniel Dantas. XX(

  • Ricardo Alexaris

    Alexandre, ótimo post como sempre. Os textos que remexem com o passado, esse verdadeiro agente da eternidade, acabam causando as maiores ebulições, não é mesmo?
    Uma curiosidade a mais sobre o Tendo a Lua, do Paralamas: a música, cujo ponto forte é mesmo a referência ao bilhete com a frase poética, é uma crônica d limpeza de baús, caixas e gavetas, em que o Herbet acaba se deparando com fragmentos do seu passado. Eu mesmo sei que tenho alguma agendas, com telefones e fotos, perdidas em algum lugar. Medo. Melhor deixar passar…

    R: Bem lembrado, Ricardo. O Herbert sempre destacou que essa composição tem forte carga emocional.

  • http://madmaxandrade.blogspot.com Tiago Andrade

    Ah, anos 90…minha infância e começo de adolescência, vividas ao som do rock nacional quando este ainda tinha qualidade. Ainda bem que, como você bem disse, temos as bandas de fora do mainstream para salvar nossos ouvidos.

    R: Pois é, Tiago. Thank God não dependemos mais de MTV ou FMs para ouvir nossas bandas prediletas e descobrir novos sons!

  • Valbruto

    Cara, faltou a banda GUETO do músico Edson X…os caras eram feras…mas eram avessos às mídias da época…

    R: Valbruto, só um detalhe: o clipe é sobre bandas dos anos 90. O Gueto era bom, mas os dois álbuns que eles gravaram pela WEA são de outra década: “Estação Primeira” (1987) e “E Agora Pra Dançar” (1989).

  • http://www.tudoestarodando.blogspot.com Carlos Alexandre Monteiro

    Virgulóides? Vinny? Vange Leonel?!?
    Pô, Inagaki…
    abraço!

    R: Carlos Alexandre, não são os 10 melhores, pô. Mas, ao menos para mim, foram os 10 mais marcantes de uma ou outra maneira. B) Aquelabraço!

  • Prittika

    Nossa ler esse post me fez pensar… Que o cenário musical 2000 é um Lixo, porque só sendo muito ruim para me fazer sentir falta do gera Samba… Bons eram os tempos quando o pior que se podia ouvir na rádio era Só para Contrariar e Molejo… Faltou lembrar que Padre Marcelo Rossi fez sucesso nas FMs há um bommmm tempo atrás rs
    Acho que de nostalgia faltou Jorge Ben, se bem que não sei ao certo se ele é considerado Rock ou se existe uma categoria especial só para ele rs…
    Vim parar no blog meio que sem querer e adorei, até me fez pesquisar seu nome no Google para tentar encontrar outros textos (Isso foi uma tentativa de elogio da era cibernética rs)… Ganhou mais uma Leitora, não que precise =D

    R: Prittika, eu nem gosto de lembrar que o Padre Marcelo Rossi tornou-se o maior vendedor de álbuns deste país. XX( Ah, valeu pelas pesquisas sobre os meus textos. Cada novo leitor é muito bem-vindo sim, e fico feliz em saber que o que escrevo lhe despertou esse interesse. Um beijabraço!

  • Law

    Queria saber se voce tem sistema de parceria, se voce recomenda outros blogs e se o meu merece ser parceiro ou divulgado!

    http://devaneiosdeumamenteconturbada.blogspot.com

    obrigado
    Law

    R: Law, creio piamente que links não são trocados. Um blogueiro linka outro se ele gosta do blog, sem exigir qualquer contrapartida. E se você prestar atenção no que escrevo e neste blog em específico, em vez de copiar e colar o mesmo comentário em trocentos posts, saberá que semanalmente indico 11 “blogs da semana”. Boa sorte.

  • http://blog.stora.com.br Alexsander Albert Santana

    Este post fez me lembrar do blog do meu amigo Sonoda (MTSnD), que a muito tempo não acesso, mais tem algumas pérolas dos anos 80 e 90. Para aqueles que gostam de recordar, vale a pena conferir: http://mtsonoda.blogspot.com/

    R: Valeu pelo link, Alexsander. []‘s!

  • http://www.frenesibr.blogspot.com Gabriel Leite

    Tenho 17 anos e sempre morri de inveja da saudade com que meus irmãos mais velhos falavam dos anos oitenta. Agora tô realizado, vendo que os anos 90 (a MINHA década) já é nostálgica!

    Esperei tanto por isso.

    R: Gabriel, pra você ver que ninguém perde por esperar. :D

  • Rebequinha

    Puxa!
    Nem li esse texto… Só passei os olhos (eu gostava de “Heloísa Mexe a Cadeira”! - mas tinha um trauma com o Vinny… O problema sou eu ou ele é a cara da Marília Gabriela?)…

    Estou passando pra comentar que gostei muito do texto que vc deixou no site das Garotas, sobre recordações/lembranças que nos fazem… quem somos! ¬¬”
    Bem legal mesmo!
    Obrigada por compartilhar seu talento conosco.

    Um abraço,

    Rebequinha.

    R: Obrigado pelo feedback, Rebequinha. Foi um prazer ser um “Garoto Que Diz Ni” por mais um dia. :p

  • http://www.lauravive.blogspot.com laura

    Nemsei o que foi os anos 90, passei batido, bjs
    Laura

    R: E os anos 2000, Laura, você tem acompanhado o que tem rolado no cenário musical?

  • http://www;avidasemmanual.blogspot.com Patricia Daltro

    Caramba, tirando Skank, não sinto absolutamente nenhuma saudades dos anos 90! Alias, ando com saudades sim, de música boa, não sei o que anda acontecendo, mas faz muito tempo que não surge uma banda que realmente nos surpreenda!

    R: Patricia, se você for esperar que surja alguma banda boa dentre o que é veiculados nas rádios e TVs, melhor esperar sentada porque de pé você cansará mais rapidamente. Menos mal que, graças à internet, conheci excelentes grupos como Violins, Los Porongas e Mombojó, só para citar três bandas brasileiras que ouço atualmente.

  • http://www.forrestvox.blogspot.com Tiago

    Quando o Pensar, estiver grisalho, com uma parceria no meu futuro Blog Cultural, em meados da década de 2050, o que mostraremos dessa nossa época atual?
    Tenho medo, muito medo.
    Até lá vamos ter que inventar uma máquina que psicografe músicas, daqueles mestres que já partiram.:)
    Ou quem sabe, ao invés de esperarmos até lá, não montamos uma banda de Rock?
    The Blog’s.
    Um abração.

    R: Tiago, atualmente a palavra é diversidade. Creio que nunca tivemos tantas possibilidades de conhecer bandas novas e desconhecidas graças à Web, e citei três exemplos de bons grupos no comentário abaixo, da Patricia Daltro. Mas basta navegar pelos MySpaces e blogs de mp3 da vida para que sejamos positivamente surpreendidos com muita banda legal. Sobre montar uma banda de rock, quem sabe o New Kids on the Blog não é criado um dia desses, não? :P Aquelabraço!

  • Adeler Ferreira

    Pô só faltou engenheiros do hawaii né? que foi considerada a melhor banda no ano de 1990. o papa é pop, ñ é?…

    R: Adeler, não dá. Pra mim os Engenheiros gravaram dois discos bons: “A Revolta dos Dândis”, de 1987 e “Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém”, de 1988. Não suporto “O Papa é Pop”. Portanto, deixo para algum fã dos Engenheiros homenageá-los em seu respectivo blog.

  • http://obaralho.wordpress.com Nitz

    ah, valeu pelo link dôBaralho, nos da semana ;) Rendeu vários clicks! Boa semana, beijos

    R: Nitz, blog bom tem mais é que ser divulgado. E a proposta do seu, além de original, é muito bem realizada. :D Aquelabraço!

  • http://obaralho.wordpress.com Nitz

    Já deu maior saudade! o_0

  • http://costela-de-adao.blogspot.com/ Eva

    Prefiro a dança do quadrado!!!

    R: Eva, então você apreciará bem mais este outro post: “Cada um no seu quadrado, ado-a-ado, é a Dança do Quadrado!”

  • http://www.somanypiecesofme.blogspot.com Ju Dacoregio

    Nossa, saudosismo total! Dancei muito Garota Nacional e Corona nas baladinhas da minha adolescência (que, por sinal, ainda não se chamavam “baladas”, a gente ia era pra “night”… heheheh)! Viva o poperô!!!

    R: Ju, eu ao menos uso o termo “balada” desde idos dos 80s. B)

  • sergio

    cara, a gente se estarrece com a conversão do Rodolfo até o momento quando se ouve o próprio falando disso. o cara estava no fundo do fundo do poço: drogado, relacionamento familiar indo pro buraco. a religião foi o lugar onde o cara encontrou paz e saúde, a seu modo.
    infeliz mesmo foi a frase de rita lee sobre o episódio: “pra você ver como a religião atrapalha o rock”. pô, o cara se safa da tragédia em que vivia e a rita vem dizer que a conversão do cara atrapalhou a trajetória do rock?
    no mínimo, ele se safou de estar nessa lista ótima e ao mesmo tempo terrível, terrível dos anos 90.

    R: Sergio, bom comentário o seu. Você me fez lembrar de que fãs fazem parte de uma raça muito egoísta. Quando uma banda acaba sendo descoberta pelo mainstream, sempre há aqueles que dizem que o grupo “se vendeu” e não é mais o mesmo. Mas esse pessoal não deveria ficar feliz pelo sucesso da banda, em vez de reclamar de que o grande público passou a ouvir o mesmo som que eles apreciavam anteriormente? Do mesmo modo, há quem lamente (eu inclusive) que os Raimundos se estrupiaram com a saída do Rodolfo, e uma das melhores bandas dos anos 90 acabou porque o Rodolfo encontrou uma religião e foi para uma banda que, convenhamos, é soporífera. Porém, se esse episódio foi bom para o Rodolfo e acabou por salvá-lo dos mesmos destinos de Kurt Cobain ou Layne Staley, melhor que tivesse sido assim, não? Por mais que eu concorde com a afirmação da Rita Lee, você, Sergio, também está certo ao lembrar que em detrimento da música o ex-Raimundo se encontrou na vida (bem, ao menos é o que eu espero).

  • nina

    os anos 90 podiam ir todinhos para um baú e depois de serem lacrados, jogados no fundo do mar.
    foi a pior década em todos os sentidos.

    R: Nina, quanto ressentimento no seu coração!

  • Anônimo

    Hahahaha… muito bom…

    O clipe dos Virgulóides, um dos mais toscos do histórico pop nacional, tem a participação de um amigo meu, que interpreta o policial de óculos escuros. Ele considera o clipe um clássico como filme B, mas eu só acho que é muito ruim mesmo.

    Um abraço.

    R: Caro xará, se eu fosse seu amigo me sentiria honrado por ter participado de uma tosqueira dessas. Pra ostentar no currículo como se ele tivesse participado da prova da cabine do “Domingo no Parque” ou levado tapão da Xuxa em seus tempos de “Clube da Criança” na Manchete!

  • http://diariodelaxitocina.blogspot.com Cíntia

    Ah Inagaki, esses posts sao dos que e fazem voltar uma e outra vez por aqui, especialmente depois das semanas que tive no trabalho… Lembrar dos Virgulóides foi o máximo, aliás, toda a seleçao parece transportar mesmo pros anos 90.
    Em termos internacionais, acho que os clipes que marcaram a época foram os do “álbum preto” do Metallica (todos estavam muito bem feitos), Sweet Child O’Mine e Paradise City do Guns & Roses (quando eles ainda eram Guns & Roses mesmo) e os do álbum Ten do Pearl Jam (uma das minhas bandas favoritas), sem falar da Alanis Morissette com “You Learn, Ironic, etc…
    Cada vez que eu vejo essas seleçoes dos 90 esqueço dessa sensaçao de ser meio “geraçao in between”, acho que os 90 foram mesmo das décadas que eu mais aproveitei e me sinto por fim mais integrada, quando os clipes já eram muito melhores que os dos 80 (nem sempre as músicas), e quando a MTV ainda era um dos melhores canais para assistir (eu era das que ficavam na frente da TV quase todos os dias pra ver a Astrid apresentar o”Disk MTV”).
    Em tempos de Britney e Amy Winehouse realmente é muito legal ver um post como esse, afinal, os “revivals” existem por algo.
    Abraço

    R: Cíntia, o José Miguel Wisnik disse uma frase com a qual concordo plenamente: “A música é um espaço limitado, como uma tenda, onde, quando você ouve, mora dentro desta música pelo instante que ela durar”. Espero que esta seleção tenha ajudado a senhorita a dar uma relaxada pós-expediente. B) Em tempo: a próxima compilação de clipes que já deixei pré-aquecida no forno é de clipes de metal dos 90s. lml

  • http://jccbalaperdida.blogspot.com JULIO CESAR CORREA

    Eu sei, eu sei. Sempre falta alguma coisa. Mas não haver nenhum do O Rappa, é imperdoável.
    abração

    R: Compreendo sua indignação, Julio. Se fosse top 10 melhores, “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)”, dos bons tempos em que Marcelo Yuka era o letrista da banda e o Falcão aparecia mais nos palcos do que nas colunas sociais, certamente estaria na lista.

  • http://groselha.wordpress.com Bia Cardoso

    É terrível, mas sempre que alguém fala em “recordar os anos 90″ a primeira coisa que me vem na cabeça é o Vinny. Nunca entendi como ele fez sucesso, e naquele momento meio que a música popular brasileira começou a cair num buraco sem fim.
    Bandas como Virgulóides, Mamonas e os Raimundos eram divertidas. Quem nunca cantou “Quero ver o oco” gritando a plenos pulmões? Mas o Vinny nunca entendi. E inesquecíveis dessa década são as duplas Claudinho & Buchecha e Pepê & Nenê.

    E uau, como Chico Science faz falta. Sou curiosíssima para saber o que ele e Cazuza estariam aprontando nesse mundo altamente sampleado e culturalmente mixado.
    Ps.: Achei engraçado que nos esbarramos nas caixas de comentários de uns 5 blogs nos últimos dias…rs.

    R: Bia, eu até encaixei Vinny nesta lista de, vá lá, “rock”, mas eu gosto mesmo é da dupla Claudinho & Buchecha. Em especial por conta de “Só Love”, que eu considero uma obra-prima do pop’n'soul brasileiro: o arranjo esperto de DJ Memê que encaixou perfeitamente o sampler de “Da Da Da”, do grupo alemão Trio, com o violão belamente tocado por Claudinho e o sensacional riff de teclado no refrão, coroado com uma letra original que inclusive mereceu um post meu só para analisá-la (Versos incompreendidos da MPB: “Controlo o calendário sem utilizar as mãos”). De resto, Srta. Bia, o caso é que o mundo é um ovo, e a blogosfera, um ovo de codorna. ;)

  • http://www.hbdia.com Kid

    Excelente texto, Inagaki. Mas isso é de praxe vindo de você ;)

    Particularmente, o clipe do Vinny me deu até arrepios de nostalgia, cara. Lembrei-me com total nitidez dos bailinhos do colegial (eu tava na oitava série), as meninas sacolejando ao som dessa música. Quase escorreu uma lágrima aqui, bicho :)

    Abração.

    R: Valeu, Kid. Pra você ver que eu morro, reencarno várias vezes e ainda assim não vejo tudo, quem diria que um dia a gente encontraria pessoas recordando de Vinny com nostalgia, hein? Tô aguardando pra ver quem será o primeiro leitor que dirá nos comentários que beijou pela primeira vez ao som de “Você Pra Mim” da Fernanda Abreu ou “Onde Você Mora” do Cidade Negra. :roll:

  • http://senhoritarosa.wordpress.com Srta. Rosa

    Ahahaha, é vero. Noite Preta, gente, eu não devia escutar isso… desde que terminou Vamp! Socorro.
    Outro dia falei isso em algum lugar. É mega-deprimente quando a geração que veio depois da tua já teve tempo de ficar saudadosista. Fueda, Ina, fueda.

    R: Srta. Rosa, sabe que esse foi um dos tópicos do almoço que tive ontem com o pessoal do trabalho? Após ter visto da arquibancada todo o resgate nostálgico dos anos 80, testemunhar o início dos movimentos em torno da lembrança dos “bons tempos dos 90s” me faz pensar, mais uma vez, em como o tempo vai passando inexoravelmente pela gente. Fueda pracarái!

  • http://www.cegossurdoseloucos.com Eric Franco

    Pra mim os anos 90 tem cara de cds com As 7 melhores da Jovem Pan, que bizarramente sempre vinha com 16 ou 18 músicas.

    R: Pois é, Eric, muita gente que conheço também faz essa associação imediata com a época. Aqueles CDs, até mesmo por causa do formato já arcaico de venda de músicas, são totalmente anos 90…

  • Mariângela de POA

    Ina,desta vez não vou comentar os clipes, me chamou mais a atenção a última frase do post.A Tina era uma comentarista muito assídua do teu blog e sempre quando eu entrava para deixar algum registro, aqui estava ela. Estranho mesmo estes encontros virtuais,a gente se “acostuma” tanto com os conhecidos virtuais que não deixa de ficar triste quando escuta que alguém faleceu. É isso.Espero também que ela descanse em paz e sua família encontre força.Beijo para ti e bom finde!

    R: Pois é, Mariângela. A Tina foi uma figura bastante presente nos comentários de blogs, e não à toa dois nomes do InterNey Blogs, o Doni e a Luciana, dedicaram posts a ela. Bom fim de semana pra você também!

  • http://vozativa2.blogspot.com lugirão

    Realmente um verdadeiro túnel do tempo, como esquecer as manhãs de domingo com o Airton Senna, adorava fazer compras na Mesbla, Kinder ovo, a série Beverly Hills, os Mamonas, bom recordar….
    Bom fim de semana.

    R: Lugirão, e olhe que elenquei poucas coisas; se fosse falar só das lojas de departamento que fecharam as portas antes da chegada do século XXI, teria que citar também Sears, Sandiz, Dillard’s, Lojas Brasileiras, Tamakavy, Sloper, G. Aronson, Arapuã…

  • http://blumerangue.wordpress.com Caio

    Seleção simplesmente fantástica cara!
    Eu incluiria um biquini cavadão aí ainda, mas tá excelente!

    Abraço!

    R: Caio, eu vou te falar que nunca fui dos maiores fãs de Biquíni Cavadão na fase anos 90. Talvez um “Zé Ninguém”, mas de qualquer modo citei o grupo no meu post sobre clipes dos anos 80. :p

  • http://incautosdoontem.blogspot.com Ulisses Adirt

    Arnaldo Antunes nos Mutantes, Ina? Ele era dos Titãs. O Arnaldo correto é o Arnaldo Baptista, não?

    R: Caracoles Ulisses, obrigado pelo aviso. Outro dia também troquei as bolas e, em um texto, escrevi “Jackie Stewart” em vez de “James Stewart”… XX(

  • http://maroma.wordpress.com/ Marília

    Os 90 não foram tão bons quanto os 80. Mas até que algumas coisas se salvam

    R: Marília, te confesso que não tem muita banda dos eighties que eu gosto por motivos sentimentais. Não sei se, ouvindo-as hoje, eu apreciaria Metrô, RPM, Rádio Táxi e outros grupos que eu gosto porque elas fizeram parte da trilha sonora da minha infância.

  • http://www.ideiasmutantes.com.br muta

    cara, anos 90, a versão 10 anos mais nova dos anos 80…

    ai senhor… festas anos 90, baladas anos 90, tudo anos 90…

    como podemos ser repetitivos, não é mesmo? hehehe.

    abs.

    ps.: a vida é bela e cheia de possibilidades está acompanhando o “every little thing is gonna be all right” o tempo todo meu amigo…

    R: Pois é, seu Muta. A História se repete, e não apenas como farsa, como disse o Marx. Aquelabraço, rapaz!

  • http://www.blogatoa.com Erik

    O que o Vinny tá fazendo aí? haushauhashasau rock é? Que doido…

    R: Erik, se a gente for lembrar que nas últimas edições do Rock in Rio rolaram atrações como Carlinhos Brown, Dee-Lite, Roupa Nova, New Kids on the Block e Britney Spears…

  • Ana Paula

    Putz, eu nem lembrava mais que tanta coisa fosse da década de 90, tão agora-há-pouco, e ao mesmo tempo tão faz-tanto-tempo!
    Adorei os clipes, fazia milênios que não via o Vinny, eu me amarrava nessa música, deus me perdoe, hahahaha!

    R: Ana Paula, essa música em específico do Vinny era um chiclete no meu ouvido, clássica “guilty pleasure”. B)

  • http://clindenblog.blogspot.com Carol

    BTW: Sua desculpa lá no Garotas que dizem ni foi falta de secretária. Vc aceita currículos?
    ;-)
    Outro bj.

    R: Carol, currículos são muito bem-vindos. O problema é encontrar pessoas que se adequem ao meu teto salarial. :P

  • http://clindenblog.blogspot.com Carol

    A gente ainda vai ter saudade desse tempo?
    Eu já tenho!!!!
    =D
    Bjs!

    R: Carol, a gente meio que tem uma tendência de reter na memória as melhores lembranças e deixar as mais chatas de lado. Creio que é esse um dos principais motivos dos sentimentos nostálgicos que nutrimos quando resgatamos certas lembranças, em especial as ligadas à memória afetiva e à cultura pop de determinada época…

  • http://joaogrando.wordpress.com joao~grando

    Vê-se que os 90′s já são passadas quando (além de obviamente já se estar em 08) o Vinny lança um acústico.
    E viu-se também quando o grande Rodolfo assumiu a sua pureza (escondida em músicas como Cintura Fina) e virou quase que um contrário do que fora.
    Não sei qual das duas, se alguém de lá dos 90′s olhasse para o futuro, ou seja, para cá, seria mais difícil de adivinhar naquela época.

    R: João, a conversão do Rodolfo me deixou estarrecido na época. Raimundos foi para mim a banda mais consistente dos anos 90, dentro daquela leva de grupos que contou com a preciosa ajuda da MTV Brasil na fase inicial de divulgação dos seus trabalho: Maskavo Roots, Virna Lisi, Little Quail & Mad Birds… Ok, ambém tivemos Skank, Pato Fu e Planet Hemp, mas eu gosto muito do álbum de estréia dos Raimundos e também de “Só no Forévis”, de 1999, que tinha “Mulher de Fases” e “A Mais Pedida”.

  • http://vutcha.blogspot.com Mariana

    Analisando bem, os anos 90 foram bem breguinhas também ne?
    Jon Secada vc pegou PESADO hahahaha
    Os “boys” usavam aquele Nike cinza, e as Patys roupas da Pakalolo e todos iam pro shopping vadiar fedendo perfume Ck e Gabriela Sabatini!
    Depois iam pra Onu, ou qualquer dessas baladinhas pra ouvir essas músicas que vc citou.
    Bizarro.
    Engraçado tb.
    Deixa saudades, mas ainda bem que passou! hahahaha

    R: Mariana, até que peguei leve. Eu nem citei Vengaboys, por exemplo. ;)

  • http://atuniverse.wordpress.com Thiago

    Só por curiosidade, sabia que o sobrenome dos irmãos Sérgio e Samuel era REis de OLIveira, daí o nome artístico “Reoli”?

    R: Sim, Thiago. Aliás, boa idéia a deles, se bem que a do Júlio foi mais bacana ainda.

  • http://www.seeusurtasse.blogspot.com Ana C.

    Muito bom esse texto, engraçado que outro dia estava conversando com meu namorado sobre como sendo tão jovens (26 e 27 anos) somos tão saudosistas, mas acho que isso é porque vivemos em uma era de transformações muito rápidas. Para não sair do exemplo da música, eu tive LP da Xuxa, fita K-7 do Double You, CD dos Mamonas Assassinas e agora um monte de Mp3…e eu sou apenas uma jovem adulta! É pra ter saudades mesmo. (menos de É o Tcham!!)
    Abs.

    R: Mas, sabe Ana, creio que essas síndromes de nostalgia precoce surgem porque as coisas têm mudado com uma velocidade tão vertiginosa que mal temos como assimilar direito o que aparece de novo por aí.

  • http://www.poltrona.tv Ale Rocha

    Nenhum clipe do Titãs? Foi a primeira banda brasileira a ir pro VMA. Também foram em outras oportunidades. Faltou essa, hein? ;-)

    Sobre as bandas, sinto muita saudade do Raimundos. Muita gente fala de Chico Science e outras, mas para mim a grande banda brasileira de rock que surgiu na década de Vanilla Ice foi o Raimundos.

    R: Ale, pra mim o último álbum realmente bom dos Titãs foi Õ Blesq Blom de 1989. Diga-se de passagem, a primeira ida deles ao VMA foi por conta do vídeo de “Flores”, faixa desse mesmo disco, imediatamente pré-anos 90.

  • http://nodoadouniverso.com Bruno Pedrassani

    Gostei do “remember”. Falando em Vinny, o cara disse no Jô(eu acho) que ele foi considerado o primeiro Emo brasileiro, aehauehauehuah. Tudo por causa do cabelo estiloso…

    R: O Vinny, emo? Bruno, eu acho até o Maurício Manieri, ao menos se levarmos em consideração o tipo de som, mais emo que o Marílio Gabrielo dos anos 90.

  • sebastião neto

    pena que se forem fazer algo parecido para os anos 2000 não vão encontrar nada muito legal. talvez algum da pitty ou do marcelo D2.

    R: Sebastião, se depender das bandas do mainstream, teremos realmente pouquíssimas coisas a se aproveitar. Menos mal que graças à internet muita banda boa tem conquistado seu espaço nos MySpaces e Tramas Virtuais da vida.

Pense Nisso! Alexandre Inagaki

Alexandre Inagaki é jornalista e consultor de comunicação em mídias digitais. É japaraguaio, cínico cênico. torcedor do Guarani Futebol Clube e futuro fundador do Clube dos Procrastinadores Anônimos. Já plantou semente de feijão em algodão, criou um tamagotchi (que acabou morrendo de fome) e mantém este blog. Luta para ser considerado mais do que um rosto bonitinho e não leva a sério pessoas que falam de si mesmas na terceira pessoa.

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